McDonald´s sai em busca do Big Mac verde


        

Dois anos depois de anunciar mudanças na fórmula dos seus hambúrgueres, após denúncia feita pelo chef de cozinha britânico Jamie Oliver sobre uso de hidróxido de amônio nos produtos, o McDonald´s prometeu novas modificações: quer comprar carne bovina sustentável a partir de 2016.

No site de lançamento da campanha, a empresa explica que a investida vem ao encontro dos apelos ambientais crescentes e à preocupação dos consumidores com a origem dos alimentos. Não será uma promessa fácil de cumprir.

No topo da lista de desafios, aparece uma pergunta simples — o que é carne sustentável? O McDonald´s diz que não tem a resposta pronta e afirma que o bife verde é um conceito em construção.

Em entrevista ao site GreenBiz, Bob Langert, vice-presidente de sustentabilidade global da gigante do fast-food, diz que a definição da terminologia será tarefa dos outros. "Carne sustentável não vai ser definida pelo McDonald´s…A chave aqui é fazer com o conceito seja definido por um grupo de partes interessadas e de ampla coalizão. Precisamos de uma maior massa crítica".

É aí que entra a Conferência Global sobre Carne Sustentável, um grupo composto por grandes players corporativos, como Walmart e Cargill e também ONGs como a World Wildlife Fund (WWF). No ano passado, o grupo emitiu uma versão preliminar de um documento intitulado "Princípios e Critérios para a Carne Sustentável".

Os princípios abrangem:
– pessoas (direitos humanos, ambiente de trabalho seguro e saudável);
– comunidade (cultura, o patrimônio, o emprego, os direitos à terra, saúde animal e bem-estar, segurança e qualidade alimentar);
recursos naturais (de saúde do ecossistema): e
– eficiência e de inovação (reduzindo o desperdício, otimizando a produção, a vitalidade econômica).

Os mais radicais podem argumentar que se trata de contradição em termos, afinal a criação de gado é uma das principais fontes emissoras de gases efeito estufa, vilões do aquecimento global. Sem falar da contaminação da água, do ar e de outros recursos naturais incorporados em fertilizantes, pesticidas e herbicidas usados pela indústria de ração de gado.

A par das críticas, a rede de fast-food afirma que está comprometida em reduzir o impacto ambiental de seus produtos. O raciocínio, conforme Langert, é de que se o negócio se sustenta na carne, então que seja carne mais ecológica — atualmente, 28% da pegada de carbono da empresa vem da proteína animal.

DE ONDE VEM O BIG MAC?
Outro desafio que a empresa terá que superar para colocar o hambúrguer ecológico no menu passa pelo convencimento da uma gigantesca e complexa cadeia de suprimento mundial.

Cada parte da indústria de carne bovina é de propriedade de uma entidade diferente e opera de forma independente, com práticas únicas que variam de acordo com papel na cadeia de abastecimento.

A carne que abastece os mais de 30 mil restaurantes da rede no mundo não vem diretamente de fazendeiros ou matadouros. O McDonald´s compra o produto congelado a partir de cerca de 20 empresas de processamento de alimentos em todo o mundo. No Brasil, o bolo é dividido entre a JBS e a Marfrig.

Você está se perguntando de onde vem seu Big Mac? Existem mais de 400 mil possibilidades. É o número aproximado de fazendas de gado que fornecem a carne que eventualmente recheia um hambúrguer da rede.
Esses produtores estão no início de uma cadeia de valor que inclui ranchos, fazendas leiteiras, gado de confinamento e processadoras de carne bovina.

Com uma cadeia de natureza tão complexa fica claro que adequar todos a um padrão de carne sustentável – ainda a ser definido – é tarefa árdua. Não à toa, a rede se eximiu de fixar uma data para ter 100% de seus hamburgueres com certificação ambiental.

A empresa, que responde por 1,5% a 2% de todo o consumo de carne nos países em que opera, também não está certa de quanta carne bovina sustentável vai comprar em 2016.

PASSADO
Esta não é a primeira investida verde da marca. No passado, o McDonald´s concordou em proibir a compra de carne originária do bioma amazônico e adotou padrões de bem-estar animal, desenvolvendo projetos com a colaboração de produtores para melhorar as práticas de manejo.

Desde janeiro do ano passado, parte dos peixes que recheiam o Mac Fish Burger já contam com certificado de origem, emitido pelo Marine Stewardship Council (MSC), enquanto o café traz o selo do FSC (Forest Stewardship Council).

São garantira de práticas responsáveis, que preservam o meio ambiente e permitem o progresso econômico das comunidades e produtores.

 

Fonte: Planeta Sustentável

Dicas para ser mais sustentável de forma econômica


Mesmo com os conceitos de sustentabilidade cada vez mais difundidos, ainda existe um medo de que optar por alternativas ecologicamente corretas torne o estilo de vida mais caro.

Evitar a energia vampirizada

Para evitar a energia vampirizada basta tirar da tomada os aparelhos que estão fora de uso. Mesmo quando eletroeletrônicos estão em “stand-by” eles continuam a gastar energia. Outro problema comum são as luzes acesas desnecessariamente. Atente ao apagar as luzes quando o cômodo não estiver em uso ou quando a iluminação natural for suficiente para manter o ambiente claro. Já que a dica é desplugar, aproveite para reduzir o tempo gasto na TV e computador.

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Trocar lâmpadas por modelos de LED

Lâmpadas incandescentes já foram praticamente abandonadas e trocadas por modelos fluorescentes. Isso representa uma redução significativa na conta de luz de uma residência. Mas, pode ser ainda melhor. As lâmpadas de LED são os modelos mais econômicos e duráveis. Apesar de serem mais caras, em pouco tempo é possível ter o retorno financeiro do investimento. Além da redução no gasto energético, elas não aquecem o ambiente.

#31 - LED

Pare de usar garrafas plásticas e evite beber suas calorias

Além de ser mais caro, o hábito de comprar água engarrafada só contribui para o aumento do lixo acumulado no mundo. Existe muito mais por trás das garrafas plásticas do que podemos ver quando elas estão nas prateleiras. O impacto ambiental é enorme e desnecessário. Tenha um filtro em casa e utilize garrafas reaproveitáveis. Atente aos modelos livres de Bisfenol A, uma substância cancerígena presente em alguns plásticos. Trocar os refrigerantes ou sucos artificiais pela água também é um jeito de reduzir o descarte de garrafas plástica e, acima de tudo, das calorias ingeridas. O açúcar e outros químicos não te ajudarão a elevar a qualidade de vida, sem contar que as bebidas industrializadas são muito mais caras.

                          copo de água

Deixe o carro na garagem – pelo menos para distâncias curtas

Caminhar não paga nada. Bicicletas não necessitam de combustível. Então, por que não utilizar essas opções com mais frequência? O carro acaba tornando as pessoas dependentes. Depois de se acostumar com o conforto de um automóvel, é muito fácil utilizá-lo para ir à padaria, ao mercadinho, farmácia ou outros locais próximos. Mas, isso não é realmente necessário. Qualquer pessoa saudável o suficiente para caminhar consegue andar distâncias de até cinco quilômetros sem dificuldade. Além de não ter a dor de cabeça de encontrar um lugar para estacionar, a caminhada ou pedalada permite a interação com a cidade e a vizinhança. Faça o teste e perceba a melhora no humor e a economia no bolso.

Aproveite, economize e seja mais consciente.

 

FONTE: Ciclo Vivo

Reciclagem de gesso traz solução sustentável para a construção civil


               

                                  

Uma empresa de Canoas (RS), cidade da região metropolitana de Porto Alegre, resolveu investir em um negócio que está beneficiando geradores de resíduos da construção civil, a economia e o meio ambiente: a reciclagem de gesso. Atualmente, a Sebanella recebe cerca de 1.000 toneladas do material por mês e o reutiliza, por exemplo, como fertilizante na agricultura.

 

A idéia surgiu da preocupação com os impactos causados pelo descarte incorreto dos resíduos na natureza. "A constante expansão da construção civil traz muitos benefícios para a economia, mas ao mesmo tempo pode impactar negativamente em outras áreas, como o meio ambiente", destaca Sebastian Pereira, sócio-diretor da empresa. "Este crescimento na construção civil vem gerando mais resíduos e os mesmos estão sendo descartados de forma incorreta, já que os aterros cobram um valor elevado, dando margem ao descarte em aterros clandestinos".

 

Desde 2011, o gesso passou a ser considerado um material reciclável, assim como plásticos, papéis, metais e vidros, por exemplo. Para ser reaproveitado, contudo, os resíduos de gesso devem ser armazenados separadamente. Assim, chega-se a reciclar 100% do material, que possui inúmeras empregabilidades – além da reutilização na construção civil, pode ser aplicado controladamente na agricultura para a correção de solos, como aditivo para compostagem, absorvente de óleos, controle de odores e secagem de lodos em estações de tratamento de esgoto.

 

A reciclagem do gesso evita os impactos negativos que este resíduo causa quando descartado inadequadamente na natureza. Sua disposição inadequada ou em aterros sanitários comuns pode provocar a dissolução dos componentes e torná-lo inflamável. Esses impactos, no entanto, podem ser evitados encaminhando o gesso para a reciclagem. As empresas que adotam este procedimento, além de contribuírem para a preservação do meio ambiente, ainda gastam aproximadamente sete vezes menos do que gastariam com o descarte em aterros privados.

 

“Vou contar minha experiência em desenvolvimento sustentável”


   Logo antes da abertura da 68ª sessão da Assembleia Gera da ONU, o Presidente John W. Ashe deu uma entrevista especial à rede de notícias DESA News. Ele falou como que a sua experiência poderia ajudá-lo a construir os objetivos de desenvolvimento sustentável entre os estados membros. Ele também explicou porque é o primeiro Presidente da Assembléia Geral a usar massivamente as redes sociais e redes de comunicação online.

   Em 18 de setembro de 2013, John W. Ashe, que é da Antígua e Barbuda, foi o Presidente da 68ª Assembleia Geral, o principal órgão deliberativo, representativo e definidor de políticas da ONU, composto por todos os 193 Estados Membros, é o único fórum para discussões multilaterais sobre assuntos internacionais abrangidos pela Carta das Nações Unidas.

 

Preparando o Palco!

   Logo após sua eleição como Presidente da Assembleia em 14 de junho, John W. Ashe e sua equipe delimitaram suas prioridades para a sessão sob o tema: “A Agenda de Desenvolvimento Pós-2015:  Preparando o Palco!”. Sob este tema John encorajou os Estados Membros e outros interessados a promoverem o diálogo, a reflexão e o compromisso na formulação de uma nova e efetiva agenda para superar a pobreza, insegurança e garantir o desenvolvimento sustentável, e que será lançada durante a 69ª sessão da Assembléia, prazo final para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em 2015.

   Antes de sua ascensão à Presidência da Assembléia, John W. Ashe serviu seu país como representante permanente nas Nações Unidas e na Organização Mundial do Comércio, posições que ele detinha desde 2004.

   Ele foi líder em muitos órgãos, nos principais acordos ambientais da ONU, inclusive como Primeiro Presidente do Conselho Executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MPL) do Protocolo de Kyoto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Ele possui Doutorado em Bioengenharia.

 

Três Eventos e Três Debates Temáticos 

   Durante o ano como dirigente da Assembleia Geral, o Presidente promoverá três eventos e três debates temáticos. O primeiro evento irá discutir a participação da mulher, jovens e sociedade civil na agenda de desenvolvimento pós-2015. O objetivo do evento é aumentar o diálogo, e fortalecer as abordagens, de forma a melhorar as condições e perspectivas de desenvolvimento para mulheres e jovens, que foram ainda mais marginalizados pelas crises globais de alimento, combustível e finanças.

   O segundo evento discutirá as contribuições dos direitos humanos e do estado de direito para a agenda de desenvolvimento pós-2015, especificamente discutir o quadro apropriado para garantir que os direitos humanos, o Estado de Direito e políticas públicas que possam firmar as plataformas políticas em evolução de forma a capacitar as pessoas a contribuir para o desenvolvimento sustentável.

   O terceiro evento terá foco nas cooperações Sul-Sul, cooperação triangular e tecnologia da informação e comunicação para o desenvolvimento (TIC) na agenda de desenvolvimento pós-2015. Nas últimas duas décadas, as mudanças globais e as transformações nacionais e regionais levaram a ameaças socioeconômicas e ambientais sem precedentes, cada vez mais complexas, desafiadoras e preocupantes. Em resposta a essas novas ameaças, bem como aos desafios já existentes, se exigirá novas formas de colaboração, inovação e parceria, que por sua vez podem maximizar o potencial das TIC’s contribuindo para alcançar nossos objetivos de desenvolvimento.

 

Aumentando o Foco Sobre as Parcerias

   Em complemento aos três eventos propostos, três debates temáticos vão promover a oportunidade de se estudar profundamente as questões chave da agenda de desenvolvimento pós-2015. Ashe pretende aumentar o foco sobre o assunto, explorando o papel da parceria e de sua contribuição para a agenda de desenvolvimento pós-2015. Tecnologia, Intercâmbio de conhecimentos, financiamentos e meios inovadores de implantação serão assuntos críticos no vindouro debate.

   O outro debate temático examinará como trabalhar para garantir sociedades pacíficas e estabilizadas no panorama da agenda de desenvolvimento pós-2015, incluindo a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento e progresso, diminuindo fatores externos que possam contribuir na geração de conflitos, assegurando o acesso a justiça, reduzindo a violência e melhorando as políticas públicas que procuram garantir a paz e desenvolvimento.

   O terceiro debate temático tratará dos papéis da água, saneamento e energia sustentável na agenda de desenvolvimento pós-2015. Com cerca de 1,4 bilhões de pessoas sem acesso à eletricidade, 2,5 bilhões que não têm acesso a combustíveis para uso na cozinha, 900 milhões sem acesso à água potável e 2,6 bilhões que não possuem saneamento básico são urgentes as ações para enfrentar estes problemas. Muitas iniciativas nestes campos já estão em andamento, mas há a necessidade de se aproveitar, compartilhar e ampliar tecnologias, além de melhorar as práticas na área da gestão integrada da água, energia sustentável e saneamento como parte da agenda de desenvolvimento pós-2015.

Traduzido por: Estevão Matos

Texto original: http://www.un.org/en/development/desa/newsletter/desanews/feature/2013/10/index.html#8414

Tomando a decisão sustentável


                   

 

Cada vez mais as empresas discutem a sustentabilidade, mas exatamente o quê elas querem dizer? Embora muitas pessoas definam práticas sustentáveis como aquelas que beneficiam a sociedade, a sustentabilidade corporativa é reduzida, frequentemente, à minimização de danos ao meio ambiente. Assim, as empresas têm adotado medidas como a redução de materiais e do consumo de energia, e o uso de artigos reciclados.

 

As empresas não têm enfrentado muitas dificuldades para mudar suas práticas para se tornarem socialmente mais responsáveis. A redução da quantidade de energia e materiais utilizados na fabricação de um produto gera significativas economias de custo. Como resultado, a grande maioria das empresas tem alterado sua cadeia de suprimentos e operações para tirar proveito desta “fruta de fácil colheita”.

 

A iniciativa “ecomaginação” da General Electric é um bom exemplo de como uma empresa pode tornar a si mesma, e a seus consumidores, mais sustentável ao impulsionar o crescimento econômico. Estas inovações incluem motores a gás natural, baterias de sódio e sistemas de captação de carbono, que minimizam os impactos no meio ambiente enquanto aumentam a eficiência.

 

Outro exemplo é a garrafa plástica de água “Eco-Fina”, da Aquafina, produzida com 50% menos plástico e que, consequentemente, tem metade do peso. A Aquafina teve economias não só nos custos dos materiais, mas também nas despesas com transporte, restringindo, portanto, as emissões de CO2.

 

A sustentabilidade além da rentabilidade

Há empresas que não dão a importância devida às práticas sustentáveis, considerando a sustentabilidade como sinônimo de rentabilidade. Mas o que acontece quando elas precisam ir um pouco além? Quando chegar o momento, elas estarão dispostas a tomar decisões mais difíceis e dispendiosas que beneficiarão a sociedade? Se tomarmos como base a escolha recente da J.P. Morgan Chase & Co., de não mais participar do mercado de empréstimo estudantil nos EUA, os sinais não são promissores.

 

No início de 2013, um relatório da FICO destacou crescentes quantidades de empréstimos e taxas de inadimplência no mercado norte-americano de empréstimos estudantis. De acordo com Andrew Jennings, diretor de análise e laboratórios da FICO, “esta situação é simplesmente insustentável”. Embora a afirmação não seja surpreendente a princípio, ela representa uma tendência crescente no discurso corporativo de equiparar sustentabilidade e rentabilidade. Se algo que é essencial para beneficiar a sociedade, como o financiamento da educação, deixa de ser rentável, isto significa que o setor privado simplesmente deve abandoná-lo?

 

Thasunda Duckett, diretora executiva de empréstimos estudantis da J.P. Morgan Chase, afirmou que o maior banco norte-americano está se retirando do setor de empréstimos estudantis dos EUA porque “simplesmente não vemos este como um mercado no qual podemos crescer de modo significativo”. Segundo recentes relatórios da FICO, o próprio mercado está em expansão, porém, sua rentabilidade está em queda. De forma semelhante, o US Bancorp parou de aceitar pedidos de empréstimo estudantil em março do ano passado, assim como bancos norte-americanos menores também estão debandando do mercado.

 

O aumento dos pedidos de empréstimos estudantis pode ser atribuído à situação econômica dos EUA e aos custos de ensino cada vez maiores. Mas com os empréstimos federais Stafford limitados a US$ 31 mil e os custos da educação em crescimento devido ao aumento da demanda, onde os estudantes poderão obter empréstimos adicionais para cobrir suas necessidades se não for junto aos bancos privados? À medida que famílias de baixa renda enfrentam maior dificuldade para financiar suas casas e, agora, para educar seus filhos, a decisão por parte dos bancos de abandonar o mercado seria a mais “sustentável” ou simplesmente a mais rentável? E com base em qual perspectiva de tempo a rentabilidade está sendo avaliada?

 

Pensando no futuro

Algumas empresas e indústrias como um todo são obrigadas a expandir suas perspectivas de tempo visando à rentabilidade. O setor farmacêutico é um bom exemplo. Seus produtos exigem um custo inicial significativo e enfrentam riscos elevados de fracasso, mas resultam em soluções que beneficiam, em muito, a sociedade. Embora a indústria de medicamentos seja alvo de muitas críticas, ela oferece pistas sobre como os ganhos em curto prazo podem ser sacrificados visando à rentabilidade no longo prazo para promover a sustentabilidade.

 

A noção de “capital paciente” é proeminente na área do desenvolvimento internacional, no qual os investimentos são feitos com um panorama de 10, 20 ou até 50 anos, assim como na emergente área de operações bancárias sustentáveis. Estes bancos, que surgiram dos movimentos de investimento socialmente responsáveis e de microfinanciamentos, estão voltados para o investimento em empresas e organizações que visam beneficiar a sociedade. O Triodos Bank, sediado na Holanda, investe apenas em iniciativas sustentáveis, avaliando como beneficiarão a sociedade antes de determinar sua viabilidade financeira. O banco também aboliu os bônus para assegurar que os funcionários (ou “colegas de trabalho”, como são chamados no Triodos) não sejam financeiramente incentivados a tomar decisões não sustentáveis.

 

Foco na sociedade, não mais no lucro

A mudança de uma perspectiva com foco no lucro para uma com foco na sociedade exige noções de tempo mais longos, assim como produtos e modelos de negócios inovadores. As empresas geralmente inovam rapidamente se for para aumentar sua rentabilidade no curto prazo, como pudemos ver no desenvolvimento de títulos hipotecários e derivativos que levaram à crise financeira global. No entanto, as empresas precisam agora começar a focar inovações que realmente beneficiem a sociedade. Ao ampliar o período para se obter retornos de investimento e priorizar a sustentabilidade em detrimento da rentabilidade, as empresas passam a promover um futuro promissor para si mesmas e para as sociedades ao seu redor.

 

 

 

Por Francisco Szekely, professor de Leadership and Sustainability da Sandoz Family Foundation e diretor do Global Center for Sustainability Leadership (CSL) no IMD.

 

 

 

 

Fonte: Ideia Sustentável

Piquenique Sustentável no mês do Consumo Consciente


Instituto Akatu incentiva brasileiros a se reunir com amigos e familiares em programa simples e divertido.

                 

Neste mês de outubro, o Instituto Akatu lança a campanha Piquenique Sustentável, para marcar o Dia do Consumo Consciente, celebrado no dia 15 (terça-feira). A campanha tem a missão de mobilizar os brasileiros a comemorar a data de uma forma muito simples e divertida: com um piquenique! E o Akatu ainda dá o exemplo, convidando todos a participar do encontro que organiza no dia 19, na Praça Victor Civita, em São Paulo.

As pessoas são convidadas a trazer seu lanche sustentável e aproveitar o espaço repleto de soluções arquitetônicas e educativas sustentáveis.

Pelo terceiro ano consecutivo, a campanha lançada pelo instituto incentiva uma grande rede de piqueniques sustentáveis em todo o país. “O objetivo é chamar a atenção das pessoas para a possibilidade de realizar uma atividade que proporciona imenso bem-estar e pode ser feita sem qualquer tipo de consumismo. Com esta campanha queremos promover o consumo com consciência, apenas do essencial para esse momento lúdico” afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Akatu. 

O mês do Consumo Consciente reúne também o Dia das Crianças (12/10), o Dia do Professor (15/10) e o Dia Mundial da Alimentação (16/10) – cuja celebração completa a ideia do Piquenique Sustentável e reforça junto às crianças, aos professores e nas escolas a importância dessas datas como um momento alegre e de integração. 

Para ajudar na organização do Piquenique Sustentável, o Akatu colocou em seu portal uma série de dicas que tornam a atividade, de fato, mais sustentável. Além disso, convida os participantes dos piqueniques a relatarem suas experiências, com histórias e fotos pelo Facebook, Twitter ou pelo e-mail akatu@akatu.org.br.

O Akatu espera, até o fim de outubro, receber uma grande quantidade de relatos. Piquenique no feriado, no final de semana, no intervalo do almoço no trabalho, à luz da lua, com brincadeiras, feira de trocas de brinquedos, roupas e acessórios: vale qualquer ideia nova e divertida que surgir. “É uma maneira interativa e engajadora de refletir sobre nossos hábitos de consumo”, afirma Mattar.

O que comprar, como comprar, de quem comprar, o que levar, como levar, como descartar, como ir, que atividades fazer durante o dia etc. Todas essas perguntas vão aparecer durante o planejamento do Piquenique Sustentável e, por isso, o Akatu preparou um KIT especial: 

1.    Guia para um Piquenique Sustentável, com sugestões para ajudar a fazer escolhas mais sustentáveis de consumo para o piquenique. 

2.    Cartazes para preencher e colar na escola, empresa ou onde quiser. Lá é possível indicar o dia e o local que escolheu para realizar o piquenique.

3.    Peças para divulgar na internet, Facebook e também enviar aos convidados.

4.    Uma assinatura de e-mail para divulgação da ideia em mensagens eletrônicas.

Mais informações no site www.akatu.org.br.

Serviço
Piquenique Sustentável
Quando: 19 de outubro, das 9h às 13h.
Onde: Praça Victor Civita (R. Sumidouro, 580, Pinheiros, São Paulo / SP.
A arquibancada ou o palco será o espaço para atividade em caso de chuva.

 

Fonte: Revista Mundo Eco

Linky – o medidor verde.


Em 2020, todas as casas francesas deverão ser equipadas com estes sensores inteligentes, os quais permitirão o controle de suas faturas. Um primeiro passo rumo a uma sociedade menos consumidora de energia.
 

No dia 9 de julho, o primeiro ministro francês deu fim ao suspense em torno do Linky. O medidor inteligente de última geração equipará todos os lares franceses até 2020, um total de 35 milhões de aparelhos. O governo, assim como os operadores de energia, espera que o Linky abra caminho para as redes elétricas inteligentes- smart grids. 
Mas qual será o valor agregado aos medidores de consumo, além do controle em tempo real? Para responder o desafio é necessário pensar no planejamento para 2020, quando as energias verdes representarão 23% da energia consumida na França, já que o país está comprometido junto a Comissão Europeia em (13,1% desde2011). As energias renováveis como eólica e solar são, por essência, intermitentes e não estocáveis, desta forma, as smart grids, permitirão a rede elétrica um ganho de flexibilidade através dos contadores, os quais enviarão um sinal em tempo real aos aparelhos domésticos, evitando que apaguem em horários de pico. Desta forma, caso também surja um vento súbito favorável e que impulsione uma grande quantia de energia eólica nas redes, os consumidores também serão incentivados a aproveitar.

Modelo sustentável

Ainda que os franceses entrem no jogo, a revolução das smart grids não terá lugar sem massivas modificações no comportamento para atingir a flexibilidade proposta. Dentro de um contexto em que o preço da energia elétrica deverá subir para manter os velhos parques nucleares e financiar as energias verdes, o esperado é que todas as pessoas consumam menos energia e de uma forma melhor.
Porém, a sociedade terá que pagar uma taxa extra para instalação do Linky? Seja o aparelho usado para retardar o uso da máquina de lavar, ou do forno em função das necessidades da rede o único atrativo será a política de incentivo de preços?
São algumas questões que os líderes do mercado de energia enfrentam quanto à implantação do contador verde.
Stéphanie Balsollier, diretora regional da companhia elétrica francesa da metrópole de Lyon, afirma que: “o conhecimento em tempo real dos gastos de energia elétrica, podem mudar hábitos. Este é um tipo de serviço não habitual, não conhecido e nem previsto pelo grande público em geral.”
Gérard Bouvard, diretor do gabinete de Adage, diz: “o mercado não está maduro para receber essa inovação. A ideia de que os fornecedores podem restringir o consumo de energia elétrica ainda é um paradoxo”.
Para a socióloga Stéphane Hugon, do Centre D’étudesSurL’actuelet Le Quotidien, (Centro de Estudos Sobre Atualidades e Cotidiano), não é possível separar a questão da energia das questões políticas e culturais: “nosso sistema de energia reflete um sistema político herdado do século XIX, e um modelo de pirâmide patriarcal. Assim, para o "bem" dos franceses, o governo impõe o Linky, equipamentos da companhia de energia francesa ERDF desenvolvido in vitro, entretanto se esqueceram de provar como os franceses se beneficiariam com isso”. Alude Serge Subiron que “o cliente paga a conta de energia elétrica sem saber exatamente o que ela cobre. Mas a energia é o calor, a luz, a televisão… devemos reencontrar a energia por uma relação lúdica e não restritiva", diz o CEO da
IJENKO.

 

Brincadeira de criança

A aposta no Pluzzy, aparelho lançado em setembro pela Ijenko et Toshiba, se conectado ao medidor de energia (Linky), traz dados do consumo da casa e dos seus aparelhos eletrônicos em tempo real, determinando ainda aqueles que são os maiores consumidores.
A interface do aparelho Pluzzy, oferece aconselhamentos personalizados e melhorias para diminuir os gastos da casa.  O usuário poderá compartilhar os hábitos que o levaram a reduções de gastos e fazer comparações, em redes sociais, como o Facebook e o Twitter.  A técnica de compartilhamento das melhores práticas é conhecida como “eco-friendly”. Atualmente o PLuzzy tem o preço de €500, mas existem previsões para queda do valor após o lançamento. Contudo, resta saber se os consumidores entenderão a prática destes aparelhos e os deixarão ligados.

 

Fonte: http://www.liberation.fr/economie/2013/09/08/linky-le-compteur-au-vert_930272

Fotos: Reprodução
Matéria Publicada por Michèle Foin em 8 de Setembro de 2013.

Tradução e adaptação: Matheus Lima.

 

A casa inovadora e sustentável


Sempre existem milhares de soluções para um único problema, basta olhá-lo por outros ângulos e analisá-lo sob um ponto de vista prático, que é o caso desse projeto. Trata-se da LIFT House: (Low Income Flood-proof Technology ou, em tradução livre: Tecnologia à prova de Inundações de Baixo Custo)  uma solução inovadora para a habitação sustentável para comunidades de baixa renda em áreas sujeitas à inundações.

A casa foi feita para flutuar de acordo com a elevação do nível da água, e recuar ao nível do solo quando o nível baixar posteriormente, ou seja, em vez de restringir a passagem de água, a estrutura anfíbia trabalha com a natureza para conseguir proteção contra enchentes.

O projeto foi pensado e construído por Prithula ProSun, como resultado de sua tese de mestrado da Universidade de Waterloo, do Canadá, para auxiliar famílias de baixa renda que vivem em casas improvisadas na cidade de Dhaka em Bangladesh, que sofrem (e alguns perdem a vida) durante graves inundações por conta do transbordamento de rios, drenagem inadequada e chuva de monção.

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A casa flutua por conta de duas técnicas: uma fundação de ferro-cimento oca e uma fundação com armação de bambu cheio de garrafas pets usadas, garantindo estabilidade na estrutura da casa que permanece estática no eixo vertical. Além disso, essas duas fundações são responsáveis por captar e filtrar a água da chuva durante o período chuvoso, que é armazenada e pode ser usada o ano todo. O material escolhido para a construção foi o bambu, que além de barato é abundante e de fácil reposição.

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A casa foi projetada para ser autosuficiente, sem conexões com o sistema de abastecimento da cidade, que muitas vezes no entorno que essa população vive é muito precário. A LIFT possui também dois painéis solares de 60W que abastecem a casa para usar iluminação e ventiladores. O banheiro de compostagem compartilhada permite aos moradores criarem adubo a partir dos resíduos humanos que podem ser vendidos ou aplicados na horta após 10 anos de uso, a urina vai para o jardim através de uma tubulação no subsolo e funciona como fonte de nutrientes.

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O projeto piloto foi testado com sucesso em 2010 e agora é o lar de uma família com cinco pessoas. Ele se concretizou devido a uma bolsa de pesquisa do Centro Internacional de Pesquisas para o Desenvolvimento (IDRC).

 

Fonte: Hypeness

Distrito Federal inaugura primeiro supermercado sustentável


 

A Rede de Supermercados Super Maia inaugurou seu primeiro estabelecimento ecológico no Distrito Federal. Incorporando um conceito ambientalmente correto, a loja da cidade satélite de Sobradinho passou por uma reforma estrutural apostando na construção sustentável. 

Entre as mudanças, o prédio tem reduzido o uso de ar-condicionado graças ao telhado térmico, em que uma camada de isolamento diminui o calor na área interna da loja. Além disso, a iluminação natural zenital, durante o dia, proporciona maior captação de luz, consequentemente, ganhos na economia de energia.

Todas as lâmpadas são de LED, recicláveis e, além de não emitirem raios ultra-violeta, possui uma durabilidade 25 vezes maior do que as convencionais. Elas também não possuem mercúrio nem nenhum outro tipo de metal nocivo ao meio ambiente.

Também foi instalado um reservatório de água, que possibilita que o prédio realize captação da água da chuva e a utilize para diversas atividades, como lavagem de pisos e paredes. A área verde da loja, que envolve árvores, gramado e jardins, é irrigada com a água captada por este sistema. As torneiras foram confeccionadas para evitar o desperdício e o consumo de água. 

A empresa também adotou equipamentos que utilizam gás carbônico para congelar alimentos e preservá-los. Estes refrigeradores não emitem gases nocivos à camada de ozônio como o clorofluorcarboneto (CFC), o conhecido “gás de geladeira”, que é um meio de retirar o calor que o equipamento produz.

Atuando em Sobradinho desde 2006, a empresa tem realizado diversas atividades com a comunidade desde então. Este ano, o Super Maia já deu início a um sistema de coleta e reciclagem de óleo, gordura e resíduos, além de vários pontos de coleta seletiva de lixo. As sacolas distribuídas na loja são de material oxi-biodegradável e todas as lojas adotaram a campanha para que os clientes evitem utilizar sacolas plásticas.

Fonte: ciclovivo.com.br