
Os 20 países mais desenvolvidos do mundo, G20, devem permitir uma mudança radical de investimento na economia de baixo carbono e em infraestruturas resilientes para limitar os efeitos das mudanças climáticas.
O apelo foi feito esta quinta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Ocde, a agência da ONU para o Meio Ambiente, ONU Meio Ambiente, e o Banco Mundial.
Relatório
Em relatório intitulado “Financiar o Clima do Futuro: Repensar as Infraestruturas”, entregue ao G20 na Cimeira que começou esta quinta-feira, em Buenos Aires, as três organizações afirmam que os governos devem adotar uma agenda mais transformadora que invista na economia de baixo carbono e que seja resiliente ao clima.
Segundo o documento, só assim será possível alcançar a meta definida no Acordo de Paris de eliminar as emissões de dióxido de carbono na segunda metade do século.
A chefe de pessoal da Ocde, Gabriela Ramos, considera que “investir em baixo carbono e em infraestruturas resilientes é vital para o futuro do planeta e pode fomentar o crescimento econômico.”
Conselhos
O relatório sublinha que a energia, os transportes, os edifícios e asinfraestruturas hídricas representam mais de 60% das emissões de gases com efeito de estufa.
As organizações internacionais apresentam seis maneiras de alinhar os fluxos financeiros públicos e privados com os objetivos de Paris, em particular no financiamento de infraestruturas.
Para tal, recomendam o planejamento de infraestruturas sustentáveis e resilientes para um futuro com baixas emissões, acelerar a inovação, assegurar a sustentabilidade fiscal, redefinir o sistema financeiro, repensar o financiamento do desenvolvimento para o clima e capacitar os governos municipais para construir sociedades urbanas de baixa emissão e resilientes.
Investimentos
O relatório diz que aumentar os investimentos públicos e privados em infraestruturas de baixa emissão e sustentáveis é fundamental para aumentar a resiliência.
A análise da OCDE mostra que a mudança do investimento em opções de baixo carbono, combinada com reformas estruturais, poderia aumentar o PIB global em até 5% até 2050, enquanto se reduz as emissões. Isso inclui os efeitos de menores riscos de danos causados por eventos climáticos extremos.
De acordo com a Ocde, os governos gastam US$ 0,5 trilhão de dólares por ano para subsidiar petróleo, carvão ou gás e não estão fazendo uso suficiente dos gastos públicos como alavanca para descarbonizar as economias, investindo em infraestrutura de baixa emissão e inovação.
IHU