Desmatamento na Amazônia aumentou 406% em novembro de 2018


Desmatamento ilegal na Terra Indígena Pirititi, Roraima. (Felipe Werneck/ Ibama)

De agosto a novembro de 2018 a Amazônia perdeu 287 quilômetros quadrados de florestas, um aumento de 406% se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o desmatamento somou 57 quilômetros quadrados. Os dados foram divulgados hoje pelo Imazon, que divulga mensalmente os relatórios do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD).

O Estado do Pará contribuiu com 63% dos alertas de desmatamento. As áreas que mais sofreram destruição encontram-se principalmente no nordeste do estado, na região da Terra do Meio, e no oeste com alta concentração de alertas na região da Calha Norte (área que reúne o maior bloco de florestas protegidas do mundo).

53% do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi em assentamentos (37%), Terras Indígenas (5%) e Unidades de Conservação (4%). Das 10 áreas protegidas com maior pressão, seis estão no Pará, como é o caso da Área de Preservação Ambiental Triunfo do Xingu e da Floresta Nacional do Jamanxim. A Reserva Chico Mendes, no Estado do Acre, registrou o segundo maior número de alertas de desmatamentos em novembro de 2018.

O Imazon também divulga os dados de degradação ambiental, quando a floresta não é totalmente suprimida. Foram 11 quilômetros de florestas degradas novembro de 2018, uma redução de 73% em relação ao ano anterior, quando foram detectados 40 quilômetros quadrados.

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