Pacto pela pecuária sustentável evita que consumidor compre carne de área desmatada


O trabalho Pacto com os Supermercados pela Pecuária Sustentável no Brasil, do Ministério Público Federal (MPF), ganhou a primeira menção honrosa do Prêmio Innovare na categoria Ministério Público. Com a iniciativa, grandes redes de supermercado passaram a oferecer linhas de produtos rastreados desde a origem, permitindo que os consumidores saibam que a carne não é resultado de desmatamento ou trabalho escravo.

Concedido pelo Instituto Innovare na semana passada, o prêmio é um dos mais prestigiados da Justiça brasileira. Ele destaca, anualmente, as melhores iniciativas nos diversos setores do sistema Judiciário em prol da modernização da prestação jurisdicional.

O termo de cooperação pela pecuária sustentável foi firmado no final de março entre o MPF e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O objetivo é evitar que os supermercados brasileiros comprem carne bovina proveniente de áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia ou onde tenham sido constatadas irregularidades como invasão de terras públicas e trabalho escravo.

O procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal, disse que o prêmio é uma oportunidade de dar visibilidade ao projeto, “de mostrar que é possível para o consumidor participar do controle do desmatamento ilegal na Região Amazônica”.

De acordo com Avelino, o pacto conta com a participação das empresas e dos consumidores. “Logo após a assinatura do acordo, grandes redes de supermercado lançaram linhas específicas de produtos com a identificação de origem. O consumidor, na prateleira do supermercado, consegue atestar a origem do produto e ter a comprovação de que o produto não é fruto nem de desmatamento nem de trabalho escravo”, acrescentou.

Muitas empresas lançaram, inclusive, selo específico para facilitar a identificação por parte dos clientes. “Fazemos reuniões periódicas com a Abras e com os supermercados para discutir formas de melhorar a implementação do acordo. A maioria dos produtores rurais consegue vislumbrar hoje que o seu produto só vai ter aceitação no mercado se for acompanhado de um mínimo de regularização ambiental”, disse o procurador.

Pelo termo de cooperação, a Abras se comprometeu a informar e orientar as empresas do setor supermercadista sobre práticas que ajudem a coibir o trabalho escravo na cadeia da carne, ampliem a redução do desmatamento e a recuperação de áreas desmatadas e combatam o abate clandestino.

Esse pacto é fruto de uma série de ações propostas pelo MPF, iniciadas no Pará em 2009, que buscava indenizações por danos ambientais causados pela criação irregular de gado no estado. Segundo o MPF do Pará, as ações levaram à assinatura de termos de Ajuste de Conduta (TACs) com cerca de 100 frigoríficos, curtumes e empresas calçadistas, que se comprometeram a cobrar medidas de sustentabilidade ambiental e social dos seus fornecedores.

“Em 2009, tínhamos vários estudos e dados públicos reconhecendo que a atividade da pecuária era a que mais causava desmatamento na Amazônia. Foi isso que gerou a atuação do Ministério Público”, informou o procurador Avelino.

Fonte: Agência Brasil

Publicado em Ambiente Brasil

Gestão pública sustentável atrai apoio de 11 partidos


Principais legendas brasileiras assumem o compromisso de incentivar a adoção do Programa Cidades Sustentáveis e a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional que torna obrigatório um Plano de Metas na gestão pública

Na última sexta-feira (24), representantes de 11 partidos (todos os 32 foram convidados) e a Rede Sustentabilidade assinaram uma carta-compromisso, que deverá ser submetida à aprovação das direções executivas nacionais até 25 de março, afirmando promover o Programa Cidades Sustentáveis (PCS) entre seus candidatos às eleições de outubro.

Entre os signatários do documento, estiveram presentes no evento representantes do PSOL, PSD, PTB, PPS, PSDB, Solidariedade, PC do B, PSS, PMDB, PDT e PT.

Durante o evento "Cidades Sustentáveis e as Eleições de 2014", que integrou a programação do Fórum Social Temático, em Porto Alegre, diversos políticos também se comprometeram em apoiar a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que tornaria obrigatória a elaboração de um Plano de Metas pelos candidatos de acordo com suas propostas de campanha.

O PCS propõe o levantamento de indicadores sociais, econômicos, políticos, ambientais e culturais das cidades como forma de elaboração de um diagnóstico detalhado para aprimorar o conhecimento dos gestores públicos sobre a realidade do município, assim como para a identificação das prioridades de gestão e para construção de seu plano de metas.

Cerca de 85% da população brasileira vive em centros urbanos e sofre no seu cotidiano com problemas crônicos decorrentes da falta de planejamento e da prevalência de interesses privados, como a especulação imobiliária, em detrimento do bem público.

“Estamos em um momento em que as pessoas querem melhorar a qualidade de vida, ter acesso aos serviços públicos (….) e que as taxas sejam revertidas para melhorar a vida e promover uma sociedade mais justa e sustentável. Isso veio para ficar. Aqueles que perceberem isso vão ter uma carreira política mais promissora”, comentou Oded Grajew, coordenador-geral do Programa Cidades Sustentáveis e da Rede Nossa São Paulo.

“Estamos aqui para responder a essa demanda, tentando oferecer o máximo de informações e ferramentas para que se possa promover o desenvolvimento sustentável”, completou.

Com o objetivo de auxiliar as prefeituras signatárias do PCS no cumprimento das tarefas assumidas quando de sua adesão, foi lançado no mesmo evento o ‘Guia de Uso do Sistema de Indicadores para a Construção de Observatórios’.

A proposta do material é mostrar, em linguagem objetiva e direta, a importância dos indicadores para a administração municipal, assim como para a fiscalização e controle social das políticas públicas, além de servir de fonte de informação e conhecimento da realidade local.

“O manual é o caminho das pedras para maior transparência”, ressaltou Grajew, ao explicar que a primeira cidade a adotar a iniciativa foi São Paulo, e que já são 35 cidades brasileiras comprometidas.

“Hoje estamos promovendo que os governos e partidos também tenham planos de metas, mas não qualquer, é um para o desenvolvimento sustentável”, notou.

Jorge Abraão, presidente do Instituto Ethos, reforçou a necessidade de criação de ferramentas para a melhoria constante da democracia, com mais participação, controle social, aproximação da política dos cidadãos e mobilização de todos os agentes da sociedade.

“Vamos ter que enfrentar também o financiamento das campanhas por empresas; a separação do que é interesse privado do público é chave nessa democracia”, comentou Abraão, lembrando também que outro ponto essencial, o combate à corrupção, teve uma vitória recente, com a aprovação da lei que responsabiliza as empresas por atos de corrupção.

“A grande questão que fica é que temos uma oportunidade rara no mundo, ainda não identificamos processos tão bem estruturados quanto esse do plano de metas”, concluiu.

André Trigueiro, jornalista responsável pelo programa Cidades e Soluções, comentou sobre o clamor da população por mudanças.

“O mundo está mudando, a nova cultura não está acontecendo, ela já é. Ou no mundo político se faz o link de comunicação com o mundo real, ou ele engole os políticos. E isso não significa ignorar, é tomar a dianteira, fazer pressão, talvez nem sempre de forma amigável. Estamos discutindo método e conteúdo”, enfatizou.

“Ajoelhou tem que rezar, prometeu em campanha, tem que fazer”, comentou Trigueiro sobre a importância do PCS.

Ele ainda citou alguns exemplos do “Brasil que dá certo”, que tem acompanhado em seu programa televisivo, como o IPTU verde aplicado em cidades como Lajeado, Paragominas e Guarulhos. O contribuinte que aplicar medidas de sustentabilidade em sua residência tem a cobrança do IPTU reduzida. Outros exemplos citados são o ICMS Ecológico e consórcios intermunicipais para a destinação de resíduos sólidos.

“Esse é um tema suprapartidário, o curinga do baralho, agrega valor e qualifica qualquer planejamento: sustentabilidade não é bicho em floresta e assunto de ambientalista… não há esperança sem um futuro que não seja sustentável”, concluiu Trigueiro.

Participação

Questionado sobre a participação popular, quesito fundamental da democracia, Oded Grajew comentou que a lei das metas prevê que o plano seja submetido a audiências públicas e que seja reportado o seu andamento.

No caso de São Paulo, que tem 31 subprefeituras, ele explica que foram realizadas 31 audiências públicas envolvendo mais de 9,5 mil sugestões. Após a inclusão de parte delas, Grajew comentou que o texto teve novas Audiências Públicas e que conselheiros foram escolhidos nestas regiões para fiscalizar o plano de metas.

Há também um Conselho da Cidade, com um representante de cada um dos conselhos temáticos e das subprefeituras, além de um site de acompanhamento das metas.

“Nas próximas eleições a população vai ter um instrumento para saber se [seus representantes] são bons ou ruins. Um tremendo avanço na democracia participativa”, comemorou.

Em novembro, será realizada a primeira edição do Prêmio Cidades Sustentáveis, com o objetivo de estimular os gestores públicos para a criação, manutenção e atualização de observatórios em seus respectivos municípios, contendo indicadores, programas de metas e informações relevantes sobre políticas públicas voltadas à qualidade de vida e ao desenvolvimento sustentável, assim como reconhecer e valorizar as experiências bem-sucedidas. As inscrições estarão abertas em julho e agosto para municípios pequenos, médios e grandes.

Crédito imagens: Programa Cidades Sustentáveis (PCS)

Fonte: Instituto Carbono Brasil

 

Curso: Licitações e Compras Sustentáveis


O curso tem como objetivos capacitar os participantes para o  processo licitatório sustentável, dominando a metodologia relacionada com as práticas socioambientais já exigidas e o manejo das ferramentas disponíveis para tanto . Além disso, pretende fazer uma análise dos ganhos socioambientais e econômicos tanto para a Administração como para os licitantes através das compras e contratações sustentáveis.

                              

Ele tem como púbico alvo profissionais que desejam implementar oportunidades tanto na elaboração de editais,  como na participação em certames licitatórios que atendam aos parâmetros de uma licitação socioambientalmente adequada. Advogados, pregoeiros, integrantes de comissões de licitação,  empresários, gerentes, administradores e representantes de empresas, orçamentistas e outros profissionais que  elaboram propostas ou trabalham com licitações

Data: 09, 10 e 11 de dezembro de 2013

Local: Rua dos Andradas, 1781/1805, Centro Histórico, Porto Alegre

Inscrição: Para formalizar sua inscrição acesse o link abaixo e preencha a ficha de Pré-inscrição, em seguida, você receberá a ficha de inscrição através do e-mail fornecido, bem como as orientações para finalização do processo de inscrição.

Pré-inscrição

 

Mais informações: Instituto Venturi

O RH como alavanca da estratégia sustentável


Qual é o papel da área de recursos humanos na criação e promoção de fatores-chave para que gerentes pensem e ajam de forma diferente?

   

Por Aileen Ionescu-Somers*

A sustentabilidade integra, hoje, a agenda estratégica da maioria das multinacionais. No entanto, pesquisa do Centro Global para a Liderança em Sustentabilidade, da escola de negócios IMD, de Lausanne, na Suíça, mostra que poucas empresas têm se dedicado por inteiro a essa estratégia – o que significa que o alinhamento permanece “preso” em várias unidades de negócios resistentes, como finanças, vendas, marketing e, curiosamente, a
área de recursos humanos também. Como isso acontece?

As empresas às vezes sofrem para transformar as múltiplas facetas da sustentabilidade estratégica em crescimento e vantagem competitiva. Isso acontece principalmente porque os gerentes têm mentalidades fixas, ou de curto prazo, fortemente influenciadas pelo contexto de negócios – e também por seus próprios padrões de comportamento. As corporações podem, ainda, carecer de sistemas de valores, conhecimento e habilidades necessárias, além da ausência de uma cultura incentivadora que lhes permita alavancar a estratégia de uma melhor forma.

No entanto, a experiência diz que o RH das empresas possui diferentes graus de envolvimento na implementação estratégica. Portanto, há certo perigo de as discussões empresariais se resumirem ao “mínimo denominador comum”. Na verdade, a questão primordial é que, com a não inclusão estratégica do RH na agenda, as empresas provavelmente não implementarão plenamente suas estratégias de sustentabilidade.

Qual é o papel do departamento de recursos humanos de uma organização na criação e promoção de fatores-chave para que gerentes pensem e ajam de forma diferente? Sabemos, por meio dos inúmeros projetos de pesquisa no IMD, que a inclusão bem-sucedida de estratégias de sustentabilidade significa:

–  Construir e implementar um casamento de negócios claro entre departamentos e unidades;

–  Tornar absolutamente essencial a resolução de questões de sustentabilidade economicamente relevantes;

–  Criar valor em toda a cadeia, para todos os acionistas e partes interessadas;

–  Eliminar as lacunas de conhecimento entre os gestores referentes à relevância da sustentabilidade para suas atividades cotidianas;

–  Eliminar “silos organizacionais”;

–  E – o mais importante – mudar mentalidades para permitir maior equilíbrio entre a lucratividade no curto prazo e a estabilidade de longo prazo.

Naturalmente, para realizar essas mudanças, são necessários novos conhecimentos e habilidades – na verdade, novos tipos de gerentes. Também é fundamental uma cultura corporativa e sistemas de valores que funcionem como terreno fértil para a estratégia e, principalmente, permitam às pessoas alinharem a ação empresarial com visão e propósito corporativos.

Em qualquer organização, o RH desempenha um papel extremamente importante no processo de incorporação, uma vez que ele insere as pessoas na estratégia da sustentabilidade empresarial. No entanto, muitas vezes os departamentos de RH não se sentem habilitados a instigar e implementar as mudanças necessárias às organizações a fim de integrar a sustentabilidade.

O que queremos dizer com “integrar”? Simplesmente que o comportamento social e ambiental responsável (e as ações) integra-se aos sistemas de negócios como uma atividade corriqueira da empresa. Dessa forma, a sustentabilidade não permanece nem se torna um “complemento”, em que os especialistas e gerentes dedicados ao tema ficam sentados em “torres de marfim”, tentando – e, muitas vezes, deixando de – divulgar o interesse em estratégias de sustentabilidade dos principais gerentes funcionais, algo que não tem nenhuma relevância aparente na dura realidade das atividades gerenciais cotidianas.

Para promover o engajamento e fomentar a liderança em sustentabilidade numa organização, o RH tem de desempenhar papeis significativos, como:

–  Alinhar incentivos internos e fatores-chavecomo recompensa, contratação de talentos e revisão de políticas e práticas do desenvolvimento da liderança;

–  Manter coerência entre as diretrizes estratégicas e as ações cotidianas. O RH pode atuar como um “cão de guarda interno”, observando e ajudando a organização a abordar inconsistências. Do contrário, corre-se o risco de a empresa ser acusada de “lavagem verde”, na qual essas ações são tidas como “de fachada”;

–  Criar embaixadores internos, para promover a estratégia de sustentabilidade e orientar funcionários durante os processos de mudança;

–  Preencher as lacunas do conhecimento. Ao incorporar questões de sustentabilidade estrategicamente relevantes para a empresa, o RH pode se responsabilizar pela implementação do conhecimento.

–  Utilizar a sustentabilidade no recrutamento e retenção de talentos. Prevê-se que encontrar talentos vai ficar cada vez mais difícil, dependendo do setor. Empresas com visão de sustentabilidade e capacidade de articulação para mostrar resultados claros na prática dos negócios terão vantagens competitivas.

Entretanto, ao cumprir tais papeis o RH também enfrentará os seguintes desafios:

–  Conquistar credibilidade. As expectativas em relação ao RH são bastante elevadas, mas sua reputação nem sempre é das melhores. Assim, torna-se obrigatório reforçar sua credibilidade interna e cumprir papel proativo no apoio às estratégias de sustentabilidade. Além disso, o RH pode humanizar o tema de forma que os gestores se identifiquem, alinhando-se ao princípio básico do “conheça-se a si mesmo, conheça seu negócio e conheça sua equipe”.

–  Garantir que se coloquem as palavras em prática. As pessoas geralmente se entusiasmam ao falar de valores e princípios, mas demonstram maior resistência para agir e mudar seu comportamento.

Sistemas de RH têm o potencial de impulsionar essa mudança e ajudar as pessoas a superar barreiras, desde que:

–  A mudança de comportamento seja posicionada estrategicamente pela alta administração;

–  O RH atue como consultor interno, e não como executor;

–  Os gestores intermediários se envolvam com as estratégias desde o início, uma vez que mudanças geralmente se tornam reais e tangíveis no nível intermediário;

–  O fôlego seja construído e sustentado por um RH engajado, demonstrando progresso e integração aos negócios;

–  Os objetivos mensuráveis dos gerentes sejam revisados e devidamente alinhados;

–  A integração da sustentabilidade esteja alinhada com o propósito geral da empresa.

Há uma série de outras ferramentas e opções. O RH e setores de sustentabilidade podem trabalhar juntos para garantir que a empresa:

–  Esteja preparada para atrair novos tipos de liderança;

–  Valorize o longo prazo, a inteligência emocional, fatores de inovação e a vontade de um aprendizado contínuo;

–  Promova uma visão ampla do impacto dos negócios sobre (e a partir da) sociedade, meio ambiente e economia;

–  Mescle um direcionamento de cima para baixo com um engajamento livre de baixo para cima. Isso é essencial para o bom desempenho dos funcionários em relação às estratégias de sustentabilidade, nas quais o RH atua como uma espécie de conduíte;

–  Alinhe sistemas de recompensa e reconhecimento com metas de sustentabilidade, ao criar maneiras de recompensar a inovação sustentável e promover competição interna;

–  Desencadeie um processo interno para repensar como os negócios são feitos.

–  Impulsione o alinhamento comportamental com a estratégia de sustentabilidade, por meio de mudanças nas políticas empresariais, atingindo até o comportamento individual.

Para fixar ainda mais a estratégia de sustentabilidade nas organizações, setores de sustentabilidade e RH podem se unir para chamar a atenção do poder central da empresa. Essencialmente, quando não se tem poder, precisa-se de uma voz – e há situações que permitem aos indivíduos ou departamentos estabelecer uma voz que seja ouvida dentro da empresa. Identificando-as, pode-se conquistar a atenção necessária. O próximo desafio será sustentá-la e disseminá-la – o que é o mais difícil, mas não impossível. Tal qual o vírus da gripe, é preciso, acima de tudo, “contaminar” primeiramente as pessoas certas.

* Aileen Ionescu-Somers é diretora da CSL Learning Platform da IMD Business School, na Suíça.

Fonte: Ethos

Curitiba terá ciclovias que geram energia a partir do movimento


cicloviacuritiba-ecod.jpg
Os sensores, que além de sustentáveis ajudarão também na segurança dos ciclistas, serão implantados em 18,5 quilômetros de ciclovias
Foto: Cesar Brustolim/SMCS

A Soundpower, empresa japonesa de tecnologia, escolheu Curitiba para um projeto inovador no mercado brasileiro. A partir do segundo semestre deste ano, as ciclovias da cidade irão produzir energia para ajudar a abastecer um sistema de iluminação inteligente, informa o portal Hypeness.

Sensores instalados nas ciclovias produzirão a eletricidade através do som e da vibração provocados pelas bikes. Ou seja, quanto mais pessoas pedalando, mais energia será produzida. A quantidade de energia gerada será suficiente para acionar a sinalização luminosa nos cruzamentos envolvendo ciclovias e vias, além de coletar dados sobre intensidade de fluxo que irão ajudar no planejamento e expansão das ciclovias.

O projeto piloto é uma parceria entre a Soundpower, a Prefeitura de Curitiba e o governo japonês, e faz parte de um plano de iluminação já existente na cidade. “Enxergamos a possibilidade de integrar o produto deles ao nosso projeto, tornando todo o sistema mais inteligente para os ciclistas de Curitiba”, disse Fábio Ribeiro de Camargo, diretor de Iluminação Pública da administração municipal da capital paranaense.

Os sensores, que além de sustentáveis ajudarão também na segurança dos ciclistas, serão implantados em 18,5 quilômetros de ciclovias, mas trechos compartilhados como as ciclofaixas, por exemplo, não serão contemplados nesta primeira fase.

Fonte: EcoD

Saiba como resolver o problema do lixo orgânico em sua casa de forma sustentável


Já utilizada há muitos anos no meio rural, pela agricultura familiar, a compostagem com minhocas (vermicompostagem) através do uso de minhocários parece agora atrair o gosto de moradores de grandes centros urbanos. Essa forma de lidar com o material orgânico de forma sustentável recebe diversos nomes, como compostagem doméstica, caseira, residencial, e é indicada como uma possível solução para a problemática dos resíduos sólidos (veja aqui matéria sobre o uso da compostagem em grandes cidades).

O problema ambiental do lixo

Diariamente, é gerada uma enorme quantidade de lixo nas grandes cidades. Segundodados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 52% do volume total de resíduos produzidos no Brasil é de material orgânico. E tudo isso vai parar em aterros sanitários, onde tais resíduos são depositados com os demais tipos de lixo e não recebem nenhum modo de tratamento, o que gera a emissão de gás metano (CH4), um gás cerca de 25 vezes mais nocivo e agressivo para o meio ambiente do que o gás carbônico ou dióxido de carbono (CO2). A compostagem pode evitar a emissão e lançamento do gás metano na atmosfera, diminuindo sua contribuição para o desequilíbrio do efeito estufa e as mudanças climáticas, além de diminuir o volume de lixo destinado a aterros sanitários e lixões, o que geraria uma economia para o Estado e aumentaria o tempo de vida desses aterros.

A compostagem pode ser vista como uma forma de reciclagem de matéria orgânica. A fração do lixo que é orgânica é tratada naturalmente e se transforma em uma biomassa altamente nutritiva, que pode ser aplicada em jardins e hortas, como adubo. Veja o que é, como fazer e o passo a passo de como funciona esse método sustentável e saudável de reaproveitamento da matéria orgânica.

O que é a vermicompostagem?

Desde os primórdios o homem aprendeu a observar a natureza e tirar proveito de seus recursos. Logo, foram desenvolvidas técnicas para diferenciar solos pobres de solos férteis, e um dos principais elementos que ajudava nessa percepção era a presença de minhocas. O termo vermicompostagem é usado para denominar o processo de transformação biológica de resíduos de origem orgânica, em que as minhocas são responsáveis por acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica. O uso do vermecomposto ou húmus, nome dado ao produto gerado pelas minhocas, tem se mostrado uma forma eficiente, relativamente barata, sustentável e de baixa agressividade para a melhora da qualidade e fertilidade do solo.

As minhocas

Uma parte importante da vermicompostagem é feita pelas as minhocas. Acredita-se que, no mundo todo, existam mais de 8 mil espécies diferentes de minhocas. No Brasil, são conhecidas mais ou menos 260 espécies – em sua maioria nativas. A espécie mais indicada para a produção de húmus é a Eisenia fetida Savigny, mais conhecida como minhoca vermelha-da-califórnia –  isso se deve a sua capacidade de se adaptar facilmente às condições de cativeiro, à grande produção de húmus e à  alta velocidade de reprodução; mas não acredite na lenda de que, quando cortada, a minhoca se regenera dando origem a duas minhocas – dependendo do lugar do corte, a minhoca pode até morrer.

Ao contrário do que muitos pensam, as minhocas não são animais sujos e nem transmitem doenças, e podem ser utilizadas no seu lar sem gerar problemas (veja mais aqui). Criar minhocas pode ser como criar um animal de estimação qualquer, sendo que ainda lhe oferecem uma contribuição valiosa no apoio à decomposição de seus resíduos.

Na cidade

Com o aumento da conscientização ambiental, o mercado conseguiu adaptar-se às novas exigências e desejos do consumidor, criando novas tecnologias que cabem no dia a dia corrido das grandes cidades. Hoje, existem no mercado diferentes tipos decomposteiras disponíveis, para todos os gostos, bolsos e tamanhos de família.

Uma boa alternativa que pode ser utilizada na sua casa ou apartamento é composta por uma tampa e três ou mais caixas empilháveis de plástico opaco. A quantidade  de caixas e sua dimensão depende diretamente da demanda familiar, sendo as duas que ficam no topo e que são chamadas de digestoras, com furos no fundo – onde acontece toda a "mágica"; há também uma caixa coletora, a base, que serve para armazenar o chorume produzido no processo. É um método prático e simples de se compostar material orgânico (veja aqui um Guia de Compostagem com mais informações sobre métodos de compostagem).

Como funciona?

As duas primeiras caixas servem para para deposição dos resíduos orgânicos. Cerca de 200 minhocas ficam divididas entre os dois recipientes. Dependendo da quantidade de alimento disponível e do espaço, as minhocas conseguem auto-regular sua população. Na caixa do topo, você deve adicionar os restos de comida, como cascas de legumes, frutas; evite colocar alimentos com muita gordura, laticínios, espinhos de peixe, ossos, excesso de frutas cítricas (que em grande quantidade pode alterar o pH e acidificar o composto – ruim para as minhocas e para as plantas), carnes e frutos do mar (veja aqui o que pode e não pode ir na sua composteira à base de minhocas). 

A umidade é um aspecto dos mais importantes, uma vez que o composto demasiado úmido pode propiciar a formação e retenção de gases e ou mesmo dificultar a mobilidade das minhocas. Equilibrar a matéria orgânica molhada (suas sobras de comida) com matéria orgânica seca (serragem de madeira não tratada, folhas, etc) torna o ambiente ideal para que a composteira funcione e suas minhocas entrem em ação. Depositados os resíduos, cubra-os com o material seco. 

Recomenda-se como que em um passo-a-passo que os resíduos sejam depositados sucessivamente em fileiras (preferencialmente picados) e a seguir em camadas, preservando-se sempre no lado oposto uma camada de composto pronto, húmus livre de resíduos que servirá para o que se chama de "cama". A “cama” é como um local de segurança, onde as minhocas se sentem confortáveis, devendo existir em ambas caixas digestoras. Elas migrarão por todas as caixas, subindo e descendo, sempre usando os furos. Algumas podem, inclusive, ir para a caixa que recolhe o chorume, por isso é importante estar sempre atento para que elas não morram afogadas. Para evitar que isso aconteça, além da supervisão, deposite um pedaço de tijolo em um dos cantos da caixa, assim elas poderão utilizá-lo como escada para subir para a caixa superior. Depois que essa primeira caixa esteja cheia, será preciso trocá-la de lugar com a imediatamente abaixo, de modo que as minhocas possam trabalhar livremente enquanto a outra caixa recebe novos alimentos. Trate de proteger sua composteira do sol, posicione-a na sombra, pois o aquecimento no processo de compostagem ocorre naturalmente e as minhocas ficam bem assim.

Simultaneamente, ocorre a produção do chorume, que escorre das duas primeiras caixas e fica armazenado na última – ela tem uma pequena torneira para facilitar a sua coleta. Esse chorume não é tóxico e nem prejudica o meio ambiente. Trata-se de um líquido orgânico ou biológico, que é um biofertilizante líquido, rico em nutrientes e sais minerais e que também pode ser usado como adubo e pesticida. Basta dilui-lo em água, em uma proporção de 1/5 até 1/10, e borrifar nas folhas de sua horta caseira ou nas plantas de sua casa.

À medida que os alimentos são absorvidos, as minhocas migram para a caixa superior em busca de mais comida. Assim que o ciclo de produção estiver completo,o composto está pronto para ser utilizado em jardins, vasos e horta. Uma caixa digestora cheia leva de 30 a 60 dias para que todo o alimento seja decomposto. Após este período é possível utilizar o húmus nas plantas e liberar a caixa para uma próxima rodada de compostagem. Não devemos esquecer de deixar sempre uma "cama" para as minhocas na caixa vazia, mesmo em razão de que a decomposição não é feita exclusivamente pelas minhocas, mas por toda uma microfauna associada a elas e que garantem presença na "cama".

Para entender melhor o processo você pode curtir o video a seguir que detalha o passo-a-passo sobre como funciona e como fazer sua própria de compostagem doméstica:

             

Matéria originalmente publicada no poral eCycle

Fonte: Cidades Sustentáveis

ANA premia com viagem à Coreia do Sul boas práticas de uso sustentável da água


                        

Os interessados em participar do Prêmio ANA 2014 têm até 30 de maio para se inscreverem na premiação bienal da Agência Nacional de Águas através do hotsite www.ana.gov.br/premio. O objetivo do concurso é reconhecer boas práticas relacionadas a água em sete categorias: Empresas; Ensino; Governo; Imprensa; Organismos de Bacia; Organizações Não Governamentais (ONG); e Pesquisa e Inovação Tecnológica. Os trabalhos participantes devem contribuir para a gestão e o uso sustentável dos recursos hídricos do País.

Em 2014, o Prêmio ANA traz uma grande novidade para os vencedores de cada uma das sete categorias. Além de receberem o Troféu Prêmio ANA, eles ganharão uma viagem com despesas pagas para o maior evento do planeta sobre recursos hídricos – o Fórum Mundial da Água –, que acontecerá de 12 a 17 de abril de 2015 em Daegu e Gyeongbuk, na Coreia do Sul. Durante o evento, os vencedores apresentarão seus trabalhos no Pavilhão Brasil, estande do País no Fórum Mundial da Água.

O Prêmio ANA 2014 terá uma Comissão Julgadora composta por membros externos à Agência e com notório saber na área de recursos hídricos ou meio ambiente. Um representante da Agência presidirá o grupo, mas sem direito a voto. Os critérios de avaliação dos trabalhos levarão em consideração os seguintes aspectos: efetividade; impactos social e ambiental; potencial de difusão; adesão social; originalidade; e sustentabilidade financeira (se aplicável).

A Comissão Julgadora selecionará três iniciativas finalistas e a vencedora de cada uma das categorias. Os vencedores serão conhecidos em solenidade de premiação marcada para 3 de dezembro de 2014 em local a ser definido. O Prêmio ANA conta com patrocínio exclusivo da Caixa Econômica Federal e é apoiado pela Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas (REBOB).

Inscrições

Nesta edição do Prêmio ANA, as inscrições devem ser realizadas pelo hotsite do evento. Caso os participantes queiram enviar materiais físicos complementares, o envio deverá ser realizado por remessa postal registrada aos cuidados da Comissão Organizadora do Prêmio ANA 2014 no seguinte endereço: SPO, Área 5, Quadra 3, Bloco “M”, Sala 118, Brasília (DF), CEP: 70610-200. A data de postagem será considerada como a de entrega e o localizador da remessa deverá ser informado no ato da inscrição, que só será confirmada pela Comissão Organizadora após o recebimento dos materiais complementares.

Cada participante pode inscrever mais de uma iniciativa. Além disso, poderão ser apresentados trabalhos indicados por terceiros, desde que acompanhados de declaração assinada pelo indicado, concordando com a indicação e com o regulamento da premiação.

Categorias

De acordo com o regulamento do Prêmio ANA 2014, podem concorrer em cada categoria:

• GOVERNO: órgãos e entidades da Administração Pública Federal, Estadual, Distrital e Municipal, no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, assim como o Ministério Público e os Tribunais de Contas;

• EMPRESAS: públicas e privadas, bem como sociedades de economia mista. Também concorrem nesta categoria os setores usuários de recursos hídricos, tais como: agricultura irrigada, aquicultura, criação de animais, geração de energia elétrica, indústria, mineração, saneamento, transporte hidroviário e turismo;

• ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONG): associações não governamentais sem fins lucrativos (também chamadas de organizações da sociedade civil), com atuação na área de recursos hídricos e de meio ambiente, associações de classe, sindicatos;

• ORGANISMOS DE BACIA: comitês de bacias hidrográficas de rios de domínio da União, dos estados e do Distrito Federal; comissões de açudes e barragens; consórcios intermunicipais com ações na área de recursos hídricos; associações de usuários; e agências de bacia;

• ENSINO: estudantes e profissionais de instituições de ensino superior, médio e fundamental;

• PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA: instituições de pesquisa e profissionais voltados à produção científica e tecnológica;

• IMPRENSA: jornalistas de veículos de comunicação dos seguintes tipos: jornais, revistas, rádios, TV e sítios jornalísticos.
Poderão ser apresentadas matérias especiais ou séries de reportagens relacionadas à gestão ou ao uso sustentável da água, veiculadas por meio da mídia desde 1º de janeiro de 2013 até o encerramento das inscrições.

Cronograma

• Inscrições: até 30 de maio de 2014;
• 1ª Fase de avaliação: 4 de agosto a 12 de setembro;
• 2ª Fase de avaliação: 6 a 10 de outubro;
• Comunicação aos finalistas:  27 a 31 de outubro de 2014;
• Premiação: 3 de dezembro de 2014.

 
Texto:Raylton Alves – ASCOM / ANA
Fonte: ANA

Estudantes criam caixa de papelão mais prática e sustentável


A Rapid Packing Container pode ser aberta apenas apertando sua tampa, usa cerca de 15% menos papelão do que a comum e ainda dispensa a fita adesiva

Responda rápido: o que pode ser melhorado no mundo? Poucas pessoas pensariam na caixa de papelão, mas dois estudantes de engenharia pensaram nisso. E eles reinventaram a caixa de papelão.

Henry Wang e Chris Curr, da Escola de Engenharia Albert Nerken, postaram um vídeo no Youtube em que demonstram como funciona sua invenção, chamada “Rapid Packing Container”. Trata-se de uma caixa de papelão mais barata, mais fácil de abrir e de fechar, que utiliza menos papelão, que é transportada de maneira mais simples e que é facilmente reciclável.

A invenção pode ser aberta apenas apertando sua tampa, usa cerca de 15% menos papelão do que a comum e ainda dispensa a fita adesiva. Agora, os criadores procuram parceiros que queiram investir na industrialização do produto.

Via Ciclovivo

Fonte: Catraca Livre

Gerar sua própria energia ficou mais fácil


Está mais fácil para cada brasileiro gerar sua própria energia elétrica

 Aneel aprovou a revisão da resolução 482/2012, que permite aos brasileiros gerarem sua própria energia. Entre as mudanças está o estabelecimento de novas formas de geração distribuída

 

 

Jovens instalam placas solares no telhado do Centro Comunitário, em Vila Isabel (RJ) (©Otávio Almeida/Greenpeace

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O dia começou cedo na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que votou hoje (24/11) as mudanças nas regras de micro e minigeração de energia no país. A discussão levou mais de três horas e contou com a participação de representantes da indústria, do comércio, ONGs e de distribuidoras. Ao todo, 17 sustentações orais foram feitas por esses atores.

Entre as sugestões de mudanças feitas pelas Aneel, uma foi duramente criticada por quase todos os presentes: a redução na compensação de energia nos casos em que o sistema de geração está instalado em local diferente de onde há consumo. É o caso de prédios sem área livre que comporte um sistema, ou de um morador de apartamento e queira instalar o sistema em sua casa da praia.

Nessa hipótese, a geração não produziria uma compensação total na conta de luz. E isso reduziria entre 30% e 80% os ganhos do cidadão que aproveita a luz do sol para ter eletricidade. Na prática, isso impossibilitaria mais de 40 milhões de brasileiros – que hoje vivem em prédios, onde não há área útil o suficiente para instalar um sistema – de terem acesso à microgeração. Entenda mais aqui.

Esse ponto acabou sendo rejeitado por completo pela diretoria da Aneel ao fim da reunião. “Isso mostra que a agência, de fato, ouviu a sociedade civil, que não apoiava a mudança. A resolução aprovada não só incentivará a geração distribuída no país, como também permitirá que mais brasileiros se valham dos benefícios de gerar sua própria energia”, diz Barbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

A resolução validada oferece uma série de benefícios aos brasileiros. Entre os principais pontos alterados está a permissão para que moradores de um mesmo condomínio se organizem e instalem um sistema de energia solar, de forma a abater parte da conta de luz de suas residências. O mesmo vale para um grupo de pessoas que more em uma área próxima e queira aproveitar a luz do sol em painéis compartilhados. Antes, para ter compensações na conta de luz de sua casa, era preciso ter um painel instalado em seu próprio telhado.

O prazo de validade dos créditos gerados na micro e minigeração foi expandido de 36 para 60 meses, garantindo o benefício por mais tempo. A redução de prazos recaiu sobre as distribuidoras que tinham 82 dias, mas agora terão apenas 34 dias para conectar sistemas de microgeração (até 75kWp) na rede elétrica.

Com essas alterações, a Aneel prevê que o país chegue a 1,2 milhão de sistemas conectados à rede elétrica até 2024. “Desde 2014 o Greenpeace defende junto ao governo brasileiro a adoção da meta de 1 milhão de telhados solares no país até 2020. Agora, parece que estamos realmente no caminho correto para chegar lá”, concluiu Rubim.

De acordo com dados do próprio governo, se todo o potencial dos telhados de todas as casas brasileiras fosse aproveitado, geraríamos eletricidade suficiente para abastecer 2,3 vezes o consumo do setor residencial. 

A resolução aprovada traz novos ares para a micro e minigeração no Brasil! Temos, então, que continuar seguindo rumo um Brasil com mais energia renovável para todos nós. 

Fonte: Greenpeace

Agência da ONU enfatiza necessidade de garantir desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo


por Redação da ONU Brasil
 

                    Fazenda de energia eólica na Dinamarca. Foto: ONU/Eskinder Debebe

 

Garantir o desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo é primordial para a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), de acordo com o novo quadro de prioridades da agência divulgado esta semana.

Há quase 40 anos, os Estados-membros adotaram a Declaração de Lima sobre o Desenvolvimento Industrial e Cooperação – cujo objetivo era aumentar a participação mundial da produção industrial dos países em desenvolvimento e abrir o caminho para que a UNIDO pudesse se tornar uma agência especializada da ONU. Na segunda-feira (2), a UNIDO adotou a Nova Declaração de Lima, que salienta a importância do desenvolvimento industrial inclusivo e sustentável como base para o crescimento econômico contínuo.

“Apesar de integrar de forma equilibrada todas as três dimensões do desenvolvimento sustentável – econômico, social e ambiental -, acreditamos que as medidas eficazes para o desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo devem englobar o reforço das capacidades produtivas de forma que sustentem a transformação estrutural da economia, encorajem o crescimento econômico – criando empregos decentes -, aumentem a produtividade e o desenvolvimento, a transferência e absorção de tecnologia e apoiem as pesquisas relacionadas ao desenvolvimento”, afirma o documento.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-monn, disse na abertura da Conferência Geral da UNIDO que o mundo enfrenta a desigualdade, a volatilidade e a incerteza. “Nós vemos a rápida urbanização. O crescimento da população mundial significa que precisamos produzir mais bens e serviços, utilizando cada vez menos recursos e gerando cada vez menos resíduos e poluição.”

Segundo o diretor-geral da UNIDO, Li Yong, o documento é uma manifestação de apoio e confiança dos Estados-membros na agência, enfatizando a experiência crítica da UNIDO na área de desenvolvimento industrial sustentável e inclusivo e na formação de novas parcerias para o desenvolvimento.

* Publicado originalmente no site ONU Brasil.

Fonte: Envolverde