Presidenciáveis devem incluir a energia solar em seus governos


Foto: David TREBOSC/Flickr(cc)

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) defende a criação de uma política de Estado, de parte do próximo presidente da República, a fim de promover o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica no Brasil.

A entidade tem recomendado a inclusão da fonte solar fotovoltaica como uma ferramenta estratégica nos programas de governo dos candidatos à Presidência da República. Também atua junto às demais instituições de governo, como o Ministério de Minas e Energia (MME), ao propor medidas de alto impacto e rápida implementação capazes de dinamizar o uso de energia solar fotovoltaica no País.

Como medida central, a Absolar recomenda a criação de um programa nacional solar fotovoltaico, sinalizando à sociedade brasileira, ao mercado e ao setor que a fonte será parte estratégica da política de desenvolvimento do País. Para isso, propõe a incorporação pelos candidatos de uma meta de Estado que tem como foco atingir pelo menos 30 Gigawatts (GW) da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira até 2030.

Com este compromisso, o setor pretende contribuir com a atração ao Brasil de R$100 bilhões em novos investimentos privados, proporcionando a geração de 1 milhão de novos empregos qualificados. A primeira fase deste programa, planejada para ser implementada no período de 2019 a 2022, será capaz de movimentar R$ 35 bilhões e gerar 350 mil novos empregos.

Novas linhas
Para viabilizar a meta principal de 30 GW até 2030, a Absolar recomenda a criação de novas linhas de financiamento que possibilitem a democratização do acesso à tecnologia, para que residências, comércios, indústrias, produtores rurais e prédios públicos passem a gerar sua própria energia renovável, limpa e competitiva a partir do sol, reduzindo seus gastos e aliviando seus orçamentos.

Novos leilões de energia solar fotovoltaica pelo Governo Federal também são parte da proposta, que enxerga nos projetos de grande escala uma oportunidade de diversificar a matriz, aliviar a pressão sobre recursos hídricos e reduzir o uso de termelétricas emergenciais, mais caras e poluentes.

Empregos e tecnologias
Para fortalecer a geração de empregos locais qualificados e trazer mais tecnologia e inovação ao País, a entidade defende a adoção de uma política industrial competitiva para baratear equipamentos fotovoltaicos fabricados no Brasil, reduzindo a elevada tributação sobre as matérias primas utilizadas pelo setor.

“O Brasil está 15 anos atrasado em comparação com os países desenvolvidos na área da energia solar fotovoltaica e, portanto, é necessária a estruturação de um programa nacional para o desenvolvimento do setor solar fotovoltaico brasileiro, tanto na geração centralizada quanto na geração distribuída, além de medidas que contemplem o avanço da cadeia produtiva do segmento”, comenta Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar.

Para o presidente do Conselho de Administração da entidade, Ronaldo Koloszuk, o Brasil tem excelente recurso solar e possui condições privilegiadas para se tornar uma liderança mundial na área. Levantamento realizado pelo Ibope Inteligência em 2018 apontou que 9 em cada 10 brasileiros quer gerar energia renovável em casa. “Além disso, pesquisas realizadas pelo Ibope Inteligência em 2018 e 2017, pelo Datafolha em 2016 e pelo DataSenado em 2015, comprovaram que a fonte solar fotovoltaica conta com amplo apoio de mais de 85% da população brasileira”, ressalta.

EcoD