Movimento ambientalista contesta na Justiça proibição de protesto em Londres


Uma mãe e seu bebê participam de concentração do grupo Extinction Rebellion na frente da sede do Google em Londres (AFP)

O movimento ambientalista Extinction Rebellion (XR) anunciou, nesta quarta-feira (16), que vai recorrer à Justiça britânica contra a proibição policial de se manifestar nas ruas de Londres, decretada na segunda-feira, na segunda semana de sua mobilização internacional contra a crise climática.

Os advogados da XR devem pedir à Alta Corte de Londres que examine a ordem de proibição, informou o movimento em um comunicado.

Sem esperar uma decisão, a organização fez novos protestos na capital britânica. Cerca de 100 mulheres, sentadas com os filhos nos braços, bloquearam a entrada da sede do grupo americano Google em Londres, enquanto outros jovens ativistas escalavam a fachada de sua filial YouTube.

O movimento disse querer alertar para as supostas doações do Google para organizações que negam a crise climática. “YouTube, pare de ser plataforma do negacionismo climático”, dizia um cartaz.

O grupo, que defendeu a desobediência civil para lutar contra a inação climática, lançou em 7 de outubro uma série de ações espetaculares no Reino Unido e no restante do mundo com o objetivo de denunciar a falta de determinação dos governos para enfrentar a crise climática.

Após suas manifestações no centro financeiro de Londres na segunda-feira, a polícia emitiu uma ordem proibindo esse tipo de ação, afirmando que causa “perturbações graves” na capital britânica. E advertiu que aqueles que continuarem a se manifestar podem ser detidos e processados.

A decisão foi muito criticada, e a ONG de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional a denunciou como “uma restrição ilegal à liberdade de expressão”.

“Se se opor à degradação climática e ecológica e defender a humanidade é contrário às regras, então, as regras devem ser quebradas”, reagiu em um tuíte a sueca Greta Thunberg, de 16 anos, transformada em símbolo internacional da luta dos jovens a favor do clima.

Apesar de expulsos na segunda à noite da Trafalgar Square, os ativistas do XR continuaram suas ações no dia seguinte, na frente do Ministério dos Transportes, dos serviços de Inteligência MI5, do Parlamento de Westminster e até do Palácio de Buckingham.

O prefeito de Londres, o trabalhista Sadiq Khan, disse que a proibição não partiu dele e pediu à polícia que “encontre um modo” de permitir os protestos de forma “legal e pacífica”.

Já a ministra do Interior, Priti Patel, pediu que se “apoie a polícia”.

“Os agentes de todo país fizeram um trabalho fantástico para manter a ordem durante as manifestações”, tuitou.

Desde o início da mobilização da XR na semana passada, foram realizadas 1.642 detenções em Londres, segundo números divulgados nesta quarta.

AFP

Em Londres, óleo de cozinha será transformado em energia elétrica


                   

No Brasil, jogar óleo na pia da cozinha é um hábito comum e que deveria acabar. Em primeiro lugar, porque ele pode chegar aos rios e lagos, causando a poluição desse tipo de ambiente. Em segundo, porque os restos de óleo que se acumulam nos canos da sua casa podem atrair insetos indesejáveis e causar graves entupimentos.

Além disso, o óleo pode ser reaproveitado ao invés de ser descartado, como, por exemplo, para fazer sabão de maneira simples (veja a receita aqui). Entretanto, caso prefira descartar o material, saiba como lidar e onde destinar corretamente esse tipo de material visitando esta página sobre postos de reciclagem..

Por outro lado, na Inglaterra, há mais um motivo para abandonar esse hábito nada amigável para o meio ambiente: a cidade de Londres está apostando em geradores de energia elétrica movidos por óleo de cozinha.

Trinta toneladas do material, fornecido por restaurantes e empresas alimentícias, serão recolhidas diariamente pela prefeitura que, misturada a gordura animal e óleo vegetal, gerarão 130 gigawatts por hora, o suficiente para abastecer 40 mil casas de médio porte.
O projeto terá seu início em 2015 e, além de colaborar com a geração de energia barata, ajudará a capital do Reino Unido a resolver um de seus principais problemas ambientais. Mensalmente, a cidade gasta um milhão de libras para limpar os 40 mil bloqueios no sistema de esgoto, causados pelo descarte inadequado de óleo.

 

Fonte: eCycle

 

Londres vai usar calor do metrô para aquecer residências


Pensa em quantas vezes já não passou sufoco dentro do metrô em dias abafados? Atento a essa experiência “sudorenta”, que não é exclusividade brasileira, a prefeitura de Londres vai utilizar o calor produzido no agitado metrô para suprir a demanda de energia para aquecimento das residências.

Com a iniciativa, a prefeitura espera não só reduzir a conta de energia, mas cortar as emissões de carbono da cidade em 60%, já que ao invés de usar termelétricas a carvão, extremamente poluentes, a cidade aproveitará uma energia limpa e disponível que vem de baixo da terra.

O projeto vai desviar o calor de um grande poço de ventilação para uma rede térmica que se conecta a centenas de casas. A ideia é aproveitar o calor gerado pelos passageiros, vagões e por outras máquinas para suprir a necessidade de aquecimento das residências durante os dias frios.

O plano nasceu de uma colaboração entre o irreverente prefeito da cidade, Boris Johnson, o Conselho de Islington e o Transport for London. "Nós precisamos fazer todo o possível para gerar energia de forma mais segura, rentável e sustentável. Ao apoiar a energia de origem local e redes de calor, podemos não só poupar dinheiro, mas também impulsionar a inovação, o emprego e o crescimento neste setor" , disse Matthew Pencharz , conselheiro sênior do prefeito sobre o meio ambiente e energia.

Fonte: Planeta Sustentável