Japão descobre bactéria que come garrafas PET


Pensamento Verde

Um grupo de cientistas japoneses anunciou a descoberta de uma bactéria capaz de digerir (literalmente) o polietileno tereftalato, a propriedade plástica na qual são produzidas as garrafas PET. A equipe de dez pesquisadores, do Instituto de Tecnologia de Kyoto, concluiu os estudos após coletar 250 amostras de sedimentos, águas residuais e solo contaminado por garrafas PET, em uma usina de reciclagem na cidade de Osaka.

De acordo com Shosuke Yoshida, responsável pela equipe, a grande descoberta promete revolucionar o combate contra o plástico lançado a natureza – que, quando jogado no oceano, só se decompõe com pelo menos meio século.

Depois das amostras terem sido coletadas, um processo de triagem foi realizado, com o objetivo de identificar novos microrganismos capazes de usar o plástico como fonte de carbono para crescimento, e a grande surpresa da pesquisa foi encontrada na amostra de número 46. Segundo o grupo, o sedimento apresentou um consórcio microbiano – formado por diversas bactérias, germes e células semelhantes às leveduras – que, em seguida, foi estudado e pode se constatar a característica digestiva da Ideonella sakaiensis (nome científico da bactéria presente no composto).

Batizada como Ideonella sakaiensis 201-F6, a nova bactéria age com certa simplicidade, acelerando a decomposição da matéria PET, produzindo apenas duas enzimas no processo. A primeira, a PETase, se fixa no material e libera um ácido conhecido como MHET. Em seguida, a segunda enzima, a MHET hidrolase, completa a operação liquidando a digestão do PET.

Os próximos objetivos do grupo se direcionam na otimização dessa nova “estratégia de reciclagem” do plástico, descobrindo novas informações que possam acelerar todo o processo digestivo do micróbio. Ainda sobre a pesquisa, uma série de testes em laboratório foram realizados com a Ideonella sakaiensis 201-F6, exposta a uma temperatura de 30°C, no qual observou-se a decomposição completa de um pedaço de filme fino de PET em apenas seis semanas.

Na natureza, a decomposição do plástico ocorre após 100 anos.

Fonte: Tetra Pak

Bactéria que come plástico dos oceanos


Estudantes desenvolvem bactéria que come plástico dos oceanos e o transforma em água

Estudantes desenvolvem bactéria que come plástico dos oceanos e o transforma em água

Pois bem, a novidade do momento é uma bactéria, desenvolvida pelas estudantes Miranda Wang e Jeanny Yao. Trabalhando na ideia desde os tempos do colégio, hoje elas colhem os frutos e já possuem duas patentes, uma empresa e cerca de U$ 400 mil dólares de investimento inicial. Tudo isso com vinte e poucos anos!poluição nos oceanos é um problema grave. Segundo estudos recentes, é muito provável que até 2050 terá mais plástico do que peixes em nossas águas marítimas. Para a nossa sorte, não faltam pessoas muito visionárias trabalhando para reverter essa situação. Lembra do jovem de 21 que desenvolveu tecnologia que promete limpar o Oceano Pacífico até 2030?

Com cinco prêmios nas costas, a dupla ficou famosa por ser a mais jovem a ganhar o prêmio Perlman de ciência. Tudo graças ao protótipo de bactéria capaz de transformar plástico em CO2 e água. A tecnologia está sendo utilizada de duas formas: para limpar as praias e também para produzir matéria-prima para confecção de tecidos.

“É praticamente impossível fazer com que as pessoas parem de usar plástico. Nós precisamos de tecnologia capaz de quebrar o material. Tudo deveria ser biodegradável”, disse Wang.

A tecnologia em desenvolvimento é composta por duas partes. Primeiro o plástico é dissolvido e depois as enzimas de catalização quebram os componentes em pedaços mais maleáveis. Esses componentes são colocados em uma estação biodigestora, em que tudo será compostado. O processo leva, no máximo, 24 horas para acontecer. Ah, a tecnologia… 

Fonte: The Greenest Post