Costa Rica é primeiro país tropical a parar e reverter desmatamento


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Floresta na Costa Rica
Foto: Banco Mundial/Flore de Preneuf

O Banco Mundial afirmou na primeira semana de junho que as florestas da Costa Rica representam uma "incrível história de sucesso". Depois de décadas de desmatamento crescente para abrir terras para uso da agricultura e criação de animais, o país implementou políticas de proteção nos anos 80 que permitiram a recuperação das florestas.

Segundo o Banco Mundial, a Costa Rica é o primeiro país tropical a parar e reverter a situação. Atualmente, mais da metade do território costarriquenho é coberto por florestas, comparado com os 26% registrados em 1983. Ao mesmo tempo, a nação alcançou um crescimento significativo nos setores de turismo sustentável e de geração de energia hidrelétrica.

As florestas contribuem com 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para a economia. O resultado é bem maior do que o esperado inicialmente.

Os resultados têm impacto direto sobre como a Costa Rica realiza a gestão de seus recursos florestais

Os especialistas disseram que a urbanização e a alta demanda por energia estão pressionando os recursos naturais da Costa Rica. Além disso, a grande demanda internacional por madeira está incentivando o desmatamento ilegal.

Reforma
O Banco Mundial diz que a conservação das florestas no país pode ficar ameaçada se o setor de silvicultura não sofrer um processo de reforma para lidar com esses desafios.

Só será possível manter o crescimento das florestas se elas forem consideradas um "bem de produção" e suas contribuições para a economia incluídas nas políticas implementadas pelo governo.

Desde 2012, a Costa Rica e o Banco Mundial trabalham em parceria num projeto para colher dados mais específicos sobre os recursos naturais do país, por exemplo, florestas, água e energia, e como eles interagem com a economia.

Os resultados têm impacto direto sobre como a Costa Rica realiza a gestão de seus recursos florestais, tanto em relação à conservação como ao uso sustentável.

(Por Edgard Júnior, da Rádio ONU)

Fonte: EcoD