Turbinas eólicas são instaladas na Torre Eiffel


Ação é recado para incentivar comunidade internacional a utilizar energia limpa

Turbina eólica vertical instalada na Torre Eiffel

A Torre Eiffel, maior marco turístico da França, irá fazer de Paris uma cidade mais sustentável. Como o país será sede da cúpula climática em dezembro de 2015, a "cidade luz" está se preparando para ser exemplo. E tem exemplo melhor do que usar tecnologia sustentável em uma das maiores construções arquitetônicas do mundo? 

A empresa americana Urban Green Energy (UGE) instalou, no início de 2015, duas turbinas eólicas verticais acima do primeiro andar da torre. A turbina vertical normalmente é usada em áreas urbanas com menos vento e espaço. A produção energética é o bastante para alimentar as áreas comerciais do primeiro andar, mas não é o suficiente para alimentar a torre inteira, que consome cerca de 6,7 gigawatt-hora (GWh) por ano (clique aqui para entender mais sobre energia eólica).

Para Kick Bitterswyk da UGE, a instalação das turbinas é simbólica, como um golpe publicitário para sustentabilidade. "Quando visitantes do mundo todo virem as turbinas, chegaremos um passo mais próximo de um mundo energizado por energia limpa, renovável e confiável", declarou ao The Guardian.

Société d'Exploitation de la Tour Eiffel, organização que gerencia a torre Eiffel, pediu para que o design das turbinas não atrapalhasse a famosa silhueta da torre, torcendo para algo mais discreto que também não alterasse a rotina no marco turístico. Por isso, as turbinas foram pintadas da mesma cor da torre. Elas foram içadas manualmente até o segundo andar, sem auxílio de guinchos ou máquinas.

As turbinas da UGE também possuem amortecedores de vibração para impedir que a obtenção de energia incomode os visitantes no restaurante do andar inferior.

A França tem investido em energia limpa e sustentabilidade há certo tempo, principalmente em Paris. Houveram recentes políticas na capital, como banir a circulação de veículos antigos em zonas da cidade (e, mais tarde, a circulação de veículos no centro da cidade ficou bem restrita). Sistemas de empréstimos de bicicletas (para adultos e crianças) e de carros elétricos e a diminuição do uso do diesel se deram por todo o país; por fim, seguindo o exemplo da Noruega e da Bélgica, a nação resolveu pagar ciclistas que pedalassem para ir ao trabalho.

A torre também está passando por outras renovações que incluem a instalação de painéis solares para aquecer água, lâmpadas LED que substituam modelos antigos e um sistema de recuperação de água de chuva.

Fonte: eCycle

Holandês cria turbina eólica que produz água potável


           

Não é mais preciso ler algumas daquelas histórias de ficção apocalípticas em que povos lutam por água. A falta dela já é uma realidade. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 40% da população do planeta sofra com crises hídricas. E aqui no Brasil, não precisamos ir muito longe. Há décadas a região Nordeste enfrenta a miséria provocada pela seca e atualmente, até a capital do estado mais rico do país, reza por chuva em seus reservatórios vazios.

De olho neste cenário – e inspirado pelos antigos moinhos de vento de seu país natal, o holandês Piet Oosterling criou uma solução inovadora: a turbina eólica que produz água potável. E lógico, também gera energia.

Olhando no horizonte, a turbina parece igual a tantas outras. A única diferença entre o modelo AW e outras tradicionais está nos tanques de água acoplados na haste. Para entender o funcionamento dela, o mais fácil é pensar no ar condicionado do carro. Quando ele está ligado e é um dia quente, muitas vezes há água condensada embaixo do aparelho. A tecnologia holandesa opera de forma similar.

Basicamente, o que a empresa Dutch Rainmaker desenvolveu é uma tecnologia que utiliza energia eólica para extrair água a partir do ar. A turbina aciona quatro compressores. Quando o ar é forçado através dos permutadores de calor e resfriado, a água contida no ar se condensa e as gotas que se formam são coletadas pelos tanques. Em seguida, a água é mineralizada e pode ser utilizada para consumo humano ou para agricultura. “A turbina consegue produzir uma média de 7.500 litros de água diariamente”, afirma Oosterling.

De acordo com a ONU, cada pessoa necessita de cerca de 110 litros de água por dia para atender necessidades de consumo e higiene. É bom lembrar que na África subsaariana o consumo per capita é de 10 a 20 litros por dia. No meio rural do semiárido nordestino este número cai para 6 litros.

O funcionamento da turbina eólica que produz água potável depende de condições climáticas apropriadas. Piet Oosterling explica qual seria o ambiente ideal. “Os fatores mais importantes são vento e temperatura. A temperatura deve estar entre 15 e 45 graus Celsius e é necessária umidade mínima do ar de aproximadamente 20%”.

 

Entre as principais vantagens do sistema, se comparado ao de dessalinização da água, por exemplo, são baixo custo operacional e emissão zero de carbono. Como é autossuficiente, o equipamento pode ser instalado em áreas remotas, já que não depende de água nem eletricidade para funcionar. Se houver vento, até em desertos o AW pode ser instalado.

O inventor acredita que as regiões que mais seriam beneficiadas com a turbina que produz água potável seriam Oriente Médio, África, Austrália, Índia, ilhas tropicais e subtropicais e alguns países do continente americano, entre eles, o Brasil.

Já há duas turbinas em funcionamento. Uma na cidade de Leeuwarden, na Holanda, e outra no Kuwait. A intenção da Agência de Proteção Ambiental daquele país é ter futuramente 50 máquinas para irrigar zonas de plantio.

A empresa produz ainda outro modelo de turbina eólica, a WW. Esta foi desenvolvida para ser instalada em regiões onde há água, mas poluída ou salgada (oceanos, lagoas, rios). Além da produção de energia, o equipamento também purifica a água do local.

Invenções sustentáveis, que podem ser utilizadas ao redor do mundo. Agora é só desejar “bons ventos” ao negócio holandês.

Confira abaixo o vídeo que demonstra o funcionamento da turbina AW:

Fonte: http://info.abril.com.br

Laísa Mangelli