Pequenas ações que fazem a diferença


O Movimento Socioambiental ECOS começou suas atividades com um grupo reduzido de escolas públicas e terminou o ano de 2017 com mais de 30 instituições. Ainda em 2017, firmou termo de Cooperação com a Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, comprometendo-se a difundir a educação ambiental na rede pública de ensino, o que corrobora a proposta da Constituição Federal, da Lei 9.795 de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental que alerta no Artigo 2º “A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal” (BRASIL,1999) e dos Parâmetros Curriculares Nacionais que trás o meio ambiente como tema transversal a ser divulgado nas instituições de ensino. Para propagar seus objetivos, o Movimento ECOS conta com o apoio da Escola Superior Dom Helder Câmara e da EMGE (Escola de Engenharia de Minas Gerais).

Esse trabalho consiste na realização de ações em prol do meio ambiente, que fazem a diferença no meio escolar e por consequência, no meio ambiente como um todo. Ações de conscientização e preservação, através do uso racional de água, de energia elétrica, reciclagem, reutilização de papel, plano para resíduos gerados pela escola etc são algumas das atividades promovidas pelo movimento.

O objetivo final é promover um parâmetro da Pegada Ambiental (PA) em cada escola e poder assim conscientizar os educadores, alunos, diretores e toda a sociedade da importância desse projeto para um ambiente equilibrado e sustentável.

Na região da Pampulha e Venda Nova, algumas das escolas que abraçaram a causa este ano foram Escola Estadual Afrânio de Melo Franco, Escola Estadual Anita Brina Brandão, Escola Estadual Coronel Juca Pinto, Escola Estadual Deputado Álvaro Salles, Escola Estadual Geraldina Ana Gomes, Escola Estadual José Heilbuth Gonçalves, Escola Estadual Juscelino Kubitschek de Oliveira, Escola Estadual Madre Carmelita, Escola Estadual Maria Carolina Campos, Escola Estadual Menino Jesus de Praga, Escola Estadual Professor Affonso Neves, Escola Estadual Professora Maria Muzzi Guastaferro.

O projeto de 2018 amplia o atendimento e conta com a adesão de quase totalidade das escolas da Região do Barreiro, que ministram as séries finais da educação básica e também três instituições públicas na cidade histórica de Sabará.

A cidade de Sabará e o Distrito do Barreiro são de fundamental importância em vários setores: econômico, social, político, ambiental e histórico de Minas Gerais. Tanto a cidade como o distrito são mais antigos que a própria capital belorizontina e contam com polos industriais, empresas, comércio variado e infraestrutura que proporcionou às famílias se estabelecerem e criarem seus filhos.

A histórica Sabarabuçu, montanha descoberta pelos bandeirantes, recebeu este nome de origem tupi, que significa “grandes olhos brilhantes”, em menção a enorme quantidade de ouro que ali encontraram. Sabará é famosa pelo acervo histórico, que inclui belas Igrejas dos séculos XVII e XVIII, com artes sacras do Mestre Aleijadinho, além do Teatro Municipal de 1771, de vários chafarizes, de ruas e praças do período barroco, um verdadeiro patrimônio cultural e artístico da humanidade. Terra do minério de ferro, do ouro e da jabuticaba, banhada pelas águas do Rio das Velhas.

Os educandários desta pitoresca cidade formam parcerias para resguardar sua memória e criar o pertencimento nas comunidades, afim de preservar o meio e promover a integração da população.

Nesse certame contamos com a Escola Estadual Professor Zoroastro Vianna Passos, localizada no centro histórico da cidade, na Praça Melo Viana, ponto turístico onde na fundação foi edificada a cadeia, a câmara e o pelourinho (local público para punir os escravos). Hoje, guarda importante conjunto arquitetônico formado pela Igreja Nossa Senhora do Rosário, o chafariz do rosário, o Grupo Escolar Paula Rocha (3º grupo do Estado de Minas), o fórum da cidade, dentre outros lindos casarões, paisagem tombada pelo patrimônio público. A direção escolar, no momento representada por Leonardo de Souza Lima com visão empreendedora de educação profícua e atuante, oferta o ensino médio e cursos técnicos que contribuem na formação profissionalizante dos jovens. Temos ainda a Professora Giovanda dos Anjos, profissional preocupada com a degradação ambiental, com a exclusão social, trabalha em prol da preservação da nossa casa comum, o meio ambiente. Ela abraçou o projeto e desenvolve o mesmo com uma equipe 30 alunos.

Não menos importante, a Colônia Vargem Grande (tentativa de povoamento de Belo Horizonte), atualmente Regional Barreiro, encontra-se na Serra do Curral e faz parte da bacia do Ribeirão Arrudas, afluente do Rio das Velhas. Conta com várias nascentes e cachoeiras, o que contribui para o abastecimento de água da região metropolitana. Tem grandes áreas de preservação ambiental, como o Parque Estadual da Serra do Rola-Moça e os Parques Municipais Padre Alfredo Sabetta, Roberto Burle Marx (Parque das Águas), Carlos Faria de Tavares (Vila Pinho) e Parque Agro-Ecológico do Vale do Jatobá.

A preocupação ambiental é percebida nas instituições de ensino médio da região dada à adesão de 16 escolas públicas ao Movimento ECOS. Dentre elas temos a Escola Estadual Celso Machado, que conta com a Direção de José Roberto dos Santos, gestor dinâmico que está sempre preocupado em formar novas parcerias. A professora Silvani Lúcia de Oliveira se propôs a desenvolver e incentivar o grupo em busca de fundamentar a educação ambiental, tão importante para a preservação dos humanos e não humanos.

Publicado em: ECOS