Uma Ucrânia remexida em suas raízes


Artigo escrito por Sucena Shkrada Resk, blogueira especializada em sustentabilidade e meio ambiente

                   

No campo, tudo se planta: beterraba, cevada, milho, semente de girassol e trigo, desde épocas remotas. A lavoura, as mãos calejadas, o suor do rosto se misturam a séculos por meio desta população na Europa Oriental, predominantemente camponesa. A Ucrânia , um país distribuído em 603.700 km 2, dividido hoje em 24 províncias e uma república autônoma (Crimeia), tem 32 mil ha de solo arável, o que corresponde a mais da metade do país, com terras negras, ricas em húmus, além da abundância de petróleo e gás natural, e de minérios, como ferro, carvão e manganês. A sua ligação com a terra é ancestral. Essas características fazem do país, um grande exportador, um objeto de desejo de poder no mundo no processo histórico milenar. Mais um ponto que não pode ser desprezado é sua posição geográfica. Faz fronteira com alguns países, entre eles, a Rússia e a Polônia.

A alternância de poder, durante os séculos marcou de forma definitiva sua população. O jogo geopolítico do poder ditou novas regras cada vez mais implacáveis. Aquela terra de abundância em recursos naturais interessou muito ao regime bolchevique posteriormente ao bloco Ocidental. Nesta zona de instabilidade, durante muitas décadas, centenas de milhares de pessoas perderam suas vidas, muitas por passarem fome, devido a uma visão distorcida que apregoava o atendimento à coletividade a qualquer custo, incluindo a privação à alimentação àqueles que eram contra o regime. A Alemanha nazista incrementou esse estado de calamidade em décadas passadas e a Guerra Fria instaurou mais um momento difícil para os ucranianos. A luta da população ucraniana para preservar sua cultura, seu idioma e sua independência foi uma constante.

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Fonte: Mundo Eco