A nova mania “Slow Food” e suas inspirações


Enquanto nas Américas, as filiais de fast food  fazem sucesso, na Europa as mesmas precisam reunir motivos e novas técnicas de marketing para manter o seu mercado fiel. Isso porque por décadas a indústria da carne manteve os detalhes de sua produção sigilosa, no entanto nos tempos atuais o consumidor europeu anda mais preocupado com sua alimentação. Conseqüências de uma nova conscientização sustentável que anda se espalhando pelo mundo, promovendo mais soluções criativas para revertemos o estado crítico do planeta. O problema é que essa não é ainda uma preocupação unânime coletiva, e o único jeito é batendo de frente com as investidas do sistema da industrialização, mostrando sempre para o ser humano opções mais sustentáveis.  

Tudo começou em Piazza di Spagna, Roma, Itália, em meados dos anos 80.  Quando surgiu no horizonte os arcos dourados de mais uma loja de fast food. Inconformado o jornalista Carlo Petrini resolveu criar o Slow Food, um movimento criado que estimula a valorizar a cultura dos alimentos e o prazer de comer bem. Também faz frente à dominação dos fast foods defendendo um novo conceito de qualidade, que leva em conta não apenas o sabor, mas também como e por quem o alimento é produzido.

Hoje, o Slow é uma organização enorme – são mais de cem mil adeptos em 150 países – e virou tendência. Do Japão à Holanda, dos Estados Unidos à Noruega, surgiram várias propostas ancoradas no mesmo conceito. Conheça algumas delas:

Citta Slow

                

O programa envolve as Cidades que assumem o compromisso  em se proteger da bagunça urbana ou “Babilônia”, loucura veloz que adoece as metrópoles, investindo na qualidade de vida de sua população.  Bra, no Piemonte, e Sedgefield, na África do Sul (foto acima), são alguns dos membros do movimento;

Slow Design

                                                    

Aqui o objetivo é produzir objetos que sejam atemporais, mesmo que isso signifique um maior tempo de concepção e fabricação. Um dos ícones do movimento é o crochê, já usado em mesas, cadeiras e luminárias. Vale ler um belo artigo que a Fast Company fez recentemente sobre o tema;

Slow Home

                                 

Acredita-se que as casas são muito significativas do ponto de vista emocional para serem projetadas de maneira rápida e cômoda. A ideia é promover uma arquitetura personalizada, ambientalmente responsável e economicamente razoável;

Slow Travel

                                   

Para revolucionar completamente sua maneira de viajar, transformando o viajante num verdadeiro andarilho., há essa filosofia que identifica a pressa como a maior inimiga das melhores viagens. Assim, a "Slow Travel" promove a caminhada e a exploração a pé como as melhores forma de se conhecer um lugar, cortando o metrô e, às vezes, o ônibus do tour, mesmo que demore mais. Por que ir ao shopping e não conhecer lojinhas de artesanato locais? E por aí vai…

Slow Money

                          

Movimento também inspirado no Slow Food e prioriza o cuidado com o solo, o cultivo de produtos orgânicos e o estímulo a negócios locais e regionais. Eles ambicionam que, em uma década, 1 milhão de pessoas invistam 1% de seus recursos em empresas locais de alimentos.

E você, ainda não se convenceu a praticar os conceitos do “slow”? A vida na cidade é tão ágil que parece impossível desacelerar pelo menos um pouco o ritmo da vida, visto que tudo tem hora marcada e o tempo pessoal parece nulo. Por isso precisamos nos reinventar, e invenções que sejam sustentáveis ou, acabaremos explodindo todos juntos, com o planeta, como que uma bomba relógio…. 

 

Fonte: Hypeness

Laísa Mangelli