O projeto Fábrica Verde no Complexo do Alemão – Reciclagem de lixo eletrônico


 

      

         Em funcionamento desde 2011, o projeto batizado de Fábrica Verde, localizado no conjunto de favelas do Alemão no Rio de Janeiro, trabalha a inclusão social de jovens a partir da reciclagem de material eletrônico. O projeto tem o objetivo de transformar lixo eletrônico em inclusão digital, por meio do reaproveitamento de computadores, monitores e impressoras usados, com a geração de empregos para moradores de comunidades pacificadas. Outras unidades também foram implantadas na Rocinha, na Zona Sul, no morro da Chacrinha e na Tijuca, onde atende também aos moradores do Salgueiro e do Turano. E a próxima unidade deverá ser implantada na comunidade de Manguinhos, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio

Os alunos da Fábrica Verde aprendem a reciclar computadores, monitores e impressoras usadas, se especializando em montagem e manutenção desses aparelhos. A cada três máquinas doadas por moradores e empresas públicas e privadas, os jovens que participam da Fábrica Verde produzem um computador em condição de uso, que em geral é doado para telecentros comunitários. A iniciativa conta com dez pontos de coleta no Município do Rio de Janeiro, sendo dois destes internos, direcionados aos funcionários do Dataprev e da Ceasa. Veja a lista dos pontos aqui! 

Desde seu lançamento, a Fábrica Verde recebeu mais de 130 toneladas de lixo eletrônico, que serve de insumo para o projeto, capacitando centenas de jovens do Alemão, Rocinha, Chacrinha, Salgueiro e Turano. As turmas são trimestrais, reunindo 120 alunos, que recebem uma bolsa no valor de R$ 120 cada. Só podem se inscrever pessoas a partir de 16 anos e que estejam cursando ou tenham terminado o ensino médio.

Ao ser descartado em locais inadequados, o lixo eletrônico contamina a natureza, pois em sua composição há metais pesados como cádmio e chumbo. Dentro do contexto ambiental, é de suma importância que sejam reciclados. O projeto que teve origem a partir da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e foi implantado pela Superintendência de Território e Cidadania (STC) estimula também a logística reversa, processo previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos por meio do qual o fabricante se compromete com o destino final do produto que vende. Empresas que doam microcomputadores recebem em troca um certificado de doação do projeto.

Fonte: STC Ambiente

Laísa Mangelli

Aprovado projeto que proíbe incineração do lixo no Estado de Minas


Na Reunião Extraordinária de Plenário realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na manhã desta quarta-feira (25/6/14), foi aprovado em 2º turno o Projeto de Lei (PL) 4.051/13, dos deputados André Quintão (PT) e Dinis Pinheiro (PP), que proíbe a incineração de lixo no Estado.

De acordo com o texto aprovado, fica proibida a utilização da tecnologia de incineração no processo de destinação final dos resíduos sólidos urbanos, que compreendem todo o lixo produzido por residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços e também os serviços de limpeza urbana. Para tanto, o projeto altera a Lei 18.031, de 2009, que dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos.

Essa proibição abrange também as concessões públicas para empreendimentos que promovam o aproveitamento energético a partir da incineração de resíduos sólidos oriundos da coleta convencional.

O PL 4.051/13 foi aprovado com a emenda nº 1, apresentada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Essa emenda tem o objetivo de permitir o uso da tecnologia de coprocessamento em fornos de fábricas de cimento.

Já a emenda nº 2, apresentada pelo deputado Rômulo Veneroso (PV) em Plenário, foi rejeitada. Ela pretendia alterar a redação do do vencido (texto aprovado em 1º turno). Assim, a expressão "resíduos sólidos urbanos oriundos do sistema de coleta convencional" passaria a ter a seguinte redação: "resíduos sólidos urbanos passíveis de reciclagem economicamente viável ou compostagem oriundos do sistema de coleta do serviço público de limpeza urbana nos municípios do Estado".

Catadores

Em 2013, a ALMG promoveu um ciclo de debates sobre a destinação final dos resíduos sólidos da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os participantes do evento reivindicaram a proibição da incineração do lixo como forma de garantir a continuidade do trabalho de milhares de catadores de materiais recicláveis, que retiram seu sustento dessa atividade ao mesmo tempo em que contribuem para a preservação do meio ambiente.

O deputado André Quintão, ao declarar o seu voto, ressaltou que a medida vai colocar Minas Gerais na vanguarda da defesa dos catadores de material reciclável. Ele explicou que o processo de incineração reduz muito o volume de recicláveis, o que prejudica inúmeras associações e cooperativas de catadores, além de impedir a reutilização de objetos, que é considerada uma alternativa mais sustentável.

O PL 4.051/13 também foi aprovado em redação final na reunião.

Consulte o resultado da reunião.

Matéria originalmente publicada no portal da Assembléia de Minas

Fonte: Cidades Sustentáveis

Projeto apoiado pelo Banco Mundial criará primeiro monitor brasileiro de secas


São Paulo vive pior seca em 80 anos. Foto: Marcelo Camargo/ABr.

 

Até pouco tempo atrás, no imaginário coletivo dos brasileiros, a seca ainda era um problema exclusivo da região nordeste, uma das mais pobres do país. Novelas, filmes, músicas e outras obras de arte imortalizaram as famílias que, definhando de fome e sede, deixavam seus pequenos sítios para trás. E rumavam para cidades como São Paulo, no sudeste, onde havia mais oportunidades.

Este ano, porém, o destino dos antigos migrantes passou a sofrer com secas e a possibilidade de falta d’água, a partir de novembro. Ironia do destino? Não. De fato, a maior cidade da América do Sul, São Paulo, com 11 milhões de habitantes, sofre desde o fim de 2013 com a pior seca em 80 anos.

Como consequência, o nível das represas que abastecem a cidade baixou a 22%. Como comparação, nessa mesma época em 2013, o sistema funcionava com 57%.

Esses problemas têm raízes claras: mudanças climáticas, inchaço urbano e infraestrutura insuficiente de abastecimento.

“A situação de São Paulo mostra o quanto as mudanças climáticas afetam a todas as partes do país e são inevitáveis”, avaliou recentemente o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira. De fato, as secas há muito tempo deixaram de ser exclusividade do campo e, mais ainda, do Nordeste.

Na última década, por exemplo, o sul do país sofreu com estiagens mais intensas e frequentes do que o normal para a região. Este ano, até a hidrelétrica de Itaipu foi afetada: o nível do lago que a abastece se aproximou do registrado em 2001, o mais baixo da história. Já em 2005 e 2010, foi a vez da Amazônia.

 

Para colaborar com a solução para este problema será criado o primeiro monitor brasileiro de secas, um projeto apoiado pelo Banco Mundial que envolve uma série de instituições federais e dos estados do Nordeste que avaliam a seca em suas múltiplas dimensões: meteorológica, hidrológica, assim como seus impactos sobre os vários setores da economia.

O monitor tem o objetivo de produzir um mapa (mensal ou quinzenal) que descreve o estado atual da seca em todo o Nordeste, integrando dados que hoje são coletados e analisados separadamente por essas mesmas instituições. A metodologia, facilmente replicável para outras partes do Brasil, está sendo desenvolvida e deverá ser posta em prática a partir de janeiro de 2015.

“O principal desafio que o Brasil enfrenta agora é aproveitar esse momento crucial e a oportunidade de agir de forma ousada, para avançar em direção a uma gestão e um planejamento com ações proativas, que minimizem os efeitos das secas no país”, diz Erwin De Nys, especialista sênior em recursos hídricos do Banco Mundial.

Saiba mais sobre esta iniciativa clicando aqui.

Fonte: ONU Brasil

Projeto apoiado pelo Banco Mundial criará primeiro monitor brasileiro de secas


São Paulo vive pior seca em 80 anos. Foto: Marcelo Camargo/ABr.

 

Até pouco tempo atrás, no imaginário coletivo dos brasileiros, a seca ainda era um problema exclusivo da região nordeste, uma das mais pobres do país. Novelas, filmes, músicas e outras obras de arte imortalizaram as famílias que, definhando de fome e sede, deixavam seus pequenos sítios para trás. E rumavam para cidades como São Paulo, no sudeste, onde havia mais oportunidades.

Este ano, porém, o destino dos antigos migrantes passou a sofrer com secas e a possibilidade de falta d’água, a partir de novembro. Ironia do destino? Não. De fato, a maior cidade da América do Sul, São Paulo, com 11 milhões de habitantes, sofre desde o fim de 2013 com a pior seca em 80 anos.

Como consequência, o nível das represas que abastecem a cidade baixou a 22%. Como comparação, nessa mesma época em 2013, o sistema funcionava com 57%.

Esses problemas têm raízes claras: mudanças climáticas, inchaço urbano e infraestrutura insuficiente de abastecimento.

“A situação de São Paulo mostra o quanto as mudanças climáticas afetam a todas as partes do país e são inevitáveis”, avaliou recentemente o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira. De fato, as secas há muito tempo deixaram de ser exclusividade do campo e, mais ainda, do Nordeste.

Na última década, por exemplo, o sul do país sofreu com estiagens mais intensas e frequentes do que o normal para a região. Este ano, até a hidrelétrica de Itaipu foi afetada: o nível do lago que a abastece se aproximou do registrado em 2001, o mais baixo da história. Já em 2005 e 2010, foi a vez da Amazônia.

 

Para colaborar com a solução para este problema será criado o primeiro monitor brasileiro de secas, um projeto apoiado pelo Banco Mundial que envolve uma série de instituições federais e dos estados do Nordeste que avaliam a seca em suas múltiplas dimensões: meteorológica, hidrológica, assim como seus impactos sobre os vários setores da economia.

O monitor tem o objetivo de produzir um mapa (mensal ou quinzenal) que descreve o estado atual da seca em todo o Nordeste, integrando dados que hoje são coletados e analisados separadamente por essas mesmas instituições. A metodologia, facilmente replicável para outras partes do Brasil, está sendo desenvolvida e deverá ser posta em prática a partir de janeiro de 2015.

“O principal desafio que o Brasil enfrenta agora é aproveitar esse momento crucial e a oportunidade de agir de forma ousada, para avançar em direção a uma gestão e um planejamento com ações proativas, que minimizem os efeitos das secas no país”, diz Erwin De Nys, especialista sênior em recursos hídricos do Banco Mundial.

Saiba mais sobre esta iniciativa clicando aqui.

Fonte: ONU Brasil

Projeto da Hidrovia Paraguai-Paraná: “uma irracionalidade”


Entrevista especial com Débora Calheiros

 

“70% do potencial de produção de energia da bacia do Alto Paraguai – BAP já está em Operação. Em ecologia sabe-se que, se ultrapassarmos a capacidade de suporte de um ecossistema, ameaçamos os seus processos ecológicos, seu funcionamento e geramos uma degradação muitas vezes irreversível”, adverte a bióloga. 

Foto:grupoconscienciaviva.com

Projeto da Hidrovia Paraguai-Paraná – HPP, criado no início dos anos 1990 para implementar uma hidrovia industrial que garantisse a navegação 24 horas por dia na região, apesar de ter sido interditado diversas vezes por conta de suas implicações à sustentabilidade do Pantanal, está sendo retomado pelo governo brasileiro e consta nas obras a serem realizadas pelo PAC 2, informa Débora Calheiros àIHU On-Line, em entrevista concedida por e-mail. Segundo ela, o Ministério dos Transportes, a Marinha e aAdministração de Hidrovia Paraguai-Paraná – AHIPAR “já discutem a implantação de um porto industrial na localidade denominada Porto de Morrinhos – Cáceres/MT, num trecho do rio Paraguai muito frágil (muito meândrico e estreito, acima de Corumbá e abaixo de Cáceres), próximo a umaUnidade de Conservação (Estação Biológica da Ilha de Taiamã – MT)”. A professora da Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT diz que o empreendimento foi barrado em 2000 pelo Procurador Federal Pedro Taques, quando a Justiça decidiu que intervenções não seriam feitas no rio sem um estudo completo de todo o sistema. Contudo, assinala, a Justiça Federal de São Paulo liberou os licenciamentos na região, com a alegação de que o Brasil já tem “legislação ambiental suficiente e que os empreendedores e os órgãos gestores já a utilizam, e que isso, portanto, bastaria para conservar o Pantanal, já que o país precisa de energia”. E acrescenta: “Ou seja, tentaram em 1990, em 2000, e agora tentam novamente. A ideia ainda mais absurda do IIRSA é juntar as bacias dos rios Orinoco (Venezuela)Amazonas e do Prata numa hidrovia para se navegar de Norte a Sul pela América do Sul. Um projeto do II Império que sempre volta a ser ideia de nossos políticos. Imagine a degradação biológica e ecológica de se juntarem três bacias desse porte. Uma irracionalidade!”.

Débora Calheiros reitera ainda que a bacia do Alto Paraguai – BAP “já oferece 70% de sua capacidade de produção de hidroeletricidade ao país”, o que implica em problemas ambientais e sociais. Fornecer os demais 30% de seu potencial hídrico, pontua, “seria colocar todo o sistema BAP/Pantanal em risco, pois barrando-se cada rio se altera a vazão, o pulso de cheias e secas (pulso de inundação) de cada rio e, gradativamente, dos demais rios de uma sub-bacia, como já ocorre na sub-bacia do rio Cuiabá (o principal afluente da BAP que já tem todos os seus principais rios barrados: Rios MansoCascaItiquiraCorrentesSão Lourenço) e nas dos rios Jauru e Sepotuba (todos em MT, sendo o norte da bacia responsável por cerca de 70% da água de todo o Pantanal)”.

Débora Calheiros é graduada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo – USP, mestre em Engenharia Civil na área de Hidráulica e Saneamento pela mesma universidade, onde também cursou doutorado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura). É pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, no Pantanal.

Confira a entrevista.

 Foto: www.cpap.embrapa.br

IHU On-Line – Quando e em que contexto surgiu o Projeto da Hidrovia Paraguai-Paraná? Por que o projeto foi barrado pelo Estado em 1996 e pretende ser retomado com as obras do PAC2?

Débora Calheiros – O Projeto da Hidrovia Paraguai-Paraná (HPP) surgiu no começo da década de 1990 por meio de um projeto do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BIDcom apoio dos cinco países da Bacia do Prata para que se implantasse uma hidrovia industrial (com obras de engenharia para garantir navegação 24 h/dia, 12 meses ao ano, desde Cáceres – MT, rio Paraguai até Nueva Palmira – Uruguairio da Prata) a ser coordenado ou promovido peloCIC Plata com base no projeto IIRSA (atualmente COSIPLAN) com apoio do BID (US$ 11 bilhões para um estudo EIA/RIMAde todo o tramo) e que, infelizmente, está sendo retomado novamente pelo governo brasileiro uma vez que consta noPAC 2 do governo federal.

À época, ONGs (Coalizão RIOS VIVOS) e cientistas do mundo todo se posicionaram veementemente contra, colocando o governo brasileiro em situação constrangedora (por exemplo,FHC era questionado quando viajava ao exterior, com manifestações em frente ao local onde ele se encontrava). Aí o então Ministro do Meio AmbienteSarney Filho, negou o projeto em 1996 para o trecho Cáceres-Corumbá, no coração do Pantanal, onde o sistema é muito frágil — o rioParaguai é muito estreito e cheio de curvas (meandros). No projeto de 90  (conforme documento da ANTAQ), previa-se: 1) retificação de curvas, ou seja, deixar o trecho reto; 2) derrocamentos, isto é, tirar as formações rochosas que existem no leito do rio Paraguai, que quando afloram na fase hidrológica da seca impedem a navegação. Estas rochas funcionam como "rolhas" em vários trechos do rio e são um fator importante para que o fluxo de água noPantanal seja relativamente baixo, pois o rio fica praticamente "preso" nestes trechos de afunilamento, fluindo mais devagar, formando áreas alagadas acima, tanto no Brasil quanto no país Paraguai; 3) dragagens, porque há trechos que sempre são assoreados, prejudicando a navegação, mas com as dragagens muda-se a hidrodinâmica nestes trechos e, como ultimamente o assoreamento é maior devido ao mau uso do solo no planalto adjacente (desmatamento sem respeito às Áreas de Preservação Permanentes – APPs, em solos frágeis, predominantemente arenosos), as dragagens têm de ser mais frequentes e em maior número de trechos. Assim, todas estas intervenções promovem o aumento das vazões (fluxos) de água no rio, drenando o Pantanal de forma mais rápida do que o normal, em especial na seca, alterando, portanto, seu funcionamento hidroecológico.

 

“Há toda uma série de Resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, além da legislação na época do apagão de 2001, que favorecem a privatização do setor elétrico no país”

Atualmente, o Ministério dos Transportes, a Marinha e a Administração de Hidrovia Paraguai-Paraná – AHIPAR já discutem a implantação de um porto industrial, na localidade denominada Porto de Morrinhos – Cáceres/MT, num trecho do rio Paraguai muito frágil (muito meândrico e estreito, acima de Corumbá e abaixo de Cáceres), próximo a umaUnidade de Conservação (Estação Biológica da Ilha de Taiamã – MT). Tal empreendimento foi barrado em 2000 pelo então Procurador Federal Pedro Taques, atualmente senador por MT. A decisão daJustiça Federal foi a de que nenhuma intervenção seria feita no rio sem um estudo de todo o sistema. Ou seja, tentaram em 1990, em 2000, e agora tentam novamente. A ideia ainda mais absurda do IIRSA é juntar as bacias dos rios Orinoco (Venezuela), Amazonas e do Prata numa hidrovia para se navegar de Norte a Sul pela América do Sul. Um projeto do II Império que sempre volta a ser ideia de nossos políticos. Imagine a degradação biológica e ecológica de se juntarem três bacias deste porte. Uma irracionalidade!

 

IHU On-Line – A senhora menciona em artigo recente que a criação de 147 empreendimentos no Pantanal, sendo que 44 já estão em operação e representam 70% do potencial de geração hidrelétrica da bacia do Alto Paraguai. Quais as implicações desse processo para o bioma?

Débora Calheiros – A bacia do Alto Paraguai – BAP já oferece 70% de sua capacidade de produção de hidroeletricidade ao país, e isso já implica graves problemas ambientais, que, por conseguinte, resultam em graves problemas sociais. Fornecer os demais 30% de seu potencial hídrico seria colocar todo o sistema BAP/Pantanal em risco, pois barrando-se cada rio, se altera a vazão, o pulso de cheias e secas (pulso de inundação), de cada rio e, gradativamente, dos demais rios de uma sub-bacia, como já ocorre na sub-bacia do rio Cuiabá (o principal afluente da BAP que já tem todos os seus principais rios barrados: Rios MansoCascaItiquira, CorrentesSão Lourenço) e nas dos rios Jauru e Sepotuba (todos em MT, sendo o norte da bacia responsável por cerca de 70% da água de todo o Pantanal). Se isso ocorrer nas demais sub-bacias importantes que formam a planície pantaneira, a hidrodinâmica (pulsos de inundação) da região vai mudar significativamente, o que alterará toda a ecologia da região, afetando em especial a pesca (onde há barragem os peixes migratórios não sobem o rio para reproduzir), que é muito importante para a socioeconomia, a segurança alimentar e a cultura regional. Onde há usinas (UHEs) com reservatórios grandes, ou uma sequência de PCHs (reservatórios pequenos), a água sobe e desce no rio em questão de horas (devido à demanda de energia do país, já que o setor é interligado – SIN/ONS) e não mais de meses (seca e cheia), além de diminuir as vazões na cheia e aumentar na seca. Isso acarreta perda de nutrientes e sedimentos, ambos muito importantes para o funcionamento da planície, bem como afeta a cadeia alimentar e, portanto, a biodiversidade aquática (incluindo peixes), afetando também aves e répteis que dependem dos peixes para se alimentar. Diminui também a formação de praias e exposição de barrancos na seca, que são utilizados por aves e répteis para postura de ovos. O Pantanal é considerado Patrimônio da Humanidade e Reserva da Biosfera por ser um refúgio de várias espécies ameaçadas de extinção em outras regiões do país, como as onças, o cervo do pantanal, a ariranha, a lontra, a arara azul, o tamanduá, etc.

IHU On-Line – A senhora diz ainda que as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs têm uma legislação diferenciada, que facilita os seus licenciamentos. Em que consiste a legislação acerca das PCHs e, nesse sentido, como ela se diferencia em relação à construção de grandes barragens?

Débora Calheiros – Há toda uma série de Resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, além da legislação na época do apagão de 2001, que favorecem a privatização do setor elétrico no país e, em geral, as PCHssó precisam de um Plano e não de um EIA/Rima que, ainda, deveria implicar na avaliação dos impactos em nível de bacia e não apenas da área de influência direta e indireta de cada empreendimento em separado, como se faz atualmente nos licenciamentos, indo de encontro à Resolução CONAMA 1/1986 e à Lei de recursos Hídricos.

IHU On-Line – Qual é a atual situação da bacia do Alto Paraguai?

Débora Calheiros – Como dito, 70% do potencial de produção de energia da BAP já está em Operação. Em ecologia sabe-se que, se ultrapassarmos a capacidade de suporte de um ecossistema (sua resiliência ou sua capacidade de se restabelecer após um impacto negativo), ameaçamos os seus processos ecológicos, seu funcionamento e geramos uma degradação muitas vezes irreversível.

“Se a sociedade brasileira, e em especial os tomadores de decisão, querem realmente conservar a região, devem suspender todos os usos dos recursos naturais da região”

IHU On-Line – Em que consiste o Plano de Bacia a ser realizado pela Agência Nacional das Águas – ANA?

Débora Calheiros – É um Plano, não um estudo. Isto implica que, com base em toda a informação já existente sobre a bacia, serão acordados objetivos e metas a serem alcançados para que realmente se conserve a região e se promova maior sustentabilidade no uso dos seus recursos naturais. Ou seja, trata-se de um plano para que se use racionalmente a água, o solo, a biodiversidade, se ordene a produção agropecuária, a geração de energia e a navegação, o lançamento de esgotos, apontando, por exemplo, restrições de uso. Como a BAP não temComitê de Bacia Federal, como o rio São Francisco ou o Paraíba do Sul, o CNRH fez uma Resolução sobre bacias que deveriam ter Plano para que se pudesse, em tese, ordenar seu desenvolvimento.

IHU On-Line – Em 2012 o Ministério Público Federal entrou com uma Ação Civil Pública solicitando uma suspensão dos licenciamentos até que fosse feita uma avaliação ambiental estratégica. Essa avaliação foi feita?

Débora Calheiros – Não. O Ministério do Meio Ambiente – MMA não aceitou esta recomendação do MPF, e a decisão agora está com a Justiça Federal, uma vez que o MPF entrou com uma Ação Civil Pública.

Por outro lado, com a articulação da sociedade civil junto ao MMAANA e CNRH, conseguiu-se este Plano de Bacia, previsto na Lei de Recursos Hídricos.

IHU On-Line – Por quais razões o Tribunal Regional da Justiça Federal em São Paulo concedeu, em maio de 2013, uma liminar para o setor elétrico liberando os licenciamentos?

Débora Calheiros – A Justiça Federal de SP liberou os licenciamentos em maio de 2013 e, segundo a decisão judicial, a Desembargadora alega que já temos legislação ambiental suficiente em nosso país e que os empreendedores e os órgãos gestores já a utilizam, e que isso, portanto, bastaria para conservar o Pantanal, já que o país precisa de energia.

IHU On-Line – Como os pesquisadores dos países que compartilham a planície do Pantanal, Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil têm discutido essa questão?

Débora Calheiros – Nós realizamos um Workshop com pesquisadores, ONGs, pescadores e ribeirinhos do Brasil,BolíviaParaguai e Argentina em novembro de 2013 e como resultado temos a grande preocupação de todos com esta questão, uma vez que o Brasil detém a maior parte do Pantanal e em sua parte superior, ou seja, o que fizermos aqui se reflete em todo o sistema rio abaixo, o Sistema Paraguai-Paraná de áreas úmidas.

IHU On-Line – Como o barramento dos rios irá alterar o ciclo de cheias e secas? Quais são as evidências de alterações nos ciclos até o momento?

Débora Calheiros – A vazão fica menor nas cheias (pois os reservatórios retêm a água) e maior na seca (em geral 1 m), pois os reservatórios liberam água. Isso altera a hidrografia (gráfico da variação das vazões x tempo) e a variação sazonal das vazões ao longo do ano, variando o nível, a vazão e a área de inundação em cada rio barrado. As PCHsnão têm reservatório ou têm reservatórios pequenos, o que, em tese, não alteraria a vazão e a sazonalidade (a água que entra seria a água que sai da barragem). Contudo, eles utilizam o arranjo em cascata (várias PCHs associadas aUHEs ou apenas várias PCHs num mesmo rio), o que, em conjunto, altera a quantidade e também a qualidade, alterando o fluxo de nutrientes, organismos e sedimentos da água. Os rios já barrados apresentam variação de nível e vazão diários (Vide vídeo no final da minha matéria no site do VIOMUNDO), tendo como consequência a perda de produção pesqueira e deixando as comunidades ribeirinhas sem assistência alguma, nem do poder público nem das empresas.

IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?

Débora Calheiros – Se a sociedade brasileira, e em especial os tomadores de decisão, querem realmente conservar a região, devem suspender todos os usos dos recursos naturais da região, os licenciamentos de desmatamentos, o aumento da área de agricultura e pecuária, tanto no planalto (onde nascem os rios formadores do Pantanal) quanto na planície, bem como suspender os licenciamentos de hidrelétricas e de ações da hidrovia, até o Plano de Baciaficar pronto com a anuência da Comissão de Acompanhamento (tripartite, nos mesmos moldes de um Comitê de Bacia, prevista na Resolução CNRH de dez/2013) e, posteriormente, a anuência do plenário do CNRH, promovendo até então projetos de recuperação de nascentes e matas ciliares, de áreas degradadas e ações de saneamento básico nos municípios pantaneiros e peripantaneiros.

 

Fonte: IHU – Unisinos

Projeto que inclui alimentos orgânicos na merenda escolar é aprovado em 1ª votação


                                            

No dia 12 de dezembro foi aprovado em 1ª votação o PL 451 /2013 sobre a obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar na rede municipal de ensino de São Paulo. Apresentado pelo vereador Nabil Bonduki (PT), o projeto foi proposto conjuntamente com os vereadores Ricardo Young (PPS) e Gilberto Natalini (PV). O tema, por sua relevância, ganhou adesão dos também vereadores Goulart (PSD), Dalton Silvano (PV) e Toninho Vespoli (PSOL), que se tornaram co-autores.

Um de seus objetivos é fomentar a produção agroecológica na cidade de São Paulo com as compras públicas, para estimular o respeito aos princípios de não agressão ao meio ambiente. Outro é contribuir para a construção de bons hábitos alimentares e preservar a saúde das crianças em idade escolar. Como todos sabem, o alimento orgânico é infinitamente mais saudável para o corpo e mente, ainda mais quando se trata de crianças, seres ainda em formação, ao se alimentar de produtos sem agrotóxicos e produtos químicos,  a recompensa dessa mudança será visível a longo prazo.

Além de propagar o hábito de comer bem, o projeto viabiliza as crianças conhecerem o que na verdade é uma boa refeição, completa, saudável, e por conseqüência, sustentável. Utilizando a hora de almoço para também educar quanto a importância do que comemos todos os dias, e como o que comemos influencia no que somos.

O projeto também dialoga com a questão da definição da Zona Rural no extremo sul do município no Plano Diretor Estratégico, tema que, junto à ideia de um sistema de segurança alimentar e nutricional, tem sido recorrente nas audiências públicas do Plano. A proposta foi construída em conjunto com as organizações da sociedade civil que integram a Plataforma de Agricultura Orgânica a partir das discussões realizadas na Semana de Agroecologia, realizada em abril na Câmara Municipal.

Apoio à Agricultura Familiar

O texto propõe prioridade na aquisição de alimentos para agricultores familiares, assentamentos da reforma agrária, comunidades tradicionais e produtores orgânicos, especialmente os localizados dentro dos limites do município. A opção por produtores familiares se justifica porque, em geral, as pequenas propriedades apresentam forma de cultivo mais sustentável do ponto de vista socioambiental do que o agronegócio. Produtores em processo de conversão orgânica também poderão ser contemplados, desde que comprovem a transição por meio de protocolo avalizado pela Supervisão de Abastecimento da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras.

Para viabilizar as compras de orgânicos, o PL também prevê a possibilidade de adotar preços diferenciados em relação aos produtores similares convencionais. “Essa é uma forma de aumentar a demanda por esses alimentos, que usualmente encontram mercado em nicho restrito de consumidores conscientes, ainda pouco representativos no universo de consumidores do Município de São Paulo”, diz a justificativa da proposta.

O projeto de lei também dá às escolas a possibilidade de adotar cardápios que variam de acordo com a sazonalidade da oferta de alimentos e prevê a capacitação de merendeiras e professores para promover a educação alimentar. A proposta ainda passará por outra votação e se aprovada irá para sanção do prefeito Fernando Haddad.

Fonte: http://cidadeaberta.org.br/

Laísa Mangelli

Francisco Beltrão, no Paraná, aposta em projeto de compostagem orgânica


O município de Francisco Beltrão, em parceria com o Centro Estadual de Educação Profissional do Sudoeste do Paraná (Colégio Agrícola de Francisco Beltrão), está desenvolvendo um projeto para fazer a compostagem do lixo orgânico da cidade.

                                              

Conforme o coordenador do projeto, o engenheiro agrônomo Nelson Morgan, a iniciativa vai ser desenvolvida nesta primeira etapa no colégio agrícola, sendo que o lixo orgânico produzido na instituição, os resíduos de animais e os resíduos da poda das arvores do perímetro urbano serão transformados em adubo e posteriormente sendo usado nos próprios trabalhos didáticos existentes na instituição. Segundo ele, os alunos poderão fazer comparações e experiências com a agricultura convencional na área de horticultura, cereais, pastagens, entre outras. 

Processo de compostagem

Segundo o engenheiro, o processo de compostagem consiste na decomposição de material orgânico no qual é preciso controlar a umidade e a oxigenação e, durante um período médio de 100 dias, após vários processos de revolvimento, ele se transforma em uma matéria umificada ou húmus, como também é chamado.  

Outras iniciativas

Além do projeto com o colégio, Morgan disse que a intenção é desenvolver uma proposta maior no município, para que o lixo orgânico dos moradores possa ser direcionado para a compostagem e, assim, futuramente ser utilizado como adubo para os canteiros da cidade, hortas das escolas e demais entidades com finalidade educativa, bem como desenvolver o trabalho com pequenos agricultores que trabalham na produção de hortifrutigranjeiros.

Ele explicou que hoje existe uma lei do governo federal que exige que todos os municípios façam a separação dos recicláveis da parte orgânica, para que seja feita a compostagem. “Então, baseado nisso, e por essa demanda, é que estamos fazendo este projeto, começando com o colégio agrícola, mas devemos até o final deste ano começar no próprio aterro aqui do município”, comentou.

Para a secretária de Meio Ambiente de Francisco Beltrão, Joice Barivieira, o projeto evidencia uma necessidade que deve se tornar cada vez mais constante. “Uma tendência cada vez maior é a de reaproveitar o que iria para o lixo. Nós já encaramos isso como uma necessidade e, aos poucos, estamos incentivando a compostagem, por exemplo, de forma institucionalizada, mas que também pode ser feita nas casas das pessoas”, disse.

Fonte: http://www.diariodosudoeste.com.br/noticias

Laísa Mangelli

Francisco Beltrão, no Paraná, aposta em projeto de compostagem orgânica


O município de Francisco Beltrão, em parceria com o Centro Estadual de Educação Profissional do Sudoeste do Paraná (Colégio Agrícola de Francisco Beltrão), está desenvolvendo um projeto para fazer a compostagem do lixo orgânico da cidade.

                                              

Conforme o coordenador do projeto, o engenheiro agrônomo Nelson Morgan, a iniciativa vai ser desenvolvida nesta primeira etapa no colégio agrícola, sendo que o lixo orgânico produzido na instituição, os resíduos de animais e os resíduos da poda das arvores do perímetro urbano serão transformados em adubo e posteriormente sendo usado nos próprios trabalhos didáticos existentes na instituição. Segundo ele, os alunos poderão fazer comparações e experiências com a agricultura convencional na área de horticultura, cereais, pastagens, entre outras. 

Processo de compostagem

Segundo o engenheiro, o processo de compostagem consiste na decomposição de material orgânico no qual é preciso controlar a umidade e a oxigenação e, durante um período médio de 100 dias, após vários processos de revolvimento, ele se transforma em uma matéria umificada ou húmus, como também é chamado.  

Outras iniciativas

Além do projeto com o colégio, Morgan disse que a intenção é desenvolver uma proposta maior no município, para que o lixo orgânico dos moradores possa ser direcionado para a compostagem e, assim, futuramente ser utilizado como adubo para os canteiros da cidade, hortas das escolas e demais entidades com finalidade educativa, bem como desenvolver o trabalho com pequenos agricultores que trabalham na produção de hortifrutigranjeiros.

Ele explicou que hoje existe uma lei do governo federal que exige que todos os municípios façam a separação dos recicláveis da parte orgânica, para que seja feita a compostagem. “Então, baseado nisso, e por essa demanda, é que estamos fazendo este projeto, começando com o colégio agrícola, mas devemos até o final deste ano começar no próprio aterro aqui do município”, comentou.

Para a secretária de Meio Ambiente de Francisco Beltrão, Joice Barivieira, o projeto evidencia uma necessidade que deve se tornar cada vez mais constante. “Uma tendência cada vez maior é a de reaproveitar o que iria para o lixo. Nós já encaramos isso como uma necessidade e, aos poucos, estamos incentivando a compostagem, por exemplo, de forma institucionalizada, mas que também pode ser feita nas casas das pessoas”, disse.

Fonte: http://www.diariodosudoeste.com.br/noticias

Laísa Mangelli

Projeto incentiva hortas solidárias com desconto no IPTU


            

Alguns dos objetivos são combate à fome, incentivo à geração de emprego e renda, bem como à agricultura familiar.

 

O projeto de lei que cria o “Programa Horta Solidária Urbana”, em Curitiba, segue para o plenário, após ter seu último parecer pela Comissão de Serviço Público, no ultimo dia 6 de Novembro. A proposta, de iniciativa da vereadora Carla Pimentel (PSC), prevê desconto no IPTU para quem, com o aval da prefeitura, cultivar hortaliças, legumes, plantas medicinais, plantas frutíferas e flores, criar animais de pequeno porte (piscicultura inclusive) ou produzir artesanalmente alimentos e bebidas para consumo humano dentro dos limites da cidade.

O objetivo é o combate à fome, o incentivo à geração de emprego e renda, bem como à agricultura familiar. Também visa a inclusão social, o associativismo, o agroecoturismo e a realização da venda direta pelo produtor. Além de tudo isso, a horta solidária também promove a conscientização de consumo de orgânicos, ambientalmente corretos e do ponto de vista nutricional, rico em vitaminas e minerais, e o melhor: livres do veneno de pesticidas e agrotóxicos.

Caso for aprovado o projeto, o município fará o levantamento de áreas públicas apropriadas à implantação do programa, observando as leis vigentes. Propriedades particulares também poderiam ser utilizadas. Sugere-se que o Executivo ofereça incentivo fiscal ao proprietário de terreno sem edificação, com redução no valor do IPTU.

Para participar do programa, a prioridade será dada às entidades que apresentarem, comprovadamente, maior tempo de trabalho em ações comunitárias e sociais, desde que preencham os demais critérios exigidos em regulamentação do Executivo.

A proposta prevê que o governo municipal ofereça cursos de aprendizado e aprimoramento em matérias relacionadas aos propósitos da norma, além de assistência técnica nos locais em que o programa seja efetivado. “O Programa Horta Solidária tem o objetivo de orientar o cultivo de hortas nos espaços urbanos desocupados que, muitas vezes, propiciam o entulho de sujeira e a invasão do matagal”, defende Carla Pimentel.

Fonte: http://ricmais.com.br/pr/dia-a-dia/noticias/projeto-deve-incentivar-hortas-solidarias-com-desconto-no-iptu/

Laísa Mangelli

Projeto Socioambiental de Fotografia


Projeto faz parte do Programa Ribeirão Sustentável da Prefeitura de Ribeirão Preto.

O Projeto Socioambiental de fotografias “O Céu é O Limite”, estará em exposição até dia 23 de novembro, das 9h às 19h, no Novo Shopping, em Ribeirão Preto. Este trabalho é resultado do projeto desenvolvido com vistas a atender uma proposta do PAC, Programa de Aceleração para Crescimento, que possibilitou a construção das obras antienchentes e que tiveram investimentos do Governo Federal. A ação, voltada à educação ambiental, é orientada pela Caixa Econômica Federal e foi realizada por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão Pública, envolvendo adolescentes atendidos por programas sociais, da Secretaria Municipal de Assistência Social, nas unidades do Horto Municipal e do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS – 5. A proposta foi desenvolver um trabalho fotográfico a partir do curso com a fotógrafa Elza Rossato e um workshop com Guilherme Lechat. O resultado foi a Exposição “O Céu é o Limite”.

 

Retirado do site: http://www.jornaldaregiaosudeste.com.br/noticias/projeto-socioambiental-de-fotografia-esta-exposto-no-poupatempo