Centro-americanos e brasileiros tentam salvar agricultura das secas


A reserva de La Concepción, que abastece 30% do consumo hídrico de Tegucigalpa, capital de Honduras, afetada pela seca em 14 de setembro de 2019 (AFP/Arquivos)

Uma delegação de agricultores da Guatemala, de El Salvador e de Honduras buscará no Brasil alternativas para superar os efeitos causados por secas repetidas na agricultura, informou nesta sexta-feira a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em San Salvador.

Além de compartilhar experiências acumuladas entre as “regiões mais secas do planeta” que têm semelhanças, “serão discutidas alternativas para reduzir o impacto” da seca na agricultura, afirmou a FAO em comunicado.

O encontro dos agricultores que vivem no chamado “Corredor Seco” e seus parceiros do sul está agendado de 19 a 26 de novembro em Petrolina, Pernambuco, cidade no semiárido do nordeste

Os centro-americanos conhecerão detalhes técnicos de especialistas da Embrapa Semiárido e de outras instituições, no âmbito do projeto da Iniciativa América Latina e Caribe para 2025.

A FAO estima que cerca de 10,5 milhões de pessoas vivem no corredor seco, a maioria delas na Nicarágua, Honduras, El Salvador e Guatemala. Aproximadamente 60% dessa população vive na pobreza.

Nos países da América Central, mais de 2 milhões de famílias dependem da agricultura de subsistência e estão constantemente em risco de insegurança alimentar devido a secas recorrentes, atribuídas principalmente às mudanças climáticas.

AFP