Pancs ganham espaço na mesa do brasileiro


Jambu é um exemplo de planta comestível. (Fapesp)

Por Patrícia Almada
Repórter DomTotal

Plantas encontradas em ambientes urbanos, rurais, quintais, terrenos baldios e canteiros, porém, de pouco conhecimento sobre a maneira de consumi-las ou identificá-las para o uso. São as chamadas Plantas Alimentícias não Convencionais ou, simplesmente, Pancs. Ganhando espaço na culinária, essas hortaliças, frutas e leguminosas exóticas se destacam pelo alto valor nutricional. Além disso, por serem naturais de determinados biomas, proliferam com abundância, o que tornam seu custo baixíssimo ou nulo.

Azedinha, almeirão de árvore, peixinho, cará-do-ar, taioba, bertalha, anredera, capuchinha, fisalis, jambu e serralha são alguns exemplos de Pancs.

O termo “alimentícias” se refere a plantas usadas na alimentação e o “não convencionais” significa que não podem ser comercializadas ou produzidas em larga escala. Em geral, tendem a ser livres de agrotóxicos, requerendo melhor aproveitamento dos nutrientes do solo. As Pancs em forma de culturas permanentes mantêm o ciclo da água, diminuem a compactação e aumentam a vida no solo.

Há pouco conhecimento sobre as floras alimentícias e o que elas podem oferecer. Por isso, o potencial permanece subutilizado e desconhecido. Muitas dessas plantas são consideradas como “daninhas” ou “mato”, pelo simples desconhecimento de seu potencial alimentício e nutricional.