Por Elmo Júlio de Miranda e Souza
Em setembro, os ipês florescem anunciando a chegada da primavera e o Movimento EcoDom acelera as atividades e oficinas para a conclusão de suas fases finais. Nas escolas parceiras, as equipes se preparam para participar nos eventos do Concurso de Fotografia Garota e Garoto EcoDom e o Concurso de Dança EcoDom, além do Campeonato Estadual de Matemática (CEM).
Essas tarefas e atividades vêm ofertando um calor positivo no interior das escolas e elevando a otimização da realização dos projetos. O mês de setembro também marca a preparação para a entrega dos resultados preliminares das atividades ambientais. Agora é hora de colher os primeiros resultados de um trabalho planejado, na tentativa de transformar atitudes comportamentais, e a efetivação de ações que podem minimizar os impactos sobre a natureza, colaborando com a saúde e equilíbrio do planeta.
As equipes das escolas estão muito comprometidas, muito participativas e empolgadas com os diversos trabalhos desempenhados. São grupos pesquisando, plantando, fotografando e dançando. Estas também são bandeira que o EcoDom vem levando às escolas públicas da RMBH, tornando-as mais dinâmicas, além do acompanhamento dos projetos que revisa os conteúdos e práticas interdisciplinares em busca de maior conhecimento sobre as relações do homem com a natureza.
Várias escolas já apontam resultados impressionantes e muito prósperos, tais como transformar áreas desnudas em espaços verdes com hortaliças de várias espécies para incremento da merenda escolar, assim como a organização de feiras de pequenos empreendedores com materiais que seriam lançados ao ambiente irregularmente. Utilizando papéis e papelões, garrafas pets e outros, são feitos artesanatos e objetos utilitários que auxiliam no orçamento das famílias dos alunos nas comunidades.
Em visitas às escolas, feitas pelo professor Elmo Júlio e seus bolsistas, houve o contato com as equipes EcoDom, que percorreram os espaços escolares e identificaram trabalhos realizados pelos alunos, apontando seus resultados:
- A equipe do Colégio Tiradentes Unidade Minas Caixa organizou sua biblioteca e seus departamentos administrativos e fez uma oficina sobre reaproveitamento do papel, obedecendo as técnicas corretas para o recolhimento e armazenamento até o descarte. No total, foram 46 sacos de lixo de 50 litros com papel picotado recolhidos por uma empresa parceira do colégio. Os estudantes da Dom Helder Escola de Direito e EMGE, responsáveis pelo projeto na escola, são Maria Eduarda Heleno e Leonardo. A orientação da equipe é feita pela professora Íris.
- A Escola Estadual Henrique de Souza Filho, localizada no bairro San Genaro, município de Ribeirão das Neves, vem reorganizando o espaço da escola com plantio de árvores e aproveitando áreas para o cultivo de hortaliças, que já vêm servindo à cozinha para melhoria da merenda escolar. A orientação é do professor Talysson de Sousa Lopes, que tem incentivado os alunos a construir uma nova visão sobre educação em sua escola. O bolsista da escola é o aluno Gustavo Batista da Silva, que desempenha importante papel de estimular e envolver os alunos.
- A Escola Estadual Antonio Miguel Cerqueira Neto, também localizada em Ribeirão das Neves, na região de Justinópolis, compõe o páreo do bem. Muito disposta, a equipe da professora Marisa vem planejando e agindo em todo o espaço escolar, ao transformar o sistema interno de coleta de resíduos e papel. Além disso, a equipe está produzindo adubo através de compostagem de folhas e outros materiais, advindos do serviço de copa. Resultado disso: uma linda horta na escola está oferecendo verduras e temperos verdes como componentes da merenda escolar. A aluna coordenadora da escola, Amanda, vem criando atividades que estão transformando a escola com a sua equipe.
- A Escola Estadual Henrique Diniz retomou o projeto após ter participado do 2º Seminário da Pegada Ambiental, no dia 24 de agosto. Após reunião com o professor Elmo Júlio e com a bolsista Gabrielle, a escola promete ainda realizar muitas atividades nas próximas tarefas.
No mais, atravessamos um período difícil no finalzinho desse inverno: as queimadas na Amazônia e no cerrado principalmente. A natureza reluta. Esta tragédia demonstra que devemos seguir adiante, debater e levar aprendizado e valores a esses jovens que irão constituir uma nova sociedade, mais sensível, comprometida e participativa na campanha de sobrevivência do planeta. É importante lembrar que, mesmo com todas ações antrópicas e comportamentos ainda inadequados do homem, a natureza não se esquece de seus compromissos em mandar as belezas de suas estações, como a explosão do dourado dos ipês mesmo no meio urbano. São testemunhas da possibilidade de convivência entre homem e natureza.
Edição – Equipe EcoDom