Poluição ameaça saúde de 200 milhões de pessoas; veja piores locais


Ambientalistas publicaram lista com os dez locais mais contaminados do planeta. Entre eles está a antiga usina de Chernobyl, na Ucrânia

 

                       

Mais de 10 milhões de pessoas continuam com suas saúdes em risco por causa dos efeitos da antiga usina de Chernobyl

   Diferentes formas de contaminação comprometem a saúde de 200 milhões de pessoas no mundo, denunciaram esta terça-feira defensores do meio ambiente, que publicaram a lista dos dez locais mais contaminados do planeta. "Estimamos que a saúde de mais de 200 milhões de pessoas esteja ameaçada", afirmou o diretor da organização Blacksmith Institute, Richard Fuller.

   Para ajudar as autoridades a lutar contra as diferentes formas de contaminação, esta organização estabeleceu junto à Cruz Verde, uma ONG com sede em Genebra, uma lista dos dez locais mais contaminados do mundo.

   Entre esses locais está a bacia do rio Matenza-Riachuelo, na Argentina, onde 5 mil indústrias lançam seus resíduos entre Buenos Aires e o Rio da Prata, afetando a saúde de 20 mil pessoas.

   O lixão gigante de material eletrônico de Agbogbloshie, em Gana, que expõe 40 mil pessoas à contaminação por chumbo, mercúrio e cádmio, também integra a lista.

   As organizações denunciam, ainda, a contaminação do solo relacionada ao petróleo no delta do Níger, na Nigéria, assim como aquela provocada pelos resíduos de chumbo da explosão de minério (já encerrada) em Kabwe, a segunda cidade de Zâmbia.

   Em Jacarta, na Indonésia, mais de 500 mil pessoas diretamente e cinco milhões indiretamente são expostas a vários produtos químicos (chumbo, cádmio, cromo, pesticidas), lançados no rio Citarum, perto de Jacarta. No mesmo país, o mercúrio extraído das minas de ouro na província de Kalimantan, na ilha de Bornéu, ameaça a saúde de pelo menos 225.000 pessoas.

   Também na Ásia, cerca de 160 mil pessoas são vítimas de contaminação por cromo provocada por 270 curtumes em Bangladesh, particularmente em Hazaribagh.

   Dois locais na Rússia são denunciados pelos ambientalistas: na cidade de Dzerzhinsk, no centro da indústria química, 300 mil pessoas são ameaçadas pelos resíduos de 190 produtos tóxicos identificados em águas subterrâneas. E em Norilsk, na Sibéria, a contaminação do ar causada pelas minas de propriedade de Norilsk Nickel põe em grave risco a saúde de 135 mil pessoas.

   A lista inclui ainda a antiga usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, onde mais de 10 milhões de pessoas continuam com suas saúdes em risco.

Fonte: TERRA – Sustentabilidade