Mobilidade urbana tem recursos, mas faltam projetos, planejamento e continuidade


Em dez anos cresceram investimentos federais em transporte, mas também as frotas de automóveis e motos. Plano Nacional de Mobilidade Urbana ainda é letra morta. Programas dos candidatos são vagos
 
Avener Prado/Folhapress
faixa exclusiva

SP: 300 km de faixa exclusiva provocou a ira de donos de carros, mas reduziu tempo médio de viagens em 38 minutos

São Paulo – Investir pesado, cobrando planejamento e integração. Essas são as diretrizes principais que o próximo governo federal – seja novo ou de continuidade – deve ter ao pensar nos dilemas da mobilidade urbana no Brasil. Para especialistas no tema, houve avanços, mas os problemas são tão complexos que será preciso muita vontade política, e dinheiro, para resolvê-los. Além disso, eles defendem que é preciso encerrar o que consideram uma incoerência de propor melhorias na mobilidade e ofertar isenções e estímulos para aquisição de automóveis.

A questão principal para todos os entrevistados pela RBA é o planejamento. Considerado avançado, o Plano Nacional de Mobilidade Urbana foi sancionado em janeiro de 2012 e determina uma série de ações a serem realizadas por todas as esferas de governo. Porém, a principal delas, o desenvolvimento de planos de mobilidade por todas as cidades com mais de 20 mil habitantes, não caminhou nem um passo após dois anos da sanção da lei.

Nem os especialistas, nem o Ministério das Cidades souberam informar uma só cidade brasileira que tenha elaborado plano de mobilidade. Hoje, 1.720 municípios são obrigados a cumprir o plano nacional, que deve ser cumprido até abril de 2015. Do contrário, não poderão solicitar recursos ao ministério.

Para o pesquisador Juciano Rodrigues, do Observatório das Metrópoles, esse desinteresse nos planos está relacionado à “cultura” dos gestores públicos de não pensar a longo prazo e querer resultados dentro do mandato. “Os nossos políticos encaram os planos como os homens das cavernas traçavam inscrições rupestres. Você ia lá desenhar o homem capturando um animal e depois ia caçar certo de que ia ter boa caça.”

Para ele, muitos planos que surgem não se enquadram nas exigências do Ministério das Cidades, pois são localizados e direcionados a um ou outro modal. Em resumo, só cumprem a burocracia. “Nem sempre esses planos entram nos meandros necessários para a sua execução, como desapropriações e impactos ambientais da obra. Isso vai dificultar a execução, causar atrasos”, critica o pesquisador.

Os planos devem orientar os projetos de mobilidade, integrando os diferentes modais, prevendo investimentos, inclusive em temas que não parecem estar diretamente relacionados, como desapropriações, o que também aponta para a necessidade de que o documento dialogue com o plano diretor estratégico da cidade, que organiza o crescimento do município.

Rodrigues destaca o Plano Diretor de São Paulo como exemplo de planejamento que, se respeitado e aplicado, pode ter consequências muito benéficas para a cidade. “O caminho adequado para qualquer cidade é criar pequenos centros onde as pessoas vivam e trabalhem, propiciando deslocamentos menores que podem ser feitos a pé, de bicicleta ou de ônibus”, defendeu.

Além disso, têm de promover ações por ordem de importância aos modais, privilegiando os não motorizados (pedestres e ciclistas) seguido do transporte coletivo. Os carros são os últimos da lista.

Para o coordenador da Rede Nossa São Paulo, Maurício Broinizi, esses planos são fundamentais para evitar que os problemas da São Paulo de hoje sejam os de uma cidade pequena amanhã. “Se você pensar na cidade, ver a estrutura a logística da mobilidade de São Paulo como aprendizado dos erros cometidos nas grandes cidades, prevendo demandas futuras, você teria condições de evitar um colapso dos transportes em outros locais”, avaliou.

Um dos principais apontamentos feitos pelos especialistas é que o planejamento de mobilidade deve considerar o fato de que muitas cidades em regiões metropolitanas têm zonas urbanas quase unificadas, ou seja, não adianta pensar na estrutura de transporte de uma delas, porque vai sofrer influência das demais.

No entanto esse ponto esbarra na busca de recursos. Até agora, o Ministério das Cidades, pelo Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC Mobilidade), só recebeu projetos de duas cidades com menos de 100 mil habitantes: Rio Grande da Serra, em São Paulo, e Serra Dourada, na Bahia. A prioridade, no momento, são os projetos de municípios com população entre 400 mil e 700 mil pessoas.

Para o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Renato Balbim, apesar do muito a fazer, a mobilidade tem melhorado nacionalmente nos anos recentes. “Por dois fatores. Primeiro, pela crise da mobilidade, que fez com que ela entrasse na pauta de discussões. E, depois, pelo momento histórico que a gente vive, de grandes investimentos em mobilidade e transportes públicos”, avaliou.

Segundo o Ministério das Cidades, desde 2007 foram investidos R$ 145 bilhões em mobilidade urbana, entre verba federal e contrapartida de estados e municípios. Desse total, R$ 50 bilhões são do Pacto da Mobilidade Urbana, lançado em junho de 2013 para responder às demandas surgidas durante as mobilizações contra o aumento das tarifas.

Ao todo, o governo federal apoia 336 empreendimentos como Bus Rapid Transit (BRT), corredores exclusivos com zonas de ultrapassagem e pagamento desembarcado, metrôs, trens urbanos e hidrovias. Essas obras somam investimentos de R$ 137 bilhões e chegam a 154 cidades. Muitas foram propostas como legado de mobilidade da Copa do Mundo no Brasil.

projetos

Porém é preciso esclarecer que somente um terço das obras está em execução. cerca de 75% dos empreendimentos têm recursos aprovados, mas estão em fase de projeto executivo junto às cidades e estados.

Apesar do valor bilionário disponível, um estudo lançado há duas semanas pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) indica que o montante em mobilidade urbana para melhorar a situação de 18 das 63 regiões metropolitanas do Brasil seria de aproximadamente R$ 240 bilhões em ações imediatas. Considerando também transporte de carga e logística, a verba necessária sobe para R$ 980 bilhões.

Novas iniciativas

Alguns desses projetos já são realidade. Caso dos BRTs Cristiano Machado e Central, em Minas Gerais, e Transoeste, no Rio de Janeiro. No entanto a maior parte das obras iniciadas com o “selo” da Copa ainda não foi entregue à população. Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá (MT), Fortaleza (CE) e em Manaus (AM), o monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo, e os BRTs nas avenidas Bento Gonçalves, João Pessoa e Protássio Alves, em Porto Alegre, não têm previsão de conclusão.

Para Balbim, do Ipea, o problema está no tempo em que cidades e estados ficaram parados, sem desenvolver ações de mobilidade. “Realizar projetos dessa envergadura, depois de quase 20 anos sem investimentos na área, causa uma complexidade ainda maior. O conhecimento técnico da administração vai embora, porque as pessoas se aposentam. Estamos no momento da reestruturação”, explicou.

 

Roberto Stuckert Filho/PR Dilma BRT
Apesar da importância dada à mobilidade pela presidenta Dilma, maior parte das obras ainda está no papel

 

 

O BRT existia basicamente em Curitiba, cidade em que foi criado, nos anos 1970. Somente as cidades de São Paulo e Goiânia tinham sistemas semelhantes, mas muito menores. O da capital paulista inclusive é um sistema de apenas 8,2 quilômetros, ligando o Sacomã, na zona sudeste, ao Mercado Municipal, no centro. O antigamente chamado Fura-Fila deveria ter 33 km, mas o projeto foi abandonado. A cidade tem ainda 102 km de corredores, feitos na gestão da petista Marta Suplicy (2000-2004), sendo parte reconstruído. O prefeito paulistano, Fernando Haddad (PT), tem projeto de construir mais 155 quilômetros com apoio do governo federal.

Contudo a liderança absoluta desse modal é questionada pelos especialistas. “O BRT até pode ter uma função estrutural em algumas cidades, mas a vocação dele é de alimentação do transporte de alta capacidade”, explica o pesquisador Juciano Rodrigues. Um vagão de metrô transporta o equivalente a três ônibus articulados, 600 pessoas contra 200, no limite da capacidade, e é mais adequado para as grandes capitais, como São Paulo, Porto Alegre ou Salvador, defende o especialista.

Soluções antigas

Considerado o principal modal pela grande capacidade e liberdade de circulação, o Metrô nos estados brasileiros foi construído quase todo antes dos anos 1990 e expandido lentamente após os anos 2000. Têm metrô as cidades de São Paulo (74,3 km), Rio de Janeiro (40,9 km), Recife (71 km), Teresina (12,5 km), Brasília (42,4 km) e Belo Horizonte (28,2 km), num total de 269,3 km.

No mundo, há cerca de 140 redes de metrô. A maior é a de Xangai, na China, com 567 km, iniciada em 1995, e o de Pequim, com 442 km de extensão. Os centenários metrôs de Nova Iorque e de Londres, têm 418 km e 408 km de extensão, respectivamente.

Exemplo da lentidão entre a primeira parte das obras e a expansão, das 68 estações do Metrô em São Paulo, 45 foram entregues até 1991. Sete, entre 1992 e 2000. E somente 16 de 2001 até hoje. O Metrô paulista é operado pela empresa estadual Companhia do Metropolitano de São Paulo.

                                    monotrilho linha ouro

É complicado fazer um comparativo da malha estrutural do transporte metroferroviário no Brasil. Como muitos projetos passam a operar sem conclusão e a inauguração de estações é aleatória no tempo, é difícil medir a quilometragem efetivamente em operação. Como é ó caso da Linha 4-Amarela do Metrô paulista, que opera seus 12,8 quilômetros, mas em apenas seis das onze estações.

O dado mais preciso é sobre oferta de lugares no sistema metroferroviário, feito pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) para os últimos dez anos. Em 2003, havia, aproximadamente, 825 mil lugares na rede de trilhos do país. Até 2012, cresceu 23%, chegando a pouco mais de um milhão de lugares.

Para Maurício Broinizi, o governo federal deve priorizar o investimento em metrô e trens urbanos de passageiros. “Há um déficit imenso de investimento em trilhos no Brasil. O país precisa retomar sua malha ferroviária, principalmente nas regiões metropolitanas. Sem investimento pesado nessa área, não haverá solução adequada”, defendeu. Para ele, as cidades devem ter nesse modal a base de mobilidade. As demais são complementares.

Enquanto as obras de mobilidade e transporte coletivo caminham devagar, a demanda de mobilidade da população é resolvida individualmente. E isso se reflete no crescimento da frota de carros e motos em dez anos. Entre 2003 e 2013, a frota de carros quase dobrou. A frota de motos foi multiplicada por seis. Já ônibus e trens cresceram apenas 23%.

               

Colabora muito o incentivo do governo federal à compra de automóveis, por redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), iniciada em 2009 para fortalecer as vendas de eletrodomésticos e automóveis em meio à crise econômica iniciada em 2008. Segundo dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) o setor teria vendido 1,48 milhões de carros a menos se não houvesse o incentivo, com impacto severo no 1,5 milhão de empregos diretos e indiretos da indústria automotiva.

Um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) apontou que, de 2009 a 2013, o governo abriu mão de R$ 6,1 bilhões de tributos devido à desoneração do IPI sobre automóveis.

“Esse estímulo é um tiro no pé. Se a preocupação é gerar emprego, é possível atuar na fabricação de caminhões, na renovação da frota de ônibus municipal ou intermunicipal. Isso poderia impedir o desemprego”, avaliou Juarez Matheus, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte.

                                      produção de carros

Balbim, do Ipea, discorda do sindicalista quanto à aquisição de veículos, mas concorda que não se pode deixar os veículos privados se sobreporem aos coletivos. “Você não pode dizer para a pessoa que ela não pode ter um carro. Isso seria segregador, mas esse aumento exponencial da venda de automóveis nos últimos 10 anos deveria ter sido acompanhado de políticas de desestímulo ao uso do automóvel”, defendeu Balbim.

Junto a isso, os congestionamentos crescem. Indicadores da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD), do IBGE, mostram que o tempo de deslocamento médio até o trabalho cresceu de 28,4 para 30,2 minutos no país, entre 1992 e 2012. Nas regiões metropolitanas, a média subiu de 36 para 41 minutos. Além disso, a porcentagem de pessoas que gasta mais de uma hora no percurso de casa ao trabalho subiu de 14,6 para 18,6%.

Os piores resultados se concentram no Nordeste e no Sudeste. Belém (PA) teve o pior resultado em minutos gastos, com aumento de 24,3 para 32,8 minutos no tempo médio (35,4%), seguido por Salvador (BA), que foi de 31 para 39 minutos (27,1%). Já Rio de Janeiro e São Paulo concentram o maior número de pessoas que levam mais de uma hora no percurso de casa ao trabalho: 24,7% e 23,5%, respectivamente, da população gasta esse tempo diariamente.

         congestionamento

O problema dos congestionamentos, além do estresse e da poluição, é também econômico. Segundo estudo Os custos da (i)mobilidade nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo, da Federação das Indústrias do Estado Rio de Janeiro (Firjan), o custo dos congestionamentos nas duas principais regiões metropolitanas do país foi de R$ 98 bilhões em 2013. O valor é superior a dois terços do investimento em mobilidade realizado pelo Ministério das Cidades.

Porém apesar de alguns avanços e do aumento da motorização da população, seja por motos ou por carros, o índice de pessoas cuja mobilidade é quase exclusivamente a pé, mantém-se igual ao longo dos últimos dez anos. Com pequenas variações anuais, cerca de 30% da população brasileira caminha diariamente para o trabalho, os estudos e para voltar à residência.

Com tantas questões a serem resolvidas e uma eleição a ser realizada em pouco mais de um mês, as propostas deveriam florescer, mas não é o que ocorre. As propostas dos principais candidatos são vagas. E frustram os especialistas ouvidos pela RBA. “De uma forma geral, as diretrizes de governo são superficiais, sem metas claras. E não atendem às demandas da população”, critica o coordenador da Rede Nossa São Paulo.

A campanha da candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, apresentou, na última sexta-feira (29), o programa de governo. Nele, se destacam as propostas de construir mil quilômetros de vias para veículos leves sobre trilhos (VLTs) e de corredores de ônibus em todas as cidades com mais de 200 mil habitantes, expandir a malha metroferroviária de cada uma das regiões metropolitanas em 150 quilômetros ao longo de quatro anos e a criação de fundos para financiamento do transporte coletivo, mas não estima valores para nenhuma das ações.

Mesmo a proposta de tornar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico sobre Combustíveis (Cide), elencada pelo Cidades Sustentáveis e abraçada pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sumiu dos debates. A ideia é que o tributo alimente um fundo a ser utilizado pelas cidades para financiar o transporte público.

"A proposta poderia embasar uma redução na tarifa, criando condições de inclusão para os 30% que não utilizam transporte coletivo. No Brasil, cerca de 15% apenas da tarifa são pagos pelo poder público. A maior parte é paga pela própria população. Podemos acordar algo como o usuário pagando 50% e o Estado pagando 50%. Seria um avanço muito grande. A Cide poderia ser o caminho”, defende Juciano Rodrigues.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Prêmio dará 500 mil euros a projetos de jovens empreendedores sustentáveis


As inscrições para o 8º Desafio Verde Internacional da Loteria de Código Postal (8th International Postcode Lottery Green Challenge) estão abertas para os jovens empreendedores de start-ups que contemplam nos seus planos de negócios a redução de CO2.

O desafio está à procura de produtos ou serviços que combinam sustentabilidade, empreendedorismo e criatividade. O vencedor dessa competição internacional será premiado com 500 mil euros para desenvolver o seu produto ou serviço e trazê-lo para o mercado. A organização também concederá 200 mil euros a um ou dois vice-campeões. Os participantes podem submeter seus planos de negócios no site até três de junho. Os jurados apresentarão o vencedor no dia 11 de setembro, em Amsterdã.

O Desafio Verde Internacional da Loteria de Código Postal é a maior competição mundial anual para empreendedores sustentáveis que podem instigar a mudança. Trata-se de uma campanha global desenvolvida pelo Postcode Lottery e suportada por Richard Branson e Bill Clinton para incentivar jovens empreendedores do mundo todo a desenvolver planos de negócios que enderecem os desafios ambientais, na expectativa de mudar para melhor a forma como o mundo faz negócios. Um dos principais objetivos para os jovens empresários é o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou inovações que ajudarão a reduzir gases de efeito estufa e o combate às alterações climáticas.

Os brasileiros também poderão concorrer com seus planos de negócios ao prêmio de 500 mil euros. O Desafio já recebeu inscrições de jovens brasileiros em edições passadas. Para ter a chance de vencer, os produtos ou serviços devem reduzir as emissões de gases de efeito estufa e estarem aptos a entrar no mercado dentro de dois anos.


Edição de 2013 do Concurso. – Foto: Roy Beusker/Divulgação

Seleção

Para se inscrever, os empresários devem enviar seus planos de negócios detalhados por meio dosite.

Em agosto, serão selecionados de cinco a sete finalistas que irão apresentar seus planos perante o júri internacional, público e imprensa, no dia 11 de setembro, em Amsterdã.


Edição de 2013 do Concurso. – Foto: Roy Beusker/Divulgação

Defensores

O ex-presidente americano, Bill Clinton, revelou seu orgulho em constatar que o Desafio Verde Internacional da Loteria de Código Postal (Postcode Lottery Green Challenge) se estabeleceu rapidamente como um importante concurso internacional verde. “O concurso incentivou os empreendedores sociais de todo o mundo a transformar ideias em invenções fascinantes e extremamente poderosas que reduzem o CO2. Tenho certeza de que esse evento vai continuar estimulando mentes inteligentes a realizar o seu potencial e ajudar a criar um mundo mais verde e mais saudável para todos nós", declarou Clinton.

Sir Richard Branson, fundador do grupo Virgin, foi jurado das edições de 2007 e 2013 do Desafio Verde Internacional da Loteria de Código Postal (Postcode Lottery Green Challenge), e compartilha do mesmo ponto de vista. "As pessoas não vão parar de consumir. Em vez disso, devemos oferecer ao consumidor uma alternativa verde para deter as mudanças climáticas. O Desafio Verde tem como intenção estimular o desenvolvimento dessas alternativas", destacou ele.


Edição de 2013 do Concurso. – Foto: Roy Beusker/Divulgação

                                                                                                                                          Fonte: CicloVivo

 

Prêmio dará 500 mil euros a projetos de jovens empreendedores sustentáveis


As inscrições para o 8º Desafio Verde Internacional da Loteria de Código Postal (8th International Postcode Lottery Green Challenge) estão abertas para os jovens empreendedores de start-ups que contemplam nos seus planos de negócios a redução de CO2.

O desafio está à procura de produtos ou serviços que combinam sustentabilidade, empreendedorismo e criatividade. O vencedor dessa competição internacional será premiado com 500 mil euros para desenvolver o seu produto ou serviço e trazê-lo para o mercado. A organização também concederá 200 mil euros a um ou dois vice-campeões. Os participantes podem submeter seus planos de negócios no site até três de junho. Os jurados apresentarão o vencedor no dia 11 de setembro, em Amsterdã.

O Desafio Verde Internacional da Loteria de Código Postal é a maior competição mundial anual para empreendedores sustentáveis que podem instigar a mudança. Trata-se de uma campanha global desenvolvida pelo Postcode Lottery e suportada por Richard Branson e Bill Clinton para incentivar jovens empreendedores do mundo todo a desenvolver planos de negócios que enderecem os desafios ambientais, na expectativa de mudar para melhor a forma como o mundo faz negócios. Um dos principais objetivos para os jovens empresários é o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou inovações que ajudarão a reduzir gases de efeito estufa e o combate às alterações climáticas.

Os brasileiros também poderão concorrer com seus planos de negócios ao prêmio de 500 mil euros. O Desafio já recebeu inscrições de jovens brasileiros em edições passadas. Para ter a chance de vencer, os produtos ou serviços devem reduzir as emissões de gases de efeito estufa e estarem aptos a entrar no mercado dentro de dois anos.


Edição de 2013 do Concurso. – Foto: Roy Beusker/Divulgação

Seleção

Para se inscrever, os empresários devem enviar seus planos de negócios detalhados por meio dosite.

Em agosto, serão selecionados de cinco a sete finalistas que irão apresentar seus planos perante o júri internacional, público e imprensa, no dia 11 de setembro, em Amsterdã.


Edição de 2013 do Concurso. – Foto: Roy Beusker/Divulgação

Defensores

O ex-presidente americano, Bill Clinton, revelou seu orgulho em constatar que o Desafio Verde Internacional da Loteria de Código Postal (Postcode Lottery Green Challenge) se estabeleceu rapidamente como um importante concurso internacional verde. “O concurso incentivou os empreendedores sociais de todo o mundo a transformar ideias em invenções fascinantes e extremamente poderosas que reduzem o CO2. Tenho certeza de que esse evento vai continuar estimulando mentes inteligentes a realizar o seu potencial e ajudar a criar um mundo mais verde e mais saudável para todos nós", declarou Clinton.

Sir Richard Branson, fundador do grupo Virgin, foi jurado das edições de 2007 e 2013 do Desafio Verde Internacional da Loteria de Código Postal (Postcode Lottery Green Challenge), e compartilha do mesmo ponto de vista. "As pessoas não vão parar de consumir. Em vez disso, devemos oferecer ao consumidor uma alternativa verde para deter as mudanças climáticas. O Desafio Verde tem como intenção estimular o desenvolvimento dessas alternativas", destacou ele.


Edição de 2013 do Concurso. – Foto: Roy Beusker/Divulgação

                                                                                                                                          Fonte: CicloVivo

 

Desafio premiará projetos de impacto social que ouçam seus beneficiários


No setor privado, plataformas como Yelp, Amazon.com e Kickstarter dão cada vez mais poder aos consumidores. Estas ferramentas criam um processo contínuo de sugestão e resposta – um “ciclo de feedback” – que motiva empresas a ouvir seus clientes e a criar produtos novos e melhores.
 
Mas por que os ciclos de feedback não dão mais poder às pessoas em relação à forma como são governadas, como as doações são gastas e como os serviços sociais são prestados? Quando desenvolvemos um projeto de impacto social, existem muitas variáveis a serem consideradas. Você conhece ou desenvolve projetos que levam em consideração a opinião dos beneficiários? Que cria canais para ouvir aqueles que serão diretamente impactados? E essas opiniões são incorporadas na execução?
 
Pensando nisso, o Changemakers da Ashoka, em parceria com o Feedback Labs, lançou o desafio ‘Completar o Ciclo: Feedback para Resultados’, que pretende identificar e premiar projetos e organizações que desenvolvam metodologias, mecanismos, produtos e ações que ouçam os beneficiários dos projetos e, com isso, melhoram resultados em serviços sociais, filantropia e governança. Em resumo, buscamos projetos que procurem:
 
– Conectar governos, fundações, provedores de serviços e os grupos as quais eles servem;

– Colocar pessoas em posições de poder e de tomada de decisão quando se considera os problemas que as afetam diretamente;

– Identificar possíveis barreiras na coleta de feedback, de forma que os dados sejam representativos e inspirem resultados reais; 

– Desenvolver a habilidade (e a vontade) dos governos e de outras instituições de responder a feedbacks; 

– Ajudar pessoas e especialistas a terem conversas autênticas sobre o que funciona melhor e o que deve ser melhorado.
 
O projeto vencedor será contemplado com um financiamento de US$10.000. Além disso, todos os inscritos poderão receber comentários e sugestões de especialistas e dos demais integrantes da rede do Changemakers, através do nosso processo de Revisão por Pares.
 
As inscrições podem ser feitas através do site http://www.changemakers.com/pt-br/completarociclo até as 20 horas do dia 15 de janeiro. Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com icarvalho@ashoka.org

 

Fonte: Cidades Sustentáveis

Fundação O Boticário abre edital para projetos de conservação


                fundação

 

Financiar projetos que contribuam para a conservação da natureza em todas as regiões do Brasil é o objetivo da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Em 23 anos, essa instituição privada apoiou 1.377 iniciativas escolhidas ao longo de 58 editais. O atual foi aberto em dezembro de 2013 e ficará aberto para novas inscrições até o próximo 31 de março.

O valor total distribuído é de R$750 mil, dividido por, em média, 20 iniciativas selecionadas.

Apenas instituições sem fins lucrativo podem participar da iniciativa, como organizações não governamentais ou fundações ligadas a universidades. Os projetos devem estar alinhados aos compromissos brasileiros e internacionais de conservação da biodiversidade (Convenção da Diversidade Biológica da ONU e as Metas de Aichi) e se enquadrar em pelos menos uma das 4 linhas temáticas:

– Unidades de Conservação de Proteção Integral (continentais e marinhas) e RPPNs: criação, ampliação e execução de atividades prioritárias de seus Planos de Manejo.
– Espécies Ameaçadas: execução de ações prioritárias dos Planos de Ação Nacional (PAN) para espécies e ecossistemas e definição de status de ameaça.
– Ambientes Marinhos: estudos, ações e ferramentas para proteção e redução da pressão sobre a biodiversidade marinha.
– Políticas Públicas: implementação e fortalecimento de incentivos para conservação, instrumentos legais para fiscalização e proteção da biodiversidade, consolidação de áreas protegidas e parcerias para conservação. Essa temática é exclusiva para o Apoio a Programas.

O processo de seleção das propostas inscritas nos editais é feito por pareceres emitidos por 123 especialistas de todo o país, que atuam como consultores voluntários. A aprovação final é feita pelos membros do Conselho Curador da Fundação Grupo Boticário, que inclui profissionais de renome das áreas de conservação da natureza, direito ambiental, comunicação e gestão.
 
Para se inscrever, acesse a área de Editais no site. Em caso de dúvidas sobre o processo de submissão, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail picn@fundacaogrupoboticario.org.br.

 

Fonte: O Eco