Brasil entre os dez países que mais investem em energia limpa


Depois de dois anos em queda, os investimentos globais em energias limpas aumentaram 17% em 2014 – US$ 270 bilhões ano passado, contra US$ 232 bilhões em 2013

As informações são de um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado na terça-feira, 31 de março.

Segundo o documento, o aumento foi puxado pela expansão das instalações solares na China e no Japão e dos projetos eólicos em alto mar na Europa. Além disso, o Brasil figura entre os dez países que mais investiu no setor.

O total de investimento é apenas 3% menor do que o recorde, que foi registrado em 2011, quando foram aplicados US$ 279 bilhões. Além de fatores econômicos, o relatório mostra que a queda de investimento registrada nos últimos dois anos também tem relação com a redução do custo das tecnologias. Ano passado, cada dólar era capaz de comprar 103 gigawatts (GW) de energia limpa; em 2013, eram 86 GW; em 2012, 89 GW; e em 2011, 81 GW.

Brasil investiu US$ 7,6 bilhões e figura entre os dez países que mais aplicaram no setor

"Estas tecnologias de energia limpa são indispensáveis e sua importância global vai aumentar à medida que o mercado amadurecer, os preços continuarem a cair e a necessidade de controlar as emissões de carbono se tornar mais urgente", destacou o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner. "A crescente penetração das energias renováveis nas economias em desenvolvimento é um dos aspectos mais importantes do relatório", acrescentou.

Solar e eólica
A China foi de longe a maior investidora em energia renovável no ano passado — um recorde de US$ 83 bilhões, aumento de quase 40% em relação a 2013. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, com US$ 38,8 bilhões em investimentos, aumento de 7%. Em terceiro, o Japão, com US$ 35 bilhões e crescimento de 10%. Um boom em energia eólica em alto mar na Europa resultou em sete projetos de US$ 18,6 bilhões. Enquanto isto, o Brasil investiu US$ 7,6 bilhões e figura entre os dez países que mais aplicaram no setor (7ª posição).

Energia limpa: momento mais que propício ao investimento

Energias solar, eólica, de resíduos e outras fontes renováveis foram responsáveis por gerar 9,1% da eletricidade global, contra 8,5% em 2013. Como em anos anteriores, o mercado em 2014 foi dominado por investimentos recordes em energia solar e eólica, que representaram 92% do total de energias renováveis.

Fonte: EcoDesenvolvimento.

Geógrafo dissemina uso de aquecedor solar em BH


Pensando em aproveitar e disseminar o potencial de energia solar do Brasil, o geógrafo e educador Rafael Xavier, oferece cursos de como fazer um aquecedor solar de baixo custo, que foi desenvolvido pela ONG Sociedade do Sol.

Ele fez os cursos da ONG em São Paulo, tornou-se monitor e multiplica a tecnologia por Belo Horizonte. Até o momento, 3 mil pessoas já receberam seus cursos, que pode ser feito por qualquer um, sem necessidade de habilidade prévia e dura apenas 8h.

O objetivo de Rafael Xavier é levar um aquecedor solar de baixo custo para todas as moradias do país. A tecnologia utiliza a energia do sol e é construída com materiais baratos, utilizando técnicas simples de construção, como furo, colagem, pintura e montagem.

Para saber como fazer o curso e tornar-se um usuário ou multiplicador do aquecedor solar de baixo custo, basta entrar em contato com a ONG Sociedade do Sol. Se preferir encarar o desafio sozinho, eles ainda oferecem tutoriais para construir o aquecedor em casa.

Benefícios dos aquecedores solares.

Para cada m2 de coletores de energia solar, 55m2 deixam de ser inundados. Essas áreas normalmente tem alto potencial agrícola. Além disso, 1m2 de coletor instalado economiza 215 m3 de lenha, 73 litros de gasolina e 66 litros diesel.

Fonte: Catraca Livre (http://catracalivre.com.br/bh/sustentavel/indicacao/geografo-dissemina-uso-de-aquecedores-solares-em-bh/ )

Energia solar ganhando a importância que ela merece


   

Com o conhecimento sobre energia solar sendo difundido amplamente no Brasil e a dependência hidrelétrica das chuvas, elemento que se torna cada vez mais imprevisível à medida que avançam as mudanças climáticas, a pressão para que o governo invista e apoie essa fonte de energia está funcionando.

Uma carta do Greenpeace, enviada para os presidenciáveis, resultou em ótimas diretrizes para a política nacional de energia, no programa de Marina Silva. Tais como aumentar a proporção de energias renováveis na matriz energética, reduzir o consumo absoluto de combustíveis fósseis, descentralizar e democratizar a geração e o armazenamento de energia, estabelecer a meta de construir 1 milhão de casas com sistemas de autogeração de energia, a partir de painéis solares fotovoltaicos, e 3 milhões de casas com aquecimento solar de água até 2018.

Ja foi instalada em Tubarão, no sul do estado de Santa Catarina, a maior usina solar do Brasil. A Usina Cidade Azul comporta mais de 19 mil placas fotovoltaicas. Os painéis recebem a radiação solar, geram energia em corrente contínua, vão para inversores, que transformam a energia alternada e depois vão para transformadores que elevam para a tensão de energia que é entregue à Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina). Instaladas as margens da BR-101, essas placas absorvem essa radiação transformando-a em energia, podendo produzir até 3 Megawatts de energia em um dia de sol forte, tendo uma média anual prevista de 2,5 mil casas abastecidas por dia. A usina Cidade Azul é um laboratório em escala real, varias mini-usinas dentro de uma única, com três diferentes tecnologias fotovoltaicas e cinco diferentes inversores. O objetivo é avaliar a diferença de cada tecnologia em diferentes condições climáticas.

A energia solar precisa ampliar sua participação na matriz energética no Brasil, já que somos o país com maior quantidade de radiação solar do mundo. O lugar menos ensolarado do pais recebe 40% mais de energia que o lugar mais ensolarado da Alemanha, que está entre os países que mais investiu nessa fonte nas ultimas décadas.

Fonte: Ecoeficientes

Uma ilha 100% energia renovável


Uma ilha 100% energia renovável, artigo de José Eustáquio Diniz Alvesebook

 

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[EcoDebate] O mundo precisa superar a era dos combustíveis fósseis e avançar na revolução da energia renovável. O Acordo de Paris, aprovado na COP-21, fala da descarbonização da economia e no avanço das energias renováveis. Livros, como o de Lester Brown e colegas “The Great Transition Shifting from Fossil Fuels to Solar and Wind Energy” encaram com otimismo da transição da energia fóssil e nuclear para as “energias limpas”, a partir do fortalecimento da produção de energia solar, eólica e outras fontes renováveis.

Sem dúvida houve ganhos tecnológicos recentes e fundamentais, pois o preço dos painéis solares fotovoltaicos (PV) declinaram 99% nos últimos quatro décadas, a partir de 74 dólares por watt em 1972 para menos de 70 centavos de dólar por watt em 2014. Entre 2009 e 2014, os preços de painéis solares caíram por três quartos, ajudando as instalações globais de PV crescerem 50% ao ano. Ao longo da última década, a capacidade mundial de energia eólica cresceu mais de 20% ao ano, devido ao aumento impulsionado por características atraentes, pelas políticas públicas de apoio à sua expansão e por custos decrescentes. Na China, a produção de eletricidade a partir de centrais eólicas já ultrapassa aquelas a partir de usinas nucleares, enquanto o uso de carvão chegou ao pico (Brown, 2015).

Mas há uma ilha em que as energias renováveis se tornam hegemônicas. A ilha de El Hierro, que fica no arquipélago das Canárias, pertencente à Espanha, pretende abastecer com energia elétrica proveniente de fontes totalmente renováveis todas as suas necessidades. No centro do projeto, está a construção de uma central hidrelétrica.

Reportagem de Karina Ninni e Afra Balazina (2011) mostra que a central inclui um parque eólico, depósitos superior e inferior para água, tubulações e duas estações, uma de bombeamento e outra hidrelétrica. Quando o vento for suficiente, a central produzirá eletricidade com base no parque eólico. Se não houver vento, a energia virá da água. O parque terá uma potência de 11,5 MW, enquanto a demanda dos 10,7 mil habitantes da ilha é de cerca de 7 MW.

Segundo a empresa Gorona del Viento El Hierro: “O excedente de energia eólica será usado para bombear água entre o tanque inferior e o superior. Em tempos de escassez de vento, a água acumulada a 700 metros de altura descerá pelas tubulações até o reservatório inferior, e a eletricidade será produzida com energia da água”.

Assim, a central hidroeólica visa eliminar a dependência exclusiva das fontes intermitentes, como a eólica e a solar. A hidrelétrica acoplada ao sistema eólico e solar funciona como forma de armazenamento de energia potencial. Em caso de emergência, El Hierro poderá utilizar motores a diesel para garantir a energia necessária. O próximo passo é garantir que toda a frota de carros use exclusivamente energia elétrica e renovável até 2020.

Não resta dúvidas que o projeto de El Hierro é uma fonte inspiradora para a economia internacional e a mudança da matriz energética. Mas seria ilusão fazer apologia da tecnologia e apostar todas as fichas de que o desenvolvimento sustentável seria o caminho inevitável para conciliar os avanços materiais e o meio ambiente. Como alertou Ted Trainer, no livro, “Renewable Energy Cannot Sustain a Consumer Society”, a sociedade atual, assentada no triângulo indústria-riqueza-consumismo, é insustentável e injusta, envolvendo taxas de utilização de recursos per capita que são impossíveis de atingir e universalizar para toda a população, ainda que utilizando energia renovável.

Portanto, os investimentos em energia eólica, solar, hidroeólica e hidrosolar devem vir acompanhados de uma mudança no modelo de produção e consumo que degrada a natureza e aumenta a pegada ecológica. O mundo precisa se livrar dos combustíveis fósseis, mas também precisa caminhar rumo ao decrescimento das atividades antrópicas, renovando o estilo de desenvolvimento consumista que tem colocado tantas pressões sobre o meio ambiente e a biodiversidade. A mudança da matriz energética é um primeiro passo. Mas a construção de uma civilização ecológica e ecocêntrica é um sonho ainda muito distante e que vai requerer muitos esforços.

Referências:

ALVES, JED. A revolução da energia renovável e suas limitações. Ecodebate, RJ, 03/07/2015

ALVES , J. E. D. 100% energia renovável, Rio de Janeiro, Cidadania & Meio Ambiente, n. 54, v. X, p. 6-10, 2015. (2177-630X) http://pdf.ecodebate.com.br/rcman54.pdf

ALVES, JED. Energia renovável com baixa emissão de carbono, RJ, Cadernos Adenauer 3, 2014
http://www.kas.de/wf/doc/15610-1442-5-30.pdf

Cadernos Adenauer 3/2014: Eficiência Energética, RJ, 2014, ISBN 978-85-7504-190-1

Karina Ninni e Afra Balazina. A primeira ilha autossuficiente, Estadão, SP, 28/09/2011

Lester Brown et al. The Great Transition Shifting from Fossil Fuels to Solar and Wind Energy, Earth Policy Institute, 2015

Lauren Frayer. Tiny Spanish Island Nears Its Goal: 100 Percent Renewable Energy, September 28, 2014

TRAINER, Ted. Renewable Energy Cannot Sustain a Consumer Society, Springer 2007

 

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

 

in EcoDebate, 20/04/2016

 

Empresa americana desenvolve placa solar com o formato de uma telha de barro


        

Adquirir autonomia energética na sua própria casa é um sonho para muita gente, seja por economia financeira, consciência ambiental, ou até mesmo para fugir das grandes concessionárias que cobram preços abusivos pelo serviço e detém um monopólio um tanto injusto.

Seguindo esse caminho, a implantação de painéis solares para captação de energia vem se popularizando pelo mundo. Energia limpa, sustentável e gratuita (após os custos da compra do material e instalação) já caiu nas graças de muita gente consciente.

Mas converter a luz do sol em eletricidade não significa necessariamente fazer uma cobertura no telhado com painéis solares simétricos, lisos e que não combinam com as ondulações dos nossos telhados. Com foco nesse nicho de consumidores engajados, a empresa americana SRS Energy, da Filadélfia, desenvolveu uma placa, apelidada de Solé, que faz esse trabalho sem comprometer a estética: tem o formato de uma telha de barro, na cor azul escuro. O produto foi especificamente produzido para ser compatível com as telhas de cerâmica fabricadas pela empresa parceira E.U.Tile – assim, será dada aos seus clientes a opção de cobrir uma seção de seu telhado com a nova versão, digamos, mais fashion, das placas fotovoltaicas.

O preço da placa fotovoltaica, com capacidade de armazenar até 150 watts, deve ficar em cerca de R$ 320. Para uma casa com quatro pessoas, por exemplo, seriam necessárias seis placas (R$ 1.920) e a economia de energia seria de aproximadamente 30%.

As novas telhas já se encontram disponíveis no mercado americano, entretanto para nós brasileiros a novidade ainda não chegou, até agora só sabemos da existência dessa novidade que diante da grande adesão que está tendo o aproveitamento da luz solar, por certo vai fazer sucesso também aqui.

De acordo com a empresa SRS Energy, as telhas Solé são feitas a partir de um polímero de grande desempenho, que com muita freqüência vem sendo usado nos pára-choques de carros e são leves, são recicláveis e inquebráveis, qualidades estas de grande importância quando se trata de telhas que estão sujeitas a todo o tipo de intempéries e, além disso, não é um material muito barato.

Fonte imagem: http://imoveis.culturamix.com/noticias/placa-solar-com-novo-formato

Laísa Mangelli

Governo deve beneficiar quem produz energia solar e vende excedente



O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse na última quarta-feira (4) que o governo vai desonerar a geração distribuída de energia. A medida tem por objetivo dar mais competitividade às fontes renováveis de energia, em especial a solar.

Em geral, a geração distribuída é feita por empresas interessadas em amenizar custos decorrentes do alto consumo de energia. Esse tipo de benefício pode também favorecer consumidores residenciais que, por exemplo, abasteçam a rede de distribuição com o excedente gerado por placas solares.

Segundo Braga, o Conselho Nacional de Política Fazendária tem feito reuniões com autoridades estaduais, com o objetivo de discutir formas de redução, também, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide na geração distribuída – situação na qual o consumidor, além de gerar sua própria energia elétrica (a partir de fontes renováveis), fornece excedentes gerados à rede de distribuição.

“Nos leilões de reserva feitos em 2014 foram contemplados 31 projetos geradores de energia fotovoltaica e, em 2015, o governo fará desonerações do PIS e Cofins [incidentes em equipamentos de microgeração distribuída], para que essa fonte se torne bastante competitiva”, disse o ministro durante sessão no plenário da Câmara que, neste momento, discute a crise hídrica e energética no país.

 Fonte: Por Pedro Peduzzi – Agência Brasil

 

Nova York vai ganhar grande usina de energia solar


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Energia renovável da cidade deverá aumentar 50%

Uma enorme usina solar na ilha Staten deverá aumentar a geração de energia solar de Nova York em 50%.

A estação será construída em 47 acres de Freshkills Park, alugados para a empresa Sun Edison produzir energia e alimentar mais de 2000 casas.

O prefeito Michael Bloomberg, ao anunciar ontem o empreendimento, lembrou que ele fica em local que um dia abrigou o maior lixão do mundo e que agora se tornará “uma vitrine de sustentabilidade e renovação urbana.” A região já havia ganhado na última década parques e campos de futebol.

A usina faz parte do PlaNYC, projeto estratégico de sustentabilidade da metrópole, que inclui também a substituição de toda sua iluminação por lâmpadas LED até 2017.

Segundo funcionários da prefeitura, os painéis solares ajudarão a população a entender como a energia renovável pode se integrar a redes locais de eletricidade, e se tornar parte da estratégia de oferta de energia na cidade.

A nova planta poderá produzir cinco vezes mais eletricidade que qualquer outro sistema solar em Nova York, com 10 megawatts e 35 mil painéis, informa The9Billion.

Fonte: Planeta Sustentabilidade

Embrapa cria sistema de irrigação movido a energia solar


Foto: Divulgação/EPTV

Foto: Divulgação/EPTV

Da Agência Ambiente Energia – Pesquisadores da Embrapa de São Carlos (SP) apresentaram um novo projeto de sistema de irrigação que economiza água e energia elétrica sem a utilização de motores. Movido a energia solar, o sistema de irrigação é confeccionado com materiais recicláveis como mangueiras e garrafas de vidro ou pet, e custa R$ 20.

O dispositivo funciona da seguinte forma: a luz solar aquece o ar contido em uma garrafa preta (que absorve mais calor do que garrafas claras ou transparentes). O ar procura se expandir e gera pressão sobre a água contida em outra garrafa, que está interligada na garrafa preta através de uma mangueira. Através disso, pode-se montar um grande sistema de irrigação feito garrafas e mangueira com pequenos furos, por onde a água passa para irrigar o solo.

“Com esse material, um tubo de plástico e as próprias plantas, os tubinhos para as conexões, cola para juntar tudo, não chega a R$ 20. Enquanto, se for usar energia elétrica, motor, uma pequena bomba, ou uma célula solar, vai custar acima de R$ 200”, afirma o pesquisador Washington Luiz de Barros Melo, envolvido no projeto.

Produtores rurais já demonstram satisfação com o novo sistema, que evita desperdício de água e encharque da plantação.

Fonte: Ambiente energia

 

Dois anos após crise de energia nuclear, o Japão inaugura sua maior usina solar


A Kyocera, empresa japonesa de eletrônicos, inaugurou neste mês a maior usina solar do país asiático. A instalação pode fornecer energia para 22.000 lares – e, o que deve ser o mais importante, ela não corre o risco de derreter, ferir trabalhadores ou espalhar água radioativa no Oceano Pacífico.

           

A usina tem um nome bem imponente – Mega Usina de Energia Solar Kagoshima Nanatsujima – e localiza-se em uma enseada no extremo sul do Japão, o que significa que é bastante segura mesmo em ameaças de tempestades e tsunamis – embora esteja nas sombras de Sakurajima, um vulcão ativo. Mas não importa o que aconteça ao longo das próximas décadas, Nanatsujima não representa quase nenhuma ameaça para as comunidades próximas.

O desastre de Fukushima não é o único fator favorecendo a expansão da produção de energia solar no Japão. O país instituiu um programa de grande escala para encorajar a construção de novas usinas – e, mais importante de tudo, incentivar consumidores a escolherem energia solar no lugar de formas mais tradicionais de energia, altamente poluentes.

Esta política, que começou em 2012, é chamada “tarifa de energia”. Em sua essência, ela subsidia o alto custo da energia solar em relação a outras fontes – oferecendo pagamentos a proprietários de usinas solares para cobrir parte dos seus custos. Como o Washington Post explicou em junho, o sistema de energia solar do Japão deve dobrar em tamanho neste ano graças à “explosão” das usinas:

“A tarifa de energia é um legado de Naoto Kan, o impopular primeiro ministro japonês da época do desastre de Fukushima, que decidiu após os vazamentos que a energia atômica era perigosa demais para um país com tanta possibilidade de terremotos. Então, Kan fez um acordo com o partido de oposição: ele renunciaria após o parlamento cooperar na aprovação de algumas medidas legislativas, incluindo um projeto de lei de energia renovável que estabeleceu a tarifa.”

            

Em resumo, Kan sacrificou sua carreira política em troca de um acordo para encorajar o uso de energia solar no país. Dois anos depois, parece que ele acertou ao fazer isso.

Fonte: http://gizmodo.uol.com.br

Laísa Mangelli

Brasil avança em energia solar e eólica


Até 2018, participação da energia eólica na matriz energética irá pular de 3% para 8%

            

País de dimensões continentais banhado por sol e com vasto litoral onde sopram ventos constantes, o Brasil começa a despertar para a importância das energias limpas, como a eólica ou solar: até 2018, segundo previsões da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a participação da energia eólica na matriz energética brasileira vai saltar dos atuais 3% para 8%, alcançando, em mais alguns anos, o equivalente ao produzido pela hidrelétrica de Itaipu. No horizonte dos próximos dez anos, técnicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, preveem que o Brasil terá a mesma capacidade de renováveis em comparação com as fontes atuais, mesmo com a diminuição das fontes hidráulicas. O custo da energia eólica também contribui para esse avanço: seu preço já é hoje inferior ao da energia das pequenas centrais hidrelétricas, por exemplo.

A energia solar avança em passos mais lentos, porém também promissores. Em meados da próxima década, estimativas da EPE indicam que a geração de energia solar ganhará mais impulso graças à tecnologia. Além dos painéis fotovoltaicos já utilizados, a potência solar concentrada (CSP, na sigla em inglês) permitirá a construção de usinas heliotérmicas que usam espelhos para concentrar a luz em pequenas áreas, gerando vapor que movimenta turbinas. Embora seu custo ainda seja proibitivo e superior ao da eólica, o sistema de energia solar permite que seu gerador “doe” energia para a rede em horários ociosos, recebendo depois compensações financeiras. Essa vantagem competitiva é um incentivo à sua instalação.

A ABEEólica prevê que em seis anos a capacidade instalada de energia éolica no país vai aumentar quase 300%. Considerando os parques em construção e a energia já contratada, isso significa um salto de produção dos atuais 3.455,3 MW para 13.487,3 MW, uma quantidade de energia suficiente para abastecer mais de 20 milhões de residências. O Rio Grande do Norte lidera a geração de energia eólica, com 46 parques instalados e produção de 1.339,2 MW. O Ceará vem em segundo lugar, com 22 parques e 661,0 MW. Em seguida, pela ordem de produção, temos Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Sergipe, Rio de Janeiro, Pernambuco, Piauí e Paraná.

Além de ser a que mais cresce no Brasil, a energia eólica deve ter sua produção mundial dobrada até 2020, segundo previsão da consultoria GlobalData. A capacidade instalada cumulativa saltará dos 319,6 GW produzidos em 2013 para 678,5 GW em 2020, sobretudo por causa da China, hoje responsável por 45% de toda a capacidade mundial, graças a uma política de concessões e disponibilidade de financiamentos a baixo custo pelos bancos. Os Estados Unidos continuam sendo o segundo maior mercado global, com capacidade de aumentar os atuais 68,9 GW para 104,1 GW em 2020, graças a políticas de incentivo a energias renováveis adotadas por vários Estados.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Caminhos-para-o-futuro/Energia/noticia/2014/08/brasil-avanca-em-energia-solar-e-eolica.html

Laísa Mangelli