Cheias extremas aumentam na bacia do Rio Amazonas nos últimos 30 anos


Enchente no Amazonas. (Jochen Schöngart/ INPA)

A frequência das cheias extremas na região da bacia hidrográfica do Rio Amazonas teve um aumento de cinco vezes nos últimos 30 anos, segundo estudo que analisou uma pesquisa temporal iniciada em setembro de 1902 com registros diários dos níveis de água no Rio Amazonas feitos no Porto de Manaus.

Publicado na revista Science Advances, o estudo Intensificação Recente dos Extremos de Inundação da Amazônia Impulsionada pela Circulação Reforçada de Walker mostra que nos primeiros 70 anos da série, o intervalo entre as cheias extremas com níveis de água que ultrapassaram 29 metros – valor de referência para acionar o estado de emergência na cidade de Manaus – aconteciam aproximadamente a cada 20 anos. Nas últimas três décadas esse regime mudou e atualmente as cheias extremas acontecem em média a cada quatro anos.

Os pesquisadores apontam que o aumento do número de enchentes está relacionado à intensificação da circulação de Walker, um sistema de circulação de ar movido pelo oceano originado pelas diferenças de temperatura e pressão atmosférica sobre os oceanos tropicais Atlântico e Pacífico.

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