No dia 10 de maio de 2013 aconteceu novamente a movimentada Feira de Artesanato das cidades do Vale do Jequitinhonha na Praça cultural e artística da UFMG. Os artesãos expuseram seus produtos feitos a partir de matérias primas originárias da região do Jequitinhonha, tais como o barro vermelho para a confecção de panelas utilitárias, adornos, bibelôs e outros objetos de decoração. A feira foi também composta por uma infinita linha de vestuário a partir das fibras cruas do algodão que são tecidas e decoradas pelas mãos decorativas de suas costureiras e bordadeiras.
Os valores da feira não estão somente na grandeza e beleza de seus objetos, mas também na “sustentabilidade”, pois envolve os segmentos da questão ambiental, como a reciclagem, o sustento das famílias, a continuidade das tradições culturais e a fixação das comunidades em seus locais de origem.
A história e a cultura desse povo estão claramente refletidas em suas artes, que contam as lendas regionais, a sofrida história para criar suas famílias, mas que tem um toque especial, o da dignidade. Algumas entrevistas foram feitas com artesãos de algumas cidades como a Dona Piedade, Dona Vera e Dirce que tecem as belas cochas de mesa de sisal, dizendo ter criado os filhos e netos a partir do artesanato de fibras da cidade de Diamantina. Dona Eunice que adorna o barro em panelas e outros objetos de decoração e de pequenas utilidades, da cidade de Campo Alegre, a rica tapeçaria de dona Natalina e de dona Alaíde da cidade de Berilo, o artesanato de dona Araci Cardoso da pequenina e bonita cidade de Datas, além do Sr. Werlen Fonseca de Diamantina que trabalha com a reciclagem em MDF (papelão e serragem).
Neste evento também esteve presente o Movimento ECOS, através da visita do professor Elmo Júlio que foi à feira apreciar tanto as riquezas do artesanato regional quanto as apresentações artísticas desse povo que promove a “verdadeira sustentabilidade”, àquela que nunca necessitou de ir para o papel e ou virar instrumentos políticos e de marketing. “Creio que todos nós da Educação Ambiental de qualquer esfera do ensino, do primário ao ensino acadêmico, deve estar sensível a esses eventos, pois estes que são os elementos concretos que se busca para afirmar tantos estudos, análises e teses”, destacou o professor.
O Movimento ECOS ficou conhecido neste dia, entre os feirantes e visitantes, pois foram explicados os paradigmas do Movimento, a seriedade que o ECOS respeita e oferta valores, reconhecendo àqueles que promulgam a sustentabilidade e a equidade social. Alguns jovens apreciaram a estrutura do Movimento e fizeram indagações e críticas positivas, sendo uma delas dos estudantes Cairo e Izabela, respectivos das cidades de Coronel Murta e Jordânia. “É bom saber que a iniciativa privada e instituições como a Faculdade Dom Helder apoiam esse trabalho”, afirmaram.
A visita foi encerrada com algumas fotos e registros da feira e principalmente com abraços e convites de ambas as partes, para no futuro possamos realizar um encontro com esse povo maravilhoso e sua arte, para mostrar aos jovens estudantes como tantas famílias e comunidades sobrevivem.