Talentos musicais do EcoDom 2019


Foto: Arquivo Pessoal

Por Caio Lara

Uma das grandes alegrias que o Movimento EcoDom 2019 proporciona aos participantes é a descoberta de talentos nas mais diversas áreas. Existem jovens com grande desempenho em matemática, biologia, em química e em qualquer outra disciplina do currículo regular do ensino médio. Outros se notabilizam pelo compromisso com as atividades do projeto socioambiental.

Os encontros do EcoDom ainda nos brindam com as descobertas de alunas e alunos vocacionados para a música, prática cultural e humana das mais elevadas. É o caso da jovem Waleska Danielle Oliveira, organista e pianista, aluna da E. E. Paschoal Comanducci, localizada no bairro Jaqueline. E também o caso de Victor Lucas Ramos, violoncelista, da E. E. Paulo das Graças, do bairro Boa Vista.

Em entrevista concedida ao professor Caio Lara, os músicos revelaram um pouco sobre o seu cotidiano, suas histórias e desejos.

Quando vocês começaram a se interessar por música?

Waleska – Desde pequena, gosto de diversos estilos musicais. Ao ver uma pessoa tocar um órgão, eu me apaixonei. Então, no final de 2014, coloquei como meta aprender a tocar, como um sonho, depois de um tempo comecei as aulas.

Victor – Bom, desde criança sempre amei música, adorava vários ritmos. Porém só comecei a gostar do estilo erudito, com o qual tenho mais contato hoje, por conta do violoncelo. Quando meus pais assinaram um plano de TV paga, me lembro de um canal em que só tocavam músicas deste estilo. Eu escutava peças de piano lindíssimas e ficava brincando de dedilhar a mesa onde a televisão ficava, me sentia um Chopin da vida.

Há quanto tempo vocês estudam seu instrumento?

Victor – Há três anos, na Orquestra de Câmara Sesc, da qual ainda faço parte.

Waleska – Eu estudo desde março de 2015.

Quais os lugares mais legais em que você já se apresentou?

Waleska – Na central/sede da Congregação Cristã no Brasil, no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte. Era um culto para jovens, com muitos músicos compondo a orquestra.

Victor – O Grande Teatro do Sesc Palladium e o Teatro do Museu de Ciências Naturais da PUC foram os melhores.

O que vocês sentem quando estão tocando?

Victor – Sinceramente, não sei como expressar esse sentimento pela música. Para mim, tocar violoncelo é algo surreal, me sinto abraçado, confortado pelo instrumento. Sempre que não estou tendo um dia bom, quando toco, me sinto relaxado, feliz e muito tranquilo!

Waleska – Quando estou tocando, consigo expressar meus sentimentos. É uma sensação de realização, de bem-estar e felicidade.

Como está sendo sua experiência com o Projeto EcoDom?

Waleska – Maravilhosa. É uma experiência muito boa, por algo muito importante… ter o apoio de um projeto que incentiva e propõem atividades nos ajuda a tornar a nossa escola sustentável, pois, juntos, podemos mais!

Victor – Desafiador, eu diria. Por ter de lidar com os desafios do dia a dia e ainda organizar o projeto na escola. Algo bom, ressalto também.

Quais são seus projetos para o ano que vem?

Victor – Pretendo continuar meus estudos com o violoncelo na Fundação Clóvis Salgado (FCS) e, a partir daí, preparar-me para prestar vestibular em alguma faculdade de música.

Waleska – Meu grande projeto para 2020 é começar o curso de Direto na Dom Helder, pois no meu ponto de vista é a melhor Escola Superior de Direto e meu grande sonho é ser advogada! Tenho o desejo de ser também instrutora de música e pretendo me realizar nisso no próximo ano. Quero cada vez mais me aperfeiçoar nas técnicas, pois a música é um estudo sem fim.

Edição – Equipe EcoDom