Mobilização de jovens pelo clima ganha apoio de Obama


O ex-presidente dos EUA, Barack Obama, ressalta que muitos desses jovens não podem votar, mas sabem bem o que acontece no mundo hoje. (AFP)

O ex-presidente americano Barack Obama apoiou no sábado (6), em Berlim, a mobilização dos jovens, toda sexta-feira, contra as mudanças climáticas. “Quanto mais cedo eles começarem, melhor”, disse Obama em um debate com um grupo de jovens na capital alemã.

O ex-mandatário deu seu apoio aos protestos dos adolescentes, iniciados pela sueca Greta Thunberg, todas as sextas-feiras para exigir a intensificação da luta contra as mudanças climáticas. “Muitas dessas pessoas não podem votar, elas ainda são jovens demais para votar, mas sabem o que está acontecendo”, acrescentou Obama.

“Não deixariam que seus avós decidissem qual música vão ouvir, ou que roupa vão vestir. Por que deixariam que decidissem em que mundo vão viver?”, questionou. “Combater as mudanças climáticas é um desafio existencial (…) As coisas mudam quando nos mobilizamos fortemente”, disse o ex-presidente, para quem “o planeta em que vivemos está em perigo”.

“Não podemos consegui-lo se ficarmos sentados ou esperamos que alguém o faça”, disse ele. Obama, que deixou a Casa Branca no início de 2017 depois de dois mandatos, está na Alemanha desde a quinta-feira para promover sua fundação, que trabalha para o surgimento dos “líderes do amanhã”.

Barack Obama assinou o Acordo de Paris sobre o Clima em 2015. Seu sucessor, Donald Trump, decidiu em junho de 2017 retirar os Estados Unidos do pacto, que tenta conter o aquecimento global abaixo dos + 2°C.

Obama, recebido no dia anterior pela chanceler alemã, Angela Merkel, enviou uma mensagem sobre a gravidade da situação atual. Na Europa Ocidental, “provavelmente nunca se viveu tão bem (…), mas existem forças poderosas que agem” contra isso, “como as mudanças climáticas, a crise financeira, o nacionalismo, particularmente a extrema direita”, alertou, fazendo um apelo para que as pessoas votem nas eleições europeias de 26 de maio.

AFP