A boa notícia foi divulgada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em junho deste ano. Segundo a agência da ONU, desde 1990,
.Com isso, o país atinge – 2,6 anos antes do prazo -, o
número um da ONU, que prevê que, até 2015, as nações diminuam pela metade o número de cidadãos famintos.Apesar da conquista, o Brasil não pode relaxar: dados do governo revelam que cerca de 7% da população brasileira ainda passa fome, o que representa 13 milhões de cidadãos.
2. MANIFESTAÇÕES POPULARES
“Quem estava no Brasil em meados de junho presenciou um momento histórico, um ataque de raiva, um basta de quem segurou por muito tempo o que tinha para dizer ”.
A população surpreendeu a si mesma, foi em massa para as ruas e deixou sua mensagem: não acha normal as notícias de corrupção que pipocam na mídia e deseja mudanças urgentes. Mas, talvez, o mais importante recado deixado pelo povo – até mesmo de forma não intencional – foi quanto à ineficiência dos atos de violência. “Mostramos para nós mesmos que uma democracia se constrói também por passeatas e palavras de ordem, quase sempre pacíficas. E que assim é possível mudar as coisas. (…) Não é preciso disparos para causar uma revolução”, escreveu Vieira da Cunha.
3. PODEMOS ATINGIR META DE REDUÇÃO DO DESMATAMENTO ANTES DO PRAZO
Em agosto, Carlos Klink, secretário nacional de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, garantiu que, antes do prazo, o , que ainda é a principal fonte das emissões de gases do efeito estufa do país.
Klink não informou o ano exato em que a conquista acontecerá, mas disse que, antes de 2020, o país chegará a um patamar inferior a 4 mil quilômetros desmatados por ano –conforme prometeu na Conferência do Clima de Copenhague, em 2009 – e que o governo está ciente de que é importante adotar medidas para manter esse resultado.
Com a redução do desmatamento, o Brasil diminuirá em 60% suas emissões de gases poluentes e vai ajudar a cobrir em 50% o déficit de emissões que haverá no mundo em 2020, segundo estudos. Ao oferecer tal contribuição global, o país fica com “mais moral” para cobrar esforços mais efetivos dos outros países.
4. A POLÊMICA DOS COSMÉTICOS TESTADOS EM ANIMAIS
Os depois de uma ação coletiva de protetores dos animais. Em uma madrugada de outubro, eles se uniram para invadir a empresa, sediada em São Roque, e resgatar centenas de cachorros que, suspeitava-se, eram submetidos a testes cruéis para a produção de cosméticos.
A ação fomentou no país as discussões sobre a real necessidade de usar animais em testes de produtos de beleza. À frente da causa, a Humane Society International (HSI) garante que
.Dando o exemplo, em fevereiro, a
. Índia e Israel também já haviam banido a prática em seus territórios.
5. NEGÓCIOS DO BEM
Também em outubro, . A iniciativa, que já soma mais de 850 empresas espalhadas por 28 países, atua para conscientizar e certificar companhias que, além de lucrar, .
Sete empresas nacionais já fazem, oficialmente, parte da iniciativa. Jay Coen, cofundador do Empresas B, aproveitou o evento de lançamento no Brasil para declarar seu desejo de ter cada vez mais ‘companhias verde e amarelas’ engajadas no movimento. É o nosso desejo também, Jay!
6. PUNIÇÃO PARA QUEM JOGA LIXO NA RUA
Quando foi anunciada, a deu o que falar. Mas, com polêmica e algum , a medida foi implantada – e deu certo. Já na primeira semana, .
Segundo a assessoria da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), a capital fluminense foi a primeira do Brasil a, de fato, aplicar a multa para aqueles que emporcalham as ruas e está inspirando outras cidades, país afora, a adotar a medida.
7. AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL
O clima foi um dos assuntos que mais bombou em 2013. As maiores novidades aconteceram no segundo semestre do ano. Em setembro, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas apresentou o .
Os resultados são um pouco chocantes. Segundo o documento, considerando os atuais níveis de concentração de poluentes na atmosfera, a
, em 50 anos. Mas a boa notícia é que, com os dados brasileiros, será muito mais fácil para o país investir em medidas eficazes de e . Mais do que isso: a iniciativa de criar um painel nacional para tratar de mudanças climáticas está inspirando outros países, como a .
8. AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO MUNDO
Depois do relatório brasileiro, foi a vez do roubar a cena com sobre o estado das alterações do clima no planeta.
Entre as
– o aquecimento global é real e atingiu níveis sem precedentes,
– o homem tem participação importante nesse fenômeno e
– a única maneira de estancar o problema é reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa, caso contrário, podemos chegar ao final do século com aumento médio da temperatura do planeta de até 5,8ºC.
9. O SISTEMA PIONEIRO PARA ESTIMAR EMISSÕES
O Brasil voltou à cena em novembro, com o . Desenvolvida pelo Observatório do Clima, a ferramenta é inédita: não existe nenhuma outra no mundo, desenvolvida pela sociedade civil, para calcular as emissões brasileiras de poluentes.
A intenção é que o SEEG leve conhecimento técnico aos diferentes públicos, incentivando-os a dar sua contribuição para a redução das emissões brasileiras. Cá entre nós, estamos mesmo precisando de ajuda. A ferramenta revelou que, entre 2009 e 2012,
. A única que ‘se safou’ foi a área de Mudanças do Uso da Terra, por conta das medidas de combate ao desmatamento.
10. A CONFERÊNCIA (MORNA) DO CLIMA
Com tantas informações novas a respeito das mudanças climáticas, a COP19 do Clima, que aconteceu no fim de novembro, na Polônia, poderia ter dado um desfecho excelente para o ano de 2013, mas não foi o que aconteceu. A Conferência da ONU foi “morna”: não deu ao assunto a urgência que ele merece, “mas, pelo menos, não andou para trás e para não irmos para casa com a sensação de tempo, dinheiro e oportunidade desperdiçados”, resumiu a jornalista Liana John.
Entre as decisões tomadas, uma das mais importantes para o Brasil é a validação do mecanismo de
, que trata da Redução de Emissões por Desmatamentos e Degradação Florestal e valoriza o papel da conservação e do manejo florestal sustentável. Até agora o REDD+ estava à margem dos instrumentos oficiais de combate às mudanças climáticas, mas o novo acordo permite aumentar a escala desse mecanismo – o que é ótimo para o Brasil, que possui a segunda maior área florestal do mundo.Fonte: Planeta Sutentável