Prêmio para a Pegada Ambiental: viagem ao Arquipélago Fernando de Noronha


Foto: Site oficial de Fernando de Noronha

Por Alejandro Bessa e Danilo Milard

As equipes das escolas inscritas no Projeto Pegada Ambiental 2019, integrante do Movimento Eco DOM, vão concorrer a uma viagem ao Arquipélago Fernando de Noronha. A viagem será oferecida ao professor orientador, o aluno representante e um alunos da equipe EcoDom selecionado, por sorteio ou escolha, pela Direção da Escola.

O Grupo de Iniciação Científica liderado pelos professores José Cláudio Junqueira Ribeiro e Lívia Maria Cruz Gonçalves de Souza, composto pelos alunos Alejandro Bessa, Anderson Ignácio e Danilo Milard (EMGE) e Gabriel Junio, Vânia Cristina, Victor José e Victória e William Coelho (Dom Helder), é o responsável pelo acompanhamento e avaliação dos 20 indicadores que compõem o Índice Pegada Ambiental de Sustentabilidade, que vem sendo aplicado em cerca de 150 escolas públicas da Região Metropolitana de Belo Horizonte – RMBH.

O objetivo desse prêmio é possibilitar aos vencedores a experiência de conhecer um exemplo de gestão territorial sustentável que vem sendo desenvolvida no Arquipélago de Fernando de Noronha, que abriga uma das mais admiradas biodiversidades do país.

O Arquipélago de Fernando de Noronha é composto por 21 ilhas, numa extensão de 26 km2 sendo que a ilha principal é denominada também de Fernando de Noronha, com área de 17 km2.

A Ilha Fernando de Noronha tem seu nome em homenagem ao donatário português Fernão de Noronha, que a recebeu em forma de capitania hereditária. A ilha foi descoberta devido ao primeiro naufrágio brasileiro sofrido em 1503, ocorrido nas proximidades do arquipélago.

Após a Constituição de 1988, o Arquipélago de Fernando de Noronha passou a ser um Distrito Estadual pertencente ao estado de Pernambuco, contando atualmente com uma população de cerca de 2.500 pessoas, cuja principal atividade é o turismo. A população insular é remanescente desde o período colonial, acrescida de familiares de presos comuns ou políticos, guardas, militares ou pessoas que para lá foram destacadas para prestarem serviços, uma vez que durante a ditadura Vargas a ilha se tornou um presídio (IBGE, 2017).

Atualmente o Arquipélago de Fernando de Noronha é uma Área de Proteção Ambiental –APA, unidade de conservação de uso sustentável, administrada pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio), localizado na costa nordeste brasileira.

Além de uma história bonita e interessante, Fernando de Noronha é também sinônimo de beleza natural preservada. A gestão ambiental do arquipélago dispõe de dispositivos legais para manter rígidos padrões de conservação, como por exemplo o decreto que proíbe a entrada de plásticos e similares descartáveis no arquipélago. Para a geração de energia conta com projetos de energia solar, financiada pelo estado de Pernambuco e empresas multinacionais como Tesla, GM (General Motors) e a geradora de energia italiana, Enel.

A gestão do arquipélago faz atenção à capacidade de suporte das ilhas, limitando a quantidade de turistas que podem visitá-la. Para contribuir com sua manutenção, são cobradas taxas de ingresso na ilha – R$ 106,00 para brasileiros e R$ 212,00 para estrangeiros, com validade por dez dias; e de R$68,00 por dia para a preservação ambiental.