Nova espécie de raposa é descoberta na África do Sul


Arqueólogos que faziam escavações nos arredores de Johannesburgo descobriram o fóssil de uma espécie de raposa desconhecida, que pode ajudar a elucidar a jornada evolutiva dos cães modernos.

 

Acredita-se que a nova espécie, denominada ´Vulpes skinneri´, em homenagem ao ecologista sul-africano John Skinner, tenha vivido cerca de dois milhões de anos atrás.

 

A descoberta foi feita no sítio de Malapa, que demonstrou ser uma arca de tesouros para os arqueólogos, paleontólogos e outros cientistas.

 

Cinco anos atrás, fósseis pertencentes a uma nova espécie de hominídeo foram descobertos no mesmo local.

 

A descoberta mais recente foi divulgada no periódico Transactions, da Royal Society of South Africa.

 

"Para começar, raposas são extremamente raras no histórico de fósseis da África", afirmou um dos autores do artigo, Brian Kuhn, do Instituto de Evolução Humana da Universidade de Witwatersrand.

 

"A linhagem das raposas talvez seja a menos conhecida entre os carnívoros africanos e ver uma forma ancestral em potencial de raposas vivas é maravilhoso", acrescentou.

 

"Além de tudo isso, a descoberta de uma segunda nova espécie no mesmo local em um prazo tão curto é simplesmente notável", emendou.

 

Desde que o local foi descoberto, em 2008, foram encontrados ali mais de 80 espécies de animais, representando cinco famílias distintas, inclusive alguns que fizeram avançar nosso conhecimento sobre a árvore genealógica humana.

 

A maioria das amostras se encontra intacta, o que leva Kuhn a especular que Malapa, região do país com muitas cavernas, tenha sido um ambiente mortal onde vítimas inocentes mergulhavam para a morte.

 

Qualquer que seja a razão, seus restos não foram devorados por carnívoros, o que resultou em fósseis que continuam bem preservados e em excelente condição para serem estudados pelos cientistas.

 

Os estudiosos esperam que este vale remoto, no coração do Berço da Humanidade, um Patrimônio Mundial, ainda revele outros segredos.

 

"Quem sabe o que vamos encontrar ali? Ainda nem começaram a fazer escavações adequadas no local", afirmou Kuhn.

 

Uma nova escavação está prevista para começar em alguns meses.

Fonte: AFP