Empreendedorismo Sustentável


Mãe resolve vender papinhas orgânicas e fatura R$1,1 milhão

                                         

Maria Fernanda Rizzo, 35, era professora de educação física e em 2007 resolveu exportar as papinhas orgânicas que produzia em casa para sua filha. “Todos os dias à noite, quando chegava em casa depois do trabalho, eu preparava papinhas orgânicas para minha filha. Até que me perguntei se não havia alguém que as vendesse. Pesquisei e vi que tinha em outros países, mas não no Brasil”, conta.

Maria Fernanda abriu o negócio utilizando R$ 600 mil após um ano e meio de preparação estudando o mercado de orgânicos e modelos de produção. A validade dos produtos é garantida através do congelamento sem conservantes em um processo específico. “O produto sai a 100°C do fogo e vai a -30°C em quarenta minutos. Depois disso, é rotulado e embalado. É um processo controlado que mantém as características da comida fresca”, afirma.

 Sua empresa produz 30 mil refeições por mês, que são comercializadas em 40 pontos de venda no país. A rede faturou R$ 1,1 milhão no primeiro semestre de 2014 e espera chegar à marca dos R$ 2 milhões até o fim do ano. Entre papinhas e sopinhas, são oferecidos 27 sabores, como banana, manga ou mistura de cenoura, maçã, mamão e beterraba. Os preços, de porções de 100 g, variam entre R$ 6,60 a R$ 8,55. Ela também criou uma linha de alimentos congelados para a família, que vêm em porções individuais de 100 g a 500 g e custam de R$ 6,75 (arroz integral 250 g) a R$ 34 (panqueca de frango com molho de tomate 500 g).

                                       

Apesar da expansão das vendas, o mercado de orgânicos ainda é pequeno e não atinge a clientela de massa, aponta o coordenador do IPD, Ming Chao Liu. O consumidor que procura as papinhas orgânicas é aquele que já busca produtos mais saudáveis para sua alimentação e está disposto a pagar mais por isso. Karyna Muniz, consultora do Sebrae-SP (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa de São Paulo), considera o setor promissor. O interesse de grandes empresas, como a Jasmine, que passou a vender papinhas orgânicas no país em julho, é prova disso, segundo ela.

Fonte: Midia News ; organicsnet.com.br 

Laísa Mangelli