Moradores em Barão de Cocais e Itatiaiuçu, em MG, deixam casas após alerta de barragens


Cerca de 500 pessoas saíram de suas residências devido a um alerta de desnível na barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais. (Google Maps/Reprodução)

Moradores de Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais, foram retirados de suas residências devido a um alerta de desnível na barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, da Vale, informaram a mineradora e a Prefeitura do município nesta sexta-feira.

O alerta ocorre exatas duas semanas após o rompimento de uma barragem da companhia em Brumadinho, também em Minas Gerais, que deixou ao menos 157 mortos e quase 200 desaparecidos.

Em comunicado, a Vale disse que a Agência Nacional de Mineração (ANM) “determinou a evacuação de área à jusante da barragem Sul Superior da mina Gongo Soco”.

“A Vale ressalta que a decisão é preventiva e aconteceu após a empresa de consultoria Walm negar a Declaração de Condição de Estabilidade à estrutura”, acrescentou a companhia, dizendo que a ação teve início na madrugada desta sexta-feira, abrangendo cerca de 500 pessoas nas comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteiras.

“Como medida de segurança, a Vale está intensificando as inspeções da barragem Sul Superior. Também será implantado equipamento com capacidade de detectar movimentações milimétricas na estrutura. A Vale está trazendo consultores internacionais para fazer nova avaliação da situação no próximo domingo.

Em nota no Facebook, a Prefeitura de Barão de Cocais disse que os moradores estão sendo encaminhados para o Ginásio Poliesportivo da cidade, onde serão temporariamente abrigados.

Itatiaiuçu

E no distrito de Pinheiros, em Itatiaiuçu (MG), Região Metropolitana de Belo Horizonte, moradores receberam ordens de evacuação por risco em uma barragem da produtora de aço ArcelorMittal, informou o Corpo de Bombeiros nesta sexta-feira.

Não estava imediatamente claro qual o risco oferecido pela estrutura nem quantas pessoas foram afetadas. A corporação, entretanto, disse que a situação está controlada “no momento”.

Procurada pela Reuters, a Arcelor Mittal não respondeu de imediato.

Reuters