6 cidades brasileiras que implementam ciclorrotas como alternativa de mobilidade


Elas representam, na opinião de muitos, os melhores trajetos para se trafegar em bicicleta. Costumam ser sinalizadas em caminhos e vias que já existem e costumam ser utilizadas por ciclistas mais experientes, que conhecem bem as ruas dos bairros. Do quê estamos falando? Das ciclorrotas.

A sinalização, geralmente vertical (placas) e horizontal (pintura de solo), atua tanto para indicar aos ciclistas quais as melhores ruas para se utilizar, quanto para torná-las ainda mais seguras, a fim de diminuir a velocidade dos automóveis e estimular o compartilhamento das vias.

O site Vá de Bike listou algumas cidades brasileiras que têm implementado ciclorrotas como alternativas de mobilidade urbana. São elas:

  • Rio de Janeiro

Na capital fluminense, o projeto Ciclorrotas-Centro começou a sair do papel em 2014 e em maio estava 10% implantado nas ruas do centro da cidade. O mapeamento, entregue como um “presente da sociedade civil” à prefeitura, foi idealizado e elaborado pela própria população durante 18 meses de pesquisas, com mão de obra totalmente voluntária e colaborativa.

Segundo Zé Lobo, diretor da Transporte Ativo, todo o processo durou cerca de 100 dias até começar a ser concretizado. Participaram dos levantamentos pessoas de diversas áreas e interesses, entre quem pedala, não pedala e os que gostariam de pedalar.

  • Belo Horizonte

Na capital mineira a necessidade de mapeamento das ciclorrotas surgiu junto com o anúncio de instalação das bicicletas públicas na cidade e foi solicitado pela BHTrans, órgão de trânsito de Belo Horizonte. “Estamos no começo do processo ainda. Nos dividimos em dois grupos, entre pessoas que pedalam e que gostariam de pedalar. Fizemos pesquisa de origem e destino e vamos começar a definir as tipologias de infraestrutura para cada via”, explicou o diretor da organização não governamental BH em Ciclo, Guilherme Tampieri.

A metodologia utilizada é a mesma da Transporte Ativo.

O projeto está sendo realizado em parceria entre poder público, sociedade civil e o meio acadêmico, e conta com a participação de cerca de 50 pessoas.

  • Aracaju

Em Aracaju, a Associação Ciclo Urbano começou a articular o mapeamento das ciclorrotas em abril desse ano. A meta, segundo o presidente da associação, Luciano Aranha, é contemplar a capital inteira e ampliar a malha cicloviária de 60km para 250km. A capital sergipana acabou de lançar seu sistema de bicicletas públicas, batizada de Caju Bike.

A associação está pedindo sugestões de ciclistas e não-ciclistas da cidade. Você pode contribuir aqui.

  • Vitória

Em Vitória o processo teve início em janeiro desse ano e foi uma iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria dos Transportes e Obras Públicas (Setop). Segundo representantes do CUC (Movimento Ciclistas Urbanos Capixabas), o projeto faz parte do Programa Cicloviário Metropolitano e tem como meta contemplar a capital e região da Grande Vitória.

Estão participado das reuniões para traçar as ciclorrotas membros do CUC, da Federação Espírito Santense dos Ciclistas (Fesc), do Bike Anjo e das Mulheres de Bike. Em breve a capital capixaba também vai lançar seu sistema de bicicletas públicas compartilhadas.

  • Curitiba

Desde setembro de 2013 a prefeitura de Curitiba vem trabalhando, em parceria com a CicloIguaçu e com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), na elaboração das ciclorrotas na cidade.

“Lançamos uma consulta pública na internet durante dois meses para que os ciclistas enviassem suas contribuições. Foram mais de 100 propostas diferentes”, informou o coordenador geral da CicloIguaçu, Goura Nataraj.

As ciclorrotas de Curitiba devem começar a ser implantadas em julho de 2014, com previsão de entrega de 90km até 2016. Saiba mais.

  • São Paulo

Foi lançada recentemente a segunda edição do mapa das ciclorrotas da capital paulista, dessa vez incluindo a região leste da cidade. Esse mapeamento tem servido de guia ao poder público para a implantação de ciclorrotas na capital – com sinalização específica e alterações no viário, como no caso das ciclorrotas do Brooklin e de Moema. Embora tenha dado apoio ao projeto de mapeamento, a prefeitura não tem obrigação de segui-lo à risca.

Para dar mais subsídios técnicos aos órgãos responsáveis pela implantação desse tipo de infraestrutura, a Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo) elaborou, no início de fevereiro, um relatório contendo diversas contribuições e sugestões técnicas às ciclorrotas.

O documento foi entregue à prefeitura que, até o momento, não se manifestou quanto às sugestões. Saiba mais.

Matéria originalmente publicada no portal EcoDesenvolvimeto

Fonte: Cidades Sustentáveis

É HOJE! Mais de 120 cidades brasileiras apagam luzes na Hora do Planeta


O ato simbólico acontece entre as 20h30 e 21h30 do fuso horário local para demonstrar preocupação com o meio ambiente

      No ano passado, 150 países participaram do evento Foto: Reprodução

No ano passado, 150 países participaram do evento Foto: Reprodução

Cidades de todo o mundo apagarão as luzes neste sábado durante 60 minutos para a Hora do Planeta, iniciativa criada pela ONG ambientalista WWF. O ato simbólico acontece entre as 20h30 e 21h30 do fuso horário local para demonstrar preocupação com o meio ambiente. No Brasil, pelo menos 126 cidades participam do evento.

 

A iniciativa surgiu em Sydney em 2007 e convocou 2 milhões de pessoas. Sete anos depois, em 2013, cidadãos em mais de 153 países de todos os continentes, incluindo a Antártida, desligaram suas luzes. Mais de 1,3 mil monumentos e edifícios representativos foram apagados, contou a organização.

 

No Brasil, Belo Horizonte foi eleita a capital nacional da Hora do Planeta. Segundo um júri internacional, a cidade venceu uma disputa interna com Rio de Janeiro e São Paulo pelo esforço direcionado para a sustentabilidade. Em sua terceira edição, o Desafio das Cidades elegeu capitais em 13 países que atuam na preservação ambiental sustentável. 

              

 

“A primeira edição do Desafio no Brasil nos mostra que há excelentes exemplos de cidades que desempenham um papel de liderança, medindo suas emissões e construindo planos abrangentes para enfrentar as mudanças climáticas”, observou Florence Laloe, secretária executiva Câmara Internacional sobre desenvolvimento sustentável (Iclei, da sigla em Inglês). 

 

O parecer técnico do júri apontou que Belo Horizonte “apresenta uma estratégia de baixo carbono integrada, guiada por uma visão forte e construída através de ações concretas”. 

 

Segundo a prefeitura da capital mineira, entre os projetos que levaram a capital à vitória, está a Usina Solar Fotovoltaica, instalada na cobertura do Mineirão, um dos estádios da Copa do Mundo. O desenvolvimento adequado da energia solar térmica também foi fator determinante. “A capital mineira é referência na aplicação do coletor solar para aquecimento de água e em números de edificações multifamiliares existentes com a aplicação da tecnologia – aproximadamente 3 mil edifícios residenciais”, publicou a prefeitura após o resultado. 

Fonte: Terra