Pacto pela pecuária sustentável evita que consumidor compre carne de área desmatada


O trabalho Pacto com os Supermercados pela Pecuária Sustentável no Brasil, do Ministério Público Federal (MPF), ganhou a primeira menção honrosa do Prêmio Innovare na categoria Ministério Público. Com a iniciativa, grandes redes de supermercado passaram a oferecer linhas de produtos rastreados desde a origem, permitindo que os consumidores saibam que a carne não é resultado de desmatamento ou trabalho escravo.

Concedido pelo Instituto Innovare na semana passada, o prêmio é um dos mais prestigiados da Justiça brasileira. Ele destaca, anualmente, as melhores iniciativas nos diversos setores do sistema Judiciário em prol da modernização da prestação jurisdicional.

O termo de cooperação pela pecuária sustentável foi firmado no final de março entre o MPF e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O objetivo é evitar que os supermercados brasileiros comprem carne bovina proveniente de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia ou onde tenham sido constatadas irregularidades como invasão de terras públicas e trabalho escravo.

O procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal, disse que o prêmio é uma oportunidade de dar visibilidade ao projeto, “de mostrar que é possível para o consumidor participar do controle do desmatamento ilegal na Região Amazônica”.

De acordo com Avelino, o pacto conta com a participação das empresas e dos consumidores. “Logo após a assinatura do acordo, grandes redes de supermercado lançaram linhas específicas de produtos com a identificação de origem. O consumidor, na prateleira do supermercado, consegue atestar a origem do produto e ter a comprovação de que o produto não é fruto nem de desmatamento nem de trabalho escravo”, acrescentou.

Muitas empresas lançaram, inclusive, selo específico para facilitar a identificação por parte dos clientes. “Fazemos reuniões periódicas com a Abras e com os supermercados para discutir formas de melhorar a implementação do acordo. A maioria dos produtores rurais consegue vislumbrar hoje que o seu produto só vai ter aceitação no mercado se for acompanhado de um mínimo de regularização ambiental”, disse o procurador.

Pelo termo de cooperação, a Abras se comprometeu a informar e orientar as empresas do setor supermercadista sobre práticas que ajudem a coibir o trabalho escravo na cadeia da carne, ampliem a redução do desmatamento e a recuperação de áreas desmatadas e combatam o abate clandestino.

Esse pacto é fruto de uma série de ações propostas pelo MPF, iniciadas no Pará em 2009, que buscava indenizações por danos ambientais causados pela criação irregular de gado no estado. Segundo o MPF do Pará, as ações levaram à assinatura de termos de Ajuste de Conduta (TACs) com cerca de 100 frigoríficos, curtumes e empresas calçadistas, que se comprometeram a cobrar medidas de sustentabilidade ambiental e social dos seus fornecedores.

“Em 2009, tínhamos vários estudos e dados públicos reconhecendo que a atividade da pecuária era a que mais causava desmatamento na Amazônia. Foi isso que gerou a atuação do Ministério Público”, informou o procurador Avelino.

Fonte: Agência Brasil

Publicado em Ambiente Brasil

Como a dieta carnívora afeta nosso organismo e por que adotá-la prejudica o meio ambiente


                                               

Esse é mesmo um assunto delicado. Mas por quê? Unicamente por ainda ser um tabu numa sociedade da qual a cultura maior é a do consumo da carne. Desde criança aprendemos que não podemos viver sem as carnes devido ao seu alto teor proteico, que sem ela o corpo “enfraquece” até chegar à desnutrição, mas o que acontece é que milhares de pessoas conseguiram viver, e viver muito bem sem precisar sacrificar animais para se alimentar, e ainda consegue suprir todas as vitaminas que o corpo humano precisa através de frutas, vegetais e legumes. Exemplo disso é o Mahatma Gandhi, pacifista e homens inteligentes como Sócrates e Einstein que mesmo no passado já entendiam que o Vegetarianismo era melhor caminho para dieta do homem. A realidade é que uma dieta carnívora causa muito mais males à saúde do que seu valor nutritivo, veja por que:

-É um animal desvitalizado, pois está morto, sem energia vital.

-O excesso de proteína é de baixo valor biológico, devido ao longo congelamento.
-Seu excesso de gordura saturada provoca colesterol, porque não se dissolve no nosso sangue, ficam depositadas nas paredes, enrijecendo e vão contribuir na arteriosclerose.

-Antibióticos, provenientes das rações químicas, causam resistência bacteriana.
-Contém vacinas, resíduos de pesticidas, drogas alopáticas variadas, outros remédios além de DDT devido à ração , forração e carrapaticidas.

-Hormônios sintéticos para aumentar a produção do leite como o dietiletilobestrol, hormônio feminino, provocando antecipação da menstruação e excesso de pêlos no corpo.

– Contém ácido único, principalmente nas vísceras , toxinas como escatol, fenol ,histamina, putrescina, cadavérica, nitrosaminas, nitritos e nitratos (cancerígeno); sulfato de sódio para dar cor e aspecto “saudável” nos açougues; salitre, para conservar e outros conservantes químicos como formol, adrenalina, adrenocomo e adrenolutina devido o abate ; chumbo, embora em pequenas quantidades, devido à proximidade dos pastos com estradas ; solitárias – tênia sagihate que é um verme intestinal perigoso; bactérias e vírus diversos; brucelose, tuberculose bovina, humores plasmáticos bovinos;

                                

– Substâncias linfocitárias ,alergenos, antígenos, benzopireno (l kg. De carne é igual a fumar 600 cigarros. Segundo o nutricionista mineiro Wilson Camargo , pós-graduado em engenharia biorgânica pelo Instituto Finhorn (Escócia). A fumaça da gordura que sai de um único bife contém tanto benzopireno quanto a fumaça de 600 cigarros – trinta maços) .

– Como nossos intestinos são muito compridos (as carnes levam em média 6 horas para serem digeridas) acabam gerando reações químicas de putrefação dentro dele, provocando gases, que fatalmente irão intoxicar o organismo, além de provocar alterações na fabricação de enzimas.

                      

A carne e os nutrientes

Há uma diminuição do cálcio no consumo excessivo da proteína, provocando dentes fracos e mais tarde a osteoporose. Além disso, está provado que o excesso de proteína animal não aumenta o rendimento físico. O trabalho muscular aumenta o teor de ácido lático (fruto da degradação incompleta da glicose) nos tecidos, aumentando a fadiga, esse ácido deverá ser neutralizado com substâncias alcalinizastes (frutas e verduras).

 

 A carne é uma substância acidificante e por isso aumenta o cansaço. É pobre em vitaminas (exceto B6 que é essencial para o seu metabolismo) e em minerais que são fatores alcalinizantes. Ela também é pobre em fibras (a “vassoura” do intestino grosso) e, sem elas, os resíduos das fezes vão se acumulando, putrefando, gerando gases, toxinas, divertículos e mais tarde qualquer inflamação tipo diverticulite, colite, etc., além da prisão de ventre. O alimento ainda possui gorduras saturadas, que provocam males coronários, câncer de intestino grosso, seios, pâncreas, próstata etc.

O ser vivo necessita de ambiente adequado onde encontre alimentação, clima, habitat, no caso das bactérias do cólon o “PH” é ácido, já o sangue necessita de meio alcalino.
A carne gera temperatura alta (inadequada), sangue ácido, intestino alcalino e conseqüentemente deixando as bactérias acidófilas com fome, gerando outras não acidófilas que aí encontrarão “PH” adequado para se desenvolver alterando a flora intestinal.

Existem demonstrações que portadores de câncer de cólon têm uma flora intestinal diferente dos não portadores, com excesso de clostridium paraputrificum e aumentos de substâncias carciongenéticas (que provocam câncer) nas fezes.

E o meio ambiente, como fica?

 

Se num primeiro momento o principal argumento da maior parte dos vegetarianos era o dos direitos dos animais, agora há ainda a questão da sustentabilidade ecológica.

A pecuária é “uma das duas ou três maiores contribuintes para os mais graves problemas ambientais em todos os níveis, do local ao global" Segundo um relatório publicado em 2006 pela Organização das Nações Unidas. Incluindo problemas de degradação do solo, mudanças climáticas e poluição do ar, poluição e esgotamento da água e perda de biodiversidade.

O que acontece é que a prática da pecuária demanda um consumo de recursos hídricos cerca de 5 vezes maior do que o necessário para se produzir a mesma quantidade de cereais, de acordo com estudo realizado pela FAO. Além disso,  a contaminação da água com dejetos animais, antibióticos e hormônios, e fertilizantes e peticidas usados no cultivo de rações, além de assoreamento causado por pastagens degradadas são os principais efeitos negativos da pecuária em relação à água, e caracterizam-na como a atividade humana que mais a polui. A pecuária é responsável também por 8% do consumo humano de água do planeta, a maior parte dela destinada à irrigação de culturas de ração.

Além disso, o setor da pecuária é responsável por 18% das emissões antropogênicas de gases do efeito estufa. Essa contribuição é maior que a do setor de transportes! Os principais fatores que determinam esse quadro são mudanças do uso da terra, especialmente desmatamento, causado pela expansão de pastagens e áreas de cultivo de ração; emissão de metano como resultado do processo de fermentação entérica; e emissão de óxido nitroso a partir do esterco. Dessa forma a pecuária contribui com 9%, 37% e 65% das emissões antropogênicas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, respectivamente. Cabe lembrar que o gás metano e o óxido nitroso são, respectivamente, 23 vezes e 296 vezes mais potentes que o dióxido de carbono como agentes do efeito estufa. Que também contribui significativamente para a ocorrência de chuvas ácidas e para a acidificação do solo.

Agora imagine, o total do setor da pecuária, incluindo pastagens e áreas de cultivo de ração, ocupa atualmente cerca de 30% da superfície terrestre do planeta, área previamente ocupada por outros ecossistemas.

Também é a principal força motriz do desmatamento da Floresta Amazônica. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 75% da área desmatada na Amazônia Legal é ocupada pela pecuária.Para comparação, a indústria madereira, legal ou ilegal, contribui com apenas 3% do desmatamento na Amazônia. 

Também a pecuária intensiva é, ao lado da construção de hidrelétricas, a principal ameaça ao Pantanal.

Deste modo, a adoção de dietas vegetarianas seria uma estratégia possível a fim de combater o aquecimento global. O  vegetarianismo parece como a saída possível para a solução do problema. De acordo com o biólogo estadunidense Edward O. Wilson, da Universidade Harvard, só será possível alimentar a população mundial no fim do século se todos forem vegetarianos. A questão pode ser traduzida em termos matemáticos: se por um lado a produção de grãos de uma fazenda com cem hectares pode alimentar 1.100 pessoas comendo soja, ou 2.500 com milho, por outro, a carne produzida a partir da utilização da mesma área para produção de ração bovina ou pasto alimentaria o equivalente a oito pessoas.

Vale à pena comer carne? Dizer que é gostoso e dá prazer até parece conversa de drogado e toda droga gera vício estimulando ainda a ingestão de outras drogas como cigarro, álcool, muito sal, etc. As papilas gustativas se acostumam a determinado paladar, mas a readaptação é possível e gratificante. Assim, descobriremos outros prazeres, que além de não serem violentos, são desintoxicantes.

Fonte: http://www.saudeintegral.com e http://www.peta.org

Laísa Mangelli

 

McDonald´s sai em busca do Big Mac verde


        

Dois anos depois de anunciar mudanças na fórmula dos seus hambúrgueres, após denúncia feita pelo chef de cozinha britânico Jamie Oliver sobre uso de hidróxido de amônio nos produtos, o McDonald´s prometeu novas modificações: quer comprar carne bovina sustentável a partir de 2016.

No site de lançamento da campanha, a empresa explica que a investida vem ao encontro dos apelos ambientais crescentes e à preocupação dos consumidores com a origem dos alimentos. Não será uma promessa fácil de cumprir.

No topo da lista de desafios, aparece uma pergunta simples — o que é carne sustentável? O McDonald´s diz que não tem a resposta pronta e afirma que o bife verde é um conceito em construção.

Em entrevista ao site GreenBiz, Bob Langert, vice-presidente de sustentabilidade global da gigante do fast-food, diz que a definição da terminologia será tarefa dos outros. "Carne sustentável não vai ser definida pelo McDonald´s…A chave aqui é fazer com o conceito seja definido por um grupo de partes interessadas e de ampla coalizão. Precisamos de uma maior massa crítica".

É aí que entra a Conferência Global sobre Carne Sustentável, um grupo composto por grandes players corporativos, como Walmart e Cargill e também ONGs como a World Wildlife Fund (WWF). No ano passado, o grupo emitiu uma versão preliminar de um documento intitulado "Princípios e Critérios para a Carne Sustentável".

Os princípios abrangem:
– pessoas (direitos humanos, ambiente de trabalho seguro e saudável);
– comunidade (cultura, o patrimônio, o emprego, os direitos à terra, saúde animal e bem-estar, segurança e qualidade alimentar);
recursos naturais (de saúde do ecossistema): e
– eficiência e de inovação (reduzindo o desperdício, otimizando a produção, a vitalidade econômica).

Os mais radicais podem argumentar que se trata de contradição em termos, afinal a criação de gado é uma das principais fontes emissoras de gases efeito estufa, vilões do aquecimento global. Sem falar da contaminação da água, do ar e de outros recursos naturais incorporados em fertilizantes, pesticidas e herbicidas usados pela indústria de ração de gado.

A par das críticas, a rede de fast-food afirma que está comprometida em reduzir o impacto ambiental de seus produtos. O raciocínio, conforme Langert, é de que se o negócio se sustenta na carne, então que seja carne mais ecológica — atualmente, 28% da pegada de carbono da empresa vem da proteína animal.

DE ONDE VEM O BIG MAC?
Outro desafio que a empresa terá que superar para colocar o hambúrguer ecológico no menu passa pelo convencimento da uma gigantesca e complexa cadeia de suprimento mundial.

Cada parte da indústria de carne bovina é de propriedade de uma entidade diferente e opera de forma independente, com práticas únicas que variam de acordo com papel na cadeia de abastecimento.

A carne que abastece os mais de 30 mil restaurantes da rede no mundo não vem diretamente de fazendeiros ou matadouros. O McDonald´s compra o produto congelado a partir de cerca de 20 empresas de processamento de alimentos em todo o mundo. No Brasil, o bolo é dividido entre a JBS e a Marfrig.

Você está se perguntando de onde vem seu Big Mac? Existem mais de 400 mil possibilidades. É o número aproximado de fazendas de gado que fornecem a carne que eventualmente recheia um hambúrguer da rede.
Esses produtores estão no início de uma cadeia de valor que inclui ranchos, fazendas leiteiras, gado de confinamento e processadoras de carne bovina.

Com uma cadeia de natureza tão complexa fica claro que adequar todos a um padrão de carne sustentável – ainda a ser definido – é tarefa árdua. Não à toa, a rede se eximiu de fixar uma data para ter 100% de seus hamburgueres com certificação ambiental.

A empresa, que responde por 1,5% a 2% de todo o consumo de carne nos países em que opera, também não está certa de quanta carne bovina sustentável vai comprar em 2016.

PASSADO
Esta não é a primeira investida verde da marca. No passado, o McDonald´s concordou em proibir a compra de carne originária do bioma amazônico e adotou padrões de bem-estar animal, desenvolvendo projetos com a colaboração de produtores para melhorar as práticas de manejo.

Desde janeiro do ano passado, parte dos peixes que recheiam o Mac Fish Burger já contam com certificado de origem, emitido pelo Marine Stewardship Council (MSC), enquanto o café traz o selo do FSC (Forest Stewardship Council).

São garantira de práticas responsáveis, que preservam o meio ambiente e permitem o progresso econômico das comunidades e produtores.

 

Fonte: Planeta Sustentável