Mais de quatro mil pessoas estarão reunidas na 11ª Jornada de Agroecologia do Paraná, de 11 a 14 de julho, em Londrina/PR. Além dos participantes paranaenses, estão confirmadas delegações de diversos estados brasileiros e participantes vindos de outros países, como Bolívia, Paraguai, Argentina, Haiti e Colômbia. As Jornadas de Agroecologia são realizadas anualmente pela Via Campesina, com contribuição de diversas entidades da sociedade civil, movimentos, estudantes e pesquisadores ligados ao campo à cidade.
Desde a primeira edição, as Jornadas mantêm a proposta de ser espaço de formação, análise e troca de experiência entre os participantes. As Jornadas também integram o processo de articulação da luta permanente contra o projeto de empresas transnacionais e do agronegócio, fortalecendo a agroecologia como alternativa ao modelo capitalista de produção de alimentos e exploração dos bens naturais.
Como em outras edições, a “Marcha pela agroecologia e integração campo e cidade”, marcará a abertura da 11ª Jornada com caminhada, panfletagem e divulgação dos temas para a população. No segundo dia do evento estão previstas as conferências “O movimento do capital e seu projeto de dominação na agricultura e suas consequências”, com João Pedro Stédile, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e da Via Campesina Brasil, e “Desafios pós Rio+20: construir convergências e alternativas frente à mercantilização da vida e ameaças aos direitos”, ministrada por Darci Frigo, da coordenação da Terra de Direitos.
A centralidade da educação na construção do Projeto Popular e as experiências de agroecologia relacionadas à geração de renda, à produção de alimentos saudáveis serão tratadas por Maria Isabel Grein, José Maria Tardin e Álvaro Delatorre no terceiro dia da Jornada. O encerramento do evento terá ato político com presença de autoridades e convidados e também a conferência “Cuidando da Terra, Cultivando Biodiversidade e Colhendo Soberania Alimentar”, com Ademar Bogo.
Durante a Jornada estará em funcionamento a “Feira permanente de Sementes Crioulas e Produtos Agroecológicos”, que vai reunir produtores de assentamentos da reforma agrária, cooperativas e associações de produtores agroecológicos. Também serão realizados seminários com os temas “Protagonismo e desafios da Juventude”, “Trabalho de base na agroecologia”, “Educação do Campo” e “Centenário da Guerra do Contestado”, além de atividades culturais as oficinas práticas.
Fonte: A reportagem é do sítio Terra de Direitos, 10-07-2012