ONGs alertam UE para risco de pensamento único na ciência


Grupo pediu a eliminação do cargo de conselheira científica da Comissão Europeia, atualmente ocupado por uma defensora dos organismos geneticamente modificados.

         

Um grupo de ONGs pediu nesta terça-feira (19) a eliminação do cargo de conselheira científica da Comissão Europeia, atualmente ocupado por uma defensora dos organismos geneticamente modificados (OGM), diante do risco de um pensamento único e tendencioso no campo científico na União Europeia (UE). Estas ONGs, entre as quais estão o Greenpeace, a francesa Rede Meio Ambiente Saúde e a britânica Aliança para a Prevenção do Câncer, fizeram esse pedido através de uma carta aberta dirigida ao presidente eleito da Comissão, Jean-Claude Juncker, que no outono substituirá José Manuel Durão Barroso na direção do Executivo europeu.

As organizações pedem a eliminação do cargo de conselheiro científico em chefe da Comissão Europeia, criado por Barroso e atualmente nas mãos da britânica Anne Glover.

Manter esse cargo "não é o melhor meio para que a Comissão garanta a elaboração de políticas públicas informadas por dados científicos conclusivos", e sim, "pelo contrário, mais uma fonte de problemas", diz o texto.

"Os membros dos grupos de pressão (lobbies) da indústria se deram conta há algum tempo de que quanto mais concentrada é a opinião científica nas mãos de uma única pessoa, mais fácil é controlá-la", acrescentou.

"Parece difícil que um único conselheiro científico em chefe (…) garanta o princípio de um conselho científico independente, objetivo e transparente", insistem na missiva.

As organizações ambientais e de defesa do consumidor acusam com frequência a Comissão de se posicionar a favor da indústria em questões como transgênicos, mas também no campo da clonagem, pesticidas e alteradores endócrinos.

Anne Glover, bióloga nomeada para o cargo em 2012, é alvo de críticas pelo apoio declarado aos organismos geneticamente modificados. Em setembro, ela disse que a oposição aos OGM é uma "espécie de loucura".

Fonte: Exame

Laísa Mangelli

União Europeia busca negócios com empresas brasileiras em projetos ambientais


 

A União Europeia quer aproximar pequenas e médias empresas do Brasil e da Europa para promover a troca de experiências e de negócios que possam aumentar o uso de tecnologias para a redução da emissão de gases de efeito estufa na indústria brasileira. O projeto Low Carbon Business Action in Brazil já está identificando áreas e setores econômicos no país que possam concretizar negócios e aderir a processos e tecnologias de baixo carbono.

Serão realizadas três rodadas de negócios neste ano e pelo menos mais três no ano que vem, com a participação de cerca de 720 empresas brasileiras e europeias. A primeira rodada de negócios deverá ser em agosto. O objetivo é promover a troca de experiências inovadoras e apoiar as empresas na transição para as tecnologias e os processos de baixa emissão de carbono.

O projeto vai financiar até 80% dos custos logísticos e de viagens de empresas selecionadas e promoverá acordos de cooperação para maior competitividade e sustentabilidade ambiental das companhias participantes. O investimento será de 3 milhões de euros até 2018 para financiamento operacional dos contatos. Em um segundo momento, deverá haver mecanismos financeiros de apoio para que as empresas possam desenvolver as propostas.

O especialista sênior em tecnologias de baixo carbono do projeto, Ricardo Esparta, destaca que já existe um mercado de redução de emissões na União Europeia e que os países do bloco são os principais atores na discussão de uma economia de baixo carbono no mundo. Por isso, há interesse em investir em países como o Brasil, onde essas tecnologias ainda estão em desenvolvimento.

“Com isso, a gente não só leva à redução da emissão de gases de efeito estufa e atinge os objetivos da Convenção do Clima, como ajuda também os setores tanto na Europa, porque naturalmente existe um interesse econômico, quanto em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde isso está sendo buscado”, diz Esparta.

Um dos setores que devem ter destaque nas rodadas de negócios é o de biogás. No Brasil, existe potencial para a produção de gás natural, mas faltam tecnologias como equipamentos para produzir e purificar o produto de maneira mais eficiente. “Existe potencial no Brasil, mas ainda há uma falta de tecnologia, capacidade, de know how que pode ser suprida por tecnologias já prontas. Na Europa, o mercado de biogás é bem mais desenvolvido. Então, ao invés de começar do zero, posso pegar uma coisa um pouco mais avançada, adaptar para o Brasil e começar a produzir melhor aqui”, afirma o especialista.

Também com o objetivo de aproximar empresas interessadas em parcerias para o desenvolvimento de tecnologias para o meio ambiente, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai promover, na próxima semana, rodadas de negócios durante a Feira Pollutec, em São Paulo. Durante as conversas, empresas brasileiras vão trocar experiências e tentar fechar parcerias de negócios neste ramo com empresas da França, Bélgica e Espanha.

“É uma oportunidade importante para empresas brasileiras que queiram identificar parceiros comerciais e tecnológicos voltados para esta área específica, dentro daquilo que é a vocação do setor produtivo brasileiro no tema meio ambiente, como tratamento de água, empresas de gestão de resíduos, de energias renováveis”, ressalta a gerente de Serviços de Internacionalização da CNI, Sarah Saldanha. Durante os dois dias dos encontros de negócios (13 e 14 de abril), a estimativa é promover US$ 4 milhões em negócios entre as empresas. A ação da CNI será feita em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com o apoio do projeto Low Carbon Business Action in Brazil.

A Pollutec é uma feira internacional, considerada o maior salão com foco em tecnologias para meio ambiente no mundo. É a primeira vez que o evento ocorre no Brasil. A previsão é que 80 empresas nacionais e internacionais apresentem soluções e inovações em todas as atividades ambientais e de saneamento.

Edição: Juliana Andrade

Países ricos se opõem a medir a responsabilidade histórica pelo aquecimento global


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A União Europeia e os Estados Unidos se opuseram nesta sexta-feira a uma proposta dos países em desenvolvimento para se medir a responsabilidade histórica de cada nação pelo aquecimento global.

O estudo guiaria o acordo das Nações Unidas previsto para ser fechado em 2015 sobre corte de gases do efeito estufa.

Os países ricos temem que qualquer estudo científico que culpe as nações desenvolvidas mais do que outras pelo problema, já que elas queimam combustíveis fósseis desde a Revolução Industrial, possa atrasar ainda mais as negociações sobre o tema nas Nações Unidas.

O Brasil ganhou o apoio de mais de cem países em desenvolvimento, durante reunião que acontece em Varsóvia até o dia 22 de novembro, para uma proposta de pedir que os especialistas das Nações Unidas investiguem a responsabilidade histórica de cada país na emissão dos gases do efeito estufa.

Um estudo como esse poderia guiar o novo pacto sobre o assunto, previsto para ser acordado em 2015 e começar a valer em 2020.

No entanto, ele também pode levar a impasses políticos e legais. “Responsabilidade”, nesse caso, pode ser interpretado como o reconhecimento de um débito por ter causado mais secas, enchentes, entre outros.

“Não estamos encontrando uma resposta positiva dos países desenvolvidos… o que é muito surpreendente para nós”, afirmou o líder da delegação brasileira, José Antonio Marcondes de Carvalho, à imprensa. “Por que eles estão rejeitando até conversar?”

A UE, por sua vez, afirmou que tal estudo pode demorar muito e ter um foco muito limitado.

“Tememos que a proposta possa politizar o processo e nos fazer perder o limite de 2015 para o novo acordo”, declarou Juergen Lefevere, líder da delegação do bloco. “A discussão deve ser sobre um conjunto muito maior de indicadores, e não somente o histórico de emissões.”

Outros fatores, segundo ele, poderiam ser emissões atuais e futuras, projeção de crescimento econômico e populacional, capacidade e custo para o corte de emissões.

A China é hoje o principal emissor de gases do efeito estufa, à frente dos Estados Unidos, da UE, da Índia e da Rússia.

Pelo seu crescimento econômico, a China vai se juntar aos Estados Unidos e à UE como os que mais emitiram gases do efeito estufa desde 1850.

Nações ricas devem ser responsabilizadas?  Ou melhor pagar pelos estragos que causaram?

Fonte: Help Planeta

União Europeia se compromete a reduzir 40% de suas emissões até 2030


      

Bloco se adianta ao propor oficialmente corte para acordo do clima de Paris. Bloco se adianta ao propor oficialmente corte para acordo do clima de Paris.

A União Europeia (UE) deu a largada rumo ao acordo do clima de Paris nesta quarta-feira (25), ao tornar-se o primeiro bloco a colocar na mesa sua proposta de redução de gases de efeito estufa para o novo tratado global, a ser implementado em 2020. Um documento divulgado pela Comissão Europeia detalha a visão dos 27 países sobre o novo regime climático e diz o que os europeus estão dispostos a fazer.

A chamada Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida (INDC) da UE chega um mês antes do prazo informal dado pelas Nações Unidas para os países desenvolvidos apresentarem seus números. Traz também um avanço ao propor que o novo acordo, que os europeus já estão chamando de Protocolo de Paris, tenha força de lei internacional. Porém, ainda faz pouco para colocar o mundo na trajetória segura de limitar o aquecimento global no fim deste século a 2 °C, objetivo almejado pelos membros da Convenção do Clima da ONU, com base nas recomendações da ciência.

A INDC europeia propõe reduzir as emissões dos 27 países do bloco “em pelo menos 40%” até 2030 em relação aos níveis de 1990, sem a compra de créditos de carbono de fora. Segundo o documento da Comissão Europeia, isso colocaria a UE numa trajetória “economicamente viável” de cortar 80% de suas emissões até 2050, permitindo uma chance “provável” de ficar dentro do limite de 2 °C.

Na linguagem estatística do IPCC, o painel do clima da ONU, “provável” significa uma chance de pelo menos 66%.

“Os europeus merecem crédito por terem sido os primeiros a fazer o anúncio, mas sua oferta está aquém do que seria sua contribuição justa ao esforço mundial de redução de emissões”, diz Mark Lutes, analista sênior de clima do WWF, uma das organizações integrantes do Observatório do Clima. “Estamos dizendo que o mundo precisa reduzir a zero as emissões de queima de combustíveis fósseis e chegar a 100% de energia renovável até 2050; e a proposta europeia não chega lá.” No entanto, ressalta Lutes, os europeus deixaram a porta aberta para revisões periódicas dos compromissos a partir de 2020, algo que o Brasil tem defendido nas negociações.

“Esperamos que a UE ainda possa aumentar sua contribuição à luz do que a ciência diz que é necessário fazer para evitar o caos climático”, diz o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl. “Da mesma forma, esperamos que o Brasil não fique dependendo disso para colocar na mesa um compromisso de redução de emissões ambicioso e proporcional a sua responsabilidade. Para o Brasil, fazer a coisa certa no clima representa oportunidade de recolocar a economia nos eixos, e nós não podemos deixar essa oportunidade passar só porque outros países estão fazendo menos do que deveriam.”

“O Brasil é um dos países com mais oportunidades para redução de emissões e tem tudo para assumir um papel de protagonismo, estimulando os outros países a aumentarem a ambição do novo acordo global”, afirma o gerente de estratégias da conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e coordenador-geral do Observatório do Clima, André Ferretti.

 

Fonte: CicloVivo

Mudanças climáticas podem custar à União Europeia €190 bi e 200 mil vidas


 

              

Apenas alguns dias após a publicação de um relatório que afirma que os Estados Unidos podem ter um prejuízo de bilhões de dólares devido aos efeitos das alterações no clima, a União Europeia apresentou um documento semelhante, estimando as perdas do bloco por causa do aquecimento global.

A segunda Projeção dos Impactos Econômicos das Mudanças Climáticas nos Setores de Análise da UE (PESETA II), lançada nesta quarta-feira (25), calcula que as mudanças climáticas resultarão em uma perda de cerca de 200 mil vidas e em um custo de pelo menos €190 bilhões nos próximos 70 anos.

Os resultados foram estimados de acordo com o que pode acontecer à Europa se nenhuma ação for tomada para controlar o aquecimento global e o aumento das temperaturas chegar a 3,5 graus Celsius, o que é projetado para acontecer até 2100 em um cenário business-as-usual (se nada for feito).

O estudo dividiu a União Europeia em cinco regiões, e os pesquisadores descobriram que a Europa sul e central – que inclui Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália e Portugal – será a região mais afetada, enquanto o norte europeu deve sofrer menos.

Contudo, os impactos secundários devem afetar todo o bloco, já que, por exemplo, os prejuízos agrícolas nas regiões do sul serão sentidos por todos os países que importam alimentos dessas áreas.

A perda de pelo menos €190 bilhões significa nada menos do que 1,8% do atual produto interno bruto (PIB) da União Europeia, enquanto que as 200 mil mortes serão provocadas principalmente por ondas de calor e enchentes. Já o número de pessoas afetadas pelo aumento do nível do mar deve triplicar.

Outro dano que deve ser causado pelas mudanças climáticas no bloco é a diminuição da área florestal devido a incêndios. O relatório estipula que aproximadamente oito mil quilômetros quadrados de floresta podem ser queimados no sul da Europa, já que se espera que o número de eventos climáticos extremos dobre em frequência.

Entretanto, em um panorama mais positivo, com o aquecimento global sendo mantido em dois graus Celsius, os impactos podem ser reduzidos em 30%, com uma diminuição de 23 mil mortes.

“Não agir é claramente a solução mais cara de todas. Por que pagar pelos danos quando podemos investir na redução de nossos impactos climáticos e em nos tornarmos uma economia de baixo carbono competitiva?”, questionou Connie Hedegaard, comissária climática da UE, no release sobre a pesquisa.

“Agir e tomar uma decisão sobre a estrutura climática e energética para 2030 tornará a Europa pronta para a luta contra as mudanças climáticas”, concluiu Hedegaard.

(Instituto CarbonoBrasil)

Fonte: Mercado Ético

União Europeia quer reduzir em 80% o consumo de sacolas plásticas


A União Europeia (UE) quer diminuir drasticamente o consumo de sacolas plásticas na região até o fim da década. O Parlamento Europeu aprovou nesta quarta-feira (16/03) a meta de reduzir em 80% a quantidade consumida nos próximos cinco anos.

Para isso, os países membros devem implementar medidas mais duras para forçar a queda do consumo, como taxas ou impostos sobre sacolas plástica – ou até mesmo sua proibição. Até 2019, a média anual de consumo de sacolas descartáveis por habitante deve ser cair dos atuais 176 para 35.

“As sacolas plásticas são um símbolo da nossa sociedade de desperdício. Nós a usamos por pouco tempo, mas comprometemos o meio ambiente por séculos”, afirma o comissário europeu do Meio Ambiente, Janez Potocnik.

Segundo a Comissão Europeia, a produção mundial de plástico pode triplicar até 2050. Somente na Europa, em 2010, foram produzidas 750 mil toneladas de sacolas plásticas, revela a organização Ajuda Ambiental Alemã (DUH). Esse montante corresponde ao peso de 625 mil carros. Apenas 10% dessas sacolas são recicladas.

A média de consumo de sacolas plásticas descartáveis na UE por habitante é de 198, das quais 176 são descartáveis. Na Alemanha, esse número é de 71 sacolas por habitante, sendo 64 descartáveis. Em Portugal, estima-se cada morador use 500 sacolas por ano.

Imposto extra – A Irlanda possui o menor consumo, com cerca de 20 sacolas por habitante, sendo 18 descartáveis. O país conseguiu alcançar esse nível devido à criação de um imposto de 22 centavos de euro por sacola.

“O imposto não foi criado para aumentar a renda estatal, mas para mudar o comportamento do cidadão. Desde a criação do imposto o consumo caiu bastante”, afirma Benjamin Bongardt, diretor do setor de políticas sobre recursos da Federação de Proteção Ambiental da Alemanha (Nabu). A diminuição foi grande, passando de 328 para 20.

Segundo a Federação para Meio Ambiente e Proteção da Natureza da Alemanha (Bund), dez milhões de toneladas de lixo vão parar nos oceanos por ano, formando ilhas enormes nos mares. O plástico precisa de centenas de anos para se decompor – as sacolas desse material são um perigo para o meio ambiente por até 450 anos, afirmam especialistas.

Anualmente, milhares de pássaros e mamíferos marinhos morrem devido ao lixo acumulado. Muitos deles ficam presos ou comem plástico. Especialistas alertam que, dessa maneira, esse elemento pode ir parar na cadeia alimentar humana.

Para entrar em vigor, a decisão aprovada pelo Parlamento Europeu ainda precisa ser negociada com os países membros. A negociação está prevista para começar ainda esse ano, após a eleição europeia que acontece em maio. (Fonte: Terra)

 

Publicado em: Ambiente Brasil

Líderes da UE buscarão neutralidade climática até 2050, mostra documento


A nova comissão, liderada pela alemã Ursula von der Leyen, espera um aumento da meta para pelo menos 50% (Ueslei Marcelino/Reuters)

BRUXELAS – Líderes da União Europeia irão se reunir em Bruxelas na semana que vem e irão pressionar para o estabelecimento de um acordo que reduza ao “zero líquido” as emissões de gases do efeito estufa do bloco até 2050, mostrou um esboço do comunicado conjunto do grupo nesta segunda-feira, anunciando uma luta amarga no horizonte da próxima semana.

A cúpula que será realizada nos dias 12 e 13 de dezembro com os líderes nacionais do bloco terá como meta apoiar “o objetivo de atingir a neutralidade climática até 2050”, de acordo com o documento visto pela Reuters.

Tentativas anteriores, no entanto, foram bloqueadas pela Polônia, Hungria e República Tcheca, cujas economias dependem de carvão poluente. Em outras oportunidades, esses países já votaram contra a neutralidade do clima até 2050 por medo de que os cortes nas emissões possam prejudicar suas economias.

Buscando convencer o campo relutante, as linhas gerais do documento fazem referência a uma “transição justa e socialmente equilibrada”, anunciam a liberação de 1 trilhão de euros para investimentos verdes por parte do Banco Europeu de Investimentos até 2030, e ressaltam a necessidade de garantir segurança energética e competitividade diante de potências estrangeiras que não estejam buscando tais objetivos climáticos.

O documento, preparado de antemão para as discussões entre os líderes pode mudar. Mas irá eventualmente precisar do apoio de todos os líderes nacionais da UE para que saia um acordo na conferência.

A nova Comissão Europeia do bloco também visa incentivar a neutralidade climática até o meio do século e quer tornar as metas climáticas da UE para 2030 ainda mais ambiciosas.

As metas atuais preveem a redução de gases do efeito estufa em 40% até 2030, a partir dos níveis de 1990. A nova comissão, liderada pela alemã Ursula von der Leyen, espera um aumento da meta para pelo menos 50%.

Gabriela Baczynska / Reuters

União Europeia quer reduzir montanha de lixo plástico


Países-membros deverão taxar ou mesmo proibir sacolas

Os estados-membros da União Européia serão encorajados a taxar ou mesmo proibir o uso de sacolas plásticas, numa proposta de cortar as toneladas de lixo que entram no sistema hídrico e matam a vida selvagem.

Alguns países, como a Dinamarca, já conquistaram grandes reduções através de políticas públicas. A iniciativa da União, anunciada hoje, pretende levar à ação todos os seus 28 países.

“Alguns países já conseguiram grandes resultados. Se outros os seguirem, podemos reduzir o consumo na União Européia em até 80%,” disse o comissário europeu do clima, Janez Potočnik.

Na Dinamarca, o uso de sacolas plásticas caiu a uma média de quatro por pessoa por ano, a taxa mais baixa do bloco, comparada às 466 por pessoa na Polônia, em Portugal e na Eslováquia.

Em 2010 foram colocadas no mercado europeu cerca de 98.6 bilhões de sacolas, em grande parte de plástico fino, que são raramente reutilizadas e escapam com mais facilidade para o ambiente.

Segundo a Comissão Européia, as sacolas contêm substâncias perigosas em particular para a vida marinha. Potočnik afirmou, de acordo com o Euractiv: “Estamos agindo para resolver um problema ambiental muito sério e altamente visível. A cada ano cerca de 8 bilhões de sacolas acabam no lixo na Europa, causando enorme dano ambiental.”

 

Fonte: Planeta Sustentável