A Casa Sustentável


              

Vamos encarar a realidade: o planeta Terra está passando por uma rápida transição ambiental, seu clima torna-se cada dia mais imprevisível, a qualidade do solo, do  ar e da água se degradam e sua biodiversidade fica a cada ano mais medíocre, isso em resposta aos novos fatores ambientais, e a exploração desenfreada dos ambientes naturais. Mesmo assim o consumo inconsciente e exagerado e o despeito  e descaso das autoridades governamentais, que deveriam regulamentar e fiscalizar de forma correta o uso da terra e dos recursos naturais, dos grandes conglomerados de exploração mercantilistas, que são os principais consumidores  de energia e fornecedores de poluentes e descartáveis, e principalmente da população mundial, que é quem detém o poder de escolha por uma vida mais sustentável, tem sido e ainda é a principal causa desse quadro ambiental desastroso.             

Sabe-se muito bem, que grande parte do que foi feito pela humanidade ao ambiente natural não pode ser recuperado, e isso parece ser uma característica da humanidade, ainda somos uma força de mudança respeitável quando se pensa em clima global.  Quando somos omissos e aceitamos a situação, estamos simplesmente condenando a próxima geração humana, e assinando a aceleração do declínio da biodiversidade biológica. Com pequenas atitudes, podemos diminuir em muito nosso impacto nesse planeta, como reduzir o consumo de todos os materiais necessários à vida cotidiana, produzindo tudo o que for possível em casa, e assim pouparemos nossos lixões que se encontram em uma encruzilhada. 

                                 

O conceito de sustentabilidade é corretamente utilizado quando é possível "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas", então uma casa sustentável é aquela que contribui com esse pensamento, utilizando o mínimo dos recursos naturais finitos, usando de forma criativa as fontes renováveis de energia, e as tecnologias e materiais "limpos", que contribuam para que a próxima geração tenha um futuro mais saudável e menos deteriorado do que o que  vivenciamos.

Já o termo construção sustentável pode ser utilizado quando; desde o inicio do projeto, é levado em consideração o local da construção e seu impacto, sendo a moradia projetada de acordo com as características especificas do local, buscando assim aproveitar ao máximo os recursos disponíveis, usando-os de forma inteligente, tornando o conjunto, casa e ambiente o mais harmônico possível.

 A construção ecológica, também é sustentável, diferindo nos materiais que serão utilizados, já que é  primeiramente utilizado para a construção ecológica os materiais disponíveis no próprio local da construção, sem com isso causar impacto ao meio, buscando também a harmonia entre a construção e o ambiente. Assim a construção ecológica, é o primeiro passo para uma casa realmente sustentável, já que é de interesse que a nova moradia seja sustentável desde sua criação.

 Uma casa que aproveita a luz do sol, a água da chuva, recicla seu lixo orgânico e resíduo sólido e que não polui o meio ambiente com esgoto doméstico e outras coisas mais que tão freqüentemente encontramos nas grandes cidades pelo mundo a fora. Agora, imagine os benefícios advindos de se morar em casas sustentáveis e que gerem recursos para seus moradores através da venda do excesso de adubos, da redução das contas de água e de luz elétrica e que, ainda por cima, sejam extremamente confortáveis e aconchegantes; mesmo no calor ou no frio. Pois é, todos esses benefícios podem ser extraídos das casas sustentáveis.

 A primeira coisa que você precisa fazer para ter uma casa sustentável é se livrar da companhia elétrica. O modo mais comum de se fazer isso é usar o sol e o vento para produzir energia. Nenhum dos dois conceitos é novo, mas muitas pessoas estão usando essas fontes renováveis para ajudá-las a se desvincular da eletricidade gerada com a queima de carvão.  

Uma opção é a energia solar fotovoltaica que tem como característica básica a conversão da energia solar em energia elétrica, limpa, renovável e inesgotável. Com painéis solares fotovoltaicos (FV) no telhado ou próximos a casa. Esses painéis contêm células feitas de semicondutores de silício. Quando o sol atinge o painel, esses semicondutores coletam energia e liberam elétrons para circular livremente. A energia eólica funciona de maneira similar, uma turbina residencial normal, parecida com uma hélice de avião, é instalada no topo de uma torre com altura entre 15 m e 40 m. Quando o vento bate, as palhetas começam a se mexer e giram em um eixo que vai até um gerador, que assim capta a energia produzida da rotação e a transforma em eletricidade. Com as células solares, a energia criada pelas turbinas eólicas é convertida em corrente alternada com um inversor. A energia eólica é a tecnologia mais limpa e barata do mundo. Outro benefício é a não emissão de gases de efeito estufa.

                                 

A Casa Sustentável deve ser um local de convivência em harmonia com o ambiente circundante, que promova o conforto e o bem estar de seus moradores, ao mesmo tempo em que existe de forma sustentável e eficiente, desde a fase de projeto, construção, até a habitação definitiva, a partir dai permanecendo ainda sustentável em seu funcionamento, devendo explorar para seu suprimento energético primeiramente as fontes de energia renováveis disponíveis, gerenciando os recursos finitos como a água com inteligência e criatividade, buscando sempre reduzir e reutilizar o que for possível, promovendo assim um menor impacto ambiental, contribuindo para a saúde física e mental de todos os seres.

Fonte: AcasasustentavelEcologiaUrbanaEcocasaAtitudessustentaveisCasaorganica, Ambiente HS

Laísa Mangelli

Confraternização encerra o Movimento Ecos de 2019 com muito entusiasmo


Mais um ano se encerra com o sentimento de dever cumprido. Nesta quarta-feira (11), foi realizada a confraternização dos ganhadores das atividades do Movimento Ecos 2019. Estiveram presentes os alunos das Equipes Ecos das E. E. Guimarães Rosa, E. E. Dr. Lucas Monteiro Machado, E. E. Geraldo Jardim Linhares e E. E. Caio Nelson de Sena, além dos professores orientadores, nucleadores e a coordenação do movimento.

Alegres com o reconhecimento do trabalho, os alunos conheceram o Campus III, da Dom Helder Escola de Direito e Escola de Engenharia de Minas Gerais (EMGE), apoiadoras do projeto.

Francisco Haas, coordenador geral do Ecos, traduz a confraternização como um momento de “comemoração diante das conquistas dos alunos”. Ao fazer um balanço do projeto em 2019, classificou como um ano “de muito trabalho, aprendizado e conquistas”.

Junto ao Movimento Ecos, os alunos conseguiram arrecadar mais de 200 toneladas de lixo reciclado, reduzir 35% do consumo de água em relação a 2018 e uma redução para 0,6 Kwh/mês por pessoa. Tudo isso gerou uma economia de R$ 150 mil. Além disso, devido ao trabalho desenvolvido nas escolas públicas de Belo Horizonte e Região Metropolitana, o Ecos recebeu o prêmio de Cidadania Metropolitana da RMBH em 2019.

Veja também:

Caminhada Ecológica e premiação

Vale lembrar que no dia 22 de novembro foi realizada a Caminhada Ecológica do Movimento Ecos, que precede o grande encerramento do projeto. Com trajeto saindo da Praça Raul Soares, passando pela Av. Olegário Maciel até a Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a caminhada reuniu mais de 20 mil pessoas entre alunos e cidadãos belo-horizontinos.

Já na Praça Carlos Chagas, no anfiteatro da ALMG, foram realizadas as finais do Concurso de Fotografia Garota e Garoto EcoDom e Concurso de Dança EcoDom revelando os grandes ganhadores. Confira abaixo a classificação:

Concurso de Dança EcoDom

1º lugar: E. E. Guimarães Rosa

2º lugar: E. E. Padre João Botelho

3º lugar: E. E. Carmo Giffoni

4º lugar: E. E. Caio Nelson de Sena

5º lugar: E. E. General Carneiro

 

Concurso de Fotografia Garota e Garoto EcoDom

1º lugar Garota: Beatriz Alves Dias Santos – E. E. Caio Nelson de Sena

1º lugar Garoto: Felipe Santos Chagas – E. E. Caio Nelson de Sena

2º lugar Garota: Mariana Eugência de Castro Santos – Colégio Tiradentes – Unidade Contagem

2º lugar Garoto: André Tavares Viana – Colégio Tiradentes – Unidade Contagem

3º lugar Garota: Helena de Freitas Monteiro – Colégio Tiradentes – Unidade Argentino Madeiro

3º lugar Garoto: Miguel Rute dos Santos Barbosa – E. E. Professor Clóvis Salgado

4º lugar Garota: Karine Ferreira da Silva – E. E. Professor Clóvis Salgado

4º lugar Garoto: Augusto Alves Pinto de Paula Batista – E. E. Doutor Lucas Monteiro Machado

5º lugar Garota: Juliana de Aquino Corrêa de Oliveira – E. E. Doutor Lucas Monteiro Machado

5º lugar Garoto: Pedro Paulo Carvalho de Souza – Colégio Tiradentes – Unidade Argentino Madeiro

Também foram reveladas as 12 escolas com melhor Pegada Ambiental em 2019. São elas: E.E. Bolivar Tinoco Mineiro, E.E. Coronel Adelino Castelo Branco, E.E. Domingas Maria de Almeida, E.E. General Carneiro, E.E. Imperatriz Pimenta, E.E. Manoel Martins de Melo, E.E. Maria Floripes Nascimento Alves, E.E. Mendes Pimentel, E.E. Professor João de Arruda Pinto, E.E. Professora Alaíde Lisboa de Oliveira e Cesec Clemente de Faria.

E a grande campeã do dia, ganhadora do Projeto Socioambiental 2019, foi a E. E. Guimarães Rosa. A professora orientadora da escola, Ana Cláudia Cardoso, contou que a instituição participa do movimento desde 2018, ressaltando o constante aprendizado por parte dos alunos. “Foram ganhos muito grandes para a escola em vários sentidos, não só ambientais, mas físicos e disciplinares também. Houve mudanças de postura, de hábitos por parte dos alunos, não só daqueles que fizeram parte da Equipe EcoDom, mas da escola como um todo. Nós percebemos que toda a escola está se atentando mais às questões ambientais”, diz.

Premiação

Os alunos vencedores dos concursos e professores orientadores foram premiados durante o churrasco de confraternização com um smartphone. Além disso, os ganhadores da Pegada Ambiental também receberam uma viagem ao arquipélago de Fernando de Noronha (PE).

Beatriz Alves, do terceiro ano do ensino médio da E. E. Caio Nelson de Sena, também futura aluna do Direito Integral da Dom Helder, agradeceu a oportunidade de participar do Movimento Ecos 2019, e disse que o projeto foi muito importante para o amadurecimento dos alunos. Segundo ela, foi uma experiência diferente. Em nome da escola, declara: Nós batalhamos bastante, porque sabíamos que era uma oportunidade real de entrar em uma instituição de ensino superior. Nós só temos a agradecer ao Movimento Ecos e à Dom Helder e EMGE pela oportunidade”.

Bárbara Teixeira – Equipe EcoDom

A biodiversidade do dia-a-dia


A biodiversidade do dia-a-dia, por Tiago Egydio Barreto e Sara Juarez Sales

 

[EcoDebate] Você já observou do que é feita sua casa? Quantas espécies fazem parte de seu cardápio? Sabe do que é feita sua roupa? Qual é o caminho da água até você abrir uma torneira e desfrutar deste valioso recurso? O que mantém o ar fresco todos os dias? Já parou para observar o estado de tranquilidade que sua mente fica ao contemplar uma bela paisagem natural ou escutar o relaxante som das ondas ou de uma cachoeira?

Você poderá chegar a diferentes conclusões, mas entre estas, você notará que o que sustenta seu telhado são madeiras de excelente qualidade que cresceram algum dia em alguma floresta; que em sua dieta há mais de 60 espécies de frutas, legumes e animais; com certeza a água que sai em sua torneira viajou muito mais do que você viajará em toda a sua vida neste planeta – uma única gota d’água já foi nuvem, água salgada, fez parte de um rio caudaloso, esteve em uma planta, esteve nas camadas mais profundas do solo até sair como uma água cristalina e pura de uma pequena nascente; todo calor emanado pela sua respiração, pela queima do combustível de seu carro e pelas ilhas de calor dos grandes centros urbanos são contrabalanceados pelas brisas frescas do oceano e dos remanescentes de vegetação nativa. Todos estes benefícios nos sãos proporcionados diariamente pela natureza e os chamamos de serviços ecossistêmicos.

Segundo o estudo realizado, em 1997, pelo pesquisador norte-americano Robert Constanza, se naquele momento houvesse uma valoração dos serviços ecossistêmicos que direta ou indiretamente consumimos, esta chegaria a um total de $18 trilhões por ano, já os danos gerados pela ação humana alcançariam os 6,6 trilhões anualmente.

Ampliando um pouco mais o campo de reflexão, segundo o pesquisador John Dixon, o consumo anual dos recursos naturais pela humanidade ultrapassa a capacidade da terra de auto recuperação e estamos utilizando cerca de 40% a mais dos recursos disponíveis por ano. É como se recebêssemos um salário anual e gastássemos tudo até agosto, e nos meses seguintes, a fonte de nosso dinheiro fosse o cheque especial.

A boa notícia é que existem iniciativas que visam traçar outro panorama para este cenário e, que embora ainda sejam discretas, vem ganhando força em debates nacionais e internacionais, tanto no campo teórico como prático. Entre estas iniciativas encontra-se o que é chamado de PSE ou PSA – Pagamento por Serviços Ecossistêmicos ou Ambientais, que são práticas estruturadas a partir de políticas públicas que valorizam e remuneram proprietários de terra que conservam nascentes de rios e matas ciliares – que protegem rios, entre outras áreas ambientais, fazendo o que se chama de serviços ecossistêmicos.

O grande desafio é como valorar estes serviços ecossistêmicos, como mensurar o ganho gerado pelas iniciativas de PSA e como engajar os diferentes atores que podem promover a mudança comportamental desejada para o sucesso da conservação da biodiversidade. No âmbito da indústria, uma ferramenta que pode auxiliar a visualizar onde ocorre maior demanda de recursos naturais são os estudos de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) de produtos e serviços, que visam quantificar o impacto do uso destes recursos, desde a extração e produção de matérias primas até o descarte do material produzido.

A valoração vem sendo aplicada por diferentes ferramentas que avaliam os estoques de diferentes serviços ecossistêmicos prestados em um determinado território, como também, quantificam os fluxos destes serviços desde sua fonte até os usuários finais. O resultado destes estudos orienta ações para a redução do consumo de matéria prima, do uso da água e de emissão de gases estufa; para a disseminação de práticas mais sustentáveis em toda a cadeia produtiva e para conscientizar a sociedade consumidora. Especificamente no ambiente agrícola, os estudos revelam a importância das práticas de recuperação de matas ciliares, da contenção da perda de solo, melhora da produção de água, a fixação de carbono e o aumento da biodiversidade.

Consideramos que a biodiversidade e todos os serviços da terra possuem um valor imaterial, contudo, buscar atribuir um valor econômico aos recursos naturais é uma forma de tangibilizar e inserir este tema dentro de todos os setores da sociedade. Certificar-se de que o valor do capital natural esteja visível para todas as economias pode ajudar a sociedade a abrir o caminho para soluções direcionadas a promover um planeta saudável para as futuras gerações.

Tiago Egydio Barreto*
Consultor de Conservação Ambiental da Fundação Espaço ECO®

Sara Juarez Sales**
Gerente de Educação para Sustentabilidade da Fundação Espaço ECO®

 

in EcoDebate, 21/12/2015

5 maneiras de combater a resistência à sustentabilidade


No campo emergente de negócios verdes, lutamos todos os dias para convencer os céticos de investir em um novo produto, mudar para um novo serviço ou experimentar uma nova forma de trabalho que melhor servem o ambiente natural do nosso mundo e da população. Dia após dia, nos deparamos com a resistência à mudança.

                                            

Muhammad Yunus, do Grameen Bank e do movimento de microcrédito em todo o mundo, passou mais de 30 anos promovendo a idéia do microcrédito – pela primeira vez em sua Bangladesh natal e mais tarde em todo o mundo. Crescendo o Grameen Bank de um pequeno posto avançado de um banco que emprestou a milhões de mulheres pobres foi um processo longo e tentando, e ele aprendeu muito com ele. Então, nós também podemos.

Yunus conseguiu porque ele é um mestre em superar a resistência a novas idéias. Ele vendeu o mundo sobre a praticidade de microcrédito e seu conceito subjacente de que as pessoas pobres nos países em desenvolvimento pode ser confiável para pagar pequenos empréstimos. Hoje, ele está configurado para fazer o mesmo com o conceito de empresa social, que visa fazer um lucro ao abordar uma série de problemas sociais.

Para entender o sucesso de Yunus em formenting mudança, é preciso primeiro saber como reconhecer a resistência, que é tão comum que muitas vezes desencoraja ao passar despercebido. Resistência manifesta em tudo, desde reuniões canceladas as decisões adiadas para frases cotidianas, como “Nós tentamos isso antes e não deu certo.”

Para evitar o desânimo e burnout, temos de abordar esta resistência de forma proativa, mas com paciência. Durante a realização de pesquisa para o meu livro Vinte e sete dólares e um sonho: Como Muhammad Yunus mudou o mundo e que lhe custou , eu identificou cinco principais estratégias de Yunus para lidar de forma eficaz com a resistência que ele encontrou.

1. Abrace a resistência

Buy-in vai lentamente. Inovadores hábeis muitas vezes definir o processo em movimento, conversando com as pessoas cara-a-cara. Em conversas, eles se movem em direção a resistência, em vez de atacar ou apontar falhas no pensamento do outro. Eles cuidadosamente perguntam sobre todos os possíveis medos, reações e preocupações.

Yunus, por exemplo, envia funcionários de sua empresa de energia , Grameen Shakti , a cada casa em uma pequena vila para simplesmente falar sobre os painéis solares. Ele entende que este diálogo não pode ser apressado. E’ um passo necessário antes que alguém possa aceitar o novo caminho.

2. Criar uma história convincente

Para as pessoas  aceitar um novo produto ou idéia, eles precisam entender por que isso é importante. A narrativa atraente completa com cor, drama e emoção, envolvendo e conquistando o apoio.

Yunus frequentemente fala sobre como ele iniciou sua parceria com o Grupo Danone. Tudo começou na hora do almoço em Paris com Groupe Danone CEO ‘s Franck Riboud do Grupo Danone. Yunus disse Riboud sobre o número chocante de crianças em Bangladesh que estão desnutridas e descrevendo o crescimento atrofiado. Ele, então, compartilhou sua idéia de abordar esta desnutrição generalizada com um novo tipo de iogurte que acrescentou muitos nutrientes, como a vitamina A, zinco, cálcio e iodo que as crianças não tinham em sua dieta.

Ele também descreveu os desafios: Como não há refrigeração em aldeias de Bangladesh eo clima é quente fumegante, a distribuição seria um problema. O iogurte teria de ser de bom gosto para que as crianças se interessasse a comê-lo, e ser barato o suficiente para que as pessoas pudessem comprá-los.
Riboud foi cativado imediatamente. Ao final do almoço, ele havia concordado em parceria com Yunus, que se tornou uma empresa social . O contador de histórias tinha trabalhado sua magia.

3. Mantenha seu foco

Durante anos Yunus passou a promover a idéia do microcrédito, ele permaneceu somente como uma idéia. Tudo o que ele fazia  estava ligado ao único propósito de promover o microcrédito e ajudando-a a se enraizar. Ele falou sobre o microcrédito, escreveu sobre ele e, finalmente, ensinou outros a replicar seus esforços no Banco Grameen.

Somente em 2006, após três décadas de dedicação exclusiva à causa de microcrédito,  ele anunciou uma mudança de foco. Fez na cerimônia, quando ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 2006, explicando que dali em diante, ele iria gastar boa parte de seu tempo promovendo negócios sociais.

Raramente alguém já demonstrou tão claramente como Yunus que a venda de uma inovação nunca é um trabalho rápido e fácil, ou o poder da determinação obstinada.

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4. Envolver pequenos grupos

Pesquisas têm demonstrado que o envolvimento de pessoas em um pequeno grupo de discussão é uma excelente maneira de levá-las a comprar uma nova idéia. Conversas entre pares, ao que parece, são muito mais eficazes para ideia pegar e divulgar informações, do que discursos ou material escrito.

No Banco Grameen, Yunus atribuído seus mutuários  são formados por  pequenos grupos de cinco. Enquanto a intenção original era a idéia de que as mulheres em um pequeno grupo poderiam ajudar umas as outras quando se respeitassem com problemas para pagar os seus empréstimos, os grupos fizeram muito mais do que isso: Nas reuniões semanais, os devedores – 97 % dos quais são mulheres, que quase unanimidade é pobre, analfabeta e nunca tinham administrado dinheiro ou dos seus familiares – fizeram novas amisafra. Eles conversavam sobre como crescer as suas pequenas empresas e trocar dicas sobre como gerenciar seus empréstimos.

As pequenas reuniões semanais do grupo tornaram-se uma escola para a mudança.

5. Seja flexível e paciente

Apesar de sua espantosa capacidade de manter o foco durante décadas em seu objetivo primordial, Yunus permaneceu flexível por toda parte. Durante uma entrevista em Bangladesh, ele explicou como se aproximou  das mulheres que tinham medo e estavam relutantes em aceitar o seu primeiro empréstimo de pequeno porte. “Eu sabia que não ia acontecer de imediato. Que eu tinha muitos planos de contingência. Nunca pensei que o Plano A funcionaria assim que eu estava me preparando para o Plano B e Plano C e assim por diante. Então, nós não estávamos com pressa, mas não desisto. Ficamos muito teimoso “.

Por exemplo, quando Yunus apostou no desenvolvimento de uma empresa de água para purificar a água naturalmente, ele descobriu que as mulheres da aldeia de Bangladesh simplesmente não iriam gastar muito dinheiro em água. Ele ficava alterando,mudando e melhorando a tecnologia até que ele pudesse descer o preço o suficiente para que as pessoas a pudessem comprá-lo.

Seguindo o conselho de Yunus, pode-se aumentar as chances de sucesso. Mais do que isso, a compreensão da dinâmica da resistência e adotando as estratégias adequadas para lidar com isso, podem  torná-los mais fáceis de prever e ajustar-se ao ritmo lento das mudança.

Fonte: Help Planeta

Trilema energético


Trilema energético, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Trilema energético

 

[EcoDebate] O relatório “Trilema da Energia Mundial 2015” tem o objetivo de discutir as dificuldades do setor energético e contribuir para o debate dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – aprovados na Assembléia da ONU de setembro de 2015 – e com as discussões da 21ª Conferência das Partes (COP21) de dezembro de 2015.

Tendo em vista a necessidade de acelerar o processo de transição para uma economia global de energia limpa e de baixo carbono, o Conselho Mundial de Energia propõe medidas e estudos para garantir os os três pilares do trilema da energia: segurança energética, equidade energética e sustentabilidade ambiental. Equilibar estes três pilares é uma tarefa de alta complexidade.

Trilema é um termo utilizado quando se tem uma proposição formada de três lemas contraditórios ou que reunem uma escolha difícil entre três opções conflitantes. O relatório identifica cinco pontos chave para lidar com o trilema energético:

1. Enfrentar as barreiras à transferência de tecnologia, tais como as tarifas sobre bens e serviços ambientais, ou a falta de proteção dos direitos de propriedade intelectual.

2. A definição de um preço global sobre o carbono, estabelecendo um sinal claro para o mercado e para os investidores no sentido de reorientar os investimentos para projetos de baixo carbono.

3. Enviar sinais corretas para incentivar políticas de financiamento para o setor, apoiando um acordo de transição para energia limpa, atraindo mais capital privado e demais projetos.

4. Melhorar a gestão da demanda de energia, bem como o fornecimento e a eficiência energética.

5. Priorizar investimentos em inovação de energia, especialmente em relação às energias renováveis e tecnologias de eficiência.

O relatório reconhece que conciliar segurança energética, equidade e sustentabilidade ambiental não é uma tarefa simples, especialmente se for para conseguir fazer igual progresso em todas as três áreas ao mesmo tempo.

O interessante é que a indústria energética está buscando formas de enfrentar os três desafios e garantir um diálogo global com os atores que participam dos acordos internacionais sobre o desenvolvimento sustentável (ODS) e as conferências do clima. Porém, é preciso incluir a sociedade civil neste diálogo, pois a democratização e a descentralização da produção de energia é uma tarefa essencial para o processo de transição para uma economia de baixo carbono.

Oliver Wyman. World Energy Trilemma report: Priority actions on climate change and how to balance the trilemma, 2015 https://www.worldenergy.org/publications/2015/world-energy-trilemma-2015-priority-actions-on-climate-change-and-how-to-balance-the-trilemma/

 

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

 

in EcoDebate, 11/12/2015

Bebês verdes – Sustentabilidade que começa no berço


A chegada de um novo membro da família é sempre um momento de alegria para todos. Bebês incitam em nós sentimentos ternos, carinho e proteção. Com o nascimento começa o conjunto de tarefas e despesas que estão associados ao cuidado e bem estar do bebê.

Atualmente a indústria voltada para bebês e gestantes movimenta a economia de forma surpreendente, sempre com novos produtos anunciados de forma atrativa, que se tornam irresistíveis no primeiro momento. Mas além de comprar muito, quase sempre os pais levam pra casa produtos que foram fabricados sem nenhuma preocupação ambiental. Essa lógica vale desde a mamadeira ao enfeite do quarto. Mas não dá para discutir, no enxoval do bebê, o maior vilão é mesmo a fralda descartável. Fabricada com plástico (derivada do petróleo) e produtos químicos, leva em média 400 anos para se decompor na natureza, sendo um retrocesso ecológico logo nos primeiros anos de vida desse novo cidadão. Até completar dois anos, um bebê que só usa fralda descartável, já transformou cinco mil fraldas em rejeito, pois para reciclar ou reaproveitar a fralda pós-uso é preciso alta tecnologia que ainda não está disponível no Brasil.

          

Mas como promover a sustentabilidade preservando a saúde do bebê e protegendo o meio ambiente, ao mesmo tempo? É possível sim, e pode se tornar interessante os resultados econômicos, sociais e ambientais. Como alternativa ao impacto ambiental que as fraldas descartáveis provocam na natureza, muitos pais têm apostado em um produto alternativo: as fraldas de pano. Mas não se espante, não estamos falando de voltar no tempo quando as mães passavam horas no tanque. Os novos modelos são bem mais modernos, bonitos e práticos. Todo o formato da fralda de pano foi evoluindo conforme os anos, o tecido não necessita ser passado a ferro e não agride a pele do bebê, além da limpeza ser bem mais prática do que muita gente imagina. Em média a fralda de pano, que pode durar até dois anos, custa R$ 35,00. Além do preço, ela possui outra vantagem, não vaza os dejetos com facilidade, pelo fato do tecido ser muito mais absorvente do que o plástico das fraldas descartáveis.

As roupas e móveis podem ser comprados ou alugados em brechós infantis, diminuindo ainda mais o consumo do pequeno. Como eles crescem rápido, as roupas não duram muito, por isso comprá-las de segunda mão se torna um atrativo para o bolso. Berços, móbiles e andadores também podem ser comprados em brechós ou alugados, reforçando ainda mais a economia e promovendo a sustentabilidade, consumindo menos produtos novos e conseqüentemente provocando menos uso de recursos naturais.  

                     

Os pais que aceitam ao desafio de passar por essa fase da vida de maneira mais ecológica podem ir além, é possível fazer escolhas sustentáveis o tempo todo. Na hora de montar o quarto, na alimentação orgânica, na escolha da chupeta e brinquedos sustentáveis, roupas de algodão orgânico e até a mamadeira. A dica é simples: antes de comprar qualquer peça, pense no impacto que este ato pode causar na natureza.

Fotos: Ecologismos e Cosméticas

Laísa Mangelli

 

Deu na telha – alternativa sustentável de plantar no telhado ganha força no Brasil


As consequências das ações humanas geram conflitos ambientais, logo, econômicos e sociais, todavia, vê-se a necessidade de compreender e buscar novas alternativas de tecnologias atuais e ecológicas que estejam de acordo com o desenvolvimento urbano e social, assim, em meio ao caos enfrentado nas grandes cidades, crescimento populacional, poluição industrial, emissão de gases poluentes oriundos de automóveis, crescimento vertical das edificações, além de paradoxos e questionamentos de como viver de forma sustentável no século XXI.

Caracteriza-se, portanto a técnica conhecida como Telhado Verde, com função de proporcionar qualidade de vida a populações ao redor de edificações, por meio da expressividade que o verde da vegetação causa no psicológico social, minimizando ainda impactos do efeito estufa.

                                  

O telhado verde vem se tornando uma técnica popular e viável, ganhando mais adeptos nos dias atuais. Por falta de um quintal com terra, a opção do telhado verde além de sustentável, possui outros benefícios.

Há no Brasil empresas especializadas na aplicação desta técnica, que na verdade é a aplicação de vegetação sobre determinados telhados ou lajes, tal vegetação sendo baixa, como grama, por exemplo, e na maioria das vezes com aspecto ornamental, mas há até quem cultive hortaliças no teto, o que seria mais consciente, pois além de cultivar a natureza, também se cultiva comida livre de agrotóxicos e pesticidas, ou seja, orgânica.

A aplicação não danifica a edificação, pois não tem muito peso e é feito impermeabilização para que o solo e água, não infiltre no telhado. Pode-se tornar a opção mais viável para o Brasil nos próximos anos, pois já não temos tantas áreas verdes no perímetro Urbano, então, insere-se a cobertura vegetal para edificações, reduzindo a temperatura no ambiente, substituindo o trabalho de condicionadores de ar.

Absorve água da chuva, evitando assim enchentes, além disso, telhado verde tem função termo acústica e ornamental. E sua principal função é tentar substituir as áreas verdes tiradas dos centros urbanos pelo crescimento exagerado das construções.

                     

Veja, no vídeo abaixo, um pouco mais sobre essa iniciativa

 

Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/ ; http://www.arkous.com.br/a-arkous/telhado-verde/

 

Laísa Mangelli

Canadá doa terrenos em ilha paradisíaca


Canadá doa terrenos em ilha paradisíaca para pessoas que prometerem preservá-la (e ainda paga salário)

Canadá doa terrenos em ilha paradisíaca para pessoas que prometerem preservá-la (e ainda paga salário)

05 out 2016
 

Você é daquelas pessoas que ama o meio ambiente e costuma cuidar muito bem do que tem? Então essa oportunidade pode ser para você: o Canadá está doando terrenos em Cape Breton, uma ilha paradisíaca do país. O pré-requisito para ganhar um pedacinho de terra? Preservá-la!

Os empresário locais estão selecionando pessoas com o perfil necessário. Por enquanto, elas ganham o direito de morar no lugar por cinco anos e um salário (não muito gordo, eles avisam!) para garantir que a terra e seus recursos naturais sejam conservados. Os escolhidos também passam a participar da The Farmer’s Daughter Country Market, negócio que visa à produção orgânica de alimentos.

Se após cinco anos o proprietário fizer sua lição de casa direitinho, o terreno é passado para o seu nome. Interessou? Todas as informações sobre a oportunidade estão aqui, mas já avisamos: para se inscrever, é preciso ter autorização legal para trabalhar no Canadá.

Partiu consulado para tirar o visto de trabalho?

Fonte: The Greneest Post

Gestão, Contabilidade e Comunicação para a Sustentabilidade Empresarial


          

Objetivo

O curso visa qualificar os alunos para desenvolver, monitorar, gerenciar e comunicar sobre as estratégias de negócio e indicadores de desempenho em que os interesses de todas as partes interessadas são incorporadas no contexto da sustentabilidade.
Ao fim do curso, os participantes adquirirão os seguintes conhecimentos:

– Conceitos e princípios de sustentabilidade ao nível empresarial e como abordá-los no desenvolvimento de modernas estruturas de governança corporativa e na definição das estratégias de negócios.

– Como identificar os riscos e as oportunidades relacionados às estratégias organizacionais sustentáveis.

– Como desenvolver um modelo gerencial baseado no balanced scorecard e num mapa estratégico orientado à sustentabilidade empresarial para empresas de diferentes setores.

– Como desenvolver indicadores de desempenho orientados para diferentes esferas da sustentabilidade empresarial e medir o progresso para cada objetivo estratégico definido.

– Técnicas de conceituação, design, de comunicação e de escrita de um modelo eficaz de relatório de sustentabilidade empresarial.

Público Alvo

O curso é adequado para aqueles que estão ou desejam estar envolvidos nas seguintes áreas: gestão e planejamento estratégico das organizações públicas e privadas, gestão ambiental, segurança e saúde, marketing e comunicação, recursos humanos, investimento ético, e relações públicas.

Pré-Requisito

É necessário estar matriculado em algum curso superior ou já ter concluído algum curso superior. Conhecimentos básicos nas áreas de gestão empresarial, contabilidade, comunicação e marketing são recomendados.

Carga Horária

24 horas.

Metodologia

    Os participantes do curso receberão uma apostila de autoria do professor, além de outras publicações de distribuição gratuita. Ao longo do curso haverá discussões sobre diferentes estudos de caso apresentados pelo professor e poderão compartilhar de suas experiências profissionais no campo da sustentabilidade empresarial. Os resultados de todos os exercícios apresentados em classe por cada grupo serão disponibilizados na intranet da CCE PUC-Rio e no website do professor.

    As aulas são apresentadas em Power Point e todos os slides são disponibilizados aos alunos antes de cada sessão junto com materiais de apoio (estudos de caso, literatura adicional) em formato eletrônico (em um CD ou em uma plataforma virtual).
Os trabalhos desenvolvidos pelos alunos serão publicados posteriormente no portal da rede internacional de sustentabilidade CRUSUS com a autoria dos participantes do curso e estarão visíveis a um público internacional, onde receberão comentários e sugestões adicionais. Os trabalhos desenvolvidos em grupos pelos alunos receberão um grau e serão devidamente revisados antes da publicação final dos mesmos.

Programa

Parte I: O surgimento e uma visão geral da Responsabilidade Social e da Sustentabilidade Empresarial (RS&SE)

• A evolução histórica da gestão estratégica nas organizações pelo mundo: da Teoria da Agência (Jensen e Meckling (1976) à Teoria dos Stakeholders

• Os fatores da mudança na abordagem de gestão estratégica

• A extensão da Responsabilidade Social Empresarial para a Sustentabilidade Empresarial

• A perspectiva multidimensional da Sustentabilidade Empresarial e seus principais conceitos

• Princípios inerentes a um desempenho empresarial sustentável

• A importância do valor das partes interessadas na gestão da sustentabilidade empresarial

• Os benefícios associados à sustentabilidade empresarial

• Conceitos relacionados à sustentabilidade empresarial: risco de reputação, inovação e marketing social, política e regulamentação da competitividade, ética empresarial, cidadania corporativa, responsabilidade social, eco-eficiência, globalização justa, estabilidade de desempenho.

• Modelo de Sustentabilidade Empresarial

• Análise comparativa de empresas com modelos de gestão convencionais e modelos de gestão sustentáveis.

Estudo de caso (diferente por grupo): Um estudo de caso será discutido em sala de aula sobre a identificação dos principais agentes econômicos, ambientais, aspectos legais / éticos e sociais relevantes para empresas de alguns setores e países a serem selecionados (cada grupo terá um setor específico a investigar).

Parte II: Governança corporativa no contexto da Sustentabilidade Empresarial

• Principais conceitos de Governança Corporativa e suas aplicações na sustentabilidade empresarial.

• Os princípios e objetivos de Governança Corporativa propostos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)

• Os compromissos do conselho diretor e do diretor executivo com a sustentabilidade da empresa

• Como desenvolver uma estratégia de sustentabilidade empresarial.

• Como envolver toda a organização e profissionais externos (outsourcing) para apoiar na implementação da sustentabilidade empresarial.

• As diferenças entre os sistemas de governança corporativa no Brasil e no mundo.

• Os fatores que impulsionam reformas nos sistemas nacionais de governança corporativa e nos padrões mundiais de governança corporativa.

• A influência crescente da mídia sobre as empresas na busca de práticas responsáveis de governança corporativa.

• A ética no contexto da governança corporativa e do investimento social responsável.

Estudo de caso (único para todos os grupos): Um estudo de caso comum para todos os alunos irá abordar um exemplo bem sucedido de uma estrutura de governança orientada para a sustentabilidade empresarial e uma estrutura de governança corporativa mal elaborada de outra empresa do mesmo setor. Os alunos irão identificar as principais diferenças entre ambas as empresas e os fatores críticos de sucesso.

Parte III: Gestão e Contabilidade para a Sustentabilidade Empresarial

• Custos no processo de tomada de decisão e avaliação de riscos no contexto da sustentabilidade.

• A avaliação de desempenho e sistemas de recompensa

• Os fundamentos e a implementação de sistemas de medição de desempenho em sustentabilidade: como medir os impactos e riscos inerentes.

• A extensão do modelo gerencial estratégico Balanced Scorecard aplicado à Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial (Sustainability Balanced Scorecard).

Estudo de caso (grupos): Um exercício será entregue a cada grupo de aluno com base na mesma empresa que escolheram no exercício I. Cada grupo tentará desenvolver uma matriz de análise de stakeholders (partes interessadas) baseada no modelo de Mendelow (poder vs nível de interesse) e um mapa estratégico no contexto da sustentabilidade da empresa baseado no Sustainability Balanced Scorecard (SBSC).

Parte IV: Indicadores de Desempenho e Guias de Relatórios de Comunicação em Sustentabilidade

Índices de Sustentabilidade Empresarial para Investimentos Socialmente Responsáveis

• Índices de Sustentabilidade Dow Jones (ISDJ)

• Índices de Sustentabilidade FTSE4Good

• Outros índices (breve abordagem)

Padrões de Relatórios de sustentabilidade empresarial:

• Global Reporting Initiative (GRI)

• Normas AA1000

• ISO 26000

• Connected Reporting Framework

Estudo de caso (diferente por grupo): Um exercício será entregue a cada grupo de alunos com base na mesma empresa que escolheram nos exercícios das partes I e III. Eles tentarão desenvolver indicadores de desempenho para a sustentabilidade da empresa, de modo que os objetivos estratégicos sugeridos no mapa estratégico do SBSC possam ser alcançados.

Parte V: Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial na Prática

• Alguns exemplos de boas práticas na implementação da sustentabilidade empresarial no Brasil e no mundo.

• Os prêmios ACCA para os relatórios de sustentabilidade empresarial.

• A análise dos índices de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI) em 2012.

• A análise dos índices Accountability Rating 2012

• Os principais desafios e soluções alternativas na implementação e gestão da sustentabilidade empresarial (conclusões gerais).

• A evolução e as tendências dos relatórios de sustentabilidade empresarial.

Estudo de caso (único para todos os grupos): Os alunos irão analisar o relatório de sustentabilidade de uma empresa que está listada no Índice de Sustentabilidade Dow Jones e irão apontar falhas no relatório e sugerir formas de melhoria na comunicação para a sustentabilidade com base nas recomendações do Connected Reporting Framework e nas diretrizes da GRI.

Corpo Docente

Veja a relação do corpo docente (sujeito a alteração)

Matrícula

O aluno cujo curso for custeado por uma empresa deverá, depois de efetuar a matrícula, preencher o modelo da carta de compromisso da empresa e envia-la através do “Aluno on line”, no prazo de 24 horas. Posteriormente enviaremos, à empresa, a nota fiscal com boleto bancário.  O aluno receberá um email automático de confirmação de matrícula, contendo as instruções para uso do “Aluno on line”

Certificado

O aluno que preencher satisfatoriamente os quesitos frequência e aproveitamento terá direito a certificado.

Observações

Vagas limitadas.

A realização do curso está sujeita à quantidade mínima de matrículas.

Bolsas de Estudos: devido à natureza autofinanciada dos cursos oferecidos pela CCE, não há viabilidade financeira para a concessão de bolsas de estudo.

 

Fonte e mais informações: CCE PUC – Rio

Dia Mundial da Alimentação: do campo para a sala de aula


Esta semana está marcada pelo Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro. A ativista Esther Vivas faz uma reflexão importante para a ocasião.

 

                                           

“Menino, de onde vem o leite?”, lhe perguntam. “Da Tetra Pak”, responde. Quantas vezes você já ouviu esta piada? A distância entre o campo e o prato, entre a produção e o consumo, apenas aumentou nos últimos anos. E os mais novos, com frequência, nunca puseram os pés em uma horta, viram uma galinha ou se aproximaram de uma vaca. Alimentar-se não se trata de apenas ingerir alimentos, mas também saber de onde eles vêm, o que nos fornecem, como foram feitos. A educação também envolve ensinar a comer e comer bem. E isso é precisamente o que fazem as cantinas escolares ecológicas, que recentemente começaram a aparecer por aqui.

O interesse em comer direito, bem e com justiça chega, aos poucos, às mesas das escolas. Refeições que buscam mais que a ingestão calórica necessária, uma alimentação orgânica e de proximidade. Se trata de aproveitar espaços que permitam, como nenhum outro, a interação entre estudantes, educadores, cozinheiros e, em um segundo nível, com famílias, professores e agricultores, para recuperar não só o saber e o sabor dos alimentos, mas também, aprender e valorizar o trabalho que está por trás da produção, na agricultura, e por trás do fogão, na cozinha.

As cantinas escolares ecológicas têm uma vertente educativa e nutricional, ao defender a economia social e solidária e o território. Alimentos orgânicos, sim, mas de proximidade. Uma aposta imprescindível em um contexto de crise que, por um lado, dá uma saída econômica à pequena agricultura, que tenta viver dignamente no campo, incentivando alguns canais de comercialização alternativos e uma venda direta e, por outro, oferecendo uma alimentação saudável e ecológica para os menores, em um contexto em que aumenta a pobreza e a subnutrição.

Na Catalunha, 40% das crianças fazem a principal refeição do dia, o almoço, nos centros educativos. Incorporar esses valores às cantinas escolares deveria ser uma prioridade, e os custos econômicos não podem ser o argumento para não fazê-lo. Integrar a cozinha aos refeitórios dos centros permite um maior controle sobre a alimentação dos pequenos, e se compramos alimentos de proximidade, sazonais e diretamente com o agricultor, podemos reduzir custos. Do campo, passando pelas cozinhas das escolas e até o prato dos alunos, transparência, qualidade e justiça, esse é o desafio. E a administração pública deveria estar comprometida com esta finalidade. Investir em uma boa alimentação na sala de aula é investir no futuro.

Cantinas escolares que levam os princípios da soberania alimentar para as escolas, e não só na teoria, mas, o que é mais importante, na prática. Soberania alimentar, que nos permite recuperar a capacidade de decidir sobre o que comemos, que aposta na agricultura camponesa, local e agroecológica e que devolve aos agricultores e consumidores, e neste caso às crianças, o controle e o conhecimento sobre sua alimentação.

Esther Vivas
do blog esthervivas.com
Traduzido por Natasha Ísis, do Canal Ibase

Foto: Reprodução/Internet

Fonte: Canal Ibase.