Estudo na Bahia busca reprodução de corais in vitro


A coleta do material foi feita na base do Projeto Coral Vivo em Arraial d’Ajuda (um distrito de Porto Seguro), entre 3 e 10 de outubro. (joakant/ 224 imagens/ Pixabay)

Passados 50 anos do nascimento do primeiro ser humano gerado por fertilização in vitro, na Inglaterra, cientistas querem fazer o mesmo pelos corais-cérebro no Brasil.

O primeiro passo foi dado no início deste mês. Uma equipe do Projeto Coral Vivo passou sete dias no litoral de Porto Seguro, no sul da Bahia, coletando gametas (óvulos e espermatozoides) de duas espécies de coral-cérebro que só existem na costa brasileira: Mussismilia hispida e Mussismilia harttii.

É a primeira vez que esse tipo de coleta é feito no Brasil. O objetivo é entender melhor a biologia reprodutiva dessas espécies e desenvolver um método de reprodução in vitro, que possa ser usado para repovoar recifes degradados com larvas de coral saudáveis.

O desafio é semelhante ao que médicos e biólogos enfrentaram nas décadas de 1960 e 1970, estudando óvulos e espermatozoides humanos para desenvolver a técnica de fertilização in vitro (FIV) e gerar o primeiro bebê de proveta – a britânica Louise Brown, nascida em 25 de julho de 1978. “Não conhecemos quase nada sobre a biologia desses gametas”, diz o coordenador do projeto, Leandro Godoy, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pesquisador associado do Coral Vivo.

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