Brasil, China e Índia emitiram mais gás carbônico em 2011


Dados divulgados no domingo, 2 de dezembro, por pesquisadores na Grã-Bretanha indicam que China e Índia contribuíram bastante para que o mundo aumentasse em 3,5% as emissões de gás carbônico (CO2) no ano passado. Em 2011, as emissões de China e Índia aumentaram 9,9% e 7,5%, respectivamente, em comparação com 2010. O Brasil também emitiu mais: 424 milhões de toneladas, um aumento de 1,4% em relação a 2010.

Já outras duas regiões apresentaram queda na quantidade de dióxido de carbono emitida no mesmo período, segundo os cientistas da universidade britânica: Estados Unidos (queda de 1,8%) e União Europeia (2,8%). Os dados da Universidade de East Anglia indicam que as emissões aumentarão até o final de 2012, atingindo um volume recorde.

Um relatório produzido pela universidade aponta que as emissões de gás carbônico crescerão 2,6% este ano, na comparação com 2011, atingindo o volume de 35,6 bilhões de toneladas emitidas. Este valor é 58% superior ao de 1990, ano base usado pelo Protocolo de Kyoto. O tratado, que não foi assinado pelos Estados Unidos, previa que os países signatários reduzissem as emissões de gás carbônico em 5,2% ao longo da década, tendo 1990 como referência.

Um relatório produzido pela universidade aponta que as emissões de gás carbônico crescerão 2,6% este ano, na comparação com 2011, atingindo o volume de 35,6 bilhões de toneladas emitidas. Este valor é 58% superior ao de 1990.

O dióxido de carbono é o principal gás que provoca o aquecimento global e é produzido, principalmente, por meio da queima de combustíveis fósseis ou desmatamento.

Os dados foram publicados neste domingo nas revistas científicas Nature Climate Change e Earth System Science Data Discussions. Dados referentes a 2011 mostram que os países que mais emitem dióxido de carbono são a China (28% do total mundial), os Estados Unidos (16%), a União Europeia (11%) e a Índia (7%). O Brasil é responsável por 1,4% das emissões.

Emissões per capita

Ainda assim, se considerados os tamanhos das populações, a emissão por pessoa (per capita) da China ainda é inferior a dos países ricos. A emissão per capita da China está em 6,6 toneladas de gás carbônico, se aproximando da média europeia de 7,3%. Ambos ainda estão longe da média americana, de 17,2 toneladas de gás por pessoa.

Já no Brasil, a emissão per capita de gás carbônico variou pouco ao longo da última década: de 1,9 tonelada por pessoa em 2001 para 2,2 toneladas em 2011. "Os dados mais recentes estão sendo divulgados quando o mundo debate mudanças climáticas em Doha [COP-18]", associou a pesquisadora Corinne Le Quéré, da universidade britânica. "Mas com as emissões ainda crescendo, é como se ninguém estivesse ouvindo toda a comunidade científica."

O painel da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas começou no Catar na última semana de novembro e termina na sexta-feira, 7 de dezembro. Mais de 17 mil pessoas estão discutindo medidas para evitar que a temperatura do planeta aumente ao longo deste século. Um dos pontos em discussão é a criação de novas metas de emissão por país.

Fonte: Eco Desenvolvimento

Brasil, China e Índia emitiram mais gás carbônico em 2011


Dados divulgados no domingo, 2 de dezembro, por pesquisadores na Grã-Bretanha indicam que China e Índia contribuíram bastante para que o mundo aumentasse em 3,5% as emissões de gás carbônico (CO2) no ano passado. Em 2011, as emissões de China e Índia aumentaram 9,9% e 7,5%, respectivamente, em comparação com 2010. O Brasil também emitiu mais: 424 milhões de toneladas, um aumento de 1,4% em relação a 2010.

Já outras duas regiões apresentaram queda na quantidade de dióxido de carbono emitida no mesmo período, segundo os cientistas da universidade britânica: Estados Unidos (queda de 1,8%) e União Europeia (2,8%). Os dados da Universidade de East Anglia indicam que as emissões aumentarão até o final de 2012, atingindo um volume recorde.

Um relatório produzido pela universidade aponta que as emissões de gás carbônico crescerão 2,6% este ano, na comparação com 2011, atingindo o volume de 35,6 bilhões de toneladas emitidas. Este valor é 58% superior ao de 1990, ano base usado pelo Protocolo de Kyoto. O tratado, que não foi assinado pelos Estados Unidos, previa que os países signatários reduzissem as emissões de gás carbônico em 5,2% ao longo da década, tendo 1990 como referência.

Um relatório produzido pela universidade aponta que as emissões de gás carbônico crescerão 2,6% este ano, na comparação com 2011, atingindo o volume de 35,6 bilhões de toneladas emitidas. Este valor é 58% superior ao de 1990.

O dióxido de carbono é o principal gás que provoca o aquecimento global e é produzido, principalmente, por meio da queima de combustíveis fósseis ou desmatamento.

Os dados foram publicados neste domingo nas revistas científicas Nature Climate Change e Earth System Science Data Discussions. Dados referentes a 2011 mostram que os países que mais emitem dióxido de carbono são a China (28% do total mundial), os Estados Unidos (16%), a União Europeia (11%) e a Índia (7%). O Brasil é responsável por 1,4% das emissões.

Emissões per capita

Ainda assim, se considerados os tamanhos das populações, a emissão por pessoa (per capita) da China ainda é inferior a dos países ricos. A emissão per capita da China está em 6,6 toneladas de gás carbônico, se aproximando da média europeia de 7,3%. Ambos ainda estão longe da média americana, de 17,2 toneladas de gás por pessoa.

Já no Brasil, a emissão per capita de gás carbônico variou pouco ao longo da última década: de 1,9 tonelada por pessoa em 2001 para 2,2 toneladas em 2011. "Os dados mais recentes estão sendo divulgados quando o mundo debate mudanças climáticas em Doha [COP-18]", associou a pesquisadora Corinne Le Quéré, da universidade britânica. "Mas com as emissões ainda crescendo, é como se ninguém estivesse ouvindo toda a comunidade científica."

O painel da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas começou no Catar na última semana de novembro e termina na sexta-feira, 7 de dezembro. Mais de 17 mil pessoas estão discutindo medidas para evitar que a temperatura do planeta aumente ao longo deste século. Um dos pontos em discussão é a criação de novas metas de emissão por país.

Fonte: Eco Desenvolvimento