Um ano depois, apenas 131 sistemas


Após aprovação de resolução que promove micro e minigeração renovável, sete entre 10 brasileiros ainda sabem pouco ou nada sobre possibilidade de economia na conta de luz.

          

Há um ano, os brasileiros deixaram de ser apenas consumidores de energia para passarem a ser também geradores. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a resolução 482 que estabeleceu as condições gerais para a geração renovável de pequeno porte permitindo na prática descontos na conta de luz. Desde então, 131 sistemas de micro e minigeração já foram ou estão sendo ligados às distribuidoras de energia. “O número é positivo, mas poderia ser muito maior”, afirmou Ricardo Baitelo, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

A resolução gerou economia no bolso de alguns brasileiros e também ajudou a promover o debate e os benefícios das energias renováveis, que se tornaram mais próximas da realidade das pessoas. “No entanto, a energia solar, por exemplo, ainda precisa de incentivos para que seu uso seja cada vez mais ampliado e conhecido”, continuou Baitelo.

Em pesquisa desenvolvida pela Market Analysis em conjunto com o Greenpeace, identificou-se que a população ainda possui baixo nível de conhecimento da resolução, sete em cada 10 brasileiros afirmou não saber nada ou pouco sobre o tema. No entanto, apesar do desconhecimento, quase 90% da população entrevistada afirmou ter interesse em saber mais sobre microgeração, que consideram que produzir sua própria energia é importante e que caso houvesse linhas de crédito com jutos baixos, adotariam sistemas residenciais de energia.

Também percebeu-se na pesquisa que quanto mais conhecimento se tem sobre microgeração renovável, maior é a intenção da população de investir. Atualmente, a energia solar é a que é mais conhecida pelos brasileiros, sendo que 60% dos sistemas que já foram ou estão sendo conectados à rede são de energia fotovoltaica.

 “Vimos que os brasileiros possuem interesse nas energias renováveis e nos sistemas de pequeno porte de geração de energia. Sabendo disso, o governo precisa criar condições mais favoráveis para que essa vontade seja colocada em prática”, disse Baitelo. “O Brasil ainda precisa trabalhar a questão do ICMS que encarece a microgeração e acaba sendo um empecilho para a disseminação dessa tecnologia, também precisa criar linhas de crédito específicas para a aquisição de painéis solares.”

                                          

Fonte: http://www.greenpeace.org

Laísa Mangelli

Cursos Em Energias Renováveis


Cursos Em Energias Renováveis – Biogás

 
Data: 13/07/2015 das 18:00:00 às 18:00:00
Estão abertas novas turmas para cursos sobre energias renováveis 
Capacitação ocorrerá integralmente a distância e pode indicar soluções para a crise energética 

O CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis–Biogás) e o Centro Internacional de Hidroinformática (CIH) abrem inscrições para dois cursos sobre fontes renováveis de energia, seus benefícios e formas de implantação deste tipo de tecnologia. 

A primeira turma disponibilizada será a de Gestão Territorial Aplicada à Água e Energia, com inscrições abertas até 10 julho. A capacitação é direcionada à análise de um território e na capacidade que ele tem em aproveitar suas fontes renováveis de energia, considerando os aspectos socioeconômicos e ambientais do local e as possíveis alternativas para o desenvolvimento. 

Outro curso oferecido é o de Atualização em Energias do Biogás. Seu conteúdo é focado em conceitos e aprendizados para a geração de eletricidade, biocombustível, energia térmica e biofertilizante por meio da transformação de dejetos de animais e resíduos industriais. A inscrição segue até 20 de julho. 

O objetivo das capacitações, que são realizadas integralmente a distância, é atualizar profissionais e estudantes interessados nos temas e compartilhar, com participantes brasileiros e de toda América Latina e África, os trabalhos desenvolvidos pela instituição. “Em um cenário de crise energética, proporcionar conhecimento sobre novos caminhos para resolver esse desafio é um dever das instituições de pesquisa e desenvolvimento engajadas no assunto”, diz o diretor-presidente do CIBiogás , Rodrigo Régis de Almeida Galvão. 

Para inscrever-se, acesse www.cibiogas.org/eadcursos ou entre em contato pelo e-mail contatoead@cibiogas.org ou telefone (45) 3576-7437. Desde 2011, os cursos já capacitaram 700 pessoas, de mais de nove países.

Serviço 
Gestão Territorial Aplicada à Água e Energia – Inscrições até 10 de julho. 
Atualização em Energias do Biogás – Inscrições até 20 de julho. 
Acesse www.cibiogas.org/eadcursos e saiba mais. 

Sobre o CIBiogás 
O CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis–Biogás) é uma instituição científica, tecnológica e de inovação. A empresa é formada por 16 instituições que desenvolvem e/ou apoiam projetos relacionados às energias renováveis, contando com um laboratório de biogás e com 11 unidades de produção de biogás no Brasil.

Endereço:

EAD – Integralmente a distância – Integralmente a distância 
CEP: Integralmente a distância – Integralmente a distância

Fonte: (O) eco

Soluções para o Aquecimento Global – O que podemos fazer?


 

As evidências de que nós, humanos, somos os causadores do aquecimento global, são grandes, mas a questão do que fazer sobre ele permanece em controvérsia. Economia, sociedade, e a política são importantes fatores no planejamento para o futuro.

Mesmo que nós parássemos hoje de emitir gases de efeito estufa, a Terra continuaria quente a um grau Fahrenheit ou menos. Pensando num futuro próximo, o que nós fazemos hoje fará uma grande diferença, dependendo das nossas escolhas. Cientistas prevêem que a Terra pode eventualmente esquentar a 2.5 graus ou bem mais de 10 graus.

A meta geralmente citada é estabilizar as emissões de gases do efeito estufa aproximadamente 450-550 partes por milhão (ppm), o que significa a metade dos níveis industriais gerados atualmente. Este é o ponto em que muitos acreditam que os impactos mais danosos da mudança climática podem ser evitados. Hoje as concentrações atuais de emissões de gases estão em 380 ppm, o que significa que não há mais tempo a perder. De acordo com o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), nós teríamos que reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 50% a 80%, para assim estar no caminho certo no próximo século a um nível aceitável.

Isso é possível?

Muitas pessoas e governantes já trabalham muito na diminuição das emissões dos gases do efeito estufa, e todos podem ajudar.

Os pesquisadores Stephen Pacala e Robert Socolown da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, têm sugerido uma abordagem que eles chamam de ‘suporte de estabilização’. O que significa reduzir as emissões de gazes a partir de uma variedade de fontes, com as tecnologias disponíveis nas próximas décadas ao invés de depender de uma enorme mudança em uma única área. Eles sugerem suportes que cada um poderá fazer para reduzir as emissões, e, todos juntos, poderiam mantê-las em níveis aproximadamente atuais para os próximos cinqüenta anos. O que nos coloca no caminho favorável para estabilizar em torno de 500 ppm.

Há muitas maneiras possíveis, incluindo melhorias na eficiência energética; economia de combustível fóssil em veículos; aumentos da energia eólica e solar; hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis; biocombustíveis (produzidos de matéria orgânica); gás natural e potência nuclear.

Há também a possibilidade de capturar o dióxido de carbono emitido pelos combustíveis fósseis e armazená-lo no subsolo, um processo chamado de "seqüestro de carbono", além de reduzir os gases que emitem para a atmosfera, também aumenta a quantidade de gases que retira da atmosfera. Plantas e árvores absorvem CO2 à medida que crescem, "seqüestrando" o carbono naturalmente. O crescente aumento da agricultura e as mudanças que podem ser feitas na forma de plantar pode intensificar a quantidade de carbono armazenado.

Algumas dessas tecnologias têm desvantagens, e diferentes comunidades irão tomar diferentes decisões sobre como guiar as suas vidas, mas a boa notícia é que há uma variedade de opções para nos colocar em um caminho em direção a um clima estável.

Tradução por Laísa Mangelli

Fonte: National Geographic