Workshop Arte e Biodiversidade na Mata Atlântica


                                                   

Nesse workshop organizado pela Escola da Amazônia, os participantes poderão conhecer um dos parques estaduais mais preservados do brasil: o Parque Estadual Intervales.

 Durante 5 dias, faremos caminhadas, observação da fauna e flora, mergulhos em cachoeiras e exploração de cavernas, além de participar de oficinas de fotografia, pintura, ilustração de natureza e conservação da biodiversidade, o que permitirá o desenvolvimento de um olhar artístico para as belezas naturais da região e do nosso país.

Não é necessário equipamento fotográfico profissional para participar.

O preço inclui transporte (ida e volta, saindo de SP), hospedagem, pensão completa, atividades, instrutores e monitoria ambiental.

Condições especiais de pagamento ou desconto à vista para inscrições até 1 de abril.

Informações e inscrições pelo e-mail: edson@escoladaamazonia.org

Fonte: IHU – Unisinos

Krajcberg – A arte a favor da Natureza


Frans Krajcberg é um artista ímpar, suas obras refletem o grito urgente da natureza. Adotou o Brasil como casa, e a biodiversidade daqui o encantou. Suas obras retratam a paisagem brasileira, em especial a floresta amazônica, denunciando constantemente sua degradação veloz e covarde.

                          

Ao longo de sua carreira, Krajcberg se mantém fiel a uma concepção de arte relacionada diretamente a elementos da natureza. Como matéria prima, utiliza árvores de áreas de queimadas, distorcidas e negras. Faz da arte um grito de protesto, que quase sempre é ignorado pela ganância do homem em pensar que os recursos naturais são infinitos, pensamento esse que desrespeita o equilíbrio natural do ciclo da vida, pondo em xeque a saúde da Terra e tudo mais que ela nos oferece.

Nascido na Polônia, onde perdeu toda a família na guerra nazista, veio para o Brasil sozinho na década de 70. Krajcberg mantém no sul da Bahia o seu ateliê no Sítio Natura, no município de Nova Viçosa. Chegou ali o convite do amigo e arquiteto Zanine Caldas, que o ajudou a construir sua habitação inusitada: uma casa, a sete metros do chão, no alto de um tronco de pequi com 2,60 metros de diâmetro. À época, Zanine sonhava em transformar Nova Viçosa em uma capital cultural e a sua utopia chegou a reunir nomes como os de Chico Buarque, Oscar Niemeyer e Dorival Caymmi.

Mesmo com 92 anos, o artista plástico nunca interrompe sua produção, em seu sítio e em galerias ao redor do mundo está conservada uma vasta coleção de suas obras belíssimas esculpidas e pintadas como protesto à ação devastadora do homem na natureza.

Há dois meses, nosso artista foi internado depois de um infarto e passou por cirurgia no Hospital Espanhol em Salvador. Com saúde delicada em idade já avançada, Krajcberg não pára de surpreender, se recuperou e rapidamente voltou a produzir suas fotografias, esculturas e pinturas.

Reconhecido internacionalmente, o projeto para a criação da Função Museu Artístico Frans Krajcberg foi aprovado este ano e reunirá toda sua obra para exposição permanente no estado da Bahia. “Quero que tudo o que eu fiz fique no estado da Bahia para sempre e crescendo, para lutar pela saúde do planeta. A Bahia é importante porque minha luta começou aqui, acho que deve continuar e eu já estou com 92 anos.”

Para conhecer melhor esse artista excepcional, existem vários documentários sobre sua vida e obra, entre eles o Krajcberg, o Poeta dos Vestígios, produzido pelo amigo íntimo de Krajcberg, Walter Salles, de 1987 e o Socorro Nobre Filme Brasileiro também produzido por Salles em 1995.

Assista ao vídeo de Frans Krajcberg em visita ao Museu de Arte Contemporânea:

Fonte: Frans Krajcberg ; Mercado e Arte

Laísa Mangelli

 

 

Festival em SP reúne atividades gratuitas sobre sustentabilidade e arte


 

 

Trocar, compartilhar, experimentar. Esta é a proposta do Prototype – Festival de Sustentabilidade na Arte, iniciativa do Goethe-Institut e do Ministério da Cultura. O evento é parte da temporada “Alemanha + Brasil 2013-2014”, que acontece no próximo fim de semana em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

 

Com patrocínio da Mercedes-Benz do Brasil, o festival vai utilizar energia provida por pedaladas de bicicleta, além disso, todas as atividades têm como desafio utilizar o mínimo de energia elétrica para sua realização. Piquenique coletivo, ações participativas, instalações, pedalada, música ao vivo, bate-papos, intervenções de artistas nacionais e internacionais fazem parte da programação, sempre priorizando o coletivo e a troca entre público e artistas.

 

Conheça os destaques da programação:

 

– Escultura do artista Jum Nakao: Criada especialmente para o festival. A escultura se inspira na ideia de uma fonte e promete provocar no público a experiência de mergulho em sentimentos antagônicos, além de uma profunda reflexão sobre como estamos afetando o planeta.

 

– Coletivos e movimentos urbanos: Ogangorra, Rios e Ruas, Horta das corujas, Bike Party e “A batata precisa de você” também marcam o evento. Cada coletivo irá propor atividades e intervenções que relacionam sustentabilidade e arte. Oficinas de horta urbana, bike party e outras intervenções acontecerão ao longo do festival, que também propicia o intercâmbio entre esses coletivos e o público, oferecendo-se como plataforma para suas iniciativas.

 

– Piquenique coletivo: No deck da Praça vai ser uma ótima chance de juntar os amigos e as crianças, e valorizar uma vida mais saudável, sustentável e feliz. Para ambientar o piquenique, coletivos que organizam festas de rua vão se apresentar: Metanol na Rua, Saloon das Minas e Barulho, além do DJ ambulante Chico Tchello.

 

– Instalação sonora participativa “Fruta faz música”: Dos artistas berlinenses Jan Brokof e Gregor Knüppel, a instalação funciona com uma bateria composta por frutos cítricos, que precisam ser constantemente trocados pelo público para continuar gerando o seu som.

 

– Músicos de rua de São Paulo: Teko Porã e Slap Acústico, além de trazer performances musicais dos grupos Voodoohop + Keroøàcidu Suäväk e Chippanze para apresentar o seu som na Praça. A experiência desses músicos que atuam sem infraestrutura ou recursos energéticos, adaptando-se continuamente às condições do local, é totalmente alinhada à ideia do festival. Chippanze.org faz som com videogames transformados em controladores musicais eletrônicos. Já o Voodoohop apresentará um projeto de experimentações sonoras e performáticas, unindo música, artes cênicas e visuais.

 

– Obras feitas por alunos do CEU Jaguaré: Uma escultura chamada “Homem de Lixo”, feita de material descartado é a proposta do grupo Urban Trash Art, dos artistas Rodrigo Machado e Pado, de São Paulo. Questionando o consumo e tendo como matéria-prima o lixo, os jovens reutilizam de forma criativa esses materiais, dando forma a um ser humano. Também a dupla 44Flavours dos berlinenses Julio Rölle e Sebastian Bagge vai atrás de objetos antigos e sem utilização que guardam histórias curiosas, assim como os abrigos desses objetos.

 

– Convidados discutem as interfaces entre arte e sustentabilidade: Discussões em diversos formatos com coletivos do Festival e com especialistas como a chef Claudia Mattos, a escritora e jornalista Marcia Tiburi e o coordenador do GVces, Aron Belinky.

 

– Mapa afetivo da cidade de São Paulo: Um mapa será construído junto com público e estará instalado na Praça para todos aqueles que quiserem demonstrar de uma forma criativa o seu afeto por São Paulo.

O evento acontece entre os dias 12 e 13 de abril, sábado e domingo, das 11h às 18h. Gratuito e aberto ao público. A Praça Victor Civita está localizada na Rua Sumidouro, 580, Pinheiros, situada ao lado da Estação Pinheiros do Metrô e do terminal de ônibus Pinheiros. Estacionamento para bikes está disponível na Praça. Veja aqui a programação completa.

(CicloVivo)

Publicado em Mercado Ético

Reciclagem de pneus mobiliza comunidade


Reciclagem de pneus mobiliza comunidade e poder público em Peixoto de Azevedo


Maria Dinalva, vê na capacitação de reciclagem de pneus uma forma de contribuir no combate ao Aedes Aegypti. Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV

Maria Dinalva, vê na capacitação de reciclagem de pneus uma forma de contribuir no combate ao Aedes Aegypti. Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV

Sucena Shkrada Resk/ICV

Dar um destino sustentável aos pneus inservíveis recolhidos pela Prefeitura de Peixoto de Azevedo, Mato Grosso, acumulados em um galpão público está mobilizando ações que envolvem diferentes pastas do governo municipal, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) e a comunidade local. A iniciativa foi batizada de “Reciclarte: arte, saúde e sustentabilidade”.

O pontapé inicial estão sendo oficinas de reciclagem, em que integrantes de diferentes associações de bairro da cidade estão se capacitando para transformar  os pneus em recipientes para a destinação de resíduos sólidos em suas próprias casas e em locais públicos, entre outras finalidades, como brinquedos em parques e creches e cercas e bebedouros de animais em áreas rurais.

A ideia é que se tornem multiplicadores e a proposta esta sendo encampada pelo CMMA, que deverá dar prosseguimento na Associação do Bairro Santa Isabel, com recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente (Fumdema). Essa ação é importante ao conselho, porque a temática de resíduos sólidos faz parte do plano de metas do município, um instrumento do Programa Mato-Grossense de Municípios Sustentáveis (PMS) de planejamento das ações municipais voltadas ao meio ambiente e agricultura familiar, que tem o apoio do Instituto Centro de Vida (ICV), por meio de arranjos locais.

A iniciativa teve seu embrião por meio de projeto apresentado por Clarice Marines Cenci Bee, coordenadora de Vigilância em Saúde, que compõe o CMMA. “Há quatro anos dei início à proposta, para chamar a atenção da população, quanto à esta alternativa de combate ao Aedes aegypti no município. Ao montar um grupo de trabalho no CMMA, conseguimos mostrar o projeto à promotoria pública, que teve boa receptividade”, conta.

Com isso, a proposta é que multas recebidas no órgão também sejam transferidas ao Fumdema, que começará a ser utilizado com este projeto. A estimativa de custo anual para as ações, segundo Clarice, é na casa de R$ 30 mil, que envolve prestação de serviços de educador, ferramentas, entre outras despesas.

Como ainda a verba não foi liberada e exige uma tramitação burocrática para a utilização dos recursos, foi firmada uma parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, que possibilitou a realização das oficinas com cerca de 25 interessados da comunidade, em galpão cedido pela pasta da Cultura. “Com o curso, estou desenvolvendo a capacidade de transformação para tirar os pneus das ruas, que provocam doenças e poderei também gerar renda para a minha família”, disse a dona de casa Evonilde Costa, 39 anos, que participou do curso ministrado pelo artista Valdomiro Vougado.  “Assim evita que possam se encher de água e atrair os mosquitos da dengue”, completa Maria Dinalva Lima dos Santos, 49.

A secretária municipal interina de Meio Ambiente Afonsina Aparecida Fermino Crescêncio explica que o projeto é uma forma positiva de educação ambiental. “Futuramente o município também se adequará para facilitar a logística reversa destes pneus aos fabricantes, por meio do Reciclanip  (programa das indústrias dos pneus)”, disse.