Obama e Hollande lançam chamada por acordo internacional sobre mudanças climáticas


                    

Os dois presidentes François Hollande e Barack Obama assinaram uma coluna em comum publicada pelo The Washington Post e pelo jornal Le Monde no dia 11 de fevereiro. Eles reafirmam seus objetivos de alcançar um “crescimento forte, durável e equilibrado” e anunciaram um acordo internacional de luta contra mudanças climáticas, focado sobre o objetivo de redução das emissões de gases do efeito estufa.

O crescimento consiste, portanto em um objetivo centralizado entre os Estados Unidos e a França. Esse objetivo de renascimento da economia procede da vontade de criar empregos e de estimular a inovação, particularmente sobre o domínio da energia “baseada no carbono”. O apoio de países em desenvolvimento ajudará “a se voltarem para as fontes de energia com baixo uso de carbono”.

A luta contra as mudanças climáticas constituirá de fato uma das metas principais da cooperação franco-americana. Essa ação se manifestará pelos esforços dirigidos para redução de emissões de gases contribuintes ao efeito estufa, que deverão ser concretizadas por um acordo internacional, reunindo preferencialmente mais países com a finalidade de compartilhar “o peso e o preço da liderança”.

Um acordo será talvez confeccionado, na conferência de Paris sobre o clima, a ser realizada no próximo ano. É o sucessor do Protocolo de Kyoto, de 1997, que continua a ser o único acordo internacional para combater as emissões de CO2. Este protocolo ainda não foi ratificado pelos Estados Unidos.

François Hollande optou por não pronunciar sobre as metas francesas em matéria de redução da frota nuclear. Concentrando seus esforços na redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE), uma questão ainda particularmente aguda na escolha da estratégia energética francesa. Uma eventual extensão ou possível renovação da frota nuclear francesa ainda é de relevância pertinente.

Fonte: http://www.actu-environnement.com/ae/news/Obama-Hollande-changement-climatique-appel-20739.php4
Publicado em: 11 de fevereiro de 2014.
Autor: Pierre Emmanuel Bouchez.
Tradução: Matheus Lima

 

Países ricos se opõem a medir a responsabilidade histórica pelo aquecimento global


                          image

A União Europeia e os Estados Unidos se opuseram nesta sexta-feira a uma proposta dos países em desenvolvimento para se medir a responsabilidade histórica de cada nação pelo aquecimento global.

O estudo guiaria o acordo das Nações Unidas previsto para ser fechado em 2015 sobre corte de gases do efeito estufa.

Os países ricos temem que qualquer estudo científico que culpe as nações desenvolvidas mais do que outras pelo problema, já que elas queimam combustíveis fósseis desde a Revolução Industrial, possa atrasar ainda mais as negociações sobre o tema nas Nações Unidas.

O Brasil ganhou o apoio de mais de cem países em desenvolvimento, durante reunião que acontece em Varsóvia até o dia 22 de novembro, para uma proposta de pedir que os especialistas das Nações Unidas investiguem a responsabilidade histórica de cada país na emissão dos gases do efeito estufa.

Um estudo como esse poderia guiar o novo pacto sobre o assunto, previsto para ser acordado em 2015 e começar a valer em 2020.

No entanto, ele também pode levar a impasses políticos e legais. “Responsabilidade”, nesse caso, pode ser interpretado como o reconhecimento de um débito por ter causado mais secas, enchentes, entre outros.

“Não estamos encontrando uma resposta positiva dos países desenvolvidos… o que é muito surpreendente para nós”, afirmou o líder da delegação brasileira, José Antonio Marcondes de Carvalho, à imprensa. “Por que eles estão rejeitando até conversar?”

A UE, por sua vez, afirmou que tal estudo pode demorar muito e ter um foco muito limitado.

“Tememos que a proposta possa politizar o processo e nos fazer perder o limite de 2015 para o novo acordo”, declarou Juergen Lefevere, líder da delegação do bloco. “A discussão deve ser sobre um conjunto muito maior de indicadores, e não somente o histórico de emissões.”

Outros fatores, segundo ele, poderiam ser emissões atuais e futuras, projeção de crescimento econômico e populacional, capacidade e custo para o corte de emissões.

A China é hoje o principal emissor de gases do efeito estufa, à frente dos Estados Unidos, da UE, da Índia e da Rússia.

Pelo seu crescimento econômico, a China vai se juntar aos Estados Unidos e à UE como os que mais emitiram gases do efeito estufa desde 1850.

Nações ricas devem ser responsabilizadas?  Ou melhor pagar pelos estragos que causaram?

Fonte: Help Planeta