O mundo não acabou em 2012, mas deu alertas para a ciência


Já sabemos que o calendário Maia não estava certo quanto ao fim do mundo se dar em 2012. Mas uma publicação da Sociedade Americana de Metereologia mostra que o ano passado deu vários indícios de que o aquecimento global já é uma realidade em todo o planeta, o que alerta os cientistas para eventos naturais cada vez mais imprevisíveis.

Uma reunião de diversos estudos sobre o clima, alguns já publicados, constam no relatório de 260 páginas, intitulado o State of The Climate in 2012. O material foi divulgado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) e conta com a participação de 384 cientistas, informa a Agência Press. "É extremamente importante ter essas informações compiladas", disse o diretor da National Climatic Data Center, Tom Karl, ao site norte-americano. "Os sinais que vemos são de um mundo em aquecimento."

Fatos estranhos

Se por um lado, de modo “estranho” os fenômenos El Nino e La Ninã não predominaram e até enfraqueceram seu ciclos levando o Oceano Pacífico a ter seu nível de acidez da água neutralizado, o Ártico desde janeiro de 2012 vem dando sinais de uma catástrofe, que inclusive a ciência já mensura em um prejuízo de 60 trilhões de euros.

Como conseqüência do que ocorre no Ártico, o Norte da África, a Europa Oriental e a Ásia Ocidental, em fevereiro do ano passado sofreu com as baixa temperaturas. Enquanto no Brasil, o Nordeste enfrentava sua pior seca dos últimos 40 anos. O clima árido não ficou restrito para nordestinos e na América Central e do Norte houve também houve grande estiagem.

Mas enquanto havia estiagem em diversos pontos do continente americano, o Caribe viveu seu ano mais chuvoso dentro de meio século. Tudo isso em um ano em que a temperatura média global da terra e dos oceanos esteve entre as mais quentes registradas no mundo, desde 1880, quando esse registro começou a ser feito.

Fonte: Eco Desenvolvimento