Bambu vira fonte de renda para agricultores de assentamento


Projeto da Unesp de Bauru mostra que é possível utilizar o bambu para fazer quase todo tipo de material, de colheres a móveis charmosos

Iniciativa mudou a vida de 20 famílias do assentamento Horto de Aimorés (Foto: Reprodução/ TV TEM)Iniciativa mudou a vida de 20 famílias do assentamento Horto de Aimorés (Foto: Reprodução/ TV TEM)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Agricultores de Bauru (SP) estão aprendendo a dar novas formas ao bambu e o Nosso Campo foi ver de perto esse trabalho. As mãos, tão eficientes no lidar com a terra, são usadas com criatividade no artesanato. Os produtores integram a Associação Agroecológica Viverde e são beneficiados por um projeto desenvolvido pela Unesp de Bauru.

 

(Veja ao lado a reportagem exibida no Nosso Campo em 26/06/2016)

O presidente da associação, José Maria Rodrigues, diz que passou a admirar ainda mais o bambu depois que viu tudo o que podia ser feito com essa gramínea tão comum no Brasil. Os agricultores fazem jogos de talheres, fruteiras, brinquedos e outros objetos, que são vendidos para vários Estados. São milhares de peças por trimestre.

A iniciativa mudou a vida de 20 famílias do assentamento Horto de Aimorés. Antes, elas viviam somente da agricultura familiar. Atualmente, conseguem uma renda extra com o beneficiamento do bambu.

O projeto também atraiu os jovens. É o caso de Bruno Souza Moura, que tem 17 anos, e mexe com as máquinas como se tivesse anos de experiência.

O professor Marcos Pereira, que tem 25 anos de pesquisa com bambu, conta que o projeto vem ajudando a gerar renda e a fixar o trabalhador no campo, o que é importante para a agricultura familiar.

A matéria-prima sai de um bambuzal plantado dentro do próprio campus da universidade. Na plantação, são mais de 25 espécies cultivadas. O bambu gigante, por exemplo, pode alcançar até 20 metros de altura em apenas quatro meses.

A fábrica, construída na universidade, conta com o trabalho de 15 estudantes. Eles cortam, lixam, tratam o bambu e transformam o projeto de extensão em uma vitrine de criações de móveis leves, resistentes e com elegância.

Marina Fujimori, estudante de design e Naara Bartz, aluna de arquitetura, dizem que estão descobrindo as inúmeras possibilidades oferecidas pelo bambu e que o resultado quase sempre é satisfatório.

Fonte:G
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