Congresso GIFE 2014 reunirá investidores sociais, de 19 a 21/03


                     

A cada dois anos, lideranças nacionais e internacionais se reúnem no congresso organizado pelo GIFE – Grupo de Instituições, Fundações e Empresas para debater investimento social. Este ano, o tema do encontro, que acontecerá em São Paulo entre os dias 19 e 21/03, será Por um Investimento Social Transformador e terá quatro eixos de debates – inovação, impacto, escala e redes – para pensar novas estratégias para a atuação social.

Mais de 50 especialistas estarão presentes, entre eles:

– Claudio Sassaki, sócio-fundador da Geekie, start-up de aprendizado adaptativo que personaliza o ensino de acordo com os estudantes;
– Christopher Stone, presidente da Open Society Foundations e especialista internacional em reforma de justiça criminal;
– Lucy Bernholz, responsável pelo lançamento do Laboratório Digital da Sociedade Civil da Universidade de Stanford;
– Pedro Abramovay, diretor para a América Latina da Open Society Foundations;
– Ricardo Abramovay, professor titular da FEA-USP e autor do livro Muito Além da Economia Verde, lançado pelo selo Planeta Sustentável;
– Richard Foster, considerado pela Harvard Bussiness Review como um dos dez “Mestres da Inovação”; e
– Sara Parking, diretora e fundadora do Forum for the Future, organização que atua com inovações para o desafio da sustentabilidade. É autora do livro O Divergente Positivo: liderança em sustentabilidade em um mundo perverso, que será lançado pela editora Peirópolis em parceria com o Instituto Jatobás e apoio do Planeta Sustentável.

As inscrições já estão abertas e devem ser realizadas pelo site do congresso.

Congresso GIFE 2014
Data: 19 a 21/03
Local: World Trade Center – Av. Das Nações Unidas, 12559, São Paulo/SP.
Informações e programação completa no site do evento

Fonte: Planeta Sustentável

Projeto obriga empresas a providenciar descarte adequado de medicamentos


A Câmara analisa o Projeto de Lei 6160/13, do deputado Major Fábio (DEM-PB), que obriga fabricantes, importadoras, distribuidoras e lojas de medicamentos para uso humano ou animal a providenciar o descarte dos produtos e das suas embalagens.

                          

O projeto altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) para obrigar o setor de medicamentos a aderir à chamada logística reversa, em que as empresas compartilham a responsabilidade pelo descarte dos produtos, que podem ser reciclados ou tratados da maneira que cause menor impacto ambiental. Para tanto, as empresas podem criar postos de coleta para os produtos ou embalagens e rotinas de reciclagem.

 

Major Fábio argumenta que hoje não há controle sobre os medicamentos jogados fora e as substâncias podem contaminar o solo e a água de aterros sanitários. Ele ressalta que a legislação já regula o descarte de agrotóxico, mas deixou os medicamentos de fora. “Se já há previsão da coleta e destinação especial para agrotóxicos, não se explica que a mesma sistemática não seja adotada para medicamentos”, disse.

 

Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Íntegra da proposta:

 

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Daniella Cronemberger

 

Fonte: Agência Câmara Notícias

Ano novo e as promessas (in)sustentáveis


Novo ano, velhas promessas. Quantos dos nossos “novos objetivos” já não fizeram parte da longa lista que elaboramos nos primeiros dias dos anos anteriores? Quanto tempo (ou mais especificamente, anos) precisamos para atingir esses objetivos?

                       

Muitas vezes damos um maior foco ao que queremos e nos esquecemos de todos os procedimentos necessários para atingirmos os nossos objetivos. Em outras palavras, pensamos sempre no “o quê” e nos esquecemos do “como” – além, principalmente, do “porquê”. Esse erro é cometido repetidamente por todos nós, ano após ano, e tem um impacto ainda maior (negativamente) quando levamos esse costume para o cotidiano das empresas. As empresas nada mais são do que um amplificador dos impactos das nossas ações. Isso acaba por delinear o grande desafio da sustentabilidade: mudar pessoas. Esse desafio significa mudar pensamentos, crenças e costumes. Uma empresa agir sustentavelmente significa envolver todos seus funcionários (aqueles que cumprem ordens e prestam um serviço remunerado) em ações éticas, responsáveis e estratégicas, transformando-os em colaboradores (aqueles que agem movidos por uma causa, independente de ordens ou remuneração, agregando valor à empresa).

Sustentabilidade pouco tem a ver com “o quê”, voltando-se mais especificamente para como as atividades são desenvolvidas e o real propósito delas. Notamos isso claramente quando analisamos a definição do tema no Relatório de Brundtland, gerado em 1987 pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, chefiada pela primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland. O relatório, intitulado como “Nosso Futuro Comum”, descreve a sustentabilidade como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

Portanto, independentemente de quais serão as suas ações dentro ou fora da empresa, para serem reconhecidas como sustentáveis elas devem contemplar simultaneamente uma preocupação com questões ambientais (respeitar o meio ambiente, no curto ou longo prazo), sociais (ter uma causa que beneficie as pessoas, e não somente o seu bolso) e econômicas (gerar lucros e desenvolver as atividades comerciais).

Um outro ponto tão importante quanto a tríade mencionada (ambiental, social e econômico) é a estratégia. Ações sustentáveis devem ser contínuas e enquadradas em uma estratégia, que delimite ações específicas, responsáveis, prazos, motivos e indicadores (para mensurar as conquistas ou falhas no processo). Caso não seja feita dessa forma, todos nós (pessoas físicas ou jurídicas) jamais conseguiremos atingir os nossos sonhados objetivos, de maneira concreta e contínua, e estaremos fadados a esperar sempre um próximo 1º de janeiro para fazermos mais uma nova lista de velhas promessas.

Rodrigo Tavares – Consultor da Dialogus e Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Ceará.

Fonte: Dialogus

Pesquisa mostra que empresas estão dando mais valor à sustentabilidade


Levantamento com 3.344 executivos de diversos países destaca que 64% estão racionalizando o uso da energia em suas companhias, 63% trabalham para reduzir os resíduos e 59% se preocupam com sua reputação com relação à sustentabilidade.

 

A sustentabilidade já é um assunto abordado pelo setor empresarial há um bom tempo, e uma nova pesquisa realizada pela consultoria McKinsey & Company Global com líderes corporativos afirma que esse conceito está se tornando uma parte cada vez mais estratégica e integrada às companhias, apesar de algumas dificuldades em adotar plenamente práticas de sustentabilidade.

Intitulada Sustainability’s Strategic Worth (Valor Estratégico da Sustentabilidade), a pesquisa foi realizada com base nas respostas de 3.344 representantes do setor corporativo de diversas regiões, indústrias, empresas e especialidades, e revelou que a principal razão pela qual os executivos buscam a sustentabilidade, com 43% dos votos, é alinhar esse conceito com suas metas, missões e valores empresariais. Em 2012, última edição da pesquisa, esse índice era de 30%.

Segundo a consultoria, nas últimas versões do estudo, a maioria dos respondentes, quando questionados sobre as razões das companhias para buscar a sustentabilidade, citava o corte de custos e a gestão da reputação das firmas.

Já na última edição, a gestão de reputação ficou em segundo lugar como a razão mais popular, citada por 36% dos executivos (em 2012 foram 35%), e o corte de custos ficou com 26%, uma grande redução em comparação com os 36% de 2012.

“Uma razão para a mudança pode ser os próprios líderes das companhias acreditarem que a questão é mais importante. Os CEOs estão duas vezes mais propensos que eram em 2012 a dizer que a sustentabilidade é sua principal prioridade. Uma parte maior de outros executivos também colocam a sustentabilidade como um dos três principais itens da agenda de seus CEOs”, elucidaram Sheila Bonini and Anne-Titia Bové, que desenvolveram a análise da pesquisa.

O número de CEOs que citaram a sustentabilidade como principal prioridade quase triplicou para 13% em 2014 com relação aos 5% de 2012. Contudo, o número de executivos líderes que citaram a sustentabilidade como uma das três principais prioridades caiu de 37% para 36% no mesmo período. O número de outros executivos que veem a sustentabilidade como uma das três principais prioridades aumentou de 24% para 32%.

Desafios

Bonini e Bové afirmaram também que, com a sustentabilidade aumentando em significância, entender todo o seu valor se tornou mais desafiador – em parte pelo fato de que, quanto mais as companhias priorizam a sustentabilidade, mais o conceito precisa ser integrado aos negócios, o que pode levar a mudanças no sistema produtivo.

Por exemplo, das 13 principais atividades de sustentabilidade elencadas pela McKinsey, 64% dos executivos disseram estar reduzindo o uso da energia em suas operações, 63% afirmaram diminuir os resíduos e 59% declararam gerir sua reputação corporativa em sustentabilidade.

“Essas ações foram citadas mais frequentemente em 2011 e 2012, e uma parcela maior de executivos agora identifica a gestão da reputação como uma atividade essencial”, observaram as analistas.

Mas outros itens, contudo, apresentaram uma implementação mais problemática. O relatório cita como exemplo a extensão do ciclo de vida dos produtos, que ainda deixa a desejar na maioria das empresas.

“Hoje, limitações de recursos estão criando preços e volatilidade sem precedentes nos mercados de recursos naturais. Ainda assim, os resultados indicam que a maioria das companhias sequer começaram a implementar estratégias que estendam a vida de seus produtos e consequentemente reduzam a dependência de recursos de uma forma significativa”, coloca o texto.

“De acordo com outra pesquisa nossa, há um enorme potencial de valor na melhor concepção e otimização de produtos para diversos ciclos de desmontagem e reutilização. Companhias visionárias deveriam começar a investir nesta integração desses produtos, para o benefício da sociedade e para seus resultados. Apenas com materiais, as companhias poderiam economizar possivelmente mais de US$ 1 trilhão por ano”, continua o documento.

Diferentes abordagens para práticas de sucesso

Para identificar práticas de sucesso na implementação da sustentabilidade como estratégia corporativa, Bonini e Bové apontaram quatro abordagens distintas para a organização das práticas sustentáveis: apoio dos líderes, foco em execução, orientação externa e integração profunda.

“A primeira abordagem é caracterizada por líderes ativamente engajados nas companhias, incentivos a funcionários e estratégias claras; a segunda, por uma abordagem clara, responsabilidade e compromisso dos gestores intermediários; a terceira, pelo uso de ideias externas, redes e relacionamentos, assim como o compromisso dos gestores intermediários; e a quarta, pelo incentivo a funcionários para um trabalho sustentável, foco em talentos e compromisso com a sustentabilidade de todos os níveis de gestão”, comentaram as analistas.

“Nossos líderes de sustentabilidade estão representados em cada uma dessas quatro abordagens, confirmando que não há uma única fórmula para o sucesso em sustentabilidade”, continuaram Bonini e Bové.

As autoras concluíram que, para ir em frente com a aplicação da sustentabilidade em toda a cadeia de produção, as empresas devem incluir em suas estratégias três ações: estender o ciclo de vida de seus produtos; buscar tecnologias que levem à melhoria dos índices de sustentabilidade; e focar nas estratégias de sustentabilidade que se quer adotar, como o desenvolvimento econômico ou mudanças de práticas de negócios, e depois dessa definição, desenvolver a estratégia com não mais de cinco prioridades claras e bem definidas.

* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.

Mudanças Climáticas E As Empresas


Mudanças Climáticas E As Empresas – Inventários De Emissões De Gee

 
Data: 14/08/2015 das 08:00:00 às 17:00:00
Palestrantes:Fernando Altino Rodrigues – Engenheiro Químico de formação, fez Mestrado na área de Gestão Ambiental da Produção e Doutorado em Comunicação Ambiental (COPPE/UFRJ). É Professor Adjunto do Instituto de Química da UERJ desde 1992. Atualmente, ocupa o cargo de Diretor desta unidade acadêmica. Tem uma efetiva experiência na indústria química, onde atuou na produção Farmoquímica, Química e, principalmente, na Área Ambiental. É sócio consultor da Interação Ambiental já tendo coordenado e realizado diversos trabalhos nas áreas de gerenciamento de resíduos, gestão ambiental, tratamento e reutilização de efluentes, comunicação em emergências, educação ambiental, entre outras, para grandes empresas do ramo industrial e para outras consultorias. O instrutor tem vasta experiência em implementar o gerenciamento de resíduos em empresas, como: Ambev, Nestlé, Coca-Cola, Vale, entre outras.Fabiane Govermatori – Engenharia Química – UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Consultora de inventários de gases de efeito estufa; atuação: INMETRO – Elaboração, Desenvolvimento e Implementação do Projeto Piloto de Acreditação de Organismos de Verificação de Inventários de GEE do Inmetro; e INT – Implementação do projeto para Acreditação do INT como Organismo de Verificação de inventários de GEE.Conteúdo programático:• Introdução. Gases de efeito estufa. UNFCCC.
• Acordo de Kyoto. Mecanismos de flexibilização.
• Créditos de carbono. Mercado regulado: MDL. Mercado voluntário: principais iniciativas.
• Inventário de emissões. Principais motivações.
• Definições importantes (CO2eq, materialidade, etc).
• GWP. Principais referências. PB GHG Protocol.
• O que é um inventário? Etapas do inventário. Limites organizacionais. Limites operacionais.
• Escopos de emissões. Coletas de dados. Métodos de Quantificação. Controle e Garantia da Qualidade.
• Planilhas de Cálculo. Exercícios.
• Verificação de inventários. Importância. Requisitos de verificação: EVs do PB GHG Protocol. Processo de verificação.
• Organismos de verificação de inventários.
• Confiança na verificação de inventários.
• A acreditação de OVVs: principais requisitos.
• Vantagens na verificação de inventários por OVVs acreditados.
• Como localizar OVVs acreditados.
Público-alvo:
Empresários, diretores de empresas, gerentes de meio ambiente, engenheiros nas mais diversas áreas, técnicos ambientais, professores, estudantes, especialistas, consultores, representantes de organismos públicos e privados, investidores, fabricantes, compradores, técnicos de segurança do trabalho, entre outros.

Para efetuar a inscrição:
http://cursos.rmai.com.br/gee-gestao-dos-gases-de-efeito-estufa/

Maiores informações:
(11) 3917-2878 / 5095-0077
cursos@rmai.com.br / eventos@rmai.com.br

Fonte: (o) eco

Pesquisas, pesquisas, pesquisas… mas as empresas estão prontas para o consumo verde?


                                 

Entre tantas pesquisas que são publicadas ou vendidas regularmente sobre o consumo ‘verde‘, a maioria sempre chega à mesma conclusão: os consumidores brasileiros estão prontos para comprar produtos menos impactantes social e ambientalmente, mas ainda não há oferta. Do outro lado, estas pesquisas mostraram o quanto estes mesmos consumidores desconfiam das ações alardeadas pelas empresas. No fundo, o que falta é informação e conhecimento.

Se as tais pesquisas mostram isso, por que tanta desconfiança e por que os produtos menos impactantes ainda são minoria nas prateleiras? E quando existem, estes produtos são mais caros, como por exemplo os orgânicos ou detergentes biodegradáveis.

Parece que, de um lado, as empresas não sabem se posicionar. Ao invés de explicar, pintam a embalagem de verde. Ao invés de dar transparência, dão uma linha fina usando selos obscuros muitas vezes produzidos por entidades de classe ou entidades setoriais. No entanto, os consumidores estão dizendo que não basta dizer que é verde, tem que comprovar que é verde. E ainda, o que é verde?

Do outro lado, os consumidores não sabem o que é realmente importante para julgar uma empresa, ou sua marca, no que diz respeito à sustentabilidade. Mas quando sabem, percebem que o ciclo não fecha. Só para ficar um exemplo corriqueiro: a embalagem pode ser biodegradável, mas o consumidor sabe que não existem sistemas eficientes para destinar corretamente a embalagem que ele descarta, pois, no Brasil, salvo raríssimas exceções, se recicla apenas menos de 5% de todo o resíduo produzido. E cada brasileiro, consumidor ou não, produz cerca de 1,2Kg por dia de lixo (sim, lixo porque não são reutilizado ou não entra em um processo de reciclagem)!

Talvez um grande erro de todo este debate é a falta de uma definição clara do que se está falando. A maioria quer que o termo se defina apenas pelos quesitos ambientais, deixando de lado o social e outros conceitos igualmente importantes. Sustentabilidade, no fundo, se defino pelo equilíbrio.

Acredito que o nosso senso sobre o que esta acontecendo vale mais que muitas pesquisas que usam metologias diferentes, definições variadas e amostras incongruentes.

Assim, nos perguntarmos o que são produtos verdes eco-friendly? O que é exatamente consumo verde? Essas palavras lindas chegam a nós com N definições e entendimentos.

Portanto, a compreensão da palavra sustentabilidade varia dependendo do nível educacional, dos valores individuais, do entendimento de mundo, da profissão etc. E reforço: é palavra e não um conceito, pois não foi provado cientificamente e pode ter significados/entendimentos diferentes….

Vejo que sustentabilidade está sendo usada como apenas mais um termo para abrir um novo mercado e fazer as empresas ganharem mais dinheiro. Esses pseudo-valores estão dentro da sustentabilidade, que na minha visão deveria ser um modo de vida com valores, éticas, jeitos de pensar e de se comportar. Mas o ser humano precisa de palavras para segmentar e para gerar $$ já que vivemos numa sociedade capitalista.

A complexidade do nosso sistema de produção deve levar em conta vários quesitos. Só para mostrar como é complexo pensar em tudo isso, lembro que nos últimos anos WWF identificou Cuba com um exemplo de desenvolvimento sustentável principalmente por que os cubanos consomem menos energia e menos recursos naturais para sobreviver com alguns altos índices de desenvolvimento humano. Mas, e aqui é uma conclusão rápida, será que é um modelo para nós?

É de se pensar.

No entanto, já temos sistemas e tecnologia que podem disseminar a informação de uma maneira mais completa para ajudar o cidadão a consumir melhor. Qualquer conhecedor do debate da sustentabilidade saberia definir em alguns pontos o que faz um produto mais ‘verde’ que o outro. Podemos usar nas embalagens códigos QR nos produtos com identificação de:

– Emissão de CO2 de todos os processos, todos;

– A pegada hídrica – de define o quanto de água é usada em todos o processo;

– A origem da matéria-prima, mostrando o quanto tem de impacto social;

–  A quantidade energia que foi usada em todos os processos;

– A cadeia de empresas que ‘mexeram ‘no produtos;

– Qual o pagamento realizado em cada processo;

– A dignidade dos trabalhadores envolvidos nos processos – entre outros.

Alguns exemplos deste detalhamento já existem como no site Honest By, que incorpora nos produtos (neste caso roupas) detalhes até de preço e origem de cada item que compõe o produto final, além, é claro, da pegada de carbono.

Na era de informação em nuvem, não há mais desculpas para as empresas não informarem como fazem o que vendem. Não há mas desculpas para ficarmos sabendo da ‘qualidade’ da mão de obra de uma empresa apenas quando um blogueiro alardeia uma batida policial em galpões tercerizados de redes varejistas imensas que utilizam mão de obra escrava.

Se o que as pesquisas dizem é verdade, o consumidor está mais do que pronto para produtos que gerem valor para todos, inclusive para o meio ambiente. E as empresas, estão prontas?

Rafael Art

Fonte: Agenda Sustentabilidade

Critérios sustentáveis são fundamentais para os negócios, aponta pesquisa


A sustentabilidade ganha cada vez mais força nas estratégias de compras das grandes empresas, segundo indica uma pesquisa recente da Ernst & Young (EY). O levantamento, realizado com líderes de 14 empresas de grande porte no País, mostrou que 73% dos gestores acreditam que a incorporação de critérios de sustentabilidade nas compras já é determinante para a realização dos negócios.

Manual de Compras Sustentáveis desenvolvido pela EY a pedido do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) serviu como base para a pesquisa. O levantamento revelou que as grandes empresas estão engajadas na defesa do meio ambiente, e que selecionam seus fornecedores pelo critério da consciência ambiental. Contudo, 53% dos executivos entrevistados afirmaram que a introdução de critérios de sustentabilidade para compras aumenta os custos totais de aquisição. Para 13% deles o aumento é significativo.

A contratação de mão-de-obra qualificada e o fornecimento de matéria-prima foram consideradas as categorias mais críticas para a incorporação de critérios de sustentabilidade no processo de compras.

Para 63%, o tema sustentabilidade na sua cadeia de suprimentos é estratégico, com apoio da alta liderança

Para a maioria dos entrevistados, a sociedade e o governo pressionam cada vez mais as empresas a avançar no tema de sustentabilidade na cadeia de fornecedores. Empresas que atuam de forma global já conseguem quantificar os ganhos com a adoção de práticas sustentáveis.

Maior confiabilidade
“As empresas são comandadas por pessoas, e estas são suscetíveis a pressões da sociedade e às necessidades de seus consumidores”, diz Mario Lima, diretor de consultoria em sustentabilidade da EY. Para Lima, a adoção de critérios de compras sustentáveis é uma prática que se paga em médio e longo prazo e tem como retorno uma maior confiabilidade nos fornecedores, maior garantia de direitos humanos e trabalhistas em toda cadeia de suprimentos, maior eficiência operacional e relacionamento mais estreito com seu mercado consumidor.

Para 63% dos entrevistados, o tema sustentabilidade na sua cadeia de suprimentos é estratégico, com apoio da alta liderança. A pesquisa ainda revelou que bancos e seguradoras são as empresas que mais investem em sustentabilidade, seguidos pela indústria de cosméticos e bens de consumo.

Fonte: EcoD