O projeto Fábrica Verde no Complexo do Alemão – Reciclagem de lixo eletrônico


 

      

         Em funcionamento desde 2011, o projeto batizado de Fábrica Verde, localizado no conjunto de favelas do Alemão no Rio de Janeiro, trabalha a inclusão social de jovens a partir da reciclagem de material eletrônico. O projeto tem o objetivo de transformar lixo eletrônico em inclusão digital, por meio do reaproveitamento de computadores, monitores e impressoras usados, com a geração de empregos para moradores de comunidades pacificadas. Outras unidades também foram implantadas na Rocinha, na Zona Sul, no morro da Chacrinha e na Tijuca, onde atende também aos moradores do Salgueiro e do Turano. E a próxima unidade deverá ser implantada na comunidade de Manguinhos, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio

Os alunos da Fábrica Verde aprendem a reciclar computadores, monitores e impressoras usadas, se especializando em montagem e manutenção desses aparelhos. A cada três máquinas doadas por moradores e empresas públicas e privadas, os jovens que participam da Fábrica Verde produzem um computador em condição de uso, que em geral é doado para telecentros comunitários. A iniciativa conta com dez pontos de coleta no Município do Rio de Janeiro, sendo dois destes internos, direcionados aos funcionários do Dataprev e da Ceasa. Veja a lista dos pontos aqui! 

Desde seu lançamento, a Fábrica Verde recebeu mais de 130 toneladas de lixo eletrônico, que serve de insumo para o projeto, capacitando centenas de jovens do Alemão, Rocinha, Chacrinha, Salgueiro e Turano. As turmas são trimestrais, reunindo 120 alunos, que recebem uma bolsa no valor de R$ 120 cada. Só podem se inscrever pessoas a partir de 16 anos e que estejam cursando ou tenham terminado o ensino médio.

Ao ser descartado em locais inadequados, o lixo eletrônico contamina a natureza, pois em sua composição há metais pesados como cádmio e chumbo. Dentro do contexto ambiental, é de suma importância que sejam reciclados. O projeto que teve origem a partir da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e foi implantado pela Superintendência de Território e Cidadania (STC) estimula também a logística reversa, processo previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos por meio do qual o fabricante se compromete com o destino final do produto que vende. Empresas que doam microcomputadores recebem em troca um certificado de doação do projeto.

Fonte: STC Ambiente

Laísa Mangelli