Capacidade mundial de energias renováveis aumentará 50% até 2024


Os diversos tipos de energias renováveis no mundo em 2018 e a previsão de sua capacidade para 2024 (AFP)

As energias renováveis verão um aumento de 50% em sua capacidade mundial até 2024, impulsionadas, sobretudo, por pequenas unidades solares, um aumento “animador”, mas insuficiente para substituir as energias fósseis, afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE).

Após uma estagnação em 2018, devido às novas orientações orçamentárias na China, o setor voltou a disparar, com um crescimento de dois dígitos previsto para 2019, segundo o relatório “Renováveis 2019” da AIE.

Para os próximos cinco anos, a agência prevê um aumento de 1,2 mil gigawatts de novas capacidades, ou seja, o equivalente à capacidade elétrica atual dos Estados Unidos.

Graças às políticas governamentais e à queda dos custos, as energias renováveis passarão de 26% a 30% da produção de eletricidade mundial, atrás do carvão (cerca de 34%). “Estamos em um momento de transição”, resume o diretor da AIE, Fatih Birol. As energias “solar e eólica estão no centro das transformações do sistema energético”. Mas “serão necessários mais esforços”, para o clima, a qualidade do ar ou o acesso à energia.

O organismo prevê um crescimento “espetacular” (60% da progressão das renováveis) no setor solar fotovoltaico, sobretudo no nível das instalações “descentralizadas”, em comparação com as grandes usinas solares. Trata-se de todos os dispositivos colocados em residências, empresas ou supermercados, capazes de produzir sua própria energia.

Em muitos países, os custos de produção destas instalações caíram até o ponto de ser mais baixos que os preços de venda cobrados pelos fornecedores de eletricidade. E a AIE estima que cairão ainda mais, de 15% a 35% antes de 2024.

China, União Europeia, Estados Unidos e Índia serão afetados, mas também África e vários países da Ásia, onde esses dispositivos representarão “um primeiro acesso à eletricidade para cerca de 100 milhões de pessoas nos próximos cinco anos”, disse à imprensa Paolo Frankl, responsável do âmbito das renováveis na AIE.

“Crescimento meteórico”

Estes sistemas funcionam especialmente bem nas fábricas e comércios, ativos durante o dia, quando se chega ao máximo nível potencial da energia solar.

No nível de particulares também, onde o número de telhados equipados com estas instalações teria que dobrar, até cerca de 100 milhões antes de 2024, segundo a AIE. Ou seja, 6% da superfície de telhados disponível. Lideram a lista Austrália, Bélgica, Califórnia, Holanda e Áustria.

“Um crescimento tão meteórico, fora dos círculos dos fornecedores de energia tradicionais, transformará a forma como produzimos e consumimos eletricidade”, adverte Fatih Birol.

“Seu desenvolvimento tem que ser bem administrado, de modo a garantir rendimentos estáveis para a manutenção das redes, conter os custos de integração ao sistema e distribuir de forma igualitária os custos entre os consumidores”, continua.

Estes sistemas “dão muito poder aos produtores de energia individuais”, resume, mas também “dão aos cidadãos uma forma de contribuir ao combate contra o aquecimento climático”.

Outro setor promissor é a energia eólica marinha, que atualmente produz apenas 0,3% da eletricidade mundial. “Não é nada, mas o potencial é enorme na Europa, Estados Unidos e China”, afirmou Birol.

As energias hidráulica e eólica terrestre também seguirão uma tendência ao aumento. As margens de progresso são imensas, enquanto as emissões de CO2 das energias fósseis, a primeira causa do aquecimento climático, não parecem diminuir.

Em relação aos deslocamentos, apesar dos veículos elétricos, a eletricidade verde representará em 2024 apenas 10% das energias renováveis utilizadas nos transportes (o resto provém dos agrocombustíveis, e tendo em conta que a eletricidade é de origem fóssil em grande parte dos países), destaca a AIE, que defende uma maior regulação e medidas de apoio. “A desconexão entre as declarações dos governos (sobre o clima) e o que acontece na vida real é uma grande preocupação”, alerta Birol.

AFP

Butão será o primeiro país do mundo que só permitirá agricultura orgânica


                   

 

Butão, um país com cerca de 750 mil habitantes, se tornará, antes de 2020, o primeiro do mundo que produzirá todos os seus alimentos com práticas de agricultura ecológica. O ministro da agricultura, Pema Gyamtsho, que também é agricultor, anunciou essa medida ao mundo na Cúpula Sobre o Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu na capital indiana, Nova Delhi. Ele também declarou que o desejo do país é exportar alimentos naturais para China, Índia e outros vizinhos continentais.

Nesta data estará proibido o uso de pesticidas e agrotóxicos químicos e os agricultores butaneses utilizarão em seu cultivo somente adubos orgânicos naturais, obtidos de seu gado. Grande parte da agricultura do país já é orgânica por conta do alto custo dos produtos artificiais e para a manutenção da qualidade do solo.

O ministro ainda advertiu para os efeitos nocivos dos componentes químicos nos valores nutricionais de frutas e legumes e na contaminação das águas subterrâneas. Para que o prazo seja cumprido, a intenção do governo é aumentar as terras irrigadas e usar variedades de alimentos imunes a pragas.

A medida adotada pelo Butão, além de preservar a natureza e seus recursos, ainda se mostra visionária quanto à possibilidade viável de se alimentar uma nação com uma agricultura orgânica e conscientemente ambiental. Tendo em vista que o efeito será em cascata, pois uma alimentação saudável e livre de agrotóxicos e venenos, não afeta a saúde, pelo contrário, promove-a. Assim, haverá diminuição considerável de doenças por meio da alimentação, sem contar que uma lavoura orgânica não contamina o solo e águas, o que promove e preserva a biodiversidade local.

Fonte: Brasil de Fato

Laísa Mangelli

Em 2022, mundo terá dois estados de SP em carros elétricos


Wikimedia Commons

 

O mercado de carros verdes, apesar de pequeno, se tornou uma parte importante da indústria automotiva global. As perspectivas de crescimento não desapontam: mais de 35 milhões de veículos elétricos estarão nas estradas até 2022, aponta um estudo da consultoria Navigant Research.

Isso equivale a mais que o dobro da frota atual de carros do Estado de São Paulo, que é de 16 milhões, segundo dados do Detran SP. Hoje, a frota mundial de carros com propulsão elétrica é um pouco maior, já beira os 17 milhões. Na lista, entram os híbridos, híbridos plug-in e 100% elétricos.

De acordo com a consultoria, os preços elevados do combustível, seja gasolina ou diesel, têm tornado os modelos com propulsão elétrica mais atraentes para o bolso. "Para muitos consumidores a aquisição do carro virou uma questão econômica", diz Scott Shepard, analista de pesquisa da Navigant Research

"Os preço de compra inicial pode ser maior que os modelos convencionais, porém a economia operacional devido à redução dos custos de manutenção e reabastecimento estão provando que os elétricos são competitivos", completa.

SEGURANÇA E COMODIDADE
Na esteira do avanço do mercado de elétricos, cada vez mais países se dão conta da necessidade de investir em infraestrutura, que é um dos pontos fracos da indústria. O consumidor precisa ter segurança de que o carro não vai morrer na estrada, com bateria vazia e sem um posto de recarga próximo.

Na Europa, que tem dado grande ênfase no uso de energias limpas, mudanças estão a caminho. Na última semana de novembro, uma comissão do Parlamento Europeu aprovou uma resolução que exige que os seus estados membros instalem, até 2020, milhares de postos de carregamento de veículos elétricos e de hidrogênio em pontos estratégicos.

A medida, ainda em discussão, visa abrir esse mercado que hoje conta com pouco mais de 64 mil pontos públicos de recarga em todo o mundo, segundo a consultoria.

Fonte: Planeta Sustentável

Cientistas pedem a suspensão dos transgênicos em todo o mundo


              

Carta aberta de cientistas de todo o mundo a todos os governos sobre os organismos geneticamente modificados (OGM) veio a público na ultima semana reforçando ao mundo o perigo dos Trangênicos. 

 Os cientistas estão extremamente preocupados com os perigos que os transgênicos representam para a biodiversidade, a segurança alimentar, a saúde humana e animal, e, portanto, exigem uma moratória imediata sobre este tipo de cultivo em conformidade com o princípio da precaução. Eles se opõem aos cultivos transgênicos que intensificam o monopólio corporativo, exacerbam as desigualdades e impedem a mudança para uma agricultura sustentável que garanta a segurança alimentar e a saúde em todo o mundo.

Promovendo um apelo à proibição de qualquer tipo de patentes de formas de vida e processos vivos que ameaçam a segurança alimentar e violam os direitos humanos básicos e a dignidade. Os cientistas querem apoio maior à pesquisa e ao desenvolvimento de uma agricultura não corporativa, sustentável, que possa beneficiar as famílias de agricultores em todo o mundo.

A carta aberta está publicada no sítio Ecocosas, datado em 07-06-2014. A tradução é de André Langer. A carta é assinada por 815 cientistas de 82 países.

 

 

Resumo da carta

 

Nós, cientistas abaixo-assinados, pedimos a suspensão imediata de todas as licenças ambientais para cultivos transgênicos e produtos derivados dos mesmos, tanto comercialmente como em testes em campo aberto, durante ao menos cinco anos; as patentes dos organismos vivos, dos processos, das sementes, das linhas de células e genes devem ser revogadas e proibidas; e exige-se uma pesquisa pública exaustiva sobre o futuro da agricultura e a segurança alimentar para todos.

As patentes de formas de vida e processos vivos deveriam ser proibidas porque ameaçam a segurança alimentar, promovem a biopirataria dos conhecimentos indígenas e dos recursos genéticos, violam os direitos humanos básicos e a dignidade, o compromisso da saúde, impedem a pesquisa médica e científica e são contra o bem-estar dos animais.

Os cultivos transgênicos não oferecem benefícios para os agricultores ou os consumidores. Em vez disso, trazem consigo muitos problemas que foram identificados e que incluem o aumento do uso de herbicidas, o desempenho errático e baixos rendimentos econômicos para os agricultores. Os cultivos transgênicos também intensificam o monopólio corporativo sobre os alimentos, o que está levando os agricultores familiares à miséria e impedindo a passagem para uma agricultura sustentável que garanta a segurança alimentar e a saúde no mundo.

Os perigos dos transgênicos para a biodiversidade e a saúde humana e animal são agora reconhecidos por várias fontes dentro dos Governos do Reino Unido e dos Estados Unidos. Consequências especialmente graves se associam ao potencial de transferência horizontal de genes. Estes incluem a difusão de genes marcadores de resistência a antibióticos a ponto de tornarem doenças infecciosas incuráveis, a criação de novos vírus e bactérias que causam doenças e mutações danosas que podem provocar o câncer.

 

No Protocolo de Biossegurança de Cartagena negociado em Montreal em janeiro de 2000, mais de 120 governos se comprometeram a aplicar o princípio da precaução e garantir que as legislações de biossegurança em nível nacional e internacional tenham prioridade sobre os acordos comerciais e financeiros da Organização Mundial do Comércio.

 

Sucessivos estudos documentaram a produtividade e os benefícios sociais e ambientais da agricultura ecológica e familiar, de baixos insumos e completamente sustentável. Ela oferece a única forma para restaurar as terras agrícolas degradadas pelas práticas agronômicas convencionais e possibilita a autonomia dos pequenos agricultores familiares para combater a pobreza e a fome.

Instamos o Congresso dos Estados Unidos a proibir os cultivos transgênicos, já que são perigosos e contrários aos interesses da agricultura familiar; e a apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de métodos de agricultura sustentável que podem realmente beneficiar as famílias de agricultores em todo o mundo.

Fonte : ecodebate.com.br

Laísa Mangelli

Cidade de Bonito é eleita melhor destino sustentável do mundo


Conhecida como a capital brasileira do ecoturismo, a cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul, recebeu o prêmio de melhor destino de turismo responsável do mundo. A premiação ocorreu na última quarta-feira (6), em Londres, durante a World Travel Market (WTM), considerada uma das maiores feiras da indústria de turismo da Europa.

O prêmio World Responsible Tourism Awards está na décima edição e, neste ano, recebeu mais de mil inscrições.“A premiação de Bonito confirma que o Brasil já é um excelente polo turístico aos olhos do mundo. Um em cada cinco turistas estrangeiros que o Brasil recebe vem em busca de ecoturismo, e agora, com essa premiação, a tendência é aumentar a entrada de turistas que se interessam por esse segmento”, disse o presidente da Embratur, Flávio Dino.

A cidade foi escolhida pelo desenvolvimento de um sistema de controle no número de turistas que visitam as belezas naturais da região. O controle é feito por meio de um voucher digital que registra o nome do turista e as atrações que ele pretende visitar.

Bonito reúne um conjunto de equipes, empresas, ONGs e órgãos governamentais que buscam organizar e coordenar o ecoturismo, visando sempre a sustentabilidade local e a conservação da natureza. A cidade tem seu próprio gestor de turismo, o Bonito Convention & Visitors Bureau, este que gerencia mais de 30 opções turísticas na região.

O esplêndido cenário de Bonito ganhará ainda mais relevância no segmento de ecoturismo e turismo sustentável em 2014 quando sediará a oitava edição da Conferência Mundial de Ecoturismo e Turismo Sustentável, evento captado recentemente também com apoio da Embratur.

Fonte: ciclovivo.com.br

Via: Instituto Ideias

Década de 2010 destinada a ser a mais quente já registrada


Incêndio no Pará (Brasil) em 27 de agosto de 2019 (AFP/Arquivos)

Um estimativa divulgada pela ONU em um relatório anual da Organização Meteorológica Mundial (OMM), alerta que a atual década (2010-2019) está destinada a ser a mais quente já registrada na história. O relatório constata a aceleração das consequências da mudança climática e que as temperaturas globais superaram nos primeiros 10 meses do ano em 1,1 graus a média da era pré-industrial (1850-1900).

No relatório apresentado por ocasião da Conferência sobre o Clima da ONU (COP25), a organização prevê ainda que 2019 será o “segundo ou terceiro ano mais quente” desde 1850, quando os registros sistemáticos começaram a ser feitos.

“2016, que começou com um episódio de El Niño de intensidade excepcionalmente forte, continua sendo o ano mais quente”, afirma o documento. Cada uma das últimas quatro décadas foi mais quente que a anterior.

Além disso, as emissões provocadas pelo homem devido, por exemplo, aos combustíveis fósseis, a construção de infraestruturas, o aumento dos cultivos e o transporte provavelmente contribuirão para um novo recorde de concentração de dióxido de carbono, o que aumentará o aquecimento, afirmou a OMM.

Os oceanos, que absorvem parte dos gases do efeito estufa, continuam registrando temperaturas recordes e uma acidificação maior, o que ameaça os ecossistemas marinhos dos quais bilhões de pessoas dependem para alimentação ou trabalho.

Em outubro, o nível do mar também alcançou um recorde, alimentado sobretudo pelas 329 bilhões de toneladas de gelo derretido na Groenlândia em um ano.

Até 22 milhões de deslocados

Milhões de pessoas já sofrem as consequências da mudança climática, o que evidencia que esta não é apenas uma ameaça para as futuras gerações.

No primeiro semestre de 2019 mais de 10 milhões de pessoas foram deslocadas dentro de seus países, segundo o Observatório de Situações de Deslocamento Interno.

Deste total, sete milhões o fizeram por causas relacionadas com fenômenos meteorológicos extremos como tempestades, inundações e secas, um número que pode alcançar 22 milhões para o conjunto do ano.

“Mais uma vez, em 2019, os riscos ligados ao tempo e ao clima afetaram duramente”, disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

“As ondas de calor e as inundações que antes aconteciam uma vez por século estão se tornando eventos regulares”, advertiu.

Em 2019 foram registradas secas na América Central e Austrália, ondas de calor na Europa e Japão, assim, como supertempestades no sudeste da África e incêndios devastadores no Brasil e na Califórnia (EUA).

Taalas destacou que a pluviometria mais irregular, somada ao crescimento demográfico, representará “desafios consideráveis em termos de segurança alimentar para os países mais vulneráveis”.

Em 2018, a tendência decrescente da fome no mundo foi revertida, com mais de 820 milhões de pessoas afetadas.

Ao ritmo atual, a temperatura poderia aumentar até 4 graus ou 5 graus no fim do século.

E inclusive se os países respeitarem seus compromissos atuais de redução das emissões, o aumento poderia superar 3 graus, enquanto o Acordo de Paris prevê limitar o aquecimento a menos de 2 graus e, de modo ideal, a 1,5 graus.

Na COP25 de Madri, que começou na segunda-feira com o objetivo de estimular a luta contra o aquecimento global, os Estados “não têm desculpas para bloquear os avanços nem recuar quando a ciência mostra que é urgente atuar”, reagiu Kat Kramer, da ONG Christian Aid.

AFP

O Açaí, fruto típico da palmeira amazônica, ganhou o mundo


O açaizeiro é uma palmeira tipicamente tropical, encontrada no estado silvestre e faz parte da vegetação das matas de terra firme, várzea e igapó. A palmeira também é explorada na região para a extração do palmito. Conhecido por ter uma polpa com grande poder nutritivo, a fruta é consumida no mundo todo em bebidas, mix de frutas, sorvetes e cápsulas.

              

O Açaí, fruto típico de uma palmeira amazônica, ganhou o mundo. É vedete nas lanchonetes de cidades litorâneas do Brasil, em quiosques de Los Angeles e Nova Iorque (EUA) e até em Paris (França). Açaí, típico da região Amazônica, fruto do açaizeiro (Euterpe oleracea, família Palmae)  é muito utilizado pelos habitantes no preparo de sucos, vinhos, doces, licores e sorvetes. O açaizeiro é uma palmeira tipicamente tropical, encontrada no estado silvestre e faz parte da vegetação das matas de terra firme, várzea e igapó. A palmeira também é explorada na região para a extração do palmito. Conhecido por ter uma polpa com grande poder nutritivo, a fruta é consumida no mundo todo em bebidas, mix de frutas, sorvetes e cápsulas.     

Na região amazônica, o suco feito com a polpa é conhecido como “vinho de açaí”. Consumido geralmente com farinha de tapioca, faz parte da alimentação local. Hoje, o estado que lidera a produção é o Pará, com quase 90% do mercado, mas o açaí é apreciado em toda a região amazônica e recentemente tem sido também consumido pelos estados do Sul e Sudeste do Brasil, principalmente por academias e atletas.Despolpamento do fruto    
Pelo despolpamento do fruto, obtem-se o tradicional "vinho do açaí", bebida de grande aceitação e bastante difundida entre as camadas populares, considerado um dos alimentos básicos da região.    O caroço (endocarpo e amêndoa), após decomposição é largamente empregado como matéria orgânica, sendo considerado ótimo adubo para o cultivo de hortaliças e plantas ornamentais.    

Utilização da Estirpe do Açaí    
Quando adulto e bem seco, a estirpe é bastante utilizado como esteio para construções rústicas, ripas para cercados, currais, paredes e caibros para coberturas de barracas, lenha para aquecimento de fornos de olarias. Experiências realizadas pelo Idesp-Pará, demonstraram a sua importância como matéria-prima para produção de papel e produtos de isolamento elétrico.    

A Copa    
As folhas do açaí servem para cobertura de barracas provisórias e fechamento de paredes, especialmente as de uso transitório como as utilizadas pelos roceiros e caçadores. Quando verdes e recém-batidas, servem como ração, sendo bastante apreciada pelos animais. As folhas do açaizeiro, após trituração, também fornecem matéria-prima para fabricação de papel. Na base da copa, constituída pela reunião das bainhas e o ponto terminal do estipe, encontra-se um palmito de ótima qualidade e muito procurado pelas indústrias alimentícias.    

               

As bainhas da folhas, por sua vez, após separação para extração do palmito e os resíduos deste, são utilizadas como excelente ração para bovinos e suínos, bem como – após decomposição – excelente adubo orgânico para hortaliças e fruteiras. 

A Planta    
É palmeira de belo porte, apresentando-se bastante alta, quando em concorrência na floresta, porém de porte médio se cultivada isoladamente ou sem influência de árvores de grande porte. Presta-se com ótimos resultados para ornamentação de jardins e parques. Pelas características de cultura permanente, pode ser recomendada para proteção do solo, por apresentar uma deposição constante de folhas, aliado ao sistema radicular abundante que possui.    

Importância Comercial    
O açaí é de importância incalculável para a região amazônica em virtude de sua utilização constante por grande parte da população, tornando-se impossível, nas condições atuais de produção e mercado, a obtenção de dados exatos sobre sua comercialização. A falta de controle nas vendas, bem como a inexistência de uma produção racionalizada, uma vez que a matéria-prima consumida apoia-se pura e simplesmente no extrativismo e comercialização direta, também impedem a constituição de números exatos.

Variedades
O açaizeiro apresenta duas variedades bastante conhecidas pelo homem interiorano, cuja diferenciação é feita apenas pela coloração que os frutos apresentam quando maduros, as quais podem ser assim caracterizadas: 
Açaí Roxo:    
É a variedade regional predominante conhecida com açaí preto, pois seus frutos apresentam, quando maduros, uma polpa escura, da qual se obtém um suco de coloração arroxeada "cor de vinho", originando assim, a denominação popular de "vinho de açaí". 
Açaí Branco    
É assim denominado por produzir frutos cuja polpa, quando madura, se apresenta de coloração verde-escuro brilhante, fornecendo um suco (vinho) de cor creme claro.

Além de ser aproveitado de todas estas formas, o palmito do açai, que é muito apreciado e considerado como um prato fino, é comercializado em grande escala e chega a ser exportado.

Bom para a Saúde    
O mais recente resultado da pesquisa traz nova boa notícia aos consumidores do açaí. Em artigo publicado no JournalofAgriculturalandFoodChemistry, os cientistas descrevem que os antioxidantes contidos no fruto são absorvidos pelo organismo humano. O estudo envolveu 12 voluntários, que consumiram açaí em polpa e na forma de suco, esta última contendo metade da concentração de antocianinas – pigmentos que dão cor às frutas – do que a versão em polpa. Os dois alimentos foram comparados com sucos sem propriedades antioxidantes, usados como controle.    

Amostras do sangue e da urina dos participantes foram tomadas 12 e 24 horas após o consumo e analisadas. Segundo os pesquisadores, tanto a polpa como o suco apresentaram absorção significativa de antioxidantes no sangue após terem sido consumidos. "O açaí tem baixo teor de açúcar e seu sabor é descrito como uma mistura de vinho tinto e chocolate. Ou seja, o que mais podemos querer de uma fruta?", disse Susanne Talcott, principal autora do estudo, do qual também participaram cientistas das universidades do Tennessee e da Flórida.    

Segundo ela, trabalhos futuros poderão ajudar a determinar se o consumo do açaí pode resultar em benefícios para a saúde com relação à prevenção de doenças. O grupo do qual faz parte tem estudado a ação do açaí contra células cancerosas. “Nossa preocupação é que o açaí tem sido vendido como um superalimento. E ele definitivamente tem atributos notáveis, mas não pode ser considerado uma solução para doenças. Há muitos outros bons alimentos e o açaí pode ser parte de uma dieta bem balanceada”, disse Susanne.

Fonte: AmbienteBrasil

Laísa Mangelli

Os 12 alimentos mais vulneráveis à falta de água no mundo


TENSÃO À MESA
Todo ser vivo precisa de duas coisas para sobreviver: água e alimento. Mas nem sempre esses dois recursos vivem em harmonia no mundo. E é aí que mora o perigo. Um estudo feito pelo instituto americano World Ressource Initiative (WRI) indica que um quarto da agricultura mundial está em áreas que sofrem um forte estresse hídrico, ou seja, onde a demanda de água supera, em muito, a oferta.

A análise destaca a tensão entre a disponibilidade de água e a produção de culturas agrícolas que estão entre as principais commodities e servem de base da segurança alimentar. Segundo o WRI, encontrar um equilíbrio entre esses dois recursos críticos será essencial, especialmente porque a população mundial não para de crescer – em 2050, seremos 9 bilhões de pessoas.

Confira a seguir os alimentos que estão mais expostos ao estresse hídrico

      <b>TRIGO</b><br>  Quase metade (43%) da produção mundial de trigo ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de trigo consome, em média, 1.827.000 litros de água por tonelada produzida Fernando Frazão / Veja Rio

TRIGO
Quase metade (43%) da produção mundial de trigo ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de trigo consome, em média, 1.827.000 litros de água por tonelada produzida

      <b>MILHO</b><br>  35% da produção mundial de milho ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de milho consome, em média, 1.222.000 litros de água por tonelada produzida stock.xchng

MILHO
35% da produção mundial de milho ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de milho consome, em média, 1.222.000 litros de água por tonelada produzida

<b>LARANJA</<b><br>  33% da produção mundial de laranjas ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de laranja consome, em média, 560.000 litros de água por tonelada produzida. stock.xchng

LARANJA
33% da produção mundial de laranjas ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de laranja consome, em média, 560.000 litros de água por tonelada produzida.

<b>CANA-DE-AÇÚCAR</b><br>  31% da produção mundial de cana-de-açúcar ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de cana-de-açúcar consome, em média, 210.000 litros de água por tonelada produzida. Divulgação

CANA-DE-AÇÚCAR
31% da produção mundial de cana-de-açúcar ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de cana-de-açúcar consome, em média, 210.000 litros de água por tonelada produzida.

<b>ARROZ</b>  29% da produção mundial de ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de arroz consome, em média, 1.673.000 litros de água por tonelada produzida. Divulgação

ARROZ

29% da produção mundial de ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de arroz consome, em média, 1.673.000 litros de água por tonelada produzida.

 
<b>CANOLA</b><br>  26% da produção mundial de canola ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de canola consome, em média, 2.271.000 litros de água por tonelada produzida Dercilio/ Revista Saude

CANOLA
26% da produção mundial de canola ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de canola consome, em média, 2.271.000 litros de água por tonelada produzida

 
<b>SOJA</b><br>  19% da produção mundial de soja ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de soja consome, em média, 2.145.000 litros de água por tonelada produzida tuli nishimura/Creative Commons

SOJA
19% da produção mundial de soja ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de soja consome, em média, 2.145.000 litros de água por tonelada produzida

<b>AVEIA</b><br>  13% da produção mundial de aveia ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de aveia consome, em média, 1.788.000 litros de água por tonelada produzida. Spencer Ritenour / Stock Xchng

AVEIA
13% da produção mundial de aveia ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de aveia consome, em média, 1.788.000 litros de água por tonelada produzida.

 
<b>CAFÉ</b><br>  10% da produção mundial de café ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de café consome, em média, 15.897.000 litros de água por tonelada produzida Alex Silva

CAFÉ
10% da produção mundial de café ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de café consome, em média, 15.897.000 litros de água por tonelada produzida

 
<b>CACAU</b><br>  5% da produção mundial de cacau ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de cacau consome, em média, 19.928.000 litros de água por tonelada produzida Stock Exchange

CACAU
5% da produção mundial de cacau ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de cacau consome, em média, 19.928.000 litros de água por tonelada produzida

 
<b>ÓLEO DE PALMA</b><br>  5% da produção mundial de óleo de palma ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de palma consome, em média, 1.098.000 litros de água por tonelada produzida oneVillage Initiative/Creative Commons

ÓLEO DE PALMA
5% da produção mundial de óleo de palma ocorre em áreas de alto a extremo estresse hídrico. Segundo o WRI, o cultivo de palma consome, em média, 1.098.000 litros de água por tonelada produzida

Fonte: Planeta Sustentável