União e Estados da Amazônia legal definem ações antidesmatamento


por Lucas Tolentino

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reuniu-se, nesta sexta-feira (22/11), com secretários e técnicos dos governos dos Estados da Amazônia Legal para traçar estratégias para conter a supressão ilegal de vegetação na área. No encontro, Izabella e o grupo discutiram a situação de cada Estado e definiram os pontos em que existe a necessidade de mudança na gestão. 

A intenção é, entre outras, incentivar um sistema de trabalho que envolva diversas esferas do poder público. “Entre os resultados, há um novo alinhamento com Estados no sentido de integrar cada vez mais esses sistemas que estamos usando na União”, afirmou a ministra. “Os Estados têm independência e podem ter seus sistemas próprios. Mas estamos convencidos de que é preciso informatizar o mais rápido possível e garantir um controle integrado com a União.”” 

REPIQUE

Os índices de desmatamento, divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) na última semana, também foram apresentados na reunião. Entre agosto de 2012 e julho deste ano, foram desmatados 5.843 km2 do bioma, conforme as medições por imagens de satélite do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Apesar de representar um aumento de 28% em relação ao período imediatamente anterior, essa foi a segunda menor taxa de desmatamento desde em 1988, quando começaram as aferições.

A grilagem de terras aparece como o grande vilão do aumento dos índices. “Houve um repique e, ainda assim, alcançamos o segundo menor índice da história”, ressaltou a ministra. “Existe uma grande pressão do crime, uma expectativa de que o processo de regularização fundiária acabe legalizando o que foi desmatado. O aumento também é associado à dinâmica de especulação em relação ao avanço da soja”. Destacou que o problema será combatido com ações de fiscalização e aprimoramento de gestão. “Vamos bater cada vez mais de frente com a cadeia do crime”, declarou.

A ministra ressaltou os altos valores de investimentos realizados na região. Segundo ela, os projetos apoiados pelo Fundo Amazônia para ações no bioma somam R$ 600 milhões. Entre os programas financiados pelo fundo, R$ 210 milhões foram contratados somente neste ano. “A política de controle se sofisticou”, afirmou. “Temos espaço para ir mais rápido na redução do desmatamento.”

Fonte:Ministério do Meio Ambiente