O alerta de clima na Cop24 em Katowice. Apenas doze anos para reverter a rota


Foto: EBC

“O desafio de interromper o sobreaquecimento do planeta e limitar o aumento das temperaturas estabelecido em 2015 em Paris, é cada vez mais difícil e o tempo disponível é cada vez mais limitado”. O alerta vem do clube de Kyoto, uma organização criada em 1999 e comprometida em atingir as metas de redução das emissões de gases do efeito estufa. Seu nome vem do Protocolo de Quioto, assinado durante a COP3realizada em 1997. O diretor da organização científica Gianni Silvestrini, presente na Polônia para Cop24 destacou que “estamos diante de uma aceleração sem precedentes das mudanças climáticas e em risco não estão mais só as gerações futuras, mas também a nossa” e para isso é necessário agir rapidamente.

A informação é publicada por L’Osservatore Romano, 05/06-12-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

O painel de especialistas da ONU sobre mudança climática, lembra o especialista, afirma que “restam apenas doze anos para reverter a rota: é necessário que dentro desse prazo a comunidade internacional consiga estabelecer metas mais ambiciosas e cortar drasticamente as emissões nocivas até 2030. Estamos numa fase muito delicada”, conclui.

A ex-astronauta norte-americana Mae Jemison, convidada a participar da cúpula, lançou um apelo à “conscientização” da ameaça representada pela mudança climática. Embora a luta contra a mudança climática seja “provavelmente o problema mais importante” que a humanidade já teve que enfrentar, “devemos resolvê-la e é realmente essencial entender que o problema é de todos nós”, continuou a primeira astronauta afro-americana a ter ido para o espaço. Uma opinião compartilhada pelo chefe da estação espacial internacional Alexander Gerst, que lembrou em uma mensagem dirigida aos participantes que “não temos um planeta B” à nossa disposição.

IHU