Crianças constroem escola sustentável em Bangladesh


 

                

A cada dia que passa, percebemos que o próprio meio ambiente exige novas posturas. E quem melhor para trazer idéias inovadoras do que as futuras gerações? Para isso, desde os primeiros passos, é preciso que as crianças sejam formadas com práticas sustentáveis e que metodologias ecológicas façam parte de seus cotidianos. Em um pequeno vilarejo em Bangladesh, a idéia saiu do papel e, em quatro meses e 400 toneladas de barro, uma escola construída com materiais recicláveis e bambus foi levantada.

 

        

Artesãos, professores, pais e estudantes locais botaram a mão na massa para erguer 325 m² de escola com dois andares, seis salas e um espaço para aprendizagem coletiva.  Tudo construído com material local. A iniciativa surgiu de uma parceria entre a ONG Dipshikha, que trabalha com auxílio a crianças, e a arquiteta alemã Anna Heringer, que projetou o prédio, mantendo o foco no auxílio às crianças, para que desenvolvam seus próprios potenciais e os utilizem de maneira criativa.

                  

O prédio de aparência rústica possui uma boa iluminação graças às paredes de bambus, que também permite um ambiente mais arejado. Janelas e tetos foram decorados com mantas de algodão colorido, no intuito de quebrar a cor do barro das paredes.

Materiais naturais da localidade, como a palha, o bambu, a argila, foram transportados para a obra por meio de animais, o que dispensou o uso de transportes emissores de CO2. O trabalho manual evitou também o uso de máquinas. A junção de todos esses componentes tornou a construção potencialmente sustentável, que rendeu o prêmio de arquitetura Aga Khan, um dos principais reconhecimentos da área no país.

Com o sucesso da construção da escola, a arquiteta Anna Heringer firmou parcerias com escolas de arquitetura para continuar construindo no vilarejo mais casas e uma escola de ensino técnico em elétrica, sempre com a mesma técnica sustentável.
 

Fonte: Eco Desenvolvimento

Laísa Mangelli