Alemanha também goleia em ranking de eficiência energética; Brasil é 15º


            

Os alemães não são campeões mundiais apenas no futebol, como vimos recentemente no Brasil. Em eficiência energética eles também ocupam o topo, segundo revela um estudo do Conselho Americano para uma Economia de Energia Eficiente (Aceee) que avalia a eficiência energética entre 16 importantes economias do mundo.

De acordo com o levantamento divulgado na quinta-feira, 17 de julho, um país que utiliza menos energia para atingir um mesmo resultado, ou mesmo superá-lo, reduz custos e polui menos, criando uma economia mais competitiva.

O estudo avaliou o uso de energia a partir de 31 indicadores, distribuídos em quatro áreas-chave: indústria, transporte, edificações e esforços nacionais em prol da eficiência energética.

Em um mundo assolado pelas mudanças climáticas e de pressão crescente sobre os recursos naturais, a busca pela eficiência energética deve ser regra. Apesar de possuir uma das tarifas mais caras de energia e uma fonte abundante e renovável, como as hidrelétricas, o Brasil não aproveita bem a energia que tem.

O país ocupa a 15ª posição do ranking – ganhamos apenas do México. Ao todo, o Brasil atingiu 30 pontos de um total de 100 possíveis.

No quesito “esforços nacionais”, o Brasil fez 4 pontos de 25 possíveis. Foram avaliados, por exemplo, esforços para criação de legislações ou políticas nacionais que estimulem o uso mais racional de energia.

Baixo desempenho

Eficiência energética nas indústrias preocupa ainda mais – o país fez 2 de 25 pontos totais.

Em “edificações”, outro setor que pressiona os recursos energéticos nos países, o Brasil somou 10 de 25 pontos possíveis. Foram levados em conta os códigos de construção e padrões de eficiência energética adotados, por exemplo, nos equipamentos usados.

Apenas no transporte, o país atingiu mais da metade da pontuação possível (14 de 25). O uso de etanol pela frota automotiva ajuda a melhorar o desempenho nesse quesito.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/alemanha-tambem-goleia-em-ranking-de-eficiencia?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

Laísa Mangelli

Alemanha também goleia em ranking de eficiência energética; Brasil é 15º


            

Os alemães não são campeões mundiais apenas no futebol, como vimos recentemente no Brasil. Em eficiência energética eles também ocupam o topo, segundo revela um estudo do Conselho Americano para uma Economia de Energia Eficiente (Aceee) que avalia a eficiência energética entre 16 importantes economias do mundo.

De acordo com o levantamento divulgado na quinta-feira, 17 de julho, um país que utiliza menos energia para atingir um mesmo resultado, ou mesmo superá-lo, reduz custos e polui menos, criando uma economia mais competitiva.

O estudo avaliou o uso de energia a partir de 31 indicadores, distribuídos em quatro áreas-chave: indústria, transporte, edificações e esforços nacionais em prol da eficiência energética.

Em um mundo assolado pelas mudanças climáticas e de pressão crescente sobre os recursos naturais, a busca pela eficiência energética deve ser regra. Apesar de possuir uma das tarifas mais caras de energia e uma fonte abundante e renovável, como as hidrelétricas, o Brasil não aproveita bem a energia que tem.

O país ocupa a 15ª posição do ranking – ganhamos apenas do México. Ao todo, o Brasil atingiu 30 pontos de um total de 100 possíveis.

No quesito “esforços nacionais”, o Brasil fez 4 pontos de 25 possíveis. Foram avaliados, por exemplo, esforços para criação de legislações ou políticas nacionais que estimulem o uso mais racional de energia.

Baixo desempenho

Eficiência energética nas indústrias preocupa ainda mais – o país fez 2 de 25 pontos totais.

Em “edificações”, outro setor que pressiona os recursos energéticos nos países, o Brasil somou 10 de 25 pontos possíveis. Foram levados em conta os códigos de construção e padrões de eficiência energética adotados, por exemplo, nos equipamentos usados.

Apenas no transporte, o país atingiu mais da metade da pontuação possível (14 de 25). O uso de etanol pela frota automotiva ajuda a melhorar o desempenho nesse quesito.

Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/alemanha-tambem-goleia-em-ranking-de-eficiencia?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

Laísa Mangelli

Brasil aparece em 77º em ranking de desempenho ambiental


Índice avaliou 178 países em diversas categorias, sendo que o Brasil se destaca negativamente principalmente na questão do saneamento básico, no desmatamento e na tendência de aumento da intensidade de carbono na economia

 

Pesquisadores das Universidades de Yale e Colúmbia, ambas nos Estados Unidos, em parceria com o Fórum Econômico Mundial, divulgaram nesta semana o Environmental Performance Index 2014 (EPI), classificando 178 países de acordo com dois grandes temas: “Proteção da saúde humana das ameaças da natureza”, que inclui questões como saneamento básico e impactos da poluição do ar e da água; e “Vitalidade dos ecossistemas”, que engloba, entre outros fatores, leis de proteção da biodiversidade e impactos da matriz energética no meio ambiente.

Considerando todos os critérios, a Suíça aparece como o líder do ranking, seguida por Luxemburgo, Austrália, Singapura e República Tcheca.

“Muitos dos países que figuram no topo neste ano são os mesmos de edições passadas. Isso demonstra como um bom desempenho ambiental está relacionado com políticas de longo prazo que priorizem a proteção dos ecossistemas e que comprometam investimentos neste sentido”, afirmou Angel Hsu, principal autor do índice.

Entre as grandes potências, a Alemanha é a melhor classificada, em sexto lugar. O Reino Unido está em 12º, o Japão, em 26º, a França, em 27º, e os Estados Unidos, em 33º. 

Já os países emergentes apresentaram modestas melhoras no ranking, mas ainda ocupam baixas posições, devido principalmente à sua urbanização desordenada, crescimento acelerado – movido muitas vezes pela destruição de ecossistemas – e pela ausência de leis de proteção ambiental.

A África do Sul está em 72º, a Rússia, em 73º, o Brasil, em 77º, a China, em 118º e a Índia aparece bem ao fim da lista, em 155º.

A posição ruim do Brasil se justifica pelo seu péssimo desempenho em alguns dos critérios. Em mortalidade infantil, por exemplo, apesar dos avanços dos últimos anos, o país ainda é o 95º no ranking. Em acesso a saneamento básico, que também resulta na alta mortalidade infantil, é o 98º.

 Em “tendência para o aumento de intensidade de carbono”, o Brasil está em 93º, um sinal de que a economia e o setor de energia estão seguindo um caminho de mais emissões de gases do efeito estufa, algo que é facilmente constatado pelo maior uso de termoelétricas e pelas promessas do governo de mais investimentos em carvão.

Mas a pior classificação do país é em “mudança de cobertura florestal”, 105º, destacando o aumento do desmatamento no ano passado, que pode estar relacionado com o enfraquecimento do Código Florestal, alterado em 2012.

No entanto, nem tudo é ruim para o Brasil; aparecemos em primeiro no item “poluição do ar – exposição a particulados (PM 2,5)”. Isso se deve ao grande número de habitantes do país que não vive metrópoles, e que, portanto, não está exposto a tanta poluição de automóveis e fábricas. A nossa atual matriz energética baseada em hidroeletricidade também explica o bom resultado.

Todas as cinco piores nações do ranking, Somália, Mali, Haiti, Lesoto e Afeganistão, estão envolvidas em conflitos civis ou em caos social devido a catástrofes naturais. É o caso do Haiti, que ainda está buscando se recuperar do terremoto de 2010, um reflexo de que, sem estabilidade política e institucional, não há proteção do meio ambiente, afirma o EPI.

“O nosso índice pode ajudar a direcionar os esforços internacionais na busca por cumprir as Metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Porém, ainda vemos que existe uma falta de estrutura política para que se acelere a transformação necessária para um modelo econômico e social realmente sustentável”, concluiu Hsu.

Imagem: Crianças brincam perto de esgoto a céu aberto em Brasília / Valter Campanato / AgenciaBrasil   
               O desmatamento voltou a crescer no Brasil em 2013 / Wikimedia Commons 

Fonte: Instituto Carbono Brasil