Maioria dos resíduos de eletroeletrônicos pode ser recuperada, revela estudo


 

O levantamento ainda mostra que os 150 maiores municípios brasileiros (a maioria nas regiões Sudeste e Sul) são responsáveis por aproximadamente dois terços de todo o resíduo eletroeletrônico que se estima seja descartado no Brasil. Também há uma lista de iniciativas de coleta e reuso de Reee, um levantamento do ciclo de vida dos eletroeletrônicos e o mapeamento do consumo, por região e por tipo de produtos, de eletroeletrônicos em todo o país.Maioria dos resíduos de eletroeletrônicos pode ser recuperada, revela estudo.

 

A reportagem é da redação do portal EcoD, 19-03-2014.

 

O Brasil deve gerar aproximadamente 1,100 mil toneladas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (Reee) pequenos em 2014, número que deve aumentar para 1,247 mil toneladas em 2015. A previsão é do estudo Logística Reversa de Equipamentos Eletroeletrônicos – Análise de Viabilidade Técnica e Econômica encomendado pela secretaria de desenvolvimento da produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SDP/MDIC) e pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

 

O levantamento ainda mostra que os 150 maiores municípios brasileiros (a maioria nas regiões Sudeste e Sul) são responsáveis por aproximadamente dois terços de todo o resíduo eletroeletrônico que se estima seja descartado no Brasil. Também há uma lista de iniciativas de coleta e reuso de Reee, um levantamento do ciclo de vida dos eletroeletrônicos e o mapeamento do consumo, por região e por tipo de produtos, de eletroeletrônicos em todo o país.Maioria dos resíduos de eletroeletrônicos pode ser recuperada, revela estudo.

 

O estudo avalia o custo de implantação do sistema e a divisão de responsabilidades entre indústria, comércio, consumidores e governos federal, estadual e municipal e norteará a implantação da política de reciclagem e destinação adequada de resíduos eletroeletrônicos no país. Segundo o diretor de Competitividade da SDP, Alexandre Comin, este é o primeiro levantamento desse tipo realizado pelo governo federal e vai facilitar a definição de políticas de logística reversa para o segmento, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).

 

O diretor explica que a maioria dos Reee são compostos por materiais como plásticos, vidros e metais, que podem ser recuperados e retornados como insumo para a indústria de transformação. Já as substâncias tóxicas como chumbo, cádmio, mercúrio e berílio devem ter tratamento especial porque podem causar danos ambientais e de saúde.

 

No levantamento, foram considerados como resíduos de equipamentos eletroeletrônicos pequenos os aparelhos televisor/monitor, LCD/plasma, DVD/VHS, produtos de áudio, desktop, notebooks, impressores, celulares, batedeira, liquidificador, ferro elétrico, furadeira.

 

A cadeia produtiva de produtos e equipamentos eletroeletrônicos é composta por: Linha Marrom – televisor tubo/monitor, televisor plasma/LCD/monitor, DVD/VHS, produtos de áudio; Linha Verde – desktops, notebooks, impressoras, aparelhos celulares; Linha Branca – geladeiras, refrigeradores e congeladores, fogões, lava-roupas, ar-condicionado; e Linha Azul – batedeiras, liquidificadores, ferros elétricos e furadeiras.

 

Lei dos Resíduos Sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos disciplinou a gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos sólidos no país, sendo o sistema de logística reversa, a responsabilidade compartilhada e a hierarquia de gestão – não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos – os principais destaques, e criou o Comitê Orientador para a Implementação de Sistemas de Logística Reversa. Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, também é integrado por MDIC e Ministérios da Saúde, Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Fazenda.

 

Cinco grupos temáticos de discussão para o descarte de resíduos integram o comitê: medicamentos, embalagens, lâmpadas, embalagens de óleos lubrificantes e eletroeletrônicos.

 

Leia a íntegra do estudo (em PDF).

 

Fonte: IHU – Unisinos