Ricardo Cardim: o caçador de tesouros verdes


         

Pesquisador abastece o blog “Árvores de São Paulo” ao divulgar espécies raras encontradas ao redor da capital

 

Muito antes de o termo sustentabilidade se tornar lugar-comum, o botânico Ricardo Henrique Cardim já andava pela cidade com sementes dentro dos bolsos. A mania chegou a ser motivo de chacota entre os colegas. Não era usual um garoto com menos de 10 anos falar tanto em meio ambiente, citando de cor nomes de espécies da flora brasileira, como açoita-cavalo e embiruçu. "Inventei jeitos de recolher as plantas sem ninguém perceber, como fingir que amarrava os cadarços", recorda. Hoje, aos 33 anos, a paixão pelo verde continua a falar alto. Cardim escreve o blog Árvores de São Paulo, no qual divulga espécies raras encontradas ao redor da capital, além de dados curiosos e pensatas ecológicas. Uma das estrelas mais recentes da página foi um tipo de orquídea habenaria, que ele localizou no câmpus da Universidade de São Paulo e se tornou destaque na rede.

Com cerca de 1.500 acessos diários na internet e aparições frequentes nos jornais, Cardim chama atenção no meio por unir conhecimento técnico a engajamento. Em 2010, foi um dos três finalistas do Prêmio Empreendedor Social, entregue pela Fundação Schwab e pelo jornal Folha de S.Paulo, por ter conseguido que a prefeitura transformasse em parque uma área de cerrado no Jaguaré, na Zona Oeste. O local será aberto para visitação até o fim do ano, tornando-se o primeiro espaço do gênero na cidade com esse bioma.

A descoberta aconteceu por acaso, em 2009. "Ao abastecer o carro em um posto de gasolina próximo, vi que ao fundo havia a mesma vegetação da década de 40." Entusiasmado com a conquista, Cardim passou a defender destinação semelhante para 20.000 metros quadrados de cerrado em duas áreas do câmpus da USP. No último dia 5, a causa teve mais um avanço. As terras se tornaram reservas de preservação, restauração e estudos. "São Paulo é uma cidade de riquíssima biodiversidade, mas 80% da vegetação é de origem estrangeira", diz. "Essa é uma das coisas absurdas da nossa metrópole."

O blog também ganha repercussão por levantamentos feitos para incitar a reflexão sobre o verde na capital. Alguns são de produção simples, como o mais recente da página, no qual uma comparação de fotos de satélite do Google desde o ano de 2002 mostra como a mata nativa pode se regenerar com fôlego, especialmente em locais abandonados. "A ideia é enfatizar que nossa riqueza pode ser recuperada."

Hoje, além da atuação na internet, o paulistano de Moema trabalha como consultor de paisagismo para projetos arquitetônicos. "Um dos diferenciais dele é um telhado verde com vegetação nativa, que insiro em todos os meus projetos", diz o arquiteto Octávio de Siqueira, que costuma recorrer a seus serviços.

O caminho na história do menino que queria proteger a natureza e se tornou um botânico destacado teve um desvio de rota. Na adolescência, tudo indicava que trabalharia na área. Aos 16 anos, um tio lhe cedeu uma área de 1.000 metros quadrados em um sítio em Pedra Bela, na divisa com Minas Gerais, para que fizesse suas experiências e erguesse ali sua mata apenas com árvores tipicamente brasileiras. Por pressão dos pais e familiares, porém, optou pela graduação em odontologia, vista como mais rentável.

Depois de trabalhar em consultório durante oito anos, com rendimento médio de 10.000 reais mensais, começou a se afastar da profissão e em 2009 ingressou em mestrado sobre os anéis de crescimento de árvores tropicais. "Estou muito mais feliz agora", diz Cardim. "Poucos biólogos têm essa disposição toda para defender o meio ambiente", afirma Nanuza Menezes, professora do departamento de botânica da USP. Quem está por perto, como ela, percebe a animação.

Blog: www.arvoresdesaopaulo.wordpress.com, no qual mostra raridades da capital
Feito: ao identificar espécies em extinção, ajudou na transformação de uma área de cerrado no Jaguaré em parque, que deve ser aberto ao público neste ano.

Fonte: www.recriarcomvoce.com.br

Laísa Mangelli

“Voos verdes”: uma das medidas de sustentabilidade adotadas com foco na Copa


      

O efeito estufa é um fenômeno natural, porém com as atividades humanas, entre elas o transporte, seus efeitos têm sido intensificados, acarretando em preocupantes mudanças climáticas. Sendo assim, a aviação comercial brasileira entrou na agenda de adaptação à essas mudanças.

O plano é que os voos operados pela Gol entre junho e julho transportem, além da Seleção Brasileira, os torcedores que saírem do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em direção às demais cidades-sede do campeonato, usando bioquerosene, produzido a partir da fermentação da cana de açúcar. Os “voos verdes” fazem parte de uma série de medidas de sustentabilidade adotadas com foco na Copa e evitarão a liberação de 218 toneladas de gás carbônico na atmosfera, o que representa a absorção de CO2 decorrente de 1.335 árvores da Mata Atlântica.

E não vai parar por aí, pois os “voos verdes” da Copa são apenas o primeiro passo para ações de sustentabilidade no setor aéreo.

“A intenção é dar continuidade aos vôos verdes”, declarou o diretor-executivo de Operações da Gol, Sérgio Quito.

E aí, o que achou da iniciativa?

Fonte: Eco4Planet

Corantes naturais são alternativa sustentável na moda


              

O uso de corantes naturais para tingimentos na moda mostrou-se uma alternativa eficaz para ligar a indústria têxtil à sustentabilidade. Mais que isso, os corantes provenientes de espécies de origem amazônica movimentam a economia e o mercado de trabalho daquela região. A pesquisa conduzida na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) por Janice Accioli Ramos Rodrigues buscou testar a eficiência de formas de pigmentação com fórmulas menos agressivas para a aplicação em artigos do vestuário de moda, tentando minimizar os impactos ambientais causados pela indústria têxtil, que é considerada uma das maiores poluidoras do meio ambiente. A dissertação de mestrado Uso de corantes de origem natural para o tingimento de artigos têxteis de moda foi orientada pelo professor Mauricio de Campos Araujo.

As espécies utilizadas na pesquisa foram: açaí (Euterpe oleracea), andiroba (Carapa guianensis Aubl.), jenipapo (Genipa americana L.), mamorana (Pachira aquatica Aubl.), urucum (Bixa orellana L.) e cipó- verônica (Dalbergia subcymosa Ducke). Os extratos foram preparados e, após processos químicos, foram testados em tecidos. “Foram feitos testes em tecidos planos PT com ligamento sarja, de algodão 100% fornecido pela empresa Cedro Têxtil, e em um segundo momento tecido meia-malha composto por 98% algodão e 2% elastano, fornecido pela empresa Rosset Têxtil, alvejado e purgado pela Donacor Lavanderia, para comparar-se tal afinidade”, relata Janice. “Deu-se preferência às fibras com algodão pela sua origem vegetal.”

Após o tingimento, foi analisada a potencialidade dos corantes, ou seja, os testes seguintes tinham como objetivo analisar a solidez do corante diante da lavagem. Essa análise contou com alguns fatores como temperatura, alcalinidade, alvejamento e ação abrasiva. Após esse processo, foi criada uma cartela de cores como resultado das colorações, uma coleção e quatro artigos de roupa com os tecidos tingidos.

“No tocante à coleção e aos artigos do vestuário, estes foram elaborados como forma de validar os resultados experimentais do presente estudo. Como o objetivo principal é o uso dos corantes no vestuário de moda, alguns dos corantes foram aplicados nas peças confeccionadas, as quais foram projetadas em um estágio junto ao curso de Design de Moda, da Universidade Técnica de Lisboa, em Portugal, de setembro a novembro de 2012”, explica a pesquisadora. A criação da coleção envolveu uma pesquisa teórica de imagens, definição de uma temática, modelagem das peças escolhidas e a elaboração de peças-piloto para a posterior confecção no Brasil. O tema escolhido para a coleção foi “Navegar é preciso, ser sustentável também é”.

Benefícios além-moda

“Quanto aos resultados, pode-se dizer que se chegou ao objetivo proposto, pois foram obtidos corantes aptos a serem usados na industria têxtil, com boa solidez às lavagens e à luz, além de terem sido produzidas peças de roupa em tamanho normal para a aplicação dos mesmos”, relata Janice.

Além do incentivo à sustentabilidade, a concretização do uso dos corantes naturais pode agregar projetos com base na economia solidária na Ilha do Combú, próxima a Belém do Pará, local de onde advém os materiais estudados. A estruturação de uma cooperativa voltada para a manufatura de produtos de moda com corantes naturais levaria em consideração os aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais.

A pesquisadora tem como metas a reverter benefícios financeiros para a comunidade local, assim como preocupa-se com possíveis impactos causados por pessoas de fora dessas comunidades, que não têm familiaridade com as técnicas utilizadas. Logo, a colaboração dos povos locais deve ser iniciada “pelo manejo dos elementos vegetais, com a devida observação de que a ilha é uma área de preservação ambiental e, portanto, tem certos limites para a exploração dos seus recursos”, explica Janice. “Com a consequente capacitação da população local para trabalhar em algumas das etapas da produção, fruto da participação de profissionais diversos, haveria a geração de trabalho, inclusão social e, consequente, renda.”

A geração de renda a partir da produção dos corantes naturais seria um ganho excepcional, na visão de Janice. A maior parte da população local tem baixa renda e os produtos extraídos por eles não são valorizados, sendo que a produção de corantes pode reverter essa situação e agregar maior valor aos produtos.

“Certamente, por meio de um estudo mais detalhado, o que ocuparia um trabalho inteiro, seria possível trazer as bases certas para este empreendimento e, assim, além de estar cuidando da localidade com melhorias advindas deste trabalho e respeitando a natureza pelo uso adequado das matérias-primas, seria mais uma contribuição para a atmosfera da moda sustentável”, conclui Janice.

(Agência USP)

Fonte: Mercado Ético

Sustentabilidade Ambiental


Sustentabilidade Ambiental significa encontrar formas inovadoras de minimizar nosso impacto no meio ambiente e reduzir nossos custos com a conservação de água e energia bem como redução do uso de material de embalagem.

A PepsiCo desenvolveu programas para agricultura sustentável que envolvem produtores e aproveitam a nossa escala para compartilhar boas práticas. Estamos encontrando formas inovadoras para minimizar nosso impacto sobre o ambiente e para reduzir nossos custos, com iniciativas de conservação de energia e água, assim como pelo uso reduzido de material de embalagem. Além disso, estamos trabalhando para melhorar constantemente nossa eficiência global no uso operacional de água e, em 2012, recebemos o prêmio Stockholm Industry Water Award.

Também reduzimos globalmente o peso de embalagens de nossos produtos em 159 milhões de kg nos últimos cinco anos.

A PepsiCo já foi incluída no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones por seis vezes. O índice avalia anualmente o desempenho ambiental, social e econômico, sendo o ranking mais influente nas decisões de gestores de fundos.

Assista ao vídeo sobre a parceira da família Oi na produção e fornecimento de batatas para a PepsiCo.

Fonte: Pepsico Brasil

Sustentabilidade no setor público é tema de seminário


Além de mesas e palestras sobre o tema, evento terá Mostra de Cinema Ambiental



Debater como a adoção de práticas sustentáveis e a mudança no consumo do setor público podem impactar a vida das pessoas e o mercado é o objetivo de um seminário que o Ipea promoverá em Brasília. Entre os dias 4 e 6 de junho, pesquisadores, gestores públicos e representantes da sociedade civil colocarão em pauta temas como padrões de produção e consumo, gestão de resíduos e compras públicas sustentáveis. Atividade ligada ao Projeto Esplanada Sustentável, o seminário integra também o calendário de eventos em comemoração aos 50 anos do Instituto (Jubileu de Ouro).

O presidente do Ipea, Sergei Soares, e os diretores Rogério Boueri (Estudos e Políticas Ambientais Urbanas e Regionais/Dirur) e Luiz Cezar Azeredo (Desenvolvimento Institucional/Dides) estarão na mesa de abertura, no dia 4 de junho, às 10h. No mesmo dia, as mesas seguintes terão como tema geral As mudanças nos padrões de produção e consumo no setor público e receberão gestores do Ministério do Meio Ambiente, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Eletrobrás, Superior Tribunal de Justiça e Advocacia-Geral da União.

Já na quinta-feira, 5, o tema debatido será a gestão de resíduos no setor público. Estão programadas palestras sobre o Plano Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano de Gestão de Logística Sustentável, além de uma mesa-redonda em que representantes do governo federal e da sociedade civil analisarão a responsabilidade socioambiental do setor público na gestão de resíduos. Por fim, em 6 de junho, a pauta será compras públicas sustentáveis, com destaque para uma palestra sobre a compra de produtos agroecológicos no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo Federal.

Mostra de Cinema
Além de mesas e palestras, a programação do seminário incluiu ainda uma Mostra de Cinema Ambiental. Nos dias 4 e 5 de junho, serão exibidos três filmes sobre a temática: Água e cooperação: reflexões para um novo tempo, do diretor João Gabriel Nazareth Amorim; Brasil Orgânico, de Kátia Klock e Lícia Brancher; e Efeito Reciclagem, de Sean Wlash.

O seminário Setor Público Sustentável: responsabilidades e desafios ocorrerá na sede do Ipea, em Brasília (SBS, Qd. 1, Bloco J, Edifício BNDES/Ipea, auditório do subsolo) e é aberto ao público. 

Confira a programação completa

Veja a programação da Mostra de Cinema Ambiental

Faça a sua inscrição

 

Fonte: IPEA

Mudanças na ISO14001


Mudanças na ISO14001: padrões de sustentabilidade tamanho da fonte aumentar o tamanho da fonte

A norma ISO14001 é a ferramenta de gestão mais difundida no mundo, utilizada por mais de 250.000 organizações, em 167 países

Em setembro deverá ocorrer o lançamento oficial da ISO14001:1015, que estabelece normas para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGS). A partir de então as empresas que já possuem o certificado terão um período de transição de três anos para se adaptarem às novas exigências do padrão internacional.

A certificação desta norma ajuda a prevenir, evitar, reduzir ou controlar os impactos ambientais, utilizando métodos adequados. Uma de suas vantagens é transmitir o compromisso assumido pela organização de forma direta e crível. Os benefícios econômicos de sua aplicação estão na otimização do consumo de energia, de matérias primas e água e pela melhoria dos processos, além de reduzir os riscos legais de recebimento de multas.

A revisão da ISO14001 teve início em 2012 com a criação de um grupo de trabalho internacional na Organização Internacional de Normalização (ISO), formado por 90 especialistas de 70 países. O Brasil participou ativamente desse processo através da ABNT.

A norma revisada é mais acessível para pequenas e médias empresas e organizações do setor de serviços. Entretanto, exige a integração da gestão ambiental na estratégia da empresa; a melhoria da comunicação com as partes interessadas e que as soluções ambientais avancem além da prevenção da poluição. Seu propósito é considerar todo o ciclo de vida e a melhoria da performance ambiental, além  de buscar o comprometimento do alto escalão das organizações com as políticas ambientais.

A nova versão, na realidade, está pronta desde fevereiro deste ano, mas por motivos de logística será apresentada oficialmente no segundo semestre. A nova certificação, sem dúvida, estabelece padrões mais elevados de sustentabilidade e desempenho organizacional, estabelecendo um conjunto de exigências de gestão em toda cadeia de valor da organização, desde os fornecedores e ciclos de produção e de venda até à fase da distribuição final. Inclui, ainda, uma diversidade de atividades como empacotamento, transporte, eliminação, aquisição de bens e serviços, entre outras.

As mudanças estão sintonizadas com a urgente necessidade de adaptação das empresas às exigências que virão para se engajarem mais firmemente na solução dos problemas ambientais que afligem o planeta, principalmente diminuindo as agressões ao meio ambiente e reduzindo as emissões de gás carbônico (CO2). Além disso, visam a versatilidade com outros sistemas de gestão (em particular com a ISO9001, de qualidade), mais clareza na redação para evitar más interpretações e uma tecnologia global que atenda a necessidade de prevenção da contaminação. A norma enfatiza a necessidade das organizações terem um compromisso maior com a solução dos problemas ambientais que afligem a humanidade e assumam com clareza a perspectiva do desenvolvimento sustentável.

As empresas que se anteciparem e adotarem as novas exigências da norma estarão melhor posicionadas no mercado em relação aos concorrentes. Nestes tempos de ajuste fiscal um melhor posicionamento competitivo pode significar a diferença entre sobreviver e perecer.

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Reinaldo Dias é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, mestre em Ciência Política e doutor em Ciências Sociais pela Unicamp.

Fonte: Consumidor Moderno Consciente 

Últimos dias de inscrição no prêmio Melhores Práticas de Sustentabilidade


Instituições públicas têm até o dia 15 de novembro para participar da 5ª edição

Por Tinna Oliveira


           Os órgãos da administração pública, que promovem ações de responsabilidade socioambiental, têm até o dia 15 de novembro para participar da 5ª edição do prêmio “Melhores Práticas de Sustentabilidade (Prêmio A3P)”. A premiação faz parte da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), programa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que estimula ações sustentáveis no cotidiano das instituições públicas. 

        Iniciativas, como, por exemplo, o reaproveitamento de papel; atitudes de economia de água e energia; separação de resíduos; capacitação dos servidores e compras públicas sustentáveis podem ser premiadas." São exemplos de atitudes sustentáveis que estão sendo inseridas na rotina das instituições destaca a analista ambiental do MMA Angelita Coelho. “O prêmio busca divulgar essas iniciativas para que mais órgãos possam se espelhar e aderir aos novos hábitos”.
 

Categorias

                  Os participantes podem concorrer em quatro categorias: Gestão de Resíduos, Uso ou Manejo Sustentável de Recursos Naturais, Inovação na Gestão Pública e Destaque da Rede A3P.

Participação

 

            Para participar, as instituições precisam possuir termo de adesão ou estarem inseridas da Rede A3P, canal de comunicação que promove o compartilhamento de experiências. Neste caso, os candidatos só podem concorrer na quarta categoria – Destaque da Rede A3P.

                  Os órgãos públicos devem apresentar resultados concretos qualitativos ou quantitativos de que executam as ações da categoria escolhida. Serão feitas vistorias para verificação. É necessário preencher uma ficha de inscrição e um relatório da iniciativa no site do Prêmio. Receberão certificados e troféus os três primeiros colocados de cada categoria.

                 RESULTADO

A divulgação do resultado final acontecerá até 30 de março de 2014. Antes disso, será feito a avaliação, classificação e vistoria in loco dos projetos inscritos.

 

Fonte:http://www.mma.gov.br/informma/item/9771-%C3%BAltimos-dias-de-inscri%C3%A7%C3%A3o-no-pr%C3%AAmio-melhores-pr%C3%A1ticas-de-sustentabilidade

Casas populares sustentáveis


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Cada vez mais a sustentabilidade nas construções está deixando de ser novidade em obras de luxo e está se tornando comum em edificações para o público de baixa renda. Recentemente visitei um condomínio de prédios residenciais voltado para a classe média baixa e notei que as descargas dos vasos sanitários eram de duplo acionamento, o piso do estacionamento era do tipo intertravado vazado e os blocos das paredes eram de tijolos ecológicos, que são secados naturalmente, sem precisar de fornos.

Muitas habitações do Projeto “Minha casa minha vida” também seguem uma série de procedimentos construtivos que prezam pelos princípios ecologicamente corretos. Tanto é assim que a Caixa Econômica Federal, financiadora dos empreendimentos, criou o Programa de Construção Sustentável, que, segundo o site da Caixa, “traz o desafio de construir cidades sustentáveis que proporcionem a inclusão de todos os seus moradores com boas condições de vida”. Dentre várias ações executadas em prol de minimizar os impactos ambientais das atividades construtivas, destaca-se a criação do Selo Casa Azul Caixa, um sistema de classificação de sustentabilidade na obra, semelhante ao LEED, Acqua, etc., porém mais voltado para a realidade das peculiaridades das construções habitacionais no Brasil.

E é muito fácil de entender o motivo deste ramo da construção civil estar sendo contemplado pelos preceitos sustentáveis. Basta tomarmos conhecimento dos números que expressam o crescimento de projetos habitacionais de baixa renda nos últimos anos no Brasil. Houve um aumento de 37,5% em crédito imobiliário no ano passado, segundo a Caixa, e os empresários envolvidos nesta fatia do mercado sabem que andar na contra-mão da tendência “verde” é perder dinheiro e credibilidade, por isso estão priorizando projetos de casas que incluam materiais ecologicamente corretos, além de sistemas de uso racional e econômico da água e energia, como kits de captação e reaproveitamento de água de chuva e aquecedores solares.

Mas a popularização das casas sustentáveis, por enquanto, é o que podemos chamar de tendência, não é ainda uma realidade, pois, infelizmente, o custo de se construir uma casa nos moldes tradicionais ainda é mais barato, em torno de 10 a 15%, em relação a uma obra que adota medidas que se importam com o meio ambiente. Porém, tudo indica que esta diferença deve cair e assim tornar o uso racional dos recursos naturais na construção tão popular quanto o carnaval e o futebol, dois ícones amados pelos brasileiros que não eram nada populares quando começaram a existir em nosso país.

 

Ivana Jatobá é Engenheira Civil graduada na Universidade Católica do Salvador, especializada em Gerenciamento da Construção Civil pela Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia e Mestre em Gerenciamento de Engenharia Ambiental pela University of Technology, Sydney, Austrália. Atua como consultora em implantação de sistema de qualidade ISO 9001 e Meio Ambiente ISO 14000 em canteiros de obras.

Ivana Jatobá escreve às quintas no Universo Jatobá, que é fonte desta notícia.

Modelos atuais de sustentabilidade e sua crítica


A pressão mundial sobre os governos e as empresas em razão da crescente degradação da natureza do clamor mundial acerca dos riscos que pesam sobre a vida humana fizeram com que todos encetassem esforços para conferir sustentabilidade ao desenvolvimento. A primeira tarefa foi começar a reduzir as emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa, organizar a produção de baixo carbono, tomar a sério os famosos três erres (r) enunciados na Carta da Terra: reduzir, reutilizar e reciclar os materiais usados: aos poucos foram acrescentados outros erres, como redistribuir os benefícios, rejeitar o consumismo, respeitar todos os seres e reflorestar o mais possível etc.

Muitas empresas e até redes delas como o Instituto Ethos de Responsabilidade Social (no Brasil reúne algumas centenas de empresas) se comprometeram com a responsabilidade social; a produção não deve apenas beneficiar os acionistas, mas toda a sociedade, especialmente aqueles estratos socialmente mais penalizados. Mas não basta a responsabilidade social, pois a sociedade não pode ser pensada sem a sua interface com a natureza, da qual é um subsistema e de cujos recursos as empresas vivem. Daí se introduziu a responsabilidade socioambiental, com programas que têm por objetivo diminuir a pressão que a atividade produtiva e industrialista faz sobre a natureza e sobre a Terra como um todo. As inovações tecnológicas mais suaves e ecoamigáveis ajudaram neste propósito, mas sem, entretanto, mudar o rumo do crescimento e do desenvolvimento que implica a dominação da natureza.

             

Não é possível um impacto ambiental zero, pois toda geração de energia cobra algum custo ambiental. De mais a mais, é irrealizável, em termos absolutos, dada a finitude da realidade e os efeitos da entropia, que significa o lento e irrefreável desgaste de energia. Mas pelo menos o esforço deve orientar-se no sentido de proteger a natureza, de agir em sinergia com seus ritmos e não apenas não fazer-lhe mal; importante é restaurar sua vitalidade, dar-lhe descanso e devolver mais do que dela temos tirado para que as reações futuras possam ver garantidas as reservas naturais e culturais para o seu bem-viver.

Vamos submeter a uma análise crítica os vários modelos atuais que buscam a sustentabilidade. Na maioria dos casos a sustentabilidade apresentada é mais aparente que real. Mas, de todas as formas, há uma busca por sustentabilidade pelo fato de que a maioria dos países e das empresas, por maiores que sejam, não se sente segura face aos rumos que está tomando a humanidade. Dão-se conta, crescentemente, de que não se poderá fazer economia de mudanças. Se queremos ter futuro, devemos aceitar transformações substanciais. A grande questão é como implementá-las, dado o fato de envolverem grandes interesses de potências centrais, das corporações multilaterais e mundiais que travam a vontade de definir novos rumos.

O cientista político franco brasileiro Michael Lӧwy o disse acertadamente: “Todos os faróis estão no vermelho: é evidente que a corrida louca atrás do lucro, a lógica produtivista e mercantil da civilização capitalista/industrial nos leva a um desastre ecológico de proporções incalculáveis; a dinâmica do crescimento infinito, induzido pela expansão capitalista, ameaça destruir os fundamentos naturais da vida humana no planeta.”

Várias propostas vêm sendo formuladas, a maioria tentando salvar o tipo imperante de desenvolvimento, mas imprimindo-lhe um cariz sustentável, mesmo que aparente.

Por Leonardo Boff no livro Sustentabilidade – O que é – O que não é (Editora Vozes / 2012)]

Foto: ALM

Laísa Mangelli

20º Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental 2014


Venha mostrar que a sustentabilidade vale a pena. Mostre seu diferencial competitivo e inscreva-se neste Prêmio que reconhece as boas práticas da indústria

             

Critérios que deverão ser levados em conta na avaliação dos projetos:

  • a) ineditismo do projeto;
  • b) potencial de difusão e de transferência do conhecimento obtido para outras empresas;
  • c) desenvolvimento de novos produtos ou conquista de novos mercados, a partir da implantação do projeto ambiental;
  • d) existência de instrumentos de gestão ambiental na empresa (como sistema de gestão ambiental, avaliação de desempenho ambiental e auditoria ambiental);
  • e) otimização do uso de recursos naturais;
  • f) otimização de processo de produção, minimização da geração de efluentes líquidos e de resíduos sólidos, emissões gasosas, aumento da eficiência energética, etc;
  • g) utilização de tecnologias ambientais;
  • h) minimização da degradação ambiental;
  • i) utilização de indicadores ambientais;
  • j) apresentação de resultados obtidos com a implementação de medidas de melhoria, tais como: relação custo-benefício, benefícios ambientais, investimentos realizados e retornos financeiros, e
  • k) integração e relacionamento harmonioso entre as partes interessadas (como as comunidades interna e externa, órgãos públicos, consumidores, entidades ambientalistas e outros)

A realização do Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental obedecerá ao seguinte cronograma:

  • a) inscrição pelo site da Fiesp: http://www.fiesp.com.br/meritoambiental2013 de 21 de outubro de 2013 até o dia 22 de março de 2014;
  • b) envio dos projetos para o Departamento de Meio Ambiente da Fiesp, de acordo com o § 6º do artigo 2º, até o dia 22 de março de 2014, e
  • c) a data de postagem será considerada como a de entrega, sendo desconsiderados os trabalhos postados após a data limite (22 de março de 2014).

Dúvidas e Esclarecimentos:

Departamento de Meio Ambiente – Fiesp
Av. Paulista, 1.313 – 5º andar
Tel (11) 3549-4675
Fax : (11) 3549-4237
E-mail : cdma@fiesp.org.br

Fonte: http://www.fiesp.com.br/agenda/20o-premio-fiesp-de-merito-ambiental-2014/