Precisa-se de soluções para reduzir impacto do ciclo de nitrogênio


Embora não seja nem tão abundante ou popular como gás poluidor quanto seu primo famoso, o Dióxido de Carbono (CO2), o Óxido Nitroso (N2O) é 300 vezes mais nocivo à atmosfera e já desperta a preocupação da comunidade científica.

 

Um estudo conduzido por pesquisados latino-americanos, publicado na quinta-feira, 11 de abril, na revista Science, alerta para a necessidade da adoção imediata de soluções sustentáveis para reduzir o impacto humano no ciclo do nitrogênio – tanto da atmosfera, quanto dos solos e rios.

Os pesquisadores declaram no documento que “a atividade humana tem provocado mudanças sem precedentes para o ciclo de nitrogênio. O excesso do gás escoado para o meio ambiente afeta negativamente solos, atmosfera e recursos hídricos em zonas temperadas. Além da mineração de solos naturais criar déficits da substância em algumas regiões”.

Em um dos estudos científicos mais aclamados na área ambiental, datado de 2009, o hidrólogo sueco Johan Rockström declarou que o ciclo de nitrogênio é uma das três (de um total de nove) barreiras do planeta que mantêm o sistema equilibrado e funcionando como o conhecemos que já foi ultrapassada.

 

Equilíbrio

Principal autor do estudo, Luiz Antônio Martinelli, professor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (USP), acredita que o maior desafio é continuar produzindo, principalmente no campo, sem afetar o meio ambiente.

“A América do Sul é conhecida como o supercontinente na questão da biodiversidade. Concomitantemente, temos uma urbanização desenfreada, com falta de saneamento básico, e desmatamento em excesso, que lança muito nitrogênio na atmosfera”, disse ao G1.

Fonte: Eco Desenvolvimento